Maratona 2/3
obrigada pelos 12k <3
Votem pfv!

Fiquei feliz por ter saído do hospital, mas voltar para minha prisão pessoal não era onde eu queria estar.

Eu decidi que não havia nada que eu pudesse fazer para sair, então é melhor eu cooperar.

Caminhei até a janela, admirando a luz do sol brilhando na árvore. Ela era tudo o que eu podia ver, mas ainda conseguia me dar uma sensação de alegria. Era do lado de fora, um lugar que talvez eu nunca mais possa experimentar. O dia estava lindo.

Ouvi a porta sendo aberta e os passos foram chegando perto de mim. Eu já poderia sentir que era Vinnie, porque nenhum dos guardas realmente entrou no 'meu' quarto, ou pelo menos não em minha direção, além de seu perfume, que era meu favorito.

─ Um dia eu vou poder sair de novo? ─ Eu perguntei suavemente.

O silêncio se fez presente, ele parecia estar com hesitante em responder.

─ Talvez... ─ respirei fundo, a resposta não tinha uma certeza.

─ Mas talvez não ─ então me virei para olhar em seus olhos.

─ Eu só sinto falta de... de tudo ─ meus olhos se moveram para o chão.

─ Eu sei... mas isso é o melhor que eu posso fazer ─  disse ele.

Fechei os olhos para parar as lágrimas, sabendo que isso não era verdade. Mas eu não disse nada, eu sabia que já estivemos aqui antes e isso não me levou a lugar nenhum.

Eu e Vinnie não conversamos o suficiente, nós deveríamos apenas nós abrir para o outro, antes que tudo que construímos for tarde demais.

Será que um dia vamos aprender? Já estivemos aqui antes, e isso nunca nós ajudou ou levou a gente em lugar algum.

─ Você sabe... pode parecer loucura, mas... Sinto falta do meu trabalho... Sinto falta de ajudar as pessoas... ─ Eu confessei, olhando para a minha cama e querendo me sentar.

─ Por quê? Essas pessoas nunca fizeram nada por você, elas simplesmente foram ajudadas mas nunca ajudaram ─ Jason se perguntou enquanto eu caminhei e me sentei na ponta da cama.

─ Incluindo você ─ eu apontei, olhando para ele enquanto ele me seguia. Ele ficou na minha frente.

─ Não estou apenas ajudando, estou te dando tudo isso! ─ Ele apontou para a mansão ao nosso redor.

Olhei com raiva para seus olhos, como ele ousa me falar que está me ajudando sendo que a única coisa que senti desde que cheguei aqui foi solidão?

─ Então... isso deveria ser um presente de agradecimento? ─ questionei, percebendo que isso dizia mais sobre Vinnie e sua mente do que o por que dele ter me sequestrado.

Tudo o que Hacker fez foi levantar as sobrancelhas e dar um único aceno com a cabeça, o que me deixou mais irritada do que eu já estava.

Eu me levantei frustrada, caminhando até o meio do quarto. Comecei a andar, tentando acalmar meus pensamentos. Minha mente estava com um turbilhão de pensamentos, finalmente havia entendido tudo o que se passava em sua mente.

Eu me aproximei dele, me surpreendendo, mas me sentindo corajosa quando estava começando a entender por que Hacker fez tudo isso e seus pensamentos por trás disso.

─ Eu te tratei... ou comecei a te tratar... da melhor maneira possível, me esforcei ao máximo ... e o seu agradecimento foi me sequestrar? Você me tira da minha antiga vida, meus amigos, minha família, minha casa e o trabalho que eu amo e que te ajudou em primeiro lugar... para me agradecer?! ─ Levantei minha voz sem querer.

Mas toda essa raiva estava se acumulando, porque a pior parte de tudo isso... é que ele pensou que estava realmente sendo legal! Ele achou que estava certo!

Hacker continuou parado, um pouco chocado com a minha explosão. No entanto, ele não negou nada. Ele simplesmente ficou em silêncio, ouvindo e até concordando com o que eu falei. Como ele pôde?

Como ele pôde pensar que tirando toda minha felicidade, e me colocando e trancando em um quarto sem nenhuma companhia, poderia ser uma forma de agradecer? Eu fiz de tudo por ele, eu confiei nele, e ele apenas me confinou nessa casa preenchida de solidão.

─ Então olha o que você fez Vinnie! Porque agora nós temos um grande problema, e não acho que podemos resolvê-los, você passou de todos os limites!

Eu balancei a cabeça indignada, olhando para ele.

─ Você é mais psicopata do que eu pensava! ─ Eu cuspi, olhando para ele.

Hacker finalmente decidiu me responder, caminhando em minha direção.

─ Eu pensei que você gostaria disso! Eu estou te dando o paraíso! Você tem criados para fazerem qualquer coisa que você pedir, comida gourmet, um quarto para praticamente qualquer coisa que você gostaria de fazer, qualquer coisa que o dinheiro possa comprar! Eu fiz tudo de mim, me esforcei ao máximo pra te ver feliz!

Ele agarrou os meus braços, me deixando assustada quando aqueles olhos se transformaram tão negros quanto o céu em uma noite de lua nova.

Mas eu não recuei ou tentei sair da prisão que eram seus braços.

─ Em troca da minha liberdade?! Eu não posso fazer nada que eu costumava fazer, nem mesmo as coisas que eu gostava!

─ Eu te disse que uma vez que eu possa em você, você terá mais liberdade! ─ Hacker me lembrou, me sacudindo com puro ódio.

Meus olhos se arregalaram de medo, medo de quão longe ele irá.

─ Tudo o que você precisa fazer é cooperar, por que você não escuta? ─ Ele gritou, me soltando, fazendo com que eu tropeçasse no chão.

─ Estou fazendo isso por você! Por que você não pode simplesmente agradecer?! ─ ele gritou, arrancando o relógio perto da cama e jogando na parede ao lado.

Eu cobri meu rosto, e o relógio fez um estrondo ao bater na parede. Abro os olhos lentamente, sentindo lágrimas se espalharem por todo o meu rosto.

Independente que ele não queria me acertar, o que não fez, a tristeza falava mais alto, já que eu sabia que Hacker estava com muita raiva, e ele se sentia assim por minha causa.

Eu achava que tínhamos progredido, que ele estava melhorando aos poucos mas aquilo so me fez perceber que eu nunca poderia mudá-lo.

Por mais que eu tentasse, ele continuaria sendo Vinnie Hacker, aquele que carrega a morte de milhares de pessoas e que trás dor e sofrimento para as pessoas sem nem pensar duas vezes.

Todo o meu trabalho foi em vão, e todas as nossas conversas foram juntas, boas ou ruins, momentos de risada ou de choro, foram embora no momento que percebi que eu odiava estar com ele.

Eu segurei minhas lágrimas e respirei fundo, eu tinha muita coisa para dizer, mas estava com medo.

Medo do que ele podia fazer, medo de ter que viver esse inferno até os meus últimas dias.

Eu engoli o gosto ruim na minha garganta, sabendo que não tinha nada a perder. Ele pode gritar o quanto quiser, até mesmo me matar. Pelo menos me libertaria do lugar terrível.

Tirei minhas mãos do meu rosto, e segurei o arder que sentia em meus olhos, eu não posso chorar na frente dele.

─ E a felicidade? O dinheiro não pode comprar isso, e essa é a coisa mais importante que um ser humano pode ter... você tirou isso de mim... ─ falei quase soluçando.

Vinnie congelou, e vi suas costas virarem para mim. O silêncio era ensurdecedor, e faz com que pensasse em tudo o que eu havia dito.

Vinnie lentamente se virou para me encarar, com os agora olhos macios, enquanto reparava no que tinha feito comigo.

─ Eu pensei que poderia te dar felicidade... ─  sentia a tristeza em sua voz. ─ Vejo agora que não posso.

O vinnie ta me dando uma energia de rafe cameron fortíssima

esse capítulo teve muita edição, to cansada já, posto o outro cap amanhã.

desculpa n atualizar ontem, fui em uma pista de skate ontem e fiquei sem tempo. em falar em pista de skate, tinha um skatista TAO lindo, ele era loiro, e me lembrou muito o vinnie pq quando ele tirou a camisa ele tinha uma tatuagem de aranha, só lembrei da música "ela me perguntou se eu sou trabalhador mas logo viu a tatuagem da aranha" KAKAKAKKAKAK

beijos, obrigada dnv pelos 12k!

26/02/23©
fuckvhacker