o3. one rose for a smile
Os olhos ávidos e brilhantes do garoto por um momento cintilaram um toque de felicidade, sendo adornado pelo sentimento da curiosidade.
Observava o mais alto sorrindo ao se escorar no batente da porta, sua tez pálida sendo realçada pela opaca luz dos finos raios de sol que adentravam pela janela. O garoto mantinha o maxilar tenso, por mais que o sorriso pequeno permanecesse em seus carnudos lábios rosados.
Os olhos astutos de Harry possuíam um brilho ambíguo, mas ao mesmo tempo não largava suas raízes peculiares; as pupilas levemente dilatadas abrangiam os falhos raios dourados que se misturavam com a imensidão de verde esmeralda.
Louis tentava segurar, mas o pequeno sorriso teimava em aparecer em seus lábios. Tirou os olhos de Harry por um segundo e encarou o garoto moreno sentado ao seu lado. Zayn possuía os olhos incrivelmente arregalados.
Rolou os olhos e encarou o garoto encostado sobre o batente novamente, ele mantilha o sorriso peculiar, o peito estava inflado e as narinas dilatadas como se estivesse se preparando para o que diria em seguida, mas não disse.
- O que foi? - Perguntou simples, a voz gutural e máscula do rapaz de olhos verdes ecoando a grande sala, Louis suspirou.
- Desde quando você se importa com algo que tenha meu nome envolvido? - Indagou seco, a mágoa transbordando suas palavras que tricotavam todos os neurônios do mais novo.
- Desde quando você acha que eu não me importo? - Perguntou, a calmaria do menino havia se tornado a causa da raiva de Louis.
- Desde o momento em que você se esqueceu de que não existe apenas você no mundo e se tornou essa pessoa egoísta e arrogante. Desde quando eu me tornei um objeto no qual você usou, cansou e descartou. Desde quando eu ficava sozinho em casa durante as noites e você fodia em algum motel barato da autoestrada com alguma amásia na qual você devia ter arrumado em uma das boates imundas na qual você frequentou com seus amigos e pagou para que aquelas ninfetas rebolassem sobre seu corpo. Ainda precisa que eu diga o porquê de que eu "acho" que você não se importa comigo? - Louis perguntou se alterando mais do que o devido, a garota de cabelos loiros mesclados pedindo para que ele se acalmasse.
- Se é isso o que você acha que eu andava fazendo, quem sou eu para negar? - Harry respondeu simples e calmo, deu de ombros e suspirou cruzando os braços.
- Você é incrível. - Louis soltou por último, antes de se escorar quase brutalmente na cadeira e resmungar baixinho por conta da tontura repentina.
- Desculpe senhor Tomlinson, mas o senhor não deveria fazer movimentos muito bruscos, ou se não poderá ocorrer algum imprevisto. - A loira disse simpática ao que se aproximou do garoto pequeno e o ajudou a se ajeitar sobre a grande e confortável cadeira acolchoada.
- Tudo bem... - Ele disse ressentido.- Aliás, o que você veio fazer aqui? - O menino perguntou, seu tom de voz era baixo, porém firme e seco.
- Sou seu namorado, vim te acompanhar. - O cacheado afirmou, calmo. - Afinal, na primeira quimioterapia é aconselhado não vir sem acompanhante, então... - Suspirou.
O menor revirou os olhos e soltou a respiração que nem sabia que prendia.
- Bem, já que as coisas se firmaram por aqui, vou voltar lá para a recepção. Passar bem, garotos. - A loira disse gentilmente. - Senhor Styles. - O cumprimentou com um sorriso bobo no rosto e apenas pelo tom que usara Louis já queria vomitar.
Zayn ainda encarava tudo aquilo perplexo, não esperava que um dia, de uma hora para outra, conheceria seu tão precioso futuro produtor musical. Ou melhor, o cara que ele pensava que seria seu produtor musical.
- Huh... Prazer, eu sou Zayn. - O moreno de olhos cor mel se apresentou chamando a atenção dos dois.
- Prazer, Zayn, eu sou o Harry, namorado de Louis. - O cacheado diz se aproximando e estendendo a mão ao garoto sentado ao lado de Louis que sorriu animado e apertou a mão a sua frente.
-Claro que é. - O rapaz sorriu de ladinho e Harry apenas se sentou no banquinho entre as duas poltronas.
Louis inclinou a cabeça ligeiramente e encarou o namorado sentado ali, por um momento ele se sentiu feliz. Feliz por Harry, pela primeira vez em meses, ter se importado em lhe fazer companhia em algo tão importante para a vida do rapaz. Feliz por estar conversando, ou ao menos ouvir sua voz sem ele estar embriagado ou cheirando a alguma colônia feminina.
- Eu tenho uma surpresa para você quando sairmos. - O encaracolado anunciou fazendo com que o pequeno rapaz franzisse o cenho em completa confusão.
Ele estava mesmo propondo alguma coisa a Louis depois de tantos meses? Era difícil acreditar.
- Tudo bem, falta dez minutos para acabar. - Louis disse baixinho e virou o rosto para o outro lado fechando os olhos.
E por mais tolo que fosse, ali naquele momento, ele só soube fazer uma coisa, sorrir.
(......)
- Doutora, eu posso levar o Louis para passear quando sairmos daqui? - Harry perguntara assim que a mulher de cabelos longos entrara na sala sorrindo grácil.
- É a primeira quimio dele, Harry, e você sabe dos efeitos colaterais dessas drogas injetadas em Louis. Ele pode até sair com você, mas não faça nada muito radical, os enjoos e tonturas serão inevitáveis, e pode ocorrer até de ele vomitar, então também tome cuidado com o que dá para ele comer, nada muito gorduroso ou muito pesado. Cuide bem dele, e ficará tudo bem.
A mulher afirmou e sorriu para o encaracolado que apenas assentiu e acompanhou Louis ao que o menino se levantou rapidamente da poltrona e quase caiu novamente.
- Sem movimentos muito bruscos, rapazinho, você acabou de sair de uma quimioterapia, está fraco. - A médica o repreendeu. - Harry, dê de comer para ele, e como eu já disse, sem nada muito pesado ou gorduroso.
O garoto assentiu e passou o braço pela cintura de Louis, que abaixou a cabeça. Ele, sinceramente, estava assustado com todas as ações e reações diferentes de Harry sobre ele, mas ao mesmo tempo estava adorando toda aquela atenção e carinho vindo do mais alto depois de tanto tempo. Estava carente, simplório e fraco, a vitima perfeita para qualquer jogo que Harry quisesse fazer.
- Tudo bem, obrigado, Julie.- Harry agradeceu. - Vamos, Lou? - Perguntou se virando para o menino.
Louis apenas encarou-o com o cenho franzido e abaixou a cabeça concordando. Quando fora a última vez da qual Harry o chamara de Lou? Há uns oito meses atrás, talvez...
- Tchau, Zayn, foi um prazer. - Harry disse educadamente e o moreno sorriu.
- Igualmente. Boa sorte na surpresa, Louis. - O rapaz disse com um sorrisinho malicioso nos lábios enquanto Louis o encarava com as bochechas já rubras em vergonha.
Harry apenas acenou para a oncologista e para o rapaz moreno e se virou em direção a porta da sala, o braço ainda na cintura do menor fazendo força para que o mesmo conseguisse andar junto a seus passos. Em poucos minutos os rapazes já estavam fora do hospital, e Harry ajudava Louis a se acomodar no banco do Audi R8 branco que Harry havia comprado há menos de dois meses.
- Vou deixar o teto aberto para o ar circular melhor, se se sentir muito enjoado é só pedir para que eu paro, e se se sentir incomodado é só falar que eu fecho o teto. - O cacheado disse atencioso ao que já pegava no volante e saía da vaga na frente do hospital.
- Onde vamos? - Louis mudou de assunto curioso.
- Surpresa.
O garoto revirou os olhos, mas por dentro, mesmo não querendo admitir para si próprio, ele estava sorrindo. Virou-se para Harry e observou o rapaz, ele estava exuberante. Usava uma skinny jeans preta com rasgados nos joelhos e botas de couro marrom, a mais gastada que tinha. Uma camisa branca lisa e um sobretudo preto aberto por cima, e no cabelo usava novamente, depois de muito tempo, o maldito coque bem arrumado com pequenas mechas soltas que Harry sabia que Louis amava. Ele estava, incrivelmente e ridiculamente, lindo, e Louis tinha que admitir isso, porque independente de qualquer coisa, negar a beleza de seu namorado era como negar a existência do sol, impossível.
Parou de encarar Harry um minuto e olhou para a estrada, observou bem o caminho tão familiar e sorriu, não podia ser.
- Por acaso você está me levando para o-
- Eu sei que você já descobriu, ok? Apenas finja estar surpreso quando chegarmos lá e deixe seu namorado feliz. - Harry disse brincalhão.
Que merda está acontecendo, Louis pensava.
Harry parou o carro no pequeno estacionamento da ruazinha e correu para abrir a porta para Louis e ajuda-lo a sair do automóvel. O pequeno rapaz estava adorando isso. Harry posicionou sua mão na cintura de Louis e ajudou-o a caminhar até a pequena e formosa entrada rústica, por onde os dois rapidamente passaram e começaram a passear pelos infinitos caminhos acimentados, observando a beleza da natureza naquele fim de primavera.
- Eu conversei com minha mãe sobre te trazer aqui, ela rapidamente cedeu o lugar para gente por um dia, disse que estava morta de saudades de você, e que estava sentindo falta de ter alguém com quem ela pode compartilhar suas receitas mais loucas. Eu disse que logo te levaria em casa, então daqui uns dias iremos visita-la. Se prepare para o surto da velha.
Harry disse devagar enquanto eles seguiam caminhando em linha reta. Onde diabos eles iriam parar? Eles estavam sozinhos ali? Harry estava mesmo voltando a chama-lo para visitar Anne? Que mudança de temperamento e comportamento era aquela? Louis estava confuso, perdido e extremamente perplexo.
- Eu preparei algumas coisinhas para nós comermos. - Ele disse quando eles se aproximaram de um pequeno quiosque.
Louis observou o lugar, era tudo cercado pelo jardim, e o quiosque, sobreposto por toras de madeira de lei, era extremamente agradável, fazendo com que a pequena cesta de piquenique e os alimentos que Harry provavelmente tinha arrumado antes, ficassem completamente adoráveis ali.
- Precisa de ajuda para se sentar? - Harry perguntou ao que apontou para as várias almofadas fofinhas em cima do tapete felpudo no chão, Louis negou.
O rapaz se soltou de Harry e sentou, o encaracolado fez o mesmo se sentando de frente para o outro.
- Pode pegar o que quiser... - Ele disse constrangido apontando para a farta toalha. - Tem maçãs verdes que eu sei que você gosta, pêssegos, mirtilos e ameixas, alguns mínis tarteletes de frutas vermelhas, uma salada de frutas tropicais, alguns brioches de nozes e... Yorkshire Tea, sei que é seu preferido...
Harry estava incrivelmente corado e Louis estava amando isso com todas as forças que ainda lhe restava.
O pequeno pegou um mini vasilhame, ocupando-o com um pouco da salada de frutas.Estava tudo tão bem picado que ele estava com dó de comer, e o melhor é que ele sabia que havia sido Harry a fazer tudo aquilo, e isso causava um frio em sua barriga, era como se eles tivessem voltado ao início do namoro e Harry estava tentando conquistar Louis, mas agora não era mais conquistar, era reconquistar.
- Eu não vou comer isso tudo sozinho, Harry. Coma também. - Louis pediu levando mais uma uva até a boca.
- Você se lembra de como nos conhecemos? - Ele perguntou desviando-se da proposta do menor.
- Como esquecer? - O menor perguntou sorrindo bobo, e ele se sentia um tolo por entregar o jogo assim tão facilmente.
❀
3º sábado de março, 2009.
Louis caminhava rapidamente, as mãos apertadas enfiadas nos bolsos de seu grosso moletom, o vento gélido batia contra seu pequeno corpo e lhe arrepiava por inteiro, pois mesmo estando mais que agasalhado ele ainda sentia um frio insuportável. Se sentia tolo por não ter pensado antes de sair de casa e agora estar quase congelando enquanto procurava por alguma floricultura. Era sábado e no dia seguinte seria celebrado o dia das mães, e como um bom filho prodígio ele não poderia deixar de presentear sua tão querida e amável mãe e melhor amiga, e agora, por conta disso, caminhava pelas ruas de Londres abarrotadas de pessoas desesperadas andando para lá e para cá falando em seus celulares, passeando com seus cachorros ou até mesmo olhando vitrines infantis com suas crianças.
Ele estava começando a repensar se havia sido uma boa ideia ter saído para procurar uma floricultura, ele havia acabado de chegar na cidade e nem ao menos tinha saído para visitar o centro, estava, literalmente, conhecendo a cidade, ou em outras palavras, estava perdido.
- Com licença, a senhorita poderia me dizer se há alguma floricultura aqui por perto?
Ele havia deixado de lado sua timidez e se aproximado, finalmente, de uma garbosa senhorita que tomava seu chá quentinho em uma das mesinhas do lado de fora de uma rustica e requintada cafeteria. Por um momento ele quis parar e tomar um chá quentinho também, estava tão frio, mas então se lembrou que não tinha tempo para isso e logo o comércio começaria a fechar.
A senhorita segurou seu chá entre as mãos e olhou para Louis, um sorriso meigo brincando em seus lábios pintados de uma coloração vinho opaca.
- Olha, rapaz, aqui nessa rua você não vai encontrar nada, mas te afirmo que na rua Oito tem um jardim bastante agradável, você poderia dar uma olhadinha, garanto que irá gostar!
A voz da senhorita era desempoada e doce, seu olhar era um misto de carinho e requinte, o sorriso era o mais sincero que Louis já havia visto. Ela nem ao menos o conhecia e estava o tratando daquela forma, já havia ganhado um espaço no pequeno coração do rapaz.
- Aceita um chá? - A senhora ousou perguntar e Louis apenas balançou a cabeça em negação enquanto sentia a queimação em suas bochechas.- Ah, ora vamos, é apenas um chá, rapaz.
Louis sorriu tímido e abaixou a cabeça, ele realmente queria aceitar aquele pedido tão tentador.
- Sinto muito, senhorita...
Ele queria saber seu nome.
- Anne, me chame de Anne. - Ela disse com um sorriso grácil.
- Sinto muito, Anne, eu preciso encontrar essas flores para minha mãe, a presentearei amanhã, você deve entender, imagino que seja mãe. - O menino indagou com um pequeno sorriso estampado em seu delicado rosto ao ver a mulher assentir orgulhosa. - Pois então, foi um prazer conversar com você, é realmente uma senhorita muito amável, obrigada pela informação.
Ele olhou uma ultima vez para Anne que tinha um sorriso cálido em seus lábios que agora apoderavam-se da xícara de chá em suas mãos, Louis sorriu também e se afastou.
Ele caminhou por longos minutos até encontrar a rua Oito na qual a bela senhorita havia lhe informado, e sorriu ao ver que, na verdade, a ruazinha não passava de um lado pequenas lojas vintages e do outro um grande e extenso jardim protegido por uma vasta cerca de troncos de madeira de lei envernizada, e uma exuberante entrada com um pequeno portão rústico e em cima uma pequena placa, Styles Flowers.
Louis sorriu para o nada e entrou no extenso jardim, passeando entre os caminhos acimentados, ele estava incrivelmente admirado, e observava bobo todas as flores ao seu redor, dos arbustos ao seus lados até os arcos tomados por flores em cima de sua cabeça. Estava apaixonado por aquele local, e bem, estava perdido novamente, afina, ninguém havia vindo atende-lo até aquele momento.
E foi então que ele se virou para voltar por onde havia entrado e deu de cara com um rapaz atrás de si, um alto e belo rapaz de olhos verdes e pele branquinha, cabelos encaracolados e lábios rubros que se embelezavam ainda mais com um sorriso plantado ali, sorriso no qual lhe causava pequenos buracos em suas bochechas, pequenos malditos buracos que o tornava ainda mais adorável. E Louis novamente ficava ainda mais encantado com aquele jardim, e principalmente com a beleza presente nele - e nos que trabalhavam nele também-. Observou o garoto intensamente até que o mesmo suspendera uma mão com um bela e encantadora rosa vermelha para Louis, e dissera, naquele momento, a frase que mudaria tudo e faria, com toda certeza, sua vida virar de cabeça para baixo, mas quem se importava? Ele não estava sozinho nessa.
- Uma rosa por um sorriso.
Louis sorriu.
❀
- Você estava lindo aquele dia, aliás, continua lindo. - Harry disse e Louis corou. - Mal consigo acreditar que já fazem seis anos, é muito tempo.
- É, eu sei. - Louis respondeu cabisbaixo enquanto brincava com a salada de frutas em sua mão.
- Louis... Olha, eu sei que eu errei, ok? E sei que você ainda está muito magoado por isso, mas me dê uma chance para que eu conserte tudo isso, podemos tentar de novo.
- Você precisou saber que corria risco de me perder para aprender a me valorizar... - Disse baixinho.
- Não é isso...É só que... - Harry suspirou. - Durante muito tempo de relacionamento você sempre me deu atenção, éramos tão unidos, fazíamos tudo juntos. Mas de repente sua carreira decolou com o primeiro livro e você caiu de cabeça nisso, simplesmente nem se lembrava mais da minha existência. Eu chegava em casa durante as noites cansado na expectativa de ter alguém lá, de ter você lá, para sei lá, simplesmente me abraçar e dizer que o próximo dia seria melhor. Eu precisava de você, e você precisava escrever, você queria escrever, e me deixou de lado por isso, sem ao menos perceber. Não estou te culpando, pois sei que de certa forma não foi intencional, mas eu comecei a me sentir sozinho. Então uma noite Ed me chamou para sair com ele, disse que iríamos a uma boate que havia acabado de estrear e que ele iria me fazer beber até eu esquecesse meu próprio nome. Lá tinha algumas dançarinas e na maioria das vezes, quando eu já estava bêbado, Ed pagava para que elas dançassem para mim, e não o culpe, ele queria apenas ajudar, e foi isso que ele tentou fazer, foi isso que eu fiz pelos últimos um ano e alguns meses. Acontece que, quando você percebeu que eu estava chegando em casa muito tarde, bêbado e cheirando a alguma colônia feminina barata, você se calou, simplesmente pensou que eu estivesse te traindo e não falou mais nada. Paramos de dormir juntos, paramos de nos beijar, nos tocar, nos falar, nos olhar. Viramos completos estranhos que dividiam o mesmo teto, e você simplesmente não falava nada, preferia ficar calado e chorar sozinho durante as noites até cair no sono. E eu sei disso, sei disso porque eu te escutava chorar, te escutava perguntar o porquê de ser com você, mas eu era fraco o suficiente para não ter coragem de ir lá no seu quarto depois de tanto tempo e te abraçar dizendo que te amava e que te queria de volta, assim como você foi fraco o suficiente para tomar coragem de me largar, porque você me ama, e você ter continuado lá depois de tudo isso foi a prova de que esse sentimento é realmente verdadeiro. Quando nos afastamos, a única forma que eu imaginei ser uma boa foi a de te tratar mal, me fazer pensar que você não ligava para nada o que eu fazia, mas isso não durava muito tempo, porque toda noite escutando seu choro, eu tinha meus lapsos de lucidez e me peguntava, "por que eu ainda continuo com isso?", mas como eu disse, eu era fraco demais para voltar atrás. Eu só queria te explicar tudo isso, e dizer para você que nunca foi nada que você pensou. Eu nunca te traí e nunca te trairia, e eu sou forte o bastante para dizer isso, porque meu sentimento por você é maior que qualquer outra coisa que a bebida ou alguma amásia pode me oferecer. Eu te amo, Louis... muito, desde o dia quinze de março de 2009, quando você passou por aquela bendita portinhola e eu lhe ofereci uma rosa em troca de um sorriso, sendo presenteado pelo sorriso mais lindo de todos, o sorriso que eu não trocaria por nenhum outro, e eu tenho toda certeza ao dizer isso.
Louis já não sabia mais como se sentir, as lágrimas desciam involuntariamente de seus olhos, e a salada de frutas provavelmente já estava inundada por elas. A questão era, ele havia passado tantas e tantas noites pensando no porquê, pensando em quando Harry pararia com tudo e o explicaria o que estava acontecendo de verdade. Ele pensou tantas vezes em como ele reagiria, que ali agora quando aquilo estava realmente acontecendo, ele não sabia como reagir.
- E-eu... Harry pigarreou. - Eu passei muito tempo pensando em como eu te contaria isso tudo, e se um simples pedido de desculpas iria servir de alguma coisa. Então eu pensei que, por muito tempo você me disse que queria deixar uma marca, e eu nunca entendi direito o que você queria dizer com isso, mas eu interpretei da minha forma e...
O cacheado se ajeitou no tapete felpudo e remexeu os braços minuciosamente até tirar o sobretudo e mostrar a Louis uma das coisas mais lindas que ele já havia visto, Harry havia tatuado uma grande e delicada rosa entre seu braço e seu antebraço.
- Eu não sei muito bem se você vai considerar isso como uma marca, mas bem... de certa forma é uma marca, você sempre será lembrado por mim, em cada pintura que eu fiz em meu corpo dedicada a você, e em especial essa rosa, a nossa rosa. Eu não vejo outra forma de fazer isso, não vejo outra forma de te oferecer isso, a não ser pela nossa forma. Então... Uma rosa por um sorriso.
E bem, Louis sorriu novamente.
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(Me desculpem por qualquer erro ortográfico ou de pontuação).
Oi oi meus amores, como vocês estão, tudo bem? Então ta bom.
Aqui está mais um capítulo de POL.
Me desculpem pela demora, espero que tenham gostado.
Muito obrigada por todos os votos e comentários, por estarem ao menos dando uma chance para a fanfic.
Amo muito vocês.
Todo amor, Lou xx
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