Epilogue
Louis encarou seu reflexo no espelho e suspirou.
— Está pronto, doce. - Lou disse terminando de espirrar mais um pouco do spray sobre o topete bem arrumado do menino.
Ele assentiu e murmurou um baixo obrigado antes de acompanhar a mulher saindo da sala enquanto era seguida pelo maquiador que havia preparado Louis anteriormente.
O pequeno sorriu de lado e encarou o marido pelo espelho. Harry estava aéreo enquanto acariciava o pequeno pacote agarrado aos seus braços largos, com a cabeça deitada em seu peito. Seus dedos longos acariciavam os cabelos encaracolados do bebê e com o outro braço ele apoiava o bumbum do mesmo em seu colo.
Samuel piscava seus olhos castanhos lentamente enquanto aproveitava o carinho do pai e lutava contra o sono, os cílios hora ou outra varrendo as bochechas avermelhadas de frio e um biquinho em seus lábios molhados por conta da bochecha prensada contra o peito de Harry.
Louis sorriu e girou a cadeira em direção ao garoto de olhos verdes que nem ao menos tirou os olhos do filho. Louis se levantou e foi até a bolsa de Samuel, vasculhando-a até encontrar a garrafa térmica que escondia dentro a pequena mamadeira.
— Quer me dar ele um pouquinho? - O pequeno perguntou enquanto se aproximava do marido e depositava uma mão em seu ombro.
Harry levantou o olhar e sorriu, mostrando o pequeno defeito genético em sua bochecha. Negou levemente com a cabeça e pegou a mamadeira que Louis estendeu para ele, rapidamente levando-a até a boca do neném. Samuel abriu a boca satisfeito e agarrou o bico enquanto sugava quase que desesperadamente o líquido que havia dentro da mamadeira, logo se entregando ao sono e fechando os olhinhos lentamente, ainda mamando.
— Como você faz isso? - Louis murmurou risonho enquanto apoiava a cabeça do ombro de Harry.
O rapaz ainda não se conformava, mesmo depois de todos os anos e três filhos para cuidar, Harry era sempre o único que conseguia pegá-los em seus braços e como um passe de mágica, fazê-los dormir. E aquilo já havia virado rotina, quando Marie não conseguia dormir, a primeira pessoa a quem procurava era Harry, que a embalava contra seu corpo e murmurava calmas canções aleatórias até que em questão de minutos a pequena menina estivesse ressonando em seu colo. Samuel havia tomado a mesma mania e sempre procurava o colo de Harry para ninar. O único que dormia mais facilmente era Ethan, que não fazia questão de colo, apenas se deitava em qualquer lugar aconchegante e rapidamente pegava no sono.
Harry riu baixinho e encarou novamente o marido, seus olhos verdes não deixando um segundo sequer o rosto do menor.
— Eu estou sentindo você me encarar. - Louis resmungou se afastando do peito do menino e sorrindo para o mesmo.
— Você está lindo, babe. - Harry disse baixinho para não correr o risco de acordar Samuel e se aproximou de Louis pra deixar um casto selinho em seus lábios.
— Você não acha isso exagerado? Sabe, esse terno e esse topete. Eu me sinto ridículo. - Enrugou o nariz.
Harry sorriu e observou melhor o marido.
— Na verdade, eu não gostei que o Zack tenha escondido suas sardas. Eu gosto delas. - Harry murmurou dando de ombros, fazendo Louis rir baixo.
— Falarei sobre isso com ele da próxima vez.
— Louis, você já pode subir no palco.
A mulher que ficara encarregada de chamar Louis no momento certo apareceu. Louis franziu os lábios, apreensivo e Harry beijou-lhe a bochecha.
— Vai lá, você vai se sair bem, sei disso. - Disse e Louis sorriu para ele, deixando um beijo rápido em seus lábios e um na cabeça de Samuel, logo saindo da sala e se dirigindo ao palco.
Harry acompanhava pela televisão do camarim, que transmitia tudo ao vivo. Ele preferiu não ficar na platéia junto com a família de Louis, já que tinha Samuel em seu colo quase dormindo, então deixara as crianças com as avós e acompanhara Louis até o camarim.
Ao observar Louis por aquela televisão gigante que havia ali, ele poderia dizer com toda certeza do mundo que o pequeno estava nervoso. Ele rodava, incessavelmente, a aliança em seu anelar esquerdo enquanto esperava que o programa realmente começasse.
Louis, por si, poderia jurar que teria um ataque de pânico. Todas aquelas pessoas olhando para ele o assustavam. A única coisa que ele desejava no momento, era que Harry estivesse ali para confortá-lo. Lembrando que o marido estava a alguns passos de distâncias, ele se acalmou e resolveu que apenas tentaria dar o seu máximo e não demonstrar nervosismo na frente de toda aquela gente que havia comparecido exclusivamente para o assistir.
Uma mulher gritou alguma coisa e então a apresentadora começou a falar, mostrando para Louis que havia começado, O pequeno sorriu tímido e se manteve quieto até que a mulher finalmente se dirigisse a ele com suas perguntas.
— Hoje nós estamos aqui com Louis Tomlinson, autor do best-seller Proofs Of Love, que também foi adaptado para a área cinematográfica e tem lançamento no próximo mês. - Disse animadamente enquanto levantava o livro em suas mãos e um cartaz de exibição do filme aparecia no telão atrás do sofá onde Louis estava. — E então Louis, me diga, qual a sensação de ser autor de um best-seller e ter um dos filmes mais esperados do ano sendo aquele baseado em seu livro?
Louis suspirou e sorriu com a pergunta.
— Bom, é... estranho. - Ele riu e ouviu algumas pessoas da platéia rirem também. — Eu sinceramente não esperava tudo isso, toda essa repercussão, o máximo que eu esperava era uma venda baixa de um romance clichê como outro qualquer, mas as coisas não correram como eu esperava, ainda bem.
A mulher riu.
— Você disse em algumas outras entrevistas que não foi uma ideia sua, é verdade?
Louis franziu o cenho e negou.
— Eu não disse exatamente isso, apenas que eu tive ajuda ao escrever, ou melhor, eu tive ajuda nas ideias do que fazer dentro da história do casal representado no livro e que rumo dar à vida deles. - Suspirou. — Meu marido me ajudou com as ideias, nós fizemos isso juntos.
A mulher sorriu encantada.
— Então quer dizer que a nova sensação do pop que tem dominado o tapete vermelho ultimamente, te ajudou no seu sucesso?! - Disse eufórica.
— Em partes. Eu tive a ideia de fazer o livro graças a um amigo meu, Niall. Ele havia se voluntariado em uma instituição de câncer a se vestir de palhaço e levar alegria aos corredores e à crianças daquele lugar, ele me convidou e então, pum... eu tive a ideia. Então cheguei em casa e corri para anotar tudo, fiz vários e vários rascunhos sobre. Ai eu contei ao Harry sobre, ele disse gostar da ideia, e por isso resolvi me empenhar ainda mais nela. Acontece que Harry, depois de eu contar a ideia para ele, teve um sonho, muito interessante, por assim dizer. Depois que ele tirou tempo e realmente me contou detalhadamente esse sonho, eu vi que batia totalmente com o que eu queria para minha história e pensei, por que não? Foi ai que ele passou a me ajudar a materializar as ideias e colocar tudo o que queríamos passar em palavras, com isso criamos a Caterina e o Chad, que formam o casal principal, no caso.
— Isso quer dizer que, de alguma forma, no momento de montar as personagens, você teve a ajuda de Harry? - Louis assentiu. — Você acha que por conta disso você se inspirou na sua personalidade e na de Harry para formular as personalidades e características de Caterina e Chad?
— Eu tenho que admitir que muitas das características de Caterina no livro, eu me baseei em Harry para escrever. E Chad, eu não sei, fiz de Chad aquele rapaz que toda garota ou garoto quer namorar, as características que eu imagino que muitas ou muitos gostariam de ter em um namorado ou ficante. O que é interessante porque todos comparam Chad com Harry, quando na verdade Caterina é a descrição exata dele. - Louis riu ouvindo a plateia e a apresentadora rir, isso ajudou com que ele relaxasse um pouco. — Tanto que até convidaram Harry para ser o Chad na adaptação do livro para o filme, mas ele achou melhor não fazer e deixar a oportunidade para outra pessoa já que estava bem ocupado com a tour que estava fazendo com Edward e alguns desfiles.
— Oh, isso é muito legal. Então, levando em conta a comparação dos papeis, você se inspirou em outras pessoas para fazer coadjuvantes?
— Teve sim, como o rapaz que Caterina conhece durante suas sessões de quimioterapia, Dylan, que já está em suas últimas sessões e quase totalmente curado. Eu usei meu melhor amigo, Zayn, como inspiração. Dylan tem o sonho de ser um cantor mundialmente famoso, mas não tem a oportunidade porque não tem o apoio da família em nada, já que namora com um rapaz, Math. Zayn, meu amigo, passou por tempos ruins em sua vida e alguns problemas ao decorrer do caminho. Mas tudo ficou bem depois que conheceu Liam, seu namorado atual. Zayn, assim como Dylan, tinha o sonho de se tornar cantor, mas diferente de Dylan, Zayn conseguiu. Ele tem assinatura com a gravadora de Harry que ajudou-o a produzir seu novo CD, que será lançado daqui algumas semanas e já tem o primeiro single lançado.
Louis suspirou, sorrindo.
— O palhaço sem nome da instituição que é citado no livro, é Niall, claramente. E não apenas por ele ser umrealmente palhaço voluntário hoje, mas por ele ser a pessoa alegre que ele é e querer sempre estar arrancando sorrisos mesmo quando a situação requer lágrimas. Ele foi um dos motivos de eu ter conseguido o que eu tenho hoje, ele merecia um espaço no livro!
A entrevistadora sorriu terna para Louis.
— Então... já falamos sobre suas inspirações para o livro, vamos passar para você. Como foi todo o processo de publicar, arrumar uma editora que quisesse publicá-lo, lidar com a vida particular dentro disso e todas essas coisas?
Louis suspirou.
— Foi bem complicado de início, para ser sincero. Eu e Harry não estávamos muito bem financeiramente, nós havíamos acabado de nos mudar, compramos uma casa mais afastada da cidade com o dinheiro que havíamos ganhado na venda do nosso antigo apartamento. Nós tínhamos nossos nomes na lista de adoção e fomos chamados, por esse motivo e outros, preferimos encontrar uma casa maior e mais aconchegante. Então adotamos as crianças, Marie Elizabeth, Ethan Theodore e Samuel Oliver, e estava tudo bem, mas como todos sabem, são crianças novas que precisam de cuidados, tempo e dinheiro. Nós gastamos boa parte de nossas economias que restavam com elas e com reformas na casa, já que era antiga e precisava de ajustes. Logo então eu tive a ideia para o livro e me emprenhei a escrever. Mas nem sempre havia tempo, pois tinha as crianças para cuidar e Samuel era muito novo para ir para a escola. Harry tinha um sonho junto com Edward de produzir músicas, músicas deles e precisou de dinheiro para comprar novos equipamentos e complementos para a gravadora. Essa época foi realmente um caos, precisamos da ajuda de nossas mães para contornar a situação e Margareth, nossa ama desde sempre, já nem ao menos cobrava para nos ajudar com as crianças.
Louis respirou pesadamente nem acreditando que estava contando aquilo tudo em rede aberta.
— Mas então, Harry e Edward terminaram o CD, e lançaram. FourX fez um sucesso absurdo, pela gravadora sempre ter sido muito conceituada e ter a assinatura de vários cantores famosos. As coisas começaram a melhorar, Harry começou a fazer alguns shows com Edward e ganhava dinheiro por isso, é claro. Ajeitamos as coisas, pagamos o que devíamos e consegui uma ajudante para Maggie, tendo mais tempo para escrever. Grande parte do tempo que eu escrevia, Harry estava em turnê com Edward, o que era ruim por um lado, mas sempre dávamos um jeito de nos falar e muitas vezes ele voltava para Londres para cuidar de assuntos da gravadora. Um tempo depois, eu terminei o livro. Primeiramente, Harry leu e surtou, pediu para que mandasse urgentemente para uma editora. Depois, dei um rascunho para Liam, Niall e Zayn e todos disseram a mesma coisa, então eu vi que estava na hora. Eu procurei, por dois meses seguidos, editoras que aceitassem meu trabalho, fui negado por seis e em uma última tentativa, fui aceito e publicaram meu livro. E a partir dai, tudo realmente mudou.
— E como é lidar com esse sucesso? De saber que tantas pessoas apreciam seu trabalho e te admiram?
— É algo novo e gratificante. Muitas vezes eu entro no twitter e vejo todas aquelas mentions, pessoas mandando elogios e falando que me amam e é uma sensação incrível, sabe? Algo que eu nunca imaginei sentir um dia e eu serei eternamente grato por tudo isso. - Louis sorriu largo.
— Mudando um pouco o rumo da conversa, então. Harry te ajudou com Proofs Of Love, e você, o ajudou em alguma música?
— Oh, ninguém nunca me perguntou isso, mas sim. Na verdade foram pequenas coisas que eu o ajudei, mas de acordo com ele, tem três musicas no álbum que ele escreveu para mim ou pensando em mim e coisas do tipo, claro que Ed colocou suas partes nelas e tudo mais, mas de qualquer forma.
— E quais são elas?
— Photograph, eu acho. Little Things e Kiss Me.
— E vocês já são casados há mais de um ano, certo?
— Yeah... Um ano e sete meses, nos casamos algum tempo antes de adotar as crianças. Mas de relacionamento total, estamos juntos há quase oito anos.
— Uau, é bom ver casais jovens que estão juntos há tanto tempo assim, é algo raro hoje em dia, mas de qualquer maneira, qual a sensação de ser casado com uma estrela?
— Algo a se acostumar. - Louis riu junto com a entrevistadora.
— E você já tem previsto um próximo livro?
— Bom, sim, estou terminando meu segundo livro e espero publicá-lo definitivamente em setembro, espero realmente que todos gostem como gostaram de Proofs Of Love.
— Claro, tenho certeza que irão e que eu irei também, porque olha, seu livro é ótimo! - Ela sorriu maravilhada e Louis correspondeu-a.
— Bom, Louis, nosso tempo está acabando, você tem algum recado para todos os seus leitores e fãs?
— Bem, obrigado por tudo o que vocês fizeram e continuam fazendo para mim todo esse tempo, vocês são incríveis e eu definitivamente farei de tudo para continuar publicando coisas que vocês provavelmente gostarão de ler. Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado, obrigado!
Louis sorriu e colocou as mãos sobre os lábios, jogando um beijo para a platéia que aplaudia e dando um tchau rápido para algumas meninas e meninos que estavam no canto do palco, gritando e acenando para ele.
— Bom pessoal, essa foi a entrevista com Louis Tomlinson, o encantador autor do best-seller Proofs Of Love que logo estara lançando mais um de seus livros que provavelmente se tornara mais um best-seller. - Riu. — Muito obrigado pela presença, Louis e muito obrigado pela presença de vocês que estão sempre acompanhando o programa. Tenham uma boa noite e até a próxima.
Harry, que ainda assistia Louis pela televisão do camarim, sorriu e esperou o marido aparecer ali novamente com um sorriso nervoso no rosto perguntando se foi bem o bastante. E mais uma vez, ele voltava a imaginar, o que seria da sua vida sem o pequeno menino que tanto amava.
E ao vê-lo entrando pela porta totalmente desesperado, perguntando exatamente o que ele esperava que Louis perguntasse, ele sorriu, riu, gargalhou, assustando o menino que bateu nele irritado. E Harry tomou conta, ali naquele momento, de uma coisa. Ele não precisava provar a Louis o seu amor, porque ele estava em todas as pequenas coisas, os pequenos momentos, as pequenas interações e declarações que eles sempre faziam um para o outro.
Louis era seu primeiro e único e com toda certeza, estaria eternamente em seu coração.
...
Então, sim, eu resolvi voltar com um epílogo.
Pensei que talvez vocês gostariam de saber a "verdadeira" história de Louis e Harry na fanfic, então aqui está, um pouquinho deles e um pouquinho da história de alguns coadjuvantes também.
Eu usei o nome do livro do Louis como Proofs Of Love mesmo porque não tive criatividade para criar outro. E FourX, gente, o nome ficou uma merda, mas o que vale é a intenção, certo? hahaha
Espero realmente que tenham gostado.
Leiam minha nova fanfic, If I Were You, garanto que irão gostar e eu irei atualizar logo.
Amo muito vocês, até a próxima.
Todo amor, Lou xx
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