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˖࣪ ❛ PONTAS SOLTAS
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Hogwarts, Escritório de Dumbledore

HERMIONE ESTAVA REZANDO para que Dumbledore tivesse boas notícias para compartilhar com ela. Seu deslumbrante patrono fênix a acordou nas primeiras horas da manhã, solicitando sua presença em Hogwarts. Peter havia desaparecido oficialmente há 24 horas e ninguém na Ordem tinha ouvido notícias dele. Apesar das precauções que Moody tomou para refazer as proteções em todas as casas seguras da Ordem, ainda havia muitas informações valiosas que Peter poderia espalhar.

Hermione atravessou o Flu, determinada a começar o dia de forma produtiva. — Bom dia, Prof...

Ela congelou a meio caminho da lareira, assustada com a visão diante dela. Dumbledore estava parado na frente de sua mesa, recostado nela casualmente. Mas não foi isso que impediu Hermione de seguir seus passos. Perto dele, com um rosto familiar de indiferença, estava uma versão muito mais jovem do professor que sempre a fez sentir-se como algo na sola do sapato.

De uma forma que realmente a lembrou de Draco Malfoy, o homem recluso de sobretudo preto zombou dela quando a pegou olhando para ele de queixo caído.

— Ah, Hermione. Que bom que você está aqui. — Dumbledore cumprimentou calmamente.

— Professor... — Hermione disse, avançando hesitantemente. — O que ele está fazendo aqui?

— Bem, foi ele quem me deu o diário. — disse Dumbledore pacientemente.

Os olhos de Severus Snape brilharam perigosamente quando ele os desviou para Dumbledore. — O que você pensa que está fazendo? — ele disse firmemente.

— Severus, conheça Hermione Granger. Hermione, acredito que você já conhece Severus. — Dumbledore disse, sua diversão clara como o dia.

Snape abriu a boca indignado. — Você jurou que não contaria a ninguém...

Os olhos de Hermione se arregalaram em alarme. — Professor, é realmente inteligente contar a ele minha verdadeira identidade...

— Parem! — Dumbledore comandou com firmeza, fazendo os dois calarem a boca imediatamente. — Temos muito que esclarecer, então deixe-me simplificar as coisas. Vocês dois precisarão confiar um no outro porque posso garantir que ambos estão do mesmo lado.

— Mas minhas memórias... — Hermione argumentou.

— Senhorita Granger. — Dumbledore começou pacientemente. — Eu examinei suas memórias e devo admitir que a princípio fiquei alarmado. Mas notei algo que você pode ter perdido naquele ano.

Hermione o observou com expectativa.

— A maldição em minha mão provavelmente foi severa o suficiente para drenar lentamente minha força vital. Eu provavelmente já estava morrendo quando tudo que você lembra aconteceu e, para ser honesto, parece algo que eu teria orquestrado de antemão.

— Você já estava morrendo? — Hermione sussurrou horrorizada.

Dumbledore acenou para ela com tristeza. — É por isso que devo agradecer por me avisar sobre o anel com antecedência desta vez. Admito que estaria muito distraído para ser cauteloso.

Os olhos de Hermione se voltaram para o jovem Severus Snape. — Mas isso significa Snape...

— Sim, Severus foi leal à Ordem o tempo todo. — Dumbledore confirmou.

— O que em nome de Merlin está acontecendo? — Severus disse em um tom surpreendentemente impaciente, bem diferente do estóico professor que Hermione conhecia. — Eu ao menos a conheço? E de quais lembranças você está falando?

— Severus, a Srta. Granger está se referindo às suas ações futuras, que provaram que você de fato permanecerá leal à Ordem mesmo anos no futuro, e que você pode realmente ser confiável agora.

Um olhar de incredulidade inundou os olhos de Snape enquanto eles oscilavam entre Dumbledore e Hermione. — O futuro? Você quer dizer que ela voltou do futuro? Por que a Ordem ainda está ativa e por que eu ainda estaria trabalhando para você?

— Você pode perguntar à Srta. Granger mais tarde se quiser detalhes. — Dumbledore disse com desdém. — Por enquanto temos assuntos mais importantes para tratar.

Os olhos de Snape piscaram sobre Hermione com desagrado antes de ele franzir os lábios em aceitação. Hermione revirou os olhos, olhando com expectativa para Dumbledore.

— Conte a ela o que você me contou sobre a cobra, Severus. — Dumbledore solicitou.

— Você contou a ele sobre eles? — Hermione exclamou, provocando um olhar de repreensão de Dumbledore e um sorriso de satisfação de Snape.

Snape olhou para Hermione com desconfiança mais uma vez antes de iniciar seu interrogatório com um suspiro. — Eu verifiquei Nagini em busca de alguma anormalidade, mas não há nenhuma. Na verdade, o Lorde das Trevas a adquiriu recentemente, não acho que ele teria tido tempo de realmente transformá-la em uma Horcrux.

— Você já considerou que as propriedades dela podem ser diferentes de uma Horcrux inanimada? — Hermione perguntou imediatamente.

Claro. — Snape disse condescendentemente. — Posso garantir com absoluta certeza que a cobra não é uma Horcrux.

Por um segundo Snape esperou que ela torcesse o nariz para ele e o acusasse de mentir para eles simplesmente para sabotar sua missão. Se ela estivesse com a turma de Potter, então claramente ela seria do mesmo tipo tacanha e terrivelmente cabeça quente. Na verdade, ela praticamente gritou para a Grifinória com suas preocupações rápidas e natureza dolorosamente expressiva.

— Bem... Eu não tenho certeza de quando ele transformou a cobra em uma Horcrux, — Hermione admitiu, para sua surpresa. — A última Horcrux que eu conhecia era o Diadema, porque eu sei que ele já havia terminado todas as suas relíquias quando chegou aos Potter.

Chegou aos Potters? — Snape perguntou com uma voz tensa, permanecendo rigidamente.

— Nós evitamos isso desta vez. — Hermione disse suavemente.

Severus estudou Hermione criticamente, tentando separá-la com seu olhar penetrante. Ele parecia muito afetado pela notícia da hipotética morte dos Potter, o que não fazia sentido para Hermione porque, pelo que ela sabia, Tiago Potter tinha feito de sua vida um inferno em Hogwarts e ele pensava em Lily Potter como uma sangue-ruim no início. tempo.

— Então, supondo que a cobra ainda não tenha sido criada, nós temos todas as Horcruxes, Srta. Granger? — Dumbledore implorou.

— Eu penso que sim. — Hermione lembrou, contando rapidamente os que haviam reunido. — O diário dele, o medalhão da Sonserina, a taça da Lufa-Lufa, o anel de Gaunt e... Ah! Ainda precisamos do Diadema da Corvinal!

— Eu já adquiri isso. — Dumbledore assegurou.

— Onde estava escondido? — Hermione perguntou curiosamente.

— A sala onde todas as coisas estão escondidas.

Snape parecia confuso com a declaração ambígua, mas os olhos de Hermione se arregalaram em compreensão. — A Sala Precisa, é claro!

— Devo presumir que você não precisará mais dos meus serviços? — Snape perguntou maliciosamente.

— Claro que não, Severus. — Dumbledore insistiu. — As Horcruxes são apenas metade da batalha. Ainda precisamos derrotar o próprio Voldemort. Sua posição nas fileiras dele é inestimável para nós, especialmente agora.

— Como você está aqui, afinal? — Hermione perguntou abruptamente. — Hogwarts não é um lugar muito óbvio para você visitar.

— Não vejo como isso seja da sua conta. — Snape zombou.

— Severus. — Dumbledore disse em advertência. — Na verdade, ele está aqui para uma entrevista para o cargo de professor de Defesa. Voldemort está tentando transformá-lo em um agente duplo, mas ele mal sabe que isso apenas torna nossa comunicação mais fácil.

Snape franziu a testa ao ver a facilidade com que o velho compartilhava informações com alguém que era praticamente um estranho. Este era um conhecimento altamente comprometedor e poderia fazer a diferença entre a vida e a morte para ele caso caísse em mãos erradas.

— Não deixe que ele seja professor de Defesa. — sugeriu Hermione.

Os olhos de Snape fixaram-se nos dela em indignação, todo o seu corpo eriçado de indignação. Antes que ele pudesse articular o que certamente seria uma resposta fervilhante, Hermione rapidamente o tranquilizou.

— Nada de bom aconteceu ao professor de Defesa desde que o próprio Voldemort tentou conseguir o cargo e foi rejeitado. Apenas faça poções por enquanto, só até que possamos derrotá-lo. Seria apenas temporário!

— Eu estava pensando que poções seriam mais adequadas, de qualquer maneira. — Dumbledore disse concordando, para desgosto de Snape.

— Bem, então quando poderemos terminar tudo isso? — Snape retrucou com raiva.

— Senhorita Granger, como estão indo suas aulas com Alastor? — Dumbledore perguntou.

— Brilhante. — Hermione confirmou. — Acho que quanto mais cedo nos livrarmos das Horcruxes, melhor.

— Neste caso, não posso deixar de concordar com... Srta. Granger. — Snape disse, visivelmente se forçando a se dirigir a ela educadamente.

— Muito bem. — Dumbledore concordou. — Vamos nos reunir mais tarde esta noite para encerrar isso.

A Toca

Hermione finalmente voltou para a Toca, com os nervos à flor da pele com a expectativa daquela noite. Sim, ela dominou o lançamento de Fogo Demônio sob a tutela de Moody, mas ela se lembrou de Harry e Ron dizendo a ela que as Horcruxes brigaram, o que a deixou nervosa. Não havia como ela praticar a força necessária para revidar, porque ela simplesmente não sabia o que seria necessário.

— Hermione. — ela ouviu uma voz familiar chamar. Hermione se virou surpresa ao ver seu segundo par de gêmeos favorito vindo em sua direção.

— Gideon, Fabian. — ela exclamou. — O que vocês estão fazendo aqui?

— Nossa irmã nos disse que você estava de mau humor. — Gideon brincou. — Fomos convocados para vir consertar você.

— Oh, eu não estava. — Hermione disse indignada. — Eu estava pensando.

— Dumbledore nos contou. — Fabian disse sério. — Fomos convidados para estar lá esta noite.

— Sério? Como assim? — Hermione perguntou.

— Somos como as mãos de Moody, geralmente estamos lá para missões importantes. — Gideon disse com orgulho.

— Realmente? — os olhos de Hermione se arregalaram de surpresa. — Sempre pensei que Kingsley fosse o próximo da fila.

— Kingsley? — Fabian perguntou incrédulo. — Quero dizer, não me interpretem mal, o homem é esperto, mas não é um grande agente de campo.

Hermione assentiu, pensando em sua linha do tempo. Era bem possível que os gêmeos fossem ajudantes de Moody, especialmente depois de tê-los visto em ação. Se Kingsley estivesse mais abaixo na hierarquia, fazia sentido porque ele teria sido mais influente em sua época, depois que a maioria dos membros superiores da Ordem já haviam morrido.

— Além disso, também estamos cuidando do caso Longbottom. — acrescentou Gideon.

— Eles te contaram sobre Pettigrew? — Hermione perguntou.

Ambos assentiram severamente. — Procuramos em todos os lugares. — gemeu Fabian. — O covarde sujo simplesmente desapareceu.

— Nós o encontraremos eventualmente. — Hermione disse com confiança. — Temos que.

— Seja honesta. — disse Gideon, sorrindo para ela. — É satisfatório provar que estamos certos sobre tudo?

— Honestamente? — Hermione pensou sobre isso. — Não, é assustador. Não quero estar certo porque minhas verdades não são um futuro que eu desejaria para todos vocês.

Gideon zombou, revirando os olhos. — Você é boa demais para nós. — disse ele rindo. — Eu estaria me vangloriando de todos os seus rostos ingratos se fosse você.

— Sim, bem, é claro que é por isso que você é o idiota e ela não. — Fabian disse brincando, dando um soco no ombro do irmão.

Enquanto todos riam, ouviram um barulho alto vindo da cozinha. Os olhos de Hermione se arregalaram quando ela ouviu Molly Weasley cuspindo uma série de palavrões que ela nunca esperou ouvir da mãe em sua vida.

— Oh querido Merlin, Molly, o que você quebrou desta vez? — Gideon gritou sarcasticamente.

— CALA A BOCA E VENHA ME AJUDAR!

Gideon estremeceu com o comando estridente, enviando um encolher de ombros apologético em sua direção. — O dever me chama. — disse ele, correndo para ajudar a irmã.

— Então... — Fabian disse com expectativa.

— Então..? — Hermione perguntou, olhando para ele interrogativamente.

— Como estão as coisas com os mais jovens? Você sabe, desde a grande revelação e tudo mais?

— Os jovens? — Hermione perguntou, seus olhos se arregalando de alegria. — Presumo que você não se refira aos seus sobrinhos e aos amigos deles?

— Não, claro que não, as outras crianças. — disse Fabian alegremente.

Hermione não conseguiu conter uma risada. — Bem, todos eles têm idade suficiente para serem meus pais, então acho que isso faz de você um velho!

— Retire isso. — ele zombou, fingindo indignação. Ele a estudou enquanto suas risadas se acalmavam, tentando olhar além de sua parede normal de força e reserva calma. — Não, mas falando sério. Eles estão tratando você bem?

— Tudo bem. — Hermione assentiu. — Quero dizer, não me interpretem mal, não acho que eles tenham sido excessivamente mesquinhos desde a noite em que fomos para Nott Manor. Mas se há algo que percebi é que não os conheço tão bem quanto conheço. Acho que estou apenas tentando saber quem eles são, talvez me tornar amiga.

— Ah, sim, na noite em que você nos salvou milagrosamente. — disse Fabian com um brilho provocador.

Hermione apenas encolheu os ombros humildemente. — Você teria feito o mesmo por mim.

— E como vão as coisas com Black? — Fabian perguntou com conhecimento de causa.

— Sirius? Tudo bem, eu acho. Mas acho que me dou melhor com Remus.

— Vejo como ele olha para você. — destacou Fabian.

— Você quer dizer com suspeita? Ou frustração? — Hermione disse ironicamente.

— Como se você fosse uma runa que ele simplesmente não consegue decodificar. — Fabian observou Hermione cuidadosamente enquanto ela mexia os dedos, uma máscara de calma envolvendo suas feições. Ela olhou para ele surpresa, balançando a cabeça em negação.

— Ele não me olha assim.

— Ele quer você, e você pode ser a única que não percebe isso. — Fabian disse sem rodeios.

Hermione bufou, revirando os olhos. — Pelo que descobri, ele quer qualquer uma de saia.

— Mas você também o quer. — Fabian disse claramente, fazendo o olhar de Hermione se fixar no dele.

— Eu queria... — Hermione admitiu. — Mas a pessoa de quem eu pensei que gostava era uma versão muito mais madura e mais velha de Sirius. Esse homem ainda não existe.

— Ainda. — enfatizou Fabian. — Você planeja esperar por ele?

— Oh, deuses, não. — ela exclamou. — Além disso, duvido que ele amadurecesse e se tornasse o homem que eu conhecia - quero dizer, as circunstâncias que o transformaram foram únicas, pelo menos. Além disso, tenho outras prioridades agora, não posso arriscar estar na vida de Harry brincando com seu maldito padrinho!

— Touché. — ele sorriu divertido. — Mas se você precisar de alguém para lhe ensinar uma lição difícil...

— Deixe-me adivinhar? Você será o primeiro da fila? — Hermione revirou os olhos diante da ameaça típica de dar algum sentido àqueles que a machucaram. — Querido Merlin, Harry Potter pode ser um bebê agora, mas eu juro que você é igual a ele! Acho que atraio esse tipo.

Fabian soltou uma gargalhada alta quando Hermione o olhou de cima a baixo com escrutínio.

— Eu ia dizer que Gideon faria isso. — defendeu Fabian, os olhos brilhando de diversão. — Ele ficou muito protetor com você desde a missão na Mansão.

— Ótimo, exatamente o que eu preciso. — Hermione começou sarcasticamente. — Outro par de cães de guarda.

— Ei, eu me ressinto disso! — Gideon gritou, voltando para a sala parecendo um pouco desgrenhado. — Acontece que somos Aurores ativos. Sempre posso prender o cara. — ele disse diabolicamente, já sorrindo com a perspectiva.

— Nada disso agora. — Hermione gritou, não acreditando inteiramente neles por causa de tal façanha. — Além disso, vocês dois ficarão desapontados ao saber que eu realmente pretendo ficar fora do caminho dele. Poderíamos nos tornar amigos no máximo, mas mesmo na minha época não podíamos ter uma conversa sem discutir sobre uma coisa ou outra.

— Sim, claro, claro. — disse Gideon em dúvida, compartilhando um olhar divertido com seu gêmeo. Claramente, seu jovem viajante do tempo não percebeu o quão teimoso Sirius Black realmente era - como um cachorro com um osso. Se há uma coisa que eles sabiam é que ele a queria, mesmo apesar de às vezes seu próprio julgamento.

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