007

˖࣪ ❛ OS FÁCEIS
— O7 —

ENTÃO, SRTA. GRANGER. — Dumbledore perguntou quando todos se sentaram. — Onde estão essas Horcruxes?

— Em todo lugar, professor. — Hermione respondeu severamente. — Primeiro, seu diário, provavelmente está em algum lugar da Mansão Malfoy porque ele o confiou a Lucius Malfoy. O anel de Gaunt estará nas ruínas da casa de Gaunt. O medalhão da Sonserina estava originalmente escondido em uma caverna. Eu sei que uma de suas Horcruxes é uma cobra, mas sempre fica com ele, então não podemos ir atrás dela até o fim.

— São apenas quatro. — disse Moody.

— Eu acho que o quinto foi confiado a Bellatrix. — ela estremeceu ao se lembrar da mania de Bellatrix quando a interrogava sobre estar em seu cofre. — Ela já é uma Lestrange?

— Não. — Moody disse surpreso. — Ela se torna uma?

— Sim, ela se torna... Mas se ela ainda não for uma, então a Horcrux pode estar no cofre Black em Gringotes.

— E o sexto? — Dumbledore implorou.

— Não tenho certeza, não tínhamos chegado tão longe no meu tempo. Só preciso de mais tempo para pesquisar possibilidades.

— Você disse que havia sete no seu tempo. — Moody insistiu.

— Eu disse. — disse ela com firmeza. — No entanto, você professor... — ela disse olhando para Dumbledore. — Não foi muito direto. Então, embora eu não esteja totalmente certa, acredito que o sétimo ainda não foi feito e não será se conseguirmos manter os Potters seguros.

— Como você saberia disso se nunca lhe contassem? — Moody olhou para ela com desconfiança.

— Eu sou bastante esperta. — ela disse secamente. — Sou conhecida na minha época como a bruxa mais brilhante da minha idade.

— Mas...

— Acho que podemos confiar na palavra dela, Alastor. — Dumbledore disse pacientemente.

— Ok, então como devemos fazer para obtê-los? — ele perguntou em vez disso.

— Eu mesmo posso buscar o que está na casa dos Gaunt. Tenho alguém que pode me trazer o diário de dentro da Mansão Malfoy também. — Dumbledore assegurou. Hermione olhou para ele intencionalmente e Dumbledore já podia dizer que ela sabia do envolvimento de Snape.

— E o medalhão?

— Bem, isso depende inteiramente da Srta. Granger. Minha querida, você disse que estava originalmente em uma caverna. Isso significa que foi movido para outro lugar?

— Isso depende. Regulus Black ainda está vivo?

— Receio que não. — Dumbledore disse, ligeiramente confuso.

— Então o medalhão estará em Grimmauld Place. Monstro, o elfo doméstico, saberá onde está. Regulus morreu por desafiar Voldemort depois de abusar de Monstro. Ele descobriu sobre o medalhão e o tirou da caverna na esperança de destruí-lo mas foi derrubado pelos inferi na caverna.

— Oh, meu Deus, deveríamos informar o jovem Sr. Black sobre esta notícia. — disse Dumbledore.

Hermione assentiu distraidamente.

— Na verdade, talvez você devesse contar a ele, Srta. Granger. — Dumbledore disse com olhos brilhantes. — Ele pode ter perguntas para as quais só você saberia as respostas.

— É disso que tenho medo... — Hermione murmurou, continuando a concordar em falar com Sirius quando Dumbledore perguntou o que ela havia dito.

— Tudo bem então, vou informar meu contato para nos trazer o diário o mais rápido possível. E então Alastor, você e eu iremos recuperar o anel.

Todos concordando com as tarefas em mãos, eles caminharam juntos até a lareira. Moody passou primeiro. Dumbledore se virou para ela, olhando-a com simpatia.

— Descanse mais, Srta. Granger. Você teve uma jornada cansativa, tenho certeza que as coisas não teriam melhorado em apenas alguns dias.

— Sim, senhor. — ela o observou se virar antes de gritar em pânico. — Ah, professor!

Dumbledore voltou-se para ela.

— Quando você pegar o anel, não o coloque. Ele está amaldiçoado. A pedra no anel é a Pedra da Ressurreição e, na minha época, você colocou o anel antes de destruí-lo, e ele o amaldiçoou bastante.

Um lampejo de culpa e tristeza passou por trás da surpresa nos olhos de Dumbledore. — Obrigado pelo aviso, Srta. Granger. Avisarei assim que os tivermos.

Quando Hermione voltou para Potter Cottage, não havia ninguém à vista. Ela subiu para o quarto de hóspedes, sentando-se cansada na cama. Com a pressa e a urgência dos últimos dias, ela mal teve tempo de fazer um inventário de si mesma. Ela ainda podia sentir a dor persistente da maldição Cruciatus, mas também sabia que nenhum feitiço ou poção de cura poderia torná-los melhores.

Vasculhando sua bolsa de contas, ela desenterrou uma foto antiga dela, Ron e Harry do terceiro ano. Foi depois que eles resgataram Sirius, então a perna de Rony ainda estava engessada. Rony. Seu peito apertou dolorosamente quando ela se lembrou de suas últimas palavras para ela. Hermione nunca foi muito interessada em sua vida romântica, mas a única pessoa com quem ela se importava sempre foi Ron. Mas agora seu Ron estava morto. Claro, Ronald Weasley ainda estava vivo nessa época, mas ele tinha apenas alguns meses de idade e não era o homem com quem ela havia crescido. Nem Harry, nem nenhum dos Weasleys. Ela não pôde deixar de pensar que, se morresse, não sobraria ninguém no mundo que realmente lamentaria sua perda.  

Ela pulou com uma batida inesperada em sua porta, virando-se bem a tempo de ver Sirius enfiar a cabeça para dentro.

— Oh, oi. — disse ela, enxugando as lágrimas rapidamente.

O pequeno sorriso de Sirius desapareceu assim que ele viu o rosto dela. — Está tudo bem?

— Sim, tudo bem. O que é?

— Eu só queria ver se você voltou a salva.

— Ah... — Hermione não estava muito acostumada com isso. As únicas pessoas que se preocuparam em ver como ela estava eram Ron e Harry, e mesmo isso acontecia ocasionalmente. Ela sempre ficou fora do radar de todos, conseguindo escapar por horas sem ninguém piscar. — Obrigada por verificar. — disse ela, genuinamente falando sério.

— Ok, bem, estarei lá embaixo se você precisar de mim. — ele se virou para sair, fechando a porta atrás de si, quando Hermione se lembrou de sua promessa a Dumbledore.

— Espere, Sirius.

— Hum?

— Eu tenho algo para te dizer. — ela começou nervosamente.

Ele ergueu uma sobrancelha de brincadeira, encostando-se no batente da porta. — Oh? Conte. Alguma história embaraçosa sobre os outros?

— Você pode querer se sentar, na verdade.

— Se isso é um convite para acompanhá-la na cama, você pode apenas pedir, amor. — ele brincou, mesmo quando seu sorriso esmaeceu ligeiramente. Ele caminhou até ela, sentando-se na beirada da cama.

— Há muitos segredos que foram descobertos no futuro nessa época. — ela começou hesitante. — Um deles é sobre seu irmão.

Sirius piscou como uma coruja.

— Veja, quando começamos nossa missão, descobrimos que Regulus realmente roubou uma das Horcruxes de Voldemort de seu esconderijo e pretendia destruí-la antes de morrer.

— Eu não entendo. — Sirius disse, balançando a cabeça em confusão.

— Eu sei que vocês dois tiveram suas diferenças, eu só queria que você soubesse que ele tentou no final. Ele tentou fazer a coisa certa.

— Isso não é possível. — Sirius disse inexpressivamente. — Regulus odiava nascidos trouxas, ele acreditava em toda a porcaria da supremacia puro-sangue, não há como ele simplesmente mudar de ideia tão profundamente nisso.

— Bem, eu realmente não sei se ele fez isso ou não, mas ele não queria que Voldemort assumisse o controle e trabalhou para que isso não acontecesse.

Sirius olhou com olhos desfocados, perdido em seus próprios pensamentos.

— Olha. — Hermione disse gentilmente, colocando a mão sobre a dele. — Eu sei que isso não pode ser fácil, e você nem precisa reagir. Eu só queria que você soubesse. Você merece tanto, pelo menos.

Seus olhos voltaram ao foco quando seus tempestuosos olhos cinzentos encontraram os dela. Ele apertou a mão dela de volta, apertando-a com tanta força que quase doeu em Hermione. — Obrigado. — ele simplesmente disse, querendo dizer essas palavras mais do que ela jamais poderia imaginar.

Sirius sempre teve uma história difícil com sua família. Saber que talvez um deles pudesse ter o potencial de ser mais do que apenas um laço de sangue deu a ele uma sensação de encerramento. Isso lhe deu permissão para lamentar Regulus sabendo que ele morreu em favor da luz porque ele certamente não havia lamentado a morte de seu irmão Comensal da Morte adequadamente.

Hermione, vendo a agitação em seu olhar, gentilmente o puxou para seus braços, de alguma forma sabendo exatamente o que ele estava pensando. — Sirius, você sempre terá uma família com seus amigos. A amizade de vocês foi uma das coisas mais fortes que eu já vi. Nunca pense que está perdendo uma família.

Sirius congelou por um segundo, completamente pego de surpresa por sua percepção. Apenas James realmente sabia sobre suas inseguranças sobre a família, e isso era apenas porque ele morou com os Potters um ano depois de fugir de casa. Todos os outros pareciam acreditar que ele não gostava dos princípios de seus parentes o suficiente para não ansiar por uma família - pelo menos uma família real e amorosa.

Ele ergueu os braços, colocando lentamente as mãos nas curvas inferiores da cintura de Hermione, confortando-se com o calor suave dela. Sua respiração falhou infinitamente quando ele inalou seu perfume sutil de rosas e caramelo, e pela primeira vez em anos ele se sentiu como um adolescente novamente.

Hermione retirou-se facilmente de seus braços, aparentemente não afetada por seu abraço e inconsciente de seus sentidos destruindo-o. Mas, novamente, por que ela iria? Sirius pensou quando uma revelação irritante veio a ele. Para ela, ele era um homem 20 anos mais velho e padrinho de seu melhor amigo. Claro que ela não te vê assim, seu cachorro burro.

— Acho que vou tirar uma soneca. — disse Hermione timidamente, dispensando-o educadamente de seu quarto. — Eu não tinha percebido o quão fraca eu ainda estava antes.

Sirius levantou-se suavemente, sacudindo a leve dor em seu orgulho. Ele era Sirius Black, pelo amor de Deus. As garotas costumavam cair tentando ficar com ele em Hogwarts. Ele teve sua cota de mulheres, não havia razão para se preocupar com o fato de que a melhor amiga de seu afilhado não parecia estar ciente dele nessa qualidade. Mas ainda assim, ele não pôde evitar.

— Hermione, o que éramos na sua época?

Ela ergueu ligeiramente a sobrancelha antes de responder facilmente. — Amigos.

— Nós éramos realmente amigos? Você não era apenas a melhor amiga do meu afilhado?

Ela sorriu com ternura, pensando no terceiro ano. — Bem, eu tirei você de um aperto um ano, e desde então, sim, nós éramos amigos.

— Talvez você me conte a história um dia. — ele sorriu, sentindo-se mais leve por ela já ter sentido algum tipo de conexão com ele além do conhecimento.  

— Talvez. — ela disse elusivamente, seu sorriso um pouco tenso agora.

Ele se virou para sair, tendo seu próprio trabalho para voltar.

— Adeus, Sirius.

— Durma bem, gatinha. — ele lançou um último sorriso antes de fechar a porta atrás dele.   

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