004
˖࣪ ❛ CONFIÁVEIS
— O4 —
— BEM, SRTA. GRANGER, acho que é hora de você nos informar sobre esta missão que você mencionou.
— Sim. — Hermione assentiu. — Acho melhor chamarmos mais algumas pessoas antes de eu começar a explicar tudo.
— Vou convocar uma reunião de ordem...
— Não!
Todos olharam para ela, surpresos com sua veemência.
— Todos vocês estão certos em serem paranóicos, há uma toupeira na Ordem. Eu sei quem pode e quem não pode ser mais confiável, então se você não se importa, eu gostaria de selecionar as pessoas que estão cientes de minha verdadeira identidade e esta missão.
Dumbledore assentiu aceitando. — Bem, quem são as pessoas para quem você gostaria que chamássemos?
— Além das pessoas nesta sala? Eu diria Professora McGonagall, Kingsley, Olho-Tonto e Molly e Arthur Weasley.
— Qualquer outra pessoa. — Dumbledore perguntou, já enviando patronos para as pessoas listadas.
— Se os Weasleys estão vindo, você quer os gêmeos Prewett lá? Eles estão mais envolvidos com o esforço de guerra do que os Weasleys. — Remus mencionou.
— Eles ainda estão vivos? — Hermione perguntou em choque.
Os outros olharam para ela tentando decidir se ela estava falando sério enquanto Dumbledore a olhava severamente.
— Sim, suponho que devam ser chamados. — concluiu ela. — Os Longbottoms ainda estão bem?
— O que acontece com Alice e Frank? — Lily perguntou tensa.
Hermione exalou instável, abalada com o quanto ela ainda poderia mudar. — Espero que nada. — disse ela. — Mas nós vamos querer eles lá também.
— Devemos ligar para Peter. — Sirius acrescentou.
— NÃO!
Todos os Marotos olharam para ela confusos enquanto Lily a avaliou com preocupação.
— Pettigrew... Pettigrew é a toupeira. É ele quem te trairá no futuro.
— De jeito nenhum. — James defende imediatamente. — Peter é um dos nossos amigos mais próximos, não há como ele fazer isso.
— Sim, você deve estar enganada. Peter não tem isso nele para ser um Comensal da Morte. — Sirius disse confiante.
— Ele é, e ele tem. — Hermione insistiu. — Vocês trocam os guardiões do segredo para Pettigrew no último minuto, e ele dá sua localização direto para Voldemort.
— Espere... — Remus entrou na conversa. — Vocês trocam para Peter? Por quê?
Os outros olham para ele desconfortavelmente. — Cara, você está fazendo um trabalho perigoso com os lobos. — Sirius começou a dizer. — Seria mais fácil para Voldemort chegar até você do que Peter. — a confissão de Sirius deixa claro que eles já haviam discutido a possibilidade de trocar os guardiões do segredo.
— E daí se ele pudesse chegar até mim? — ele gritou incrédulo. — Eu morreria antes de trair Lily e James, assim como você!
— Companheiro... — James começou culpado.
— Vocês todos pensaram que eu era a toupeira, não é? — Remus perguntou, já sabendo a resposta.
— Não! — James negou veementemente. — Apenas pensamos que você estava muito perto das influências mais sombrias da guerra... Mesmo que optássemos por mudar os guardiões do segredo, seria menos arriscado não mudar isso para você.
Remus olhou para eles, praticamente com o coração partido. — Por que você acha que eu me ofereci para trabalhar com os bandos? — ele cuspiu como se estivesse enojado com o próprio pensamento. — Para você. Você acha que eu realmente gosto de estar cercado por pessoas que me fazem esquecer minha própria humanidade? Passei anos tentando me ensinar o contrário.
— Pessoal... — Hermione interrompeu. — Por favor, não discuta. Pelo que entendi do passado, as coisas estavam muito tensas nessa época. Todo mundo estava em guarda e desconfiado. Além disso, ninguém suspeitava de Peter. Nós nem sabíamos que era ele quem traiu os Potters até anos depois.
— E daí? — James perguntou a ela com os olhos arregalados. — Eles pensaram que era Sirius?
Hermione estremeceu com seu deslize. — É complicado. E sem importância porque nada disso vai acontecer. Sirius ainda é o guardião do segredo, então o que acontece a partir deste ponto está sob nosso controle.
Antes que eles pudessem interrogá-la para obter mais respostas, Dumbledore veio em socorro de Hermione.
— Tudo bem, Srta. Granger, todos de sua escolha foram instruídos a se reunir no quartel-general. Devemos ir.
— Não sei onde fica o quartel-general atual... — Hermione pensou em voz alta. — Na minha época, Sirius nos deixava usar o Grimmauld Place, mas duvido que seja o caso agora. — Sirius ergueu uma sobrancelha surpreso com aquela informação, não sentindo nenhuma conexão com Grimmauld Place, mas profundamente magoado.
— Eu falo com você, Hermione. — Remus se ofereceu prontamente. Ela poderia dizer que ele ainda se sentia magoado pela falta de confiança de seus amigos nele.
— Lily, onde está Harry? — Dumbledore perguntou de repente.
— Pedi a Alice para vigiá-lo quando viemos para Hogwarts, ela saberá trazê-lo para o quartel-general.
Com isso, todos começaram a ir para o quartel-general da Ordem da Fênix, Remus e Hermione sendo os últimos. Ela o deteve com um braço gentil enquanto ele se movia para a lareira.
— Remus, eu sei que você se sente traído agora. — ela disse sem saber como retratar a ele o esquema maior de confiança e amizade que ele e seus amigos superaram sem muitos detalhes dolorosos. — Mas Sirius e James ainda pensam muito em você, você tem que saber disso. Eles dariam suas vidas por você sem questionar, assim como você faria por eles.
Ele assentiu lentamente, sua própria exaustão se infiltrando em sua expressão antes de guiá-la gentilmente para o fogo. — Vamos, Hermione.
Eles passaram pelas chamas, mas a sensação da viagem de flu deixou Hermione instável mais uma vez. Ela se atrapalhou ao sair da lareira, incapaz de encontrar energia para se manter de pé. Remus a pegou com reflexos anormalmente rápidos, lembrando a Hermione que sua licantropia trazia alguns benefícios.
— Você está bem? — ele perguntou baixinho em seu ouvido, sua respiração roçando seu cabelo.
Ela acenou com a cabeça insegura, principalmente tentando parar a tontura.
— Ah, não... Hermione. — Lily disse simpaticamente, correndo para o outro lado. — Dumbledore, você tem certeza de que devemos fazer isso agora? Ela teve alguns longos dias, talvez seja melhor deixar isso para outro dia.
Todos os outros congelaram, como se apenas lembrando da tortura e derramamento de sangue que eles testemunharam de suas memórias, aconteceu apenas algumas horas atrás para a jovem bruxa.
— Sinto muito, Srta. Granger, quão completamente insensível da minha parte. Podemos reagendar isso até que você se sinta descansada.
— Não, está tudo bem. Eu honestamente prefiro fazer isso agora. Eu estava com medo de morrer sendo o único a saber a verdade sobre como detê-lo, e prefiro não continuar assim por mais tempo do que necessário. Eu só preciso de uma poção de pimenta.
James se aproximou, silenciosamente oferecendo a ela um pequeno frasco, que ela bebeu sem hesitar. Sentindo a poção fortalecendo seu corpo mais uma vez, ela se levantou, agradecendo a Remus por seu apoio.
— Todos estão reunidos na cozinha. — disse Dumbledore, liderando o caminho.
Entrando na sala cheia, os olhos de Hermione ficaram vidrados sobre os jovens que ela conhecia como adultos. Arthur e Molly pareciam vibrantes e décadas mais jovens, em vez de apenas dez anos; assim como Sirius e Remus. A guerra deve ter cobrado muito deles.
Ela viu um par de gêmeos muito parecidos com Fred e George, mas com cabelos escuros, observando-a com olhares inquisitivos. Ah... os gêmeos Prewett. Seu olhar mudou para as pessoas que ela só poderia supor serem os Longbottoms com duas crianças nos braços.
— Harry... Neville. — ela engasgou, dando um passo em direção a eles com a mão levantada para eles. Os Longbottoms se moveram defensivamente enquanto a olhavam com cautela, movendo as crianças sutilmente para longe dela. Hermione fez uma pausa e, embora seu coração se apertasse com a realidade de sua situação, ela percebeu que era melhor não lidar com as crianças enquanto estava encharcada de sangue.
— Pessoal, nos reunimos aqui para um desenvolvimento bastante sério em nossa luta. Esta tarde, fomos agraciados com uma visita surpreendente de... — Hermione se desligou quando Dumbledore começou a explicar tudo o que ela os convencera até então. apontar. Seu braço parecia estar pegando fogo e ela percebeu tardiamente que seu corpo estava muito mais fraco do que ela pensava inicialmente. Com um pensamento mórbido, ela se perguntou se seria tão ruim se ela morresse. Contanto que eles soubessem como derrotar Voldemort, não era como se ela tivesse algum lugar neste momento. Seu povo já havia morrido. Mas antes que ela pudesse ir mais longe nessa linha de pensamento destrutivo, ela podia sentir a magia de Harry balançar confortavelmente em torno de seu próprio núcleo. Ela sintonizou de volta com determinação. Ela prometeu a ele que terminaria isso para ele,
— Como diabos você pode confirmar isso? — Olho-Tonto perguntou em um tom rouco e suspeito.
— Nós confirmamos tudo. — Dumbledore assegurou. — Suas memórias não foram manipuladas, e ela tomou Veritiserum para provar isso.
Olho-Tonto voltou os olhos para ela contemplativamente, sem saber como receber a notícia por causa de suas graves implicações. Hermione sorriu suavemente para ele. — Vigilância constante, Olho-Tonto. Está tudo bem, entendo suas dúvidas. — suas sobrancelhas se ergueram comicamente quando ela citou seu lembrete constante para eles, e os outros a avaliaram com apreço.
— Então, qual é a missão para a qual você foi enviada? — Dumbledore perguntou mais uma vez.
— Bem, você começou a ensinar Harry sobre a história de Voldemort durante suas aulas em nosso sexto ano. Você disse a ele que Voldemort era tão obcecado com a imortalidade e poder que ele fez Horcruxes.
Dumbledore e Olho-Tonto olharam duas vezes enquanto Sirius inalava profundamente. Os outros apenas a olharam confusos.
— Isso é um pouco de magia negra, senhorita. — disse Olho-Tonto.
— O que são Horcruxes? — um dos gêmeos Prewett falou.
— Eles são uma maneira de armazenar metade de sua alma em um objeto inanimado, mas o processo de fazer um é bastante sombrio. Em última análise, é preciso matar para criar um. — Dumbledore resumiu.
— Sim, mas aprendemos com Voldemort que o hospedeiro não precisa ser inanimado, e você pode criar mais de um. — Hermione continuou.
— Quantos. — Dumbledore perguntou tenso.
— Sete.
— Sete?! — Sirius perguntou incrédulo. — Aquele psicopata dividiu a alma em sete pedaços?
— Eu acho que ele só fez seis neste momento, na verdade.
— E você sabe o que eles são? — Kingsley perguntou.
— Eu sei o que a maioria deles são, e onde encontrá-los. Posso fazer algumas listas, mas vai levar tempo para reuni-los. Além disso, não podemos destruí-los até que tenhamos a maioria, senão todos, porque Voldemort pode senti-los sendo destruídos. Isso vai avisá-lo e ele pode movê-los antes que tenhamos a chance de chegar até eles.
— Dumbledore mencionou uma toupeira que deveria trair os Potters? — McGonagall perguntou.
— Sim, Pettigrew.
— Peter?? — Alice e Frank gritaram. — Tem certeza?
— Sim, tenho certeza. — Hermione repetiu severamente.
— Então, como vamos cuidar disso? — Olho-Tonto perguntou.
— Prenda-o obviamente. — os irmãos Prewett concordaram.
— Não! — Hermione falou. — Eu sei como a linha do tempo se desenrola se Peter receber a posição de guardião do segredo. Podemos usar isso a nosso favor; saberemos com certeza onde Voldemort estará no Halloween e que ele estará sozinho. Podemos usar isso para emboscá-lo.
Moody a olhou com um novo respeito. — Bem pensado.
— Eu ainda não consigo acreditar que Peter é a toupeira. — resmungou Alice.
— Bem, talvez isso seja o melhor. Se as coisas acontecerem como eu sei, todos vocês terão provas de que Pettigrew traiu os Potters. — Hermione viu os Potters e Marotos estremecerem com a menção de sua traição com culpa. Era muito dela para despejar sobre eles.
Hermione agarrou a borda do balcão contra a qual ela estava encostada enquanto sentia a poção de pimenta desaparecer. Os outros já estavam conversando sobre novas medidas de segurança e tal quando Lily falou claramente, olhando Hermione perspicazmente.
— Eu acho que isso pode ser continuado em outro momento. Hermione precisa se recuperar, e uma vez que ela se recuperar, ela pode elaborar as listas que precisamos para terminar isso. — Hermione olhou apreciativamente para Lily Potter quando a tontura começou a dominá-la mais uma vez.
Os outros olharam para Hermione, observando sua forma maltratada sob uma nova luz, simpatia e respeito preenchendo seus olhares.
— Enquanto isso, todos vocês precisam continuar normalmente. Peter não pode saber que você suspeita dele. Por mais que você queira fazê-lo responder por sua traição. — Hermione disse fortemente, olhando Sirius bem nos olhos. — Você pode.
— Última coisa. — Dumbledore mencionou. — Precisamos proteger sua verdadeira identidade. Tenho certeza que outras pessoas verão você e suas interações com a Ordem e não podemos permitir que tirem conclusões sobre de onde você veio. Especialmente os Comensais da Morte.
Hermione assentiu, cerrando os dentes enquanto lutava para se manter de pé. Só mais alguns minutos.
— Ela pode ser uma Prewett! — um dos gêmeos disse atrevido.
— Ou uma Weasley. — Arthur ofereceu, finalmente falando. — Há muitos de nós.
— Na verdade, acho que seria mais seguro se ela fosse uma Dumbledore. — Dumbledore disse em voz alta. — Posso fazê-la passar por sobrinha-neta, e isso explicará como trabalharemos de perto no futuro próximo.
— Eu nem sabia que você tinha irmãos, Albus. — Minerva falou confusa.
— Do lado de Aberforth? — Hermione perguntou, olhando para Dumbledore intencionalmente.
— Sim. — ele admitiu ao perceber que Hermione sabia mais sobre ele do que ela dizia.
— E as aparições dela? — Olho-Tonto falou rispidamente. — Certamente, quando a bebê Granger crescer, as pessoas vão notar a semelhança entre eles.
— Eu não pretendo atrapalhar o futuro do meu eu atual. — disse Hermione. Todos a encararam em silêncio, sem saber o que ela queria dizer. Ela sabia em seu coração que seu único trabalho restante era garantir a segurança e a paz do futuro, mas ela não queria preocupar os outros com isso. — Quero dizer... Temos muito tempo até lá para resolver tudo. Precisamos nos concentrar na missão por enquanto.
Todos eles assentiram em aceitação relutante.
— Tudo bem, Hermione Dumbledore, eu acredito que é hora de você descansar um pouco. — disse Dumbledore.
— Brilhante. — Hermione murmurou quando manchas pretas começaram a aparecer em sua visão.
Antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa, ela sentiu seu corpo escapar de seu controle enquanto o mundo caía na escuridão. Ela estava mais fraca do que havia previsto.
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