Skarlety narrando

Quando chegamos em casa, Juan ainda estava muito sério, só que as vezes tentava disfarçar, porém eu sabia que algo estava acontecendo. O meu medo era que fosse, ele ter só brincado comigo esse tempo todo e enquanto eu achava que ele estava a mudar.

Era noite e eu estava deitada lendo e ele saiu do banho e enxugava seus cabelos loiros na toalha e depois colocou ela no seu lugar de antes, vindo se deitar ao meu lado, acompanho todos seus passos e quando o mesmo se deita, percebe que eu estou a observá-lo.

-Atrapalhei você? Se foi, não foi porque quis, eu sou muito desajeitado. -Ele diz se acomodando.

-Não atrapalhou, eu só, nada coisa pouca. -Digo e tento voltar minha atenção para o livro.

-Começou, termina, me fala, o que tá passando aí nessa cabeça? -Ele pergunta, baixando o livro das minhas mãos e me olhando com aqueles olhos.

-Bem é que você tá estranho, não sei, tipo tenso, aconteceu alguma coisa? -Pergunto e vejo seus olhos azuis ficarem cabisbaixos.

-Só cansaço, mas fora isso tá tudo bem, não precisa ficar preocupada, não quero você mal por coisa minha. -Ele diz e acaricia minha perna por debaixo dos lençóis.

-Certeza que é só isso? Que não é outra coisa? -Pergunto.

-Uhum, agora vem cá. -Ele fala me colocando no seu colo e me beijando em seguida.

Um beijo calmo, mas intenso, sinto que ele necessita de mim, como se algo dentro dele implorasse por aquele momento. Não demora muito e eu já posso senti-lo enrijecer, sua boca vai em direção aos meus seios, e eu solto um gemido e ele sorri de canto.

-Porra, princesa, você me tira do sentido. -Ele fala jogando a cabeça pra trás.

-E isso não bom? Esquecer do que se passa ao redor por um tempo? -Digo.

-Esse é o problema, eu quero isso contigo o tempo inteiro. -Ele fala e me beija.

Desço minha mão até o seu short fino e tiro seu membro pra fora, masturbando o mesmo, fazendo ele soltar um suspiro contra o beijo, ele tenta querer me deitar, mas eu nego e me ajeito nele, quando sinto o mesmo me preenchendo, me acostumo um pouco e começo a me movimentar por cima, indo ao encontro da sua boca.

Intensifico os movimentos e ele também, me olhando nos olhos, e ele passa a mão no rosto e deixa um tapa na minha bunda, apertando a mesma, o que me deixa com mais vontade dele.

Ele estoca bem fundo e eu acabo gozando, ele sorri e me põe de quatro, tirando toda aquela roupa que ainda restava, e em seguida penetrando novamente em mim, o que não demora muito pra ele chegar ao seu ápice e caindo sobre mim mas não põe nenhuma força.

-O que eu faço com você? -Ele me pergunta, sorrindo e beijando.

-Agora você me leva pra tomar um banho bem bom, e depois a gente dorme. -Digo inocente, sabendo que ele não ia se satisfazer só com um simples banho, nunca consegue.

-Fechado. -Ele me põe nos braços e me leva pra banheira.

Acordo pela manhã e Juan já não estava mais na cama e tinha uma mensagem dele, dizendo que precisava sair porque tinha que ir na cidade vizinha para uma reunião, e eu sorrio.

Me levanto e faço minhas higienes diárias e depois me ajeito para descer e tomar café, estou na mesa e escuto a campainha e logo vejo alguém sendo sido recebido, e reconheço a voz da minha sogra.

-Bom dia, querida, que bom ver você! -Ela diz vindo até mim e eu me levanto e indo cumprimentá-la.

-Bom dia, rainha Jessica, aconteceu alguma coisa? Precisa de algo? Sente-se e tome café comigo. -Digo apontando para a mesa e ela sorri indo se sentar.

-Vim ver Juan, mas falaram que ele não estava em casa, mas insistir em entrar porque ele ontem saiu lá de casa, muito raivoso e nervoso.

-Mas aconteceu algo? Ele tava bem estranho ontem, mas não chegou a me falar nada, mesmo eu o perguntando. -Digo sentindo uma sensação tanto estranha.

-O pai dele queria ter uma conversa com ele, e bom, Juan não tem uma relação muito boa com o mesmo, e acredito que esse foi o motivo do comportamento suspeito dele. -Ela diz com o seu semblante triste.

-Sinto muito por isso, eu achava que era até em relação a mim, como se ele tivesse só brincando comigo, porque bem, a gente não era muito um com a cara do outro, mas o tempo vem fazendo a gente se dar bem. -Digo a ela e a mesma sorri.

-Isso me deixa mais tranquila, mesmo que vocês tenham sido se conhecido da forma que foi e tendo que seguir tantas coisas contra vontade, ver meu filho feliz e com alguém de um coração tão bom e puro como o seu, me deixa aliviada, mas o motivo nunca foi você. -Ela diz segurando minha mão.

-E você sabe o que deixou ele tão nervoso assim? Nunca vi ele daquele jeito, tenso e perdido. -Ela me encara e balança a cabeça concordando.

-A imprensa, os povos, caíram em cima de Júlio, querendo saber se já tinha alguma hipótese de você tá grávida, mas não falamos nada, e acredito que tenha sido isso, sei que meu filho falou que não ia forçar você a nada e saiu de lá e deixou o pai dele furioso. -Fico em choque com o que acabo de ouvir.

-Meu Deus, filhos? Nunca nem passou pela minha cabeça, óbvio já pensei isso, mas não agora, mas ele aguentou tudo isso sozinho e ainda me defendeu esse tempo todo. -Escuto a porta sendo aberta e a voz dele ecoa.

-Ei, que surpresa, eu trouxe flores pra você. -Ele me olha e eu encaro o buquê de rosas azuis na mão dele e sorrio.

-Azuis! Como sabia que são minhas favoritas? -Digo me levantando e indo na sua direção.

-Digamos que eu subornei a sua prima pra ela me passar essa informação, gostou? -Ele me entrega.

-Sabia que tinha dedo dela no meio, eu amei demais, obrigada. -Ele sorri e me beija.

-Mas olha, com licença. -Ele pega uma do arranjo e vai na direção da sua mãe. -Como sei que você também ama as mesmas que ela, toma, te amo. -A mãe dele sorria com olhos brilhando.

-Obrigada meu filho, te amo muito, é tão bom te ver tão feliz e sendo um homem incrível. -Ela fala acariciando o rosto dele, ele é a cópia dela.

-Cê sabe, que eu tento ser uma pessoa diferente dele todos os dias, e eu ainda vou te tirar de lá e te trazer pra cá, te prometo. -Ela balança a cabeça.

-Ele nunca permitirá isso meu amor, mas eu já sou muito feliz em te ver construindo uma vida linda. -Ela fala e ele só balança a cabeça abraçando a mesma.

[. . .]

Era noite e Juan tava no escritório dele e eu vou até lá e ele tá em pé na varanda, olhando pra vista e eu vou na direção dele.

-Me conta o que se passa aí dentro desse coração. -Digo envolvendo meus braços pelo seu corpo.

-Oi, só pensamentos mesmo, como foi seu dia? -Ele tenta mudar de assunto, mas sei que ele tá super sufocado.

-Porque não me contou da sua conversa com seu pai? Sua mãe tá tão preocupada com você. -Digo e ele se assusta.

-Ela te contou? Eu sabia que tava alguma coisa errada, ele sempre manipula ela. -Ele diz passando a mão pelos cabelos.

-Ei, eu tô bem em relação a isso, fiquei feliz por saber que você me defendeu e nos defendeu, sua mãe te ama e ela nunca faria isso por mal, e eu sei como o seu pai te sufoca, mas não quero que fique guardando as coisas sozinho. -Digo abraçando ele.

-Isso me tirou um peso enorme das costas, não contei porque fiquei com receio do que tem entre a gente mudar, não quero que ache que eu tô só te usando, cada dia que passa eu quero você perto, esse casamento era um pesadelo pra mim a meses atrás e hoje é o que me deixa mais feliz, te ter como minha mulher. -Ele me pega desprevenida e eu sorrio.

-Você também me faz muito bem, e por mais que sejamos muito cobrados o tempo todo, não devemos satisfação a ninguém, e o que tiver que acontecer vai, e eu também sou muito feliz por te ter como esposo e dizer que é meu. -Ele sorrir de lado e me beija.

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