Capítulo 5


                      | SKARLETY |

Saio do banho depois de um dia estressante ao lado de Juan, qual a dele? Primeiro deixa claro que não quer nada comigo e depois muda da água para o vinho, e fica me cobrando coisas, crises de ciúmes, se que ele sente isso.

Meu celular que carregava ali na mesa, não parava de chegar mensagens, notificações ou menções. Meu cabelo molhado deixei assim, pois só ia jantar e subir novamente para o quarto, então peguei o celular, antes de sair do quarto, e abri minha conversa com a Yskara.

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Yskara| Menina, o que foi isso? O que eu perdi?

Abri a foto, vendo um print, de onde o príncipe tinha comentado na publicação que tinham feito sobre mim, não sei porque mas algo dentro de mim esquentou, mas eu balancei a cabeça negando e tentando tirar aquela possibilidade da cabeça.

Eu| Perdeu nada, ele é um babaca, inclusive tenho que descer pra jantar, beijo, até amanhã.

Desci para o jantar e estavam todos na mesa, me sentei ao lado do insuportável, que me acompanhou com o olhar desde o momento que eu desci da escada.

-Precisamos conversar, Skarlety. -Ele diz baixinho.

-Não temos o que conversar, Juan. -Falo o olhando.

-Bem espero que o motivo da conversa, seja os planos do futuro, como meus netos. -Olho para o rei incrédula.

-Não penso nisso, agora. -Falo calma e Juan me olha sorrindo de lado.

-Mas você tem que cumprir o papel de rainha, e mostrar ao seus, um herdeiro ou herdeira. -Ele insiste no assunto.

-Ela não é obrigada a nada, pai, já chega, no momento dela e quando for pra ser. -Juan me defende e o pai dele se revolta.

-Você trate de cumprir com o que tem que fazer, não me faça ter que te mostrar a realidade. -Agora foi a vez de Juan se alterar, ele olhou pra sua mãe, que tinha um olhar vago e triste e saiu dali e eu não sei porque, mas eu fui atrás dele.

Ele andava rápido, ia em direção a um lugar que eu nunca tinha visto, e eu o segui, tentei chamá-lo algumas vezes, mas ele não me deu muita atenção.

-Juan, para, por favor. -Ele se vira e me olha, seus olhos azuis estavam uma mistura de dor e raiva.

-Eu não consigo discutir agora, Skarlety. -Ele falou.

-Não vim aqui brigar, até porque se fosse isso, eu te esperaria entrar e aí pronto. -Olho em volta, e estamos em uma estufa, cheia de flores de várias cores, é uma iluminação incrível. -Nossa que lugar lindo. -Falo e ele me olha.

-Aqui é incrível, gosto bastante de ficar aqui só. -Ele fala.

-Perdão, eu nem sei porque eu vim, mas obrigada por ter me defendido, eu achava que ia explodir ali mesmo. -Falo e me viro pra ir embora, mas sinto alguém me puxar.

-Não vai, fica. -Seus olhos me olhavam de uma maneira indescritível, podia sentir sua respiração bem perto, ele tava tão perto, tudo caminhou para um beijo calmo, mas logo ele se separou de mim e eu olhei confusa. -Desculpa, não quero que ache que eu tô me aproveitando, você já deve ter uma imagem minha horrível demais.

Sorri, e por impulso ou vontade dele, puxei ele pelo blaser, colocando nossos corpos, e o beijo que era calmo, ficou intenso, sua língua pedia passagem e eu dei, uma de suas mãos na minha nuca e outra deslizava até a minha cintura, agora eu entendia o porque ele era tão desejado.

Paramos por falta de ar, e ele parecia ainda magoado, perdido e longe dali.

-Tá tudo bem? -Pergunto.

-Eu só não quero que pense que sou tal como meu pai, nem me entender com ele, eu consigo, que dirá ser igual, nunca que eu faria nada contra vontade de ninguém. -Ele diz olhando para o céu.

-Nunca pensei isso, talvez um pouco, mas não quis acreditar que isso é real, sinto muito pela sua mãe, ela é uma mulher incrível. -Ele me olha e sorri de lado.

-Sim, ela é a pessoa que mais amo nesse mundo, dou minha vida pela a dela, meu pai já fez ela sofrer demais, sempre que eu posso, tiro ela desse sofrimento. -Eu não sabia o que responder, mas estava vendo uma versão dele, que nunca imaginava achar que ele tinha.

-É melhor a gente voltar, você sabe, ninguém sabe quando tá sendo observada ou não. -Ele concorda e me acompanha, paro em frente meu quarto.

-Valeu por me ouvir. -Ele diz e eu sorrio, entrando no quarto, me encosto na porta e aquele momento não para de repetir na minha mente, meu Deus o que eu fiz.

[...]

No outro dia acordo com Yskara fazendo maior zoada no meu quarto, me sento na cama sem entender nada, vejo que a mesma segura um jornal nas mãos.

-Qual foi? Não tô entendendo nada. -Digo tentando digerir ainda.

-Skarlety Leblanc, você meu Deus, deu pra esconder as coisas da tua melhor amiga? -Olhei pra mesma sem entender o que ela fala.

-Tá maluca? Escondi nada, tava era dormindo. -Digo.

-E o que é isso? -Ela vira o jornal, e tem uma foto minha com Juan, ontem, na estufa, me veio um embrulho na mesma hora, fico encarando tudo aquilo e minha cabeça para dar voltas.

-Merda, como foi que isso aconteceu, todo mundo já deve tá sabendo. -Ela me olha como se fosse óbvio. -Ontem houve uma discussão entre ele o pai, e eu ele saiu e eu fui atrás, não me pergunta o porque, eu só fui, e não sei, quando eu vi, já tinha rolado. -Falo me encolhendo nas cobertas.

-Bem, pelo menos vocês ficaram lindos na foto, dignos de um casal, quem vê assim parece que se amam de verdade. -Ela fala olhando para a foto.

-Ele sabe será? -Pergunto e a expressão da mesma muda.

-Bom, quando eu cheguei aqui, ele tava em altos risos com o Julian, bem animado né. -Ela responde, óbvio, como eu fui ingênua, eu fui ter pena, taí agora tô sendo besta pra ele.

Me levantei e fui me ajeitar para descer, pois hoje iria para outro palácio, pois de acordo com as regras, não podemos nos ver até a hora do casamento, que por sinal é amanhã.

Desci as escadas com Yskara, e ele estava lá, rindo com Julian, a raiva me consome, e ele tenta chegar até mim, mas eu me esquivo.

-O que deu em você? Achei que tivéssemos de boa. -Ele fala.

-De boa? Eu sendo motivo de piada pra ti? Aquilo nem deveria ter acontecido, afinal era o que você queria né? Eu cair nesses teus papos. -Digo saindo.

-Volta aqui Skarlety. -Vejo ele tentar vim, mas minha amiga o impede e mostra a notícia e ele passa as mãos pelos os cabelos loiros e amassa o jornal.

Só fecho os olhos e peço para aquele dia e o de amanhã passar rápido.

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