Capítulo 13
Skarlety narrando
Os dias passaram rápido, e quando chegou o fim de semana, fomos direto para nosso antigo reino, tenho tentado agir o mais normal possível perto de Juan.
Chegando em casa, avistei meus pais e fui correndo para os braços dos mesmos e comecei a chorar, eu precisava tanto daquilo, que não me aguentei.
-Minha filha o que aconteceu? -Meu pai pergunta.
-Senti muita falta daqui e de vocês, é bom tá aqui de volta. -Digo.
-Juan não veio com você? -Ele pergunta e eu engulo seco.
-Bom, não, vim ajudar Yskara com as coisas do casamento dela e ele tem muitas coisas pra resolver lá, por causa da viagem. -Digo.
Entro junto com meus pais, e vou direto para meu antigo quarto, e me sento na cama, olhando pra cima, vejo a porta sendo aberta e é minha mãe.
-Eu sei o porquê você veio e por mais que sei que você esteja nervosa, Juan não merece tá sem saber dessas coisas, ele mudou tanto. -Ela diz vindo se sentar perto de mim.
-Mãe, eu sei que ele mudou, mas eu não sei como vou conseguir falar se eu realmente tiver grávida, isso é uma coisa muito séria. -Digo com receio.
-Se você realmente estiver, isso é uma dádiva, um filho ou uma filha, eles veem pra nos ensinar muitas coisas, vivermos fases ótimas, eles nos mudam. -Ela diz e alisa meu rosto.
-Isso eu sei, só não sei se ele pensa da mesma forma, se ele vai reagir bem ou receber essa criança de boa vontade, porque se eu estiver, nunca que irei abandonar um ser tão indefeso. -Digo.
-Se ele não aceitar, você tem a sua família, e por mais que tenha que conviver com ele, você tem força suficiente pra amar essa criança e ensiná-la tudo o que for preciso, você é o meu orgulho, não precisa ter medo meu amor! -Ela fala e me abraça.
-É pode ser, mas a gente não tem essa certeza ainda, então não vamos criar tanta expectativa. -Falo sorrindo e ela segura minhas mãos.
Passei o dia deitada e tomando a medicação que tinham me passado e meu celular notifica e é o Juan, atendo o celular logo em seguida.
Telefone on /
Juan/ Olá, como você tá? Descansou depois que chegou? Fiquei esperando notícias suas e você não mandou nada.
Skarlety/ Perdão, eu cheguei tão exausta e misturou com a saudade de casa e dos meus pais, que eu esqueci completamente, mas e você? Descansou?
Juan/ Sim, tô indo dormir agora, tive um dia longo, amanhã a gente se fala mais, beijo linda se cuida.
Skarlety/ Sim, claro, ai meu Deus, eu também preciso desligar, minha mãe deve tá me esperando.
Juan/ Porque você tá nervosa? Aconteceu alguma coisa aí?
Skarlety/ Eu tava fazendo um bolo com a minha mãe e deixei ela sozinha e só lembrei agora, beijo lindo, se cuida.
Telefone off /
Meu coração acelerou, assim que eu vi o e-mail da equipe médica no meu celular, foi o suficiente pra eu não conseguir mais ir adiante com a conversa com Juan.
Larguei o celular e passei as mãos pelo meu rosto, mas não queria mais adiar essa dúvida,rolei o dedo pra cima da notificação, meus olhos percorriam por todas aquelas letras e meu coração aperta ao ler o "Positivo", grávida, eu realmente tô grávida, vou ser mãe.
Lagrimas involuntárias caiam sobre meu rosto, um lado havia ficado feliz, uma experiência nova ia chegar, já de outro o medo de todo aquele momento não ser recíproco.
Fui dormir e no outro dia contei aos meus pais e Yskara aonde teve muito choro e amor, conversamos muito sobre isso, e eu percebi o quanto esse bebê já era amado e esperado.
Juan narrando
Acordei e não havia nada de Skarlety, ela está estranha, consigo sentir, mesmo antes de ir para a casa de seus pais, ela se afastou e anda muito esquisita, mas não quero cobrar algo que tem que ser espontâneo.
-Qual foi cara? Tô falando só faz mó tempo. -Me desperta dos meus pensamentos Julian.
-Foi mal, eu tô com a cabeça longe, Yskara tem falado contigo? -Perguntei.
-Sim, inclusive elas vem amanhã né, ela me mandou uma foto que estava lá na Skarlety, acho que juntos. -Ele diz e eu fico com mais raiva.
-Não sei o que tá pegando, mas Skarlety tá estranha demais, se afastou e mal tem falado comigo e isso começou na viagem, desde que ela começou a sentir umas coisas lá. -Digo para Julian.
-Que estranho cara, vem cá me empresta teu notebook rapidão, preciso mandar um protocolo e eu não tô afim de ir lá em casa. -Fala Julian.
-Bora lá no escritório, preciso fazer umas assinaturas e aí tu usa. -Digo me levantando.
Fomos em direção ao meu escritório, Julian senta lá perto do notebook e eu fico na minha cadeira pra assinar a papelada.
-Cara você anda doente? E-mail aqui de equipe médica, bagulho estranho, tu casa e não fala mais nada pra ninguém. -Ele diz e eu olho confuso.
-Tá maluco? Eu mesmo não, nem lembro a última vez que precisei de ajuda médica, o que tem aí? -Perguntei e ele me trás o notebook me mostrando.
-Aqui olha, isso aqui é nome de uma equipe de médicos, só que lá de Paris, estranho né. -Ele pergunta.
-Esse e-mail não é meu, é da Skarlety, ela tava usando meu notebook, enquanto as coisas dela não haviam chegado ainda, deve ter esquecido de sair, mas equipe médica? Ainda mais de Paris? -Me pergunto confuso.
Aperto na mensagem e começo a ler, meu coração acelera e eu fico em choque, não sei o que sentir diante ao que acabei de ler.
-Caramba, tu vai ser papai cara, e eu vou ser o padrinho, se eu não for, a amizade acaba aqui. -Julian diz se sentando e eu fico imóvel, processando tudo aquilo.
-É um sentimento novo, bom, quer dizer eu vou ser pai, vou poder ser responsável pelo um ser que tá vindo, mas o que tá me martelando, é porque ela não me contou nada, sobre o que tava sentindo esse tempo todo, sobre a decisão e até mesmo de me esconder tudo isso, eu tô bem mal por isso. -Confesso.
-Deixa ela chegar e espera ela falar, talvez não esteja sendo fácil pra ela também né, ela só tem o que 18 anos, é muito nova, talvez seja um impacto. -Ele diz e eu tento pensar assim, porém me sinto jogado para fora da situação.
Passei o dia pensando nisso, essa notícia não saía da minha cabeça, e ela não dava nem notícias, nem mesmo dela.
[...]
Dia seguinte...
Mal tinha conseguido dormir, me arrumei e desci para esperar Skarlety chegar, juntamente com Yskara, estávamos eu e Julian, meus pais na sala sentados conversando.
Elas chegaram e meu coração faltou pular pela boca e ela não tinha expressão alguma.
-Como foi a viagem? Espero que tenham gostado de voltar ao seu antigo reino. -Fala minha mãe.
-Foi cansativa, mas sim, voltar em casa é uma sensação inexplicável, muitos sentimentos. -Ela diz e desvia o olhar do meu.
-E gostou de conhecer Paris, cidade linda né?-Meu pai pergunta.
-Sim, eu amei, sempre quis muito ir conhecer e quem sabe um dia, volte lá novamente. -Ela sorri falso e passa a mão pelos cabelos loiros.
-Eu tenho que subir, preciso resolver umas coisas. -Digo seco e subo revoltado, como ela pode tá agindo assim? Sem ao menos sentir alguma sensibilidade alguma.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top