#33 Sem Melissa Eu Prefiro Morrer
Aviso muito importante no final, peço que leiam ele até o fim.
Narrado por Antônio :
Ver Melissa naquele estado, naquela cama de hospital pálida, magra e quase sem vida era horrível. Eu me sentia cada vez mais culpado pelo seu estado deplorável. Talvez tudo fosse minha culpa mesmo...
- Antônio?
Ela disse com a voz rouca e embargada ao abrir os olhos. Eu quis na mesma hora agradecer aos céus por ela ter acordado. Queria abraça-la, beija-la e tê-la nos meus braços novamente, mas eu precisava ter calma.
- Oi princesa!
Eu disse me aproximando e passando a mão pelo seu rosto. Sua pele estava um pouco ressecada por causa da desidratação que sofreu.
Mesmo tocando seu rosto eu não tava acreditando que era ela ali, que depois de tanto tempo eu estava lhe vendo... Minha princesa estava de volta.
- Melissa
Ouvi Ema dizer ao entrar no quarto. Seus olhos estavam cheios de água e eu sabia o que ela sentia. Eu apenas segurava as lágrimas, tentando parecer mais forte.
- Mãe! Pai!
Ela disse querendo se erguer da cama, mas a impedi com as mãos em sua barriga. Podia ver seus olhos lindos enchendo de lágrimas enquanto os pais corriam para abraça-la.
Ela não vai me perdoar... Pensei.
Ela não vai me querer de volta...
Ela não vai aceitar o Gustavo...
Meu coração estava apertado. Onde Gustavo não é bem vindo eu também não sou. Protegerei meu filho da melhor forma possível, mesmo perdendo Melissa... Espero que ela entenda que ele é minha jóia.
- Vamos deixar os dois a sós, precisam conversar.
Os dois saíram após matar um pouco da vontade de vê-la. Eu me aproximei com receio e cheio de perguntas e dúvidas. Coloquei a minha mão encima da dela e olhando em seus olhos pude ver um brilho que dizia estar feliz em me ver... Ou era apenas uma ilusão minha que queria acreditar nisso.
- Eu preciso te pedir desculpas... Eu...
Tentei falar, mas agora, além do medo de perdê-la, tinha lágrimas rolando pelo meu rosto.
Me senti tão fraco e impotente chorando perto do amor da minha vida...
- Antônio, não foi culpa sua...
- Foi sim... Mas não é disso que estou falando, eu tenho um filho e estou me separando da mãe dele.
Falei tudo de uma vez, atropelando as palavras, mas sei que ela entendeu. Fechei os olhos esperando a sua reação e eu já imaginava uma reação terrível.
- Você tem um filho?
Seu tom de voz demonstrou surpresa, mas não vi mágoa ou rancor. Era um bom sinal.
- Eu sinto muito Melissa, sei que jurei amor eterno, mas eu não quis que isso tivesse acontecido, eu estava bêbado... Não que eu esteja colocando a culpa na bebida, mas....
- Sai daqui, AGORA!
Ela gritou e eu abri os olhos vendo sua irá. Aquela não era a mulher que eu amava... Ela nunca gritaria comigo desse jeito, iria buscar uma solução ou conversar civilizadamente.
- Você está certa, não vou mais te incomodar Mel... Adeus, princesa.
- Adeus Antônio, e nunca mais me procura, ok? Esquece que eu existo, esquece que um dia eu te amei e também esquece que um dia tivemos alguma coisa. Não suporto traições!
Ela deitou e fechou os olhos, peguei a caixa que tinha nossas alianças e coloquei encima da mesa ao lado de sua cama e sai.
Eu estava guardando elas com a esperança de que um dia ela retornasse e ainda me quisesse... Mas parte disso não aconteceu.
- O que ela disse?
Perguntou Ema me vendo sair do quarto de Melissa. Meu semblante já deixava claro, mas ela queria ouvir da minha boca.
- Me mandou embora e me mandou esquecê-la.
Sai dali sem esperar eles falarem alguma coisa, não estava querendo ouvir palavras de consolo. Peguei meu carro e fui pra casa onde Gustavo estava dormindo no sofá e a sua babá havia indo embora.
Peguei uma garrafa de cerveja na geladeira e comecei a tomar. Perdi as contas de quantas garrafas eu sequei e comecei a quebrar tudo. Esquecendo que meu filho ainda estava ali...
- Papai?
Ouvi Gustavo dizer e parei com uma garrafa no ar, prestes a jogar na parede.
- Sai daqui, agora!
Gritei pela primeira vez com meu filho. Pude ver seu espanto nos olhos pequenos dele... Eu não queria machucá-lo, mas também não queria que ele me visse naquele estado deplorável.
- Não papai, para!
Disse tentando segurar meu braço e eu o-empurrei encima do sofá. Ele caiu dizendo um "aí" baixinho. Senti meu coração se quebrar, mas não conseguia parar naquele momento.
- Vai deitar e não saia até eu mandar.
Gritei e ele correu chorando pro quarto.
Não queria machucar ninguém, não queria mais viver, só queria morrer e acabar com todo esse sofrimento acumulado. Eu não estava tendo a vida que sempre quis... E eu nunca a teria.
Tomei mais uma garrafa, me transformei e corri para a mata.
Se eu não tenho Melissa não tenho nada, então não quero viver.
Tá bom, eu sei que ele é homem e homem não chora (na opinião da sociedade machista e escrota), mas desde o primeiro capítulo vocês perceberam que ele é romântico e fofo, até demais para um alfa. Ele é um homem incrível e homens incríveis choram.
Peço mil desculpas por demorar tanto pra postar. Esse capítulo estava pronto a algum tempo, mas eu queria arrumar melhor pra postar. Enfim... Tenho uma notícia não muito boa pra alguns de vocês.
Prometida ao alfa vai ter seu final, porém pago. Ele estará disponível para compra em PDF no meu privado e logo mais em alguma plataforma (talvez ainda esse ano).
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