Tudo acontece quando tem que acontecer, nada acontece por acaso, se você estivesse aqui, algumas coisas não teriam acontecido, pois você estaria comigo...

Ass: Melissa

Enquanto meu pequeno dorm, ia fui assistir um filme e recebi um telefonema :

Ligação on :

- Antônio Henrique?

A voz parecia estar sendo disfarçada.

- sim, quem é?

Ouvi alguém falar "é ele"

- queremos apenas te avisar, que Melissa está viva.

Meu coração gelou.

Como alguém podia brincar com uma coisa dessas?

- o que está falando? Eu vi ela cair do penhasco.

Meus olhos se encheram de lágrimas, ao lembrar dela caindo e gritando o meu nome.

- está enganado, vá por mim, ela está viva.

Ligação off.

Eles desligaram, sem dar nem uma informação.

- Melissa está viva?

Falei pra mim mesmo, meu coração estava em pedaços e só com a chance dela ter sobrevivido, renasce algo em mim, mas...

E se for trote? Se for mentira? Se for alguém querendo brincar comigo? Ou pior, se for uma armadilha?

Meu coração não parava de bater rápido, parecia que ele tinha ligado no máximo e não queria parar...

Vou acabar tendo um enfarto.

- papai... Eu tive um pesadelo.

Quando olhei, lá estava Gustavo com lágrimas nos olhos, com muito medo, abri meus braços e ele correu e me abraçou.

- calma filho, foi só um pesadelo.

Ele chorava e não parava.

Pai e filho chorando.

- sonhei com o casal da história, papai... O monstro matou a menina, não foi?

Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar.

- não filho, calma... Foi só um pesadelo.

Falei abraçando ele forte, meu pequeno avia tido uma visão do passado e mau sabia.

- papai, o mostro era um garoto, estava de preto e jogou a menina de uma montanha enorme.

Seu abraço ficou mais forte por causa do medo, eu nunca quis que ele tivesse uma visão de Melissa morrendo, nunca, pois aquilo não mudaria nada na vida dele, apenas na minha, se ela não tivesse morrido estaríamos juntos, mas Gustavo não teria nascido.

- eu tô com medo.

Ele falou e suas lágrimas caindo, molharam minha blusa.

- eu tô aqui, filho... Vamos assistir um filme pro medo passar.

Coloquei ele sentado no meu colo e liguei a televisão.

- cadê a mamãe?

Ele perguntou, limpando as lágrimas.

- saiu com algumas amigas.

"como sempre" pensei, pois desde que Gustavo parou de mamar, ela não para mais em casa, sai todas as noites, inventa passeios para sair com amigas ou com a mãe e me deixa em casa, com o nosso filho (que não é ruim).

Espero que vocês não tenham raiva do Antônio, por estar com a Isabela... Mas terá tantas surpresas, vocês nem imaginam.