Capítulo 10

Frestas de luz atingem o meu rosto, me fazendo resmungar abrindo os olhos. Noto o cobertor jogado sobre meu corpo, o qual não lembro de ter usado, e deparo com Jasper deitado ao meu lado.

Prendo a respiração, colocando meus pés no chão, andando bem devagar até minhas roupas. Porém o barulho de celular, me faz olhar para trás.

Ele não acordou!

Volto até a cama, pegando meu celular no criado mudo, mas quando vou desbloquea-ló minha mão é agarrada. Grito com o susto pulando para trás, fazendo Jasper me soltar!

— O que foi?_ele senta sonolento.

Seria até uma cena fofa se não fosse com o Jasper!

— O que foi? O que foi é que você quase me matou do coração. Eu pensei que você estava dormindo_coloco a mão sobre o peito sentindo meu coração acelerado.

— Eu estava, mas acordei com o barulho de celular.

— Hum.

Caminho para pegar uma roupa, mas sinto seu olhar pesado sobre mim. O olho sobre os ombros, e noto seu olhar sobre minha bunda.

Qual bunda? Também não sei!

— Perdeu alguma coisa Jasper?

— Talvez_ele se aproxima.

Recuo até sentir a porta do banheiro nas minhas costas e seguro a maçaneta. Sem querer meus olhos acabam descendo pelo seu corpo, ele estava sem camisa, apenas de calça, e isso me deixa nervosa.

— Então vá procurar_fecho a porta na sua cara.

Só quando desligo o chuveiro é que me espanco mentalmente.

Cadê a toalha?

Engolindo toda minha dignidade, me aproximo da porta.

— Jasper!?_chamo.

Ouço o barulho de passos.

— Que ajuda no banho?_reviro os olhos drásticamente.

— Só se for para afogar você no vaso!_ouço sua risada_pode pegar minha toalha na mala por favor?

Ele não respondi, porém ouço o barulho de porta sendo aberta.

Ele foi embora!?

Não creio que esse idiota não me ajudou. Abro a porta furiosa, mas fecho no mesmo instante quando dou de cara com o imbecil.

— IDIOTA, IMBECIL_soco a porta irada apesar de ele não ter culpa, afinal eu que deduzi.

— A toalha_abro um pouquinho da porta, estirando minha mão e pego a toalha vermelha, fechando a porta. Só que havia uma lingerie junto. Preta, sem bojo para minhas azeitonas, de renda, e detalhes de tule.

— Quer que eu diga aonde você deve enfiar essas tiras de pano?_resmungo me secando.

— Não precisa, do jeito que você tem uma boca podre eu já imagino_ele rir_ah, e bonito sinal no seio esquerdo_me engasgo com minha própria saliva corando.

Filho de uma pu..

Me enrolo na toalha, e saio pisando firme, nem o olho por estar desfilando de toalha, e fecho a porta do closet. Coloco uma meia calça preta, short tbm preto, moletom azul céu, e coturno. Seco rápido meus cabelos com o secador e agradeço por o loiro estar no banho.

Sigo pelo corredor em direção as escadas, e agradeço por a casa ser bem quentinha graças a lareira da sala, e o aquecedor.

Enquanto descia as escadas decidi ver de quem era a mensagem, era o Matt que estava ansioso para me ver quando eu voltasse, queria saber tudo.

Fiquei feliz por Jasper não estar por perto, se não eu perderia outro celular, e ele perderia um dente. Não sei porquê ele não gosta do Matt, mas também de quem ele gosta?, quando eu terminasse de comer eu iria mandar uma mensagem pro Matt porquê agora eu estava faminta.

Na cozinha estavam Theresa, Simon e um cara que eu não sei o nome. E fico contente por todos aqui falarem inglês, não sou apta a francês.

— Bom dia _me sento apoiando minhas mãos no balcão.

Eles tinham uma sala de jantar incrível, mas eu preferi tomar café na cozinha.

— Bom dia Lice_Simon pula no meu colo me abraçando.

Acho que me apaixonei nesses olhinhos!

Depois do café fiquei brincando com Simon e seu gatinho siamês Chan, mas quando Theresa o chamou para o banho resolvi ir da o meu "rolê " na cidade.

Mas quando pisei na sala Jasper estava se pegando com uma loira que estava com tanta maquiagem no rosto que parecia uma palhaça, eu me controlei para não rir, e caminhei até a saída.

É estranho, e não me importo, somos casados? Somos casados!, Mas ele pode pegar quem ele quiser, com tanto que não pense em encostar em mim. Faria o mesmo, porém comigo o buraco é mais baixo, sem duplo sentido é claro.

— Aonde você vai? _Jasper questiona largando a loira.

Ele só sabe perguntar isso?

—  Vou dar uma volta_giro o dedo no ar.

— Se for, vai sozinha porquê eu estou muito ocupado _ele olha a loira, que me encara debochada.

Palhaça!

— E quem te chamou?_abro a porta sentindo o vento frio_ah e antes, seria melhor se vocês não fizessem isso na sala, tem criança na área_pego a toca que havia deixado no aparador.

— Se você insiste em ir, então vá, mas com o segurança_ele se irrita.

Está se achando muito, não?

Trinco o maxilar e o olho.

— Claro_forço um sorriso.

— O que você está está aprontando? Nunca foi de aceitar uma ordem minha sem que nós precisássemos brigar_ele arqueia uma sobrancelha se aproximando.

Ordem?

— Nada ué, só acho que você tem razão_ dou de ombros

Me aguarde Jasper!

— Deixa essa ridícula para lá Jasper. Nós temos coisas melhor para fazer_a loira com um sotaque francês abaixa o loiro por trás, e afasta meu ombro.

— Eu sou a ridícula? Fofinha você já se olhou no espelho hoje? porquê quando eu estava descendo eu não consegui identificar se era uma mulher, ou uma palhaça que o Jasper estava pegando_afasto sua mão_e na próxima que você encostar em mim, perde essa pata de galinha que você chama de mão_pisco fechando a porta.

Um segurança que apelidei de careca, e foi um apelido aprovado por ele, me acompanha até o carro abrindo a porta.

— Careca será que você poderia ir lá no meu quarto buscar meu celular? Acabei esquecendo quando sai_faço uma expressão de preocupada colocando meu plano em ação.

Ele assenti e entra na casa.

Não é que eu sou uma ótima atriz ?

Assim que ele entra eu corro para fora da casa. Que grande segurança em? Pego meu celular no bolso.

Dou risada olhando para trás, e arrumo a toca na minha cabeça. Me admiro com  as ruas lindas, as pessoas andando apressadas, outras tomando café nas mesas que tinha nas calçadas, a neve caindo, passo por uma rua aonde estava cheio de árvores tinha algumas crianças e jovens se divertindo. Eu ainda não tinha visto o que mais desejava, a torre Eiffel, mas chegaria lá.

Estava tudo ótimo até eu ser atingida na nuca por uma bola de neve, na hora me deu uma dor de cabeça por causa do
gelo, mas logo passa e eu me viro para ver o meu atacante.

Acho que estou delirando quando vejo o lobo dos meu sonhos, quer dizer no caso o cara que se transformava depois, ele era igualzinho, loiro, os mesmos olhos avelã, musculoso, lindo.

Ta bom, eu não precisava ter dito essa última parte, mas ele era.

E ele estava vindo em minha direção.

— Me desculpe, eu não queria ter lhe acertado, eu estava mirando no meu amigo que está com a namorada _ele aponta para um casal de jovens que estavam na maior melação em um banco perto de mim_mas você apareceu na minha frente do nada.

Minha única vontade era perguntar, por que eu sonhei com você? Mas com certeza ele fugiria achando que sou louca.

— Não, sem problemas, mas presta mais atenção quando for jogar uma bola de neve em alguém _viro para me afastar.

Mas ele me segui e estende a mão.

— Prazer, meu nome é Stephen_ele sorrir.

Eu aperto sua mão.

— Alice _lhe retribuo o sorriso.

Mas a mão que eu estirei era a da aliança, e ele percebeu.

— Visitando Paris?_seu inglês me faz notar que ele é turista, pois não tem sotaque francês.

— Pode-se dizer que sim_fico feliz por ele ter ignorado minha aliança_e você?_seu sorriso some dando um ar sério.

— Trabalho_ele cruza os braços_ não quer participar da competição que está está havendo?_ele sorrir.

Aceito de prontidão e ele me apresenta aos amigos deles, e começamos uma competição que foi divido em dois grupos, e ganhava quem acertasse mais bolinhas, e tinhas dois garotos que estavam contando os pontos.

Algo infantil e relaxante!

Quando a competição acaba eu fiquei em segundo lugar na competição, porquê extravassei tudo que eu estava guardando esse tempo todo tacando bolinhas.

Eu estava correndo de dois garotos que estavam tentando acertar bolinhas em mim, as bolinhas que haviam sobrado, mas eu acabei caindo na neve, e sem eles perceberem já que estavam muito distraídos rindo de mim, fiz 2 bolinhas de neve e joguei na cara deles, enquanto eles tiravam a neve eu me levantei e sai correndo rindo da cara deles, mas bati em alguém.

— Stephen! _dou risada.

— Você está bem? Pensei que havia ficado chateada com aqueles garoto! _ele me encara.

— Imagina, é só uma brincadeira, e a tempos eu não me divertia tanto, muito obrigada por me chamar_o abraço.

Me empolguei!

Ele retribui o abraço e depois de um tempo conversando ele me deixa sozinha sentada no banco, porquê tinha que ligar para alguém.

Eu mexia no celular quando uma mão pousada no meu ombro me assusta, olho pra cima e vejo lindos olhos verdes esmeraldas me encarando com fúria.

— Não havia esquecido o celular Alice? _ele me puxa do banco.

Apenas reviro os olhos.

— Você está muito encrencada moçinha_ele me puxa pela neve.

— Alice! _Stephen se aproxima de nós.

Me solto do Jasper.

— Oi, olha esse daqui é ...

— Jasper _seu tom não é amigável.

— Stephen _Jasper retribui no mesmo tom.

To boiando!

— Vocês se conhecem? _questiono enquanto eles se encaram.

— Longa história_Sthephen me olha.

— Eu tenho tempo _me sento novamente no banco.

— Na verdade estamos indo para casa_Jasper furioso me puxa do banco.

— Não, eu não vou, eu ainda nem conheci a cidade direito, vai lá ficar com a palhaça_me irrito.

— Se você quiser eu posso te mostrar _Stephen se oferece.

Assinto e me aproximo dele, mas Jasper me puxa para trás e segura a minha cintura.

— Ela é minha esposa, e se ela quiser eu mostro a cidade para ela.

— É sério? _fico surpresa.

— É claro _ele me encara.

Assinto e me disperso de todos que eu havia conhecido, dou um beijo na bochecha do Stephen, e Jasper me puxa para o carro.

Também esse cara só vive me puxando cruz credo, haja força.

— Você ainda continua o mesmo idiota, não sei como uma garota como a Alice casou com um cara como você, ela sabe de tudo?_me viro para Stephen no mesmo segundo que Jasper.

Tudo o que?

— E você continua o mesmo cachorro sarnento.

— Um cachorro sarnento que a sua mulher gosta.

Jasper tenta partir para cima e eu agarro sua camisa, tudo que eu não precisava era ver dois homens saindo no tapa. Ele respira fundo e me joga sobre os ombros.

Ele me coloca no carro e quando chegamos ele me tira do carro e me coloca sobre seu ombro de novo.

— Me põe no chão, eu sei andar _me debato.

Ele me leva escada a cima e quando chegamos no quarto dele me joga na cama e fica me encarando. Tiro a minha bota e jogo nele, mas ele desvia, jogo a outra e ele desvia, pego um jarro que tinha do lado da cama mas ele tira de mim.

— Já parou de tentar me acertar?_seus olhos brilham de raiva.

— Não!_isso só me enfurece ainda mais.

Levanto da cama e começo a bater nele, mas ele segura as minhas mãos de novo e me joga na cama, e sobe em cima de mim segurando minhas mãos em cima da minha cabeça.

— Você me enganou, mentiu para mim, disse que me levaria para conhecer a cidade e olha para onde me trouxe, não que eu esperasse algo diferente de você_meu sangue ferve.

Ele sai de cima de mim e caminha até a porta.

— A primeira que enganou alguém aqui foi você, disse que iria com o segurança e fugiu, foi sozinha, e não confie no Stephen ele banca o bonzinho, mas de bonzinho ele não tem nada, e você está proibida de sair dessa casa _ele sai batendo a porta com força.

Corro até a varanda, porém eu jamais conseguiria fugir por ali, havia um pequeno lago congelado logo em baixo.

Como sempre esse tapado tinha que estragar tudo!

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