Capítulo 09
Não é possível!
Eu nunca mais terei uma boa noite de sono? Sempre vai vim esse maldito lobo me atormentar? E agora a droga do Jasper.
Levanto irritada, não era nem 9 da manhã ainda. Termino minha trança depois do banho, tinha ficado bem "fuleira", mas não refiz.
Abro a porta verificando se tinha alguém no corredor, o dia estava tão monótono e tudo que eu queria era não dar de cara com ninguém.
— Eu te avisei que você não ficaria com o Jasper sua idiota _me assusto com Cynthia agarrando o meu braço quando meus pés tocam o piso da sala.
— Você está louca!?_exbravejo afastando sua mão de mim, e levo um empurrão, me fazendo cair nos degraus da escada.
Grito com a dor nas costas, e mal vejo quando ela sobe em cima de mim acertando meu rosto. Porém consigo agarrar suas mãos, afastando-as da mim, e acerto minha testa no seu nariz, a fazendo sair de cima de mim.
Ela levanta com a mão no nariz dolorido, e acerto um soco na sua cara. Voando para cima dela para estapea-lá, enquanto meu joelho pressiona forte o seu braço no chão. Mas sou puxada bruscamente de cima da ordinária.
— Me solta, eu vou acabar com essa vadia, ela tentou me matar _me debato chutando minhas pernas que não estão no chão.
Quem me agarrou e me tirou de cima dela foi o Andrew. Enquanto Jasper ajudava a vaca a se levantar. Algumas pessoas surgem na sala, incluindo Raissa.
Curiosos sim, ou com certeza?
— Amorzinho eu estava te procurando, quando essa louca me atacou e tentou quebrar o meu braço_ela choraminga enquanto Jasper a ergue.
Quando ele a solta ela vem em minha direção e começa a me bater e a me arranhar. E por não conseguir me soltar do Andrew chuto seu rosto com meus dois pés, aproveitando meu corpo está erguido pelo homem atrás de mim.
— Levem ela para cozinha e cuidem dela_Jasper manda.
Dois seguranças aparecem levando a Cynthia no colo, enquanto ela fazia um drama, e os empregados a seguiram, deixando somente eu, Andrew e Jasper sozinhos na sala.
— Você enlouqueceu? Você poderia ter matado ela _o loiro me encara furioso.
Como é?
— Ela tentou me matar, olha o meu pescoço_ lhe mostro as manchas roxas que havia ficado_eu só me defendi. E muito obrigado Andrew, talvez se você não tivesse me agarrado, eu não estivesse assim, muito obrigada_ironizo estirando meus braços para que ele visse meus arranhões _e eu quero que ela vá a merda, junto com você!_me altero puxando meus braços bruscamente para que o Andrew me largue.
Me viro para sair da mansão, mas Jasper agarra meu cotovelo.
— Você não vai sair. Se você não lembra, hoje é nosso casamento.
— Quer que eu diga aonde você deve enfiar esse casamento!?_altero minha voz_que saber? Vou no jardim!
Puxo meu braço, andando a passos duros até o jardim. Porém o local tinha empregados, e tudo que que eu mais deseja agora é ficar sozinha.
Me viro e noto o portão aberto, sem chamar atenção, caminho rápido saindo da mansão. Eu tinha duas alternativas, seguir a estrada, ou entrar na floresta, optei pela segunda já que não iria tão longe. Segundos depois estou sentada na areia encostada em um árvore.
Eu sentia lágrimas brotarem nos meus olhos, mas eu me recusava a chorar. Como aquele idiota pode ficar do lado dela? Será que ele é burro ou só finge!?
Não que eu me importe com ele ficar com ela, mas mesmo assim.
Eu só queria que esses dias fossem um pesadelo, eu acordaria, e nada disso seria real. Ergo os olhos notando as nuvens carregadas se formando. Meus olhos descem para os meus braços e reviro os olhos notando as marcas vermelhas de unhas.
Desgraçada!
Algo vibra no meu bolso me assustando, e lembro do meu celular, e ao pegar vejo o nome que brilha na tela me fazendo praguejar.
Karollane!
Desbloqueio o celular, abrindo sua mensagem.
— Onde você está? Faltam 3 horas para o casamento e nada de você!
— Acho que morrer por algum animal na floresta, parece ser uma melhor morte que esse casamento!
— Floresta? Eu não acredito nisso Alice!
— Calma!, Já estou voltando.
Levanto sentindo dor nas costas, graças ao empurrão na escada. Ainda não entendo porque morar no meio do nada, olho ao redor vendo apenas árvores, relva molhada e terra.
Talvez eles gostem de um contato maior com a natureza!
Olho a fachada da mansão, já me sentindo vazia por dentro por ter que estar lá dentro de novo.
Karollane aparece caminhando rápido até o portão, e me abraça quando está próxima a mim.
— Você está bem?_ela me analisa como se esperasse algum membro fora do lugar.
— Tirando que levei uma surra e vou me casar com um bastardo? Oh, estou muito bem_ela rir do meu deboche.
— Vai ficar tudo bem, e vamos cuidar desses arranhões_ela me abraça de lado, mas paro abruptamente quando sinto um arrepio incomodo na coluna me fazendo olhar para trás_o que foi?_Karollane me solta olhando na mesma direção que eu_Alice vai entrando, já vou lá te ajudar_ela me dá as costas caminhando até o portão.
Aonde ela vai?
Cogito a ideia de segui-lá, mas desisto caminhando até o quarto. Grito de susto quando me abro a porta me deparando com dois homens sentados no quarto aonde durmo.
Mas logo descubro se tratar de um maquiador e um cabeleireiro, contratados por Karollane. Ele me indicam tomar um banho antes, o que é óbvio, e faço isso, desejando não sair mais daquele banheiro.
Forço um sorriso para os dois homens que sorriem empolgados. Uma mulher loira havia acabado de chegar, e se tratava de uma manicure que logo se põe a cuidar das minhas unhas da mão.
Estou me sentindo um manequim!
Quando terminam os três me ajudam a colocar o vestido, enquanto eu morria de vergonha pela lingerie separada em cima da cama a qual eu havia acabado de vestir.
Cinta liga?
— Você está linda_a manicure elogia enquanto me encaro no espelho.
— Obrigada, esse é o dia mais feliz da minha vida!_os três sorriem, o que me faz notar que eles não notaram o sarcasmo no meu tom de voz.
Me vejo sozinha no quarto quando eles saiem. Os saltos machucavam meu pé, o que só fazia eu me estressar mais ainda.
Eu odeio salto!
A porta é aberta e Karollane entra com uma mulher ao seu lado.
— Está linda_ela sorrir emocionada e tento não revirar os olhos_ Alice essa daqui é uma grande amiga da família, e essa pequenininha é a Isabelle, filha dela e sua daminha_ela apresenta a mulher morena com um sorriso lindo, e uma menina pequena agarrada as suas pernas.
Comprimento as duas, e as duas mulheres saiem para se arrumar, deixando apenas eu e a menina.
— Você é a noiva mais linda que eu já vi _ela me elogia tímida.
Então creio que você não tenha visto muitas noivas pequena!
— Obrigada, e você também é a daminha mais linda e fofa que eu já vi _ lhe retribuo o sorriso.
— Eu posso te dar um abraço?_ela é hesitante agarrada ao que parece um coelho de pelúcia.
Não respondo e apenas abro os braços para ela que pula no meu colo e me aperta.
Timidez de criança passa rápido né?
Cansada de esperar com a Isabelle no quarto, abro a porta caminhando para o hall com a menina segurando minha mão. Ela rir da minha expressão enquanto desço as escadas, o medo de cair com esse salto maldito me fazia fazer careta.
Me jogo no sofá, e a criança senta junto a mim falando sobre sua escola, o pai, as amiguinhas, e até que isso me destraiu. Karollane junto a mãe de Isabelle logo descem deslumbrantes e seguimos para a garagem.
Que Deus tenha piedade de mim!
Minha relação com Andrew nunca esteve tão horrível. Ele não ama Alice, mas senti algo, isso acho que só ela ainda não notou. E minhas discussões com a garota só o afastam ainda mais de mim.
Olho para ele sentado no primeiro banco da pequena capela, posso ver a raiva em seus olhos e me amaldiçoou por isso. Eu e meus irmãos somos próximos, óbvio que nosso pai também, mas somos tudo um para o outro. E minha relação de fogo e gelo com Alice está fazendo um furacão passar na união de anos que Karollane, Andrew e eu temos.
Mas eu não vou deixar isso acontecer!
Senti pena da humana, Cynthia perdeu totalmente o juízo. Ela tem sangue de bruxa, mas se assemelha bastante a humanos, não tem tanta magia, e é óbvio que se quisesse podia ter matado a garota.
Mas preferi não ceder de nenhum dos lados, Cynthia passará um tempo longe pela minha ameça, e Alice, bem... Só o tempo vai dizer!
Olho para a porta da igreja quando ouço a música irritante tocar.
Aff
Alice surge com Isabelle vestida de daminha em sua frente. Ela olha para todos na igreja, e seus olhos castanhos ficam confusos ao ver a família sentados junto aos demais. Ela ficou bonita, isso é algo que nem que ela fosse a pessoa que mais odeio eu poderia negar. Não tem um penteado extravagante, ou um véu arrastando pelo local, está simples, simples e bela. Só não está sorridente, o que é óbvio.
Quanto ela chega no altar seguro em sua mão e nos viramos para o padre que começa a falar aquela baboseira toda.
Tenho vontade de rir da expressão da garota ao meu lado, parece que satanás está a julgando, quando ela tem que recitar os votos.
— Agora o noivo pode beijar a noiva_o padre sorrir.
Com todo prazer!
Alice petrifica no lugar me ameaçando com os olhos.
— Nem pense nisso seu bastardo_ela murmura entre dentes.
A ignoro, tocando sua cintura, e a puxando para mim. Seus olhos arregalados chega a ser engraçado, mas seguro sua nuca grudando seus lábios aos meus. Aperto sua cintura, juntando mais seu corpo a mim, e ela aperta forte o meu braço tentando me afastar, provoco minha língua sobre seus lábios, até ela ceder os entre abrindo.
Quando ouço os aplausos, Alice pisa no meu pé, e tenta descer do altar, mas seguro sua mão, a forçando se manter no lugar.
— Sorrir _aperto sua mão, mas não com tanta força.
Hora da pior parte.
Cumprimentar os convidados!
Passo as mãos sobre os lábios tentando afastar o gosto do beijo desse idiota, e me repúdio ainda mais por ter gostado.
Você chegou ao fim do poço Alice!
Forço um sorriso para as pessoas que nos parabeniza, Jasper por nenhum segundo solta a minha mão, e isso me irrita. Até porque eu não conheço nenhuma dessas pessoas.
Um homem moreno se a próxima, e Jasper sorrir, os dois pareciam amigos. Me aproveitando do momento, me desfaço de suas mãos, caminhando para longe.
Saiu de uma mão, para cair em outra. Dou risada da animação de Isabelle ao me ver na mesa de doces. Por nenhum segundo ela me deixou só, até dançamos juntas.
Ela animadamente me mostra todo o local, desde a decoração, aos painéis, absolutamente tudo. Prefiro não conversar com a minha família, perdoar eu até perdoei, mas não quero conversa, não agora. O único com quem fui falar foi o Josh.
Analiso todo o local, bonito e cheio de pessoas que não conheço. Estranhas? Estranhas, assim como o meu noivo e sua família. Porém meu olhar é atraído para três pessoas da quais eu estava morrendo de saudades. Puxo a mão da Isabelle.
— Jessilly, Samilly, Matt_dou um enorme sorriso ao ver meus amigos.
Eles apenas me olham irritados e se afastam.
— Vocês não vão ficar?_fico confusa.
— E por que ficaríamos? É apenas o casamento de uma falsa que não atende nossas ligações, e que não nos contou que iria casar. Só viemos porquê fomos obrigados pelos nossos pais, mas já estamos indo_Jessilly não contém a mágoa.
— Eu acabei quebrando o meu celular, mas ganhei um ontem a noite. Tentei ligar para vocês mais cedo, mas só dava caixa postal, e o resto eu posso explicar...mas não aqui, venham comigo_quase imploro.
Eles ainda hesitante me seguem.
— Isabelle fique aqui, e se alguém me procurar diz que eu estou conversando com uns amigos, ta bom?_me agacho ficando da sua altura.
Ela assente me abraçando, e depois corre para a pista de dança.
Esse pessoal tem uma pele tão fria!
Quando ela sai, caminho para o jardim do local, onde não tinha ninguém já que todos estavam na pista de dança.
— Então? Me explica porquê não nos contou que estava noiva_Samilly cruza os braços.
— Como eu poderia explicar algo que nem eu mesmo sabia? Eu só descobri tudo isso na quinta-feira a noite _tento soar calma, só tento mesmo.
— Você se apaixona, fica noiva e não sabia? _Matt ergui uma sobrancelha.
— Apaixonada? Matt achei que você me conhecia melhor, como eu posso estar apaixonada? eu conheci ele quinta de manhã, mas eu vou explicar e…
Me calo quando minha cintura é puxada, encaro Jasper possessa de ódio.
— Temos que ir_seu tom cortante se direciona ao Matt.
Eu poderia perguntar para onde, só para irrita-ló, mas eu não queria que os meus amigos soubessem que eu vou para França em lua de mel, seria muita vergonha. Não que vá rolar nada entre eu e esse babaca, mas seria o primeiro pensamento dos meus amigos.
Karollane me disse na vinda para cá que o pai dela queria que tivéssemos uma lua de mel "romântica" já que eles possuem uma casa na capital.
— Tudo bem, eu só preciso falar com eles _tento me afastar, porém ele aperta mais forte minha cintura.
— Vamos acabar perdendo o vôo _ele fala em bom som para que os meus amigos ouvissem, e depois se aproxima da minha orelha _e isso me deixaria muito irritado, e não queremos que eu me aborreça né?_o encaro puta.
— Vamos_digo entre dentes_prometo que quando eu voltar eu conto tudo_pisco para eles.
Abraço as meninas e elas retribuem. O que me deixa aliviada, além da confiança na minha família, também não quero perder a amizade dos meus amigos. Sorri para o meu melhor amigo, e abro os braços, porém Jasper agarra minha mão me puxando para longe do Matt.
Imbecíl
— Eu ainda vou matar você_murmuro para ele e o que ganho é apenas um sorriso de lado.
Nos despedimos de todos, e abraço Josh forte, ignorando minha família. Abraço os irmãos do meu "marido" que são a única coisa de boa que essa loucura me trouxe, e caminho até o carro.
A caminho para o aeroporto descobri que não iriamos em um avião, e sim em um jatinho particular do sr.Smith. A vontade de matar o loiro foi enorme. Ele não me deixou falar com meus amigos porquê disse que nós iríamos perde o vôo, mas como iriamos perder se vamos no jatinho do pai dele? Babaca!
Com a ajuda da aeromoça dentro do jato, me livro do vestido. Colocando uma calça preta, botas, moletom, doudone e gorro de lã. Não sei que estação a cidade está, mas se a minha "cunhada" deixou isso em cima da cama, deve não estar tão quente.
Não consegui tirar a maldita lingerie, então ignorei esse fato. Quando saiu do local, não encontro Jasper em local nenhum, o que dou graças a Deus, me sento na poltrona do jato, e sem notar, acabo dormindo.
Quando abro um dos olhos, me assusto ao ver Jasper sentado em uma poltrona de frente pra mim.
— Chegamos_ele me fita.
Poxa, por quanto tempo eu dormi?
Quando descemos do jatinho Jasper me guia até uma SUV branca, e um segurança que estava com ela pega minhas malas.
Acabo sorrindo olhando as ruas que com certeza eu iria explorar. A casa do homem ao meu lado era linda. Por fora também tinha um jardim, só que estava coberto de neve, assim como a casa, o que deixava tudo ainda mais encantador.
Uma mulher loira de olhos azuis nos recebe quando entramos na enorme sala. Ela sorrir simpática com um menino agarrado ao seu vestido longo, ele não devia passar dos 5 anos, fico fascinada com seus olhos azuis.
— Alice, essa é Theresa, ela que cuida da casa já que nós raramente aparecemos aqui, e esse_ele aponta para o menininho _é o meu irmão Simon, filho da Theresa_ele bagunça o cabelo do menino que abraça as pernas do Jasper.
— Seu irmão? _ergo uma sobrancelha confusa.
— Sim, mas é uma longa história, depois eu te conto, vem, eu vou te mostrar a casa_ele me puxa pela mão me fazendo revirar os olhos.
— Claro, mas será que antes eu poderia ganhar um abraço do Simon? _sorri para o menino.
Eu nunca fui muito de abraços, mas quando se tratava de criança a parada era outra!
O menino assenti e me abraça, dando um lindo sorriso de covinhas que me faz morder sua bochecha.
Tento disfarçar o arrepio que sinto ao tocar sua pele!
Jasper me mostra a casa inteira, e depois para em frente a uma porta.
— E esse é o nosso quarto_ele abre a porta.
Nosso?
Era um quarto bem grande, maior do que o que eu ficava na casa dele, tinha uma cama dossel de casal, uma lareira, um closet dividido em duas partes, minha e dele, e uma varanda que estava fechada.
Depois de me mostrar o quarto ele sai me deixando sozinha.
A minha sorte é que ele não viu o closet, porquê as empregadas já haviam desfeito as malas e arrumado tudo. E como não fui eu que fiz as malas, já que nem sabia que iria viajar, tinha varias peças de lingerie, uma mais provocante que a outra. E varias camisolas de renda e pijamas curtos, e alguns vestidos também, então eu peguei todas as lingeries e vestidos e algumas camisolas e coloquei tudo de volta e guardei a mala.
Como a Karollane teve coragem de fazer isso comigo? Ela achava mesmo que eu iria usar essas coisas?
Quando fui guardar a mala, um papel vermelho cai, e pego não acreditando no que está escrito:
Espero que se divirtam. E manda um beijo meu para o Simon, eu tenho certeza que você vai amar ele já que gosta tanto de crianças. E ver se usa os presentes que eu te dei, tenho certeza que você vai adorar, e o meu irmão nem se fala!❤️
Ass: para a melhor cunhada de todas.
Mais que garota filha de uma mãe!
Guardo tudo antes que alguém aparecesse, e queimo o papel na lareira.
Tirando as botas, fiz apenas me jogar em cima dos lençóis, eu estava morta, e a cama quentinha foi bem eficaz em me fazer dormir em minutos.
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