Capítulo 04

Quando abro a porta me deparo com o Josh, que sorrir abrindo os braços.

— Não tente se aproveitar da situação_digo.

— Eu sei que você quer, vem logo!_me aproximo o apertando forte_vai ficar tudo bem Alice, vamos resolver isso_ele me aperta ainda mais forte.

— Promete!?_encaro seus olhos castanhos, eu sei que nada seria resolvido, porém era bom me apegar a uma falsa ilusão.

— Eu prometo manina_ele me afasta para me encarar_eu juro que se soubesse desse acordo idiota, teria feito de tudo para conseguir pagar tudo que devemos a esse senhor.

— É, pelo visto só os causadores sabiam_trinco os dentes com os gritos no andar de baixo me chamando_vamos a caminho do inferno!?

— Que boca suja!_Josh rir me ajudando com a mala.

Quando piso na sala, não encaro ninguém, apenas me dirigindo ao velho.

— Vamos!

— Você não vai se despedir dos seus pais?_ele questiona.

— Pensei que estava com pressa, ou o senhor prefere acabar com esse compromisso idiota e me deixar em paz? _rebato.

Realmente hoje eu não estava em um dia bom, e estava sendo mal educada e dando barrada em todo mundo.

Eu não estava nem um pouco afim de falar com meus pais, muito menos de olhar na cara deles, eu ainda estava muito magoada e decepcionada e acho que o velho percebeu.

— Claro que não irei desistir do compromisso, então vamos!

Assim que ele fala um dos seguranças dele pega minha mala e eu saio pra fora e entro no carro, batendo forte a porta do carro.

Dentro do carro estava eu e o velho no banco de detrás, e os dois seguranças no banco da frente.

Depois de um tempinho percebi que havíamos saido da cidade e estávamos no meio de uma floresta, mesmo morando a tanto tempo aqui, eu nunca havia vindo para esse lado da cidade, ainda mais porque não tem nada, algumas cutículas de água deslizam sobre as folhas graças ao tempo úmido, era uma cena tão linda e melancólica que acho que foi Deus que me fez notar aquela cena, para me dar conta da minha real situação, depois de alguns minutos o carro para e um dos seguranças me ajuda a descer.

Era uma mansão bem no meio daquele verde úmido e vazio,  muito bonita e com uma decoração sofisticada, acho que cada tijolo que foi usado vale um rim meu, havia uma fonte e um jardim na entrada, quando entramos uma mulher pegou minhas malas, mesmo com os meus protestos e levou-as para o andar de cima, mas o sr. Smith me pediu que ficasse embaixo na sala, que iria me apresentar sua família.

— Sua casa é muito bonita_elogio, mesmo não gostando de estar aqui, eu tinha que admitir o óbvio.

— Fico feliz que tenha gostado Alice, já que agora irar morar aqui, é bom que se acostume e que f..

— Será que dar para você parar de ficar falando a mesma coisa? que é bom que eu me acostume, que bom que eu esteja feliz, que gosta que eu tenha vindo morar aqui_o interrompo, ele havia vindo o caminho inteiro falando a mesma coisa.

— Como preferir_ele assenti_Bom, ai vem os meus filhos.

Eu estava virada de costas, mas quando olhei para a escada eu quase cai para trás, eram os novos alunos!.

— Alice?_Andrew sorrir confuso.

— Andrew!_murmuro surpresa.

— Vocês já se conhecem? _o velho decrépito nos olha curioso.

— Estamos estudando na mesma escola pai_ele sorrir para mim.

Quando descem da escada ele, aquela garota é... Karollane, isso!, se aproximam e o outro garoto Jasper desce e vai para o sofá, e fica lá nos ignorando totalmente.

— Pai? _ergo uma sobrancelha confusa.

Mas eu não deveria ter ficado tão surpresa, agora está explicado a semelhança.

— Isso mesmo Alice, esses são meus filhos Andrew, Karollane e aquele no sofá é o seu noivo Jasper_ele aponta para o garoto loiro.

Logo ele? Não tinha outro não?

— O que? Desde quando eu pedi essa estranha em casamento, e não estou sabendo? _ele fica furioso.

Devo admitir que me deu vontade de avançar nele, como ele pode ser ignorante desse jeito, depois de eu ter sido praticamente arrastada da minha casa. É ele que está todo pomposo igual pinto no lixo, mas desta.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? _Andrew me olha confuso.

—Sabe o que é?, os meus pais me venderam, e agora o seu pai acha que é meu dono, e está me obrigando a casar com esse tapado ordinário_aponto para o Jasper.

— Quem você pensa que é?_o loiro se aproxima furioso e eu não recuo erguendo meu queixo.

— Podem parar agora mesmo, e vocês irão se casar, e não estou perguntando se querem, estou informando_Sr. Smith intervém e sobe as escadas.

Naquela hora pude sentir que as lágrimas estavam vindo e eu não iria conseguir impedir, mas não queria chorar na frente deles, já não fui humilhada o suficiente para uma vida inteira?, e acho que Karollane percebeu pois veio ao meu socorro.

— Vem Alice, eu vou te mostrar o seu quarto_ela toca o meu braço.

Sua pele fria me faz encara-lá, e a mesma sorrir constrangida e retira suas mãos de mim.

— Boa noite _Andrew sorrir quando passo por ele para subir as escadas.

— Para você também.

— Péssima noite, tomara que tenha um pesadelo e saia correndo daqui para nunca mais voltar _Jasper sorri sádico.

Na mesma hora um tremor passou pelo meu corpo, e juro se eu estivesse perto o suficiente teria lhe acertado um soco, no mínimo para lhe arrancar os dentes da frente.

— Jasper! _Karollane o repreende.

— Foi mal, boa noite .....irmãzinha_ele sorri para ela que revira os olhos subindo as escadas.

Quando entramos no quarto me surprendo com o tamanho, bem grande com uma decoração incrível.

— Você gostou? _a garota me pergunta ansiosa.

— Sim, ele é muito bonito _tento soar animada, mas tenho certeza que falhei.

— Que bom, eu não sabia se você era uma garota daquelas que gosta de rosa, ou daquelas que gosta de preto, então por f...

— Foi você quem decorou esse quarto?_fico surpresa.

— Foi!

Então uma coisa surge dentro da minha mente, para ela poder arrumar tudo isso ela tinha, ah não!

— Você sabia de tudo isso?_me irrito.

— Sim, eu sabia _ela me parece envergonhada.

— Por que você não me disse hoje na escola? eu poderia..eu poderia...

Então a raiva se passou, porque a ficha caiu, eu não iria poder fazer nada, se não quem sofreria as consequências era a minha família.

— Posso imaginar o que você está pensando, e realmente você não poderia fazer nada, o meu pai não gosta de sair perdendo nos seus tratados, mas vamos esquecer isso, e vem, vou te mostrar o seu closet_não a sigo, o que faz ela me olhar_Alice eu sei que não é fácil, é insano, e estou muito irritada com o meu pai por ter um acordo desses, mas tente tirar bom aproveito disso, e o que tiver que ser, será!_ela pisca e eu apenas assinto.

Eu a sigo até uma porta e lá tinha um closet enorme e estava cheio de roupas novas, bolsas, cintos, lingeries, acessórios, calçados, olho para Karollane que estava do meu lado, eu a encarei como se pedindo uma explicação.

— Bom, é que eu não poderia deixar esse closet vazio né? O que foi? você não gostou?_ela mucha na hora.

— É tudo muito lindo e tal, mas eu não gosto, e não sou acostumada a usar esse tipo de roupa, não é o meu estilo. _toco um vestido com decote em V, e as costas nua, longo, azul e com detalhes em prata.

— Bem, você pode até não gostar, mas com certeza o meu pai te forçará a usar, e as suas roupas são poucas para preencher o closet, então_ela da de ombros.

Ele me forçar a vestir isso? É o que veremos!

— Não ficarei chateada por causa disso, acho que já tenho problemas demais para resolver para ficar preocupada com roupas, mas bem, vou desfazer minhas malas e arrumar tudo_suspiro.

— Não precisa, pode deixar que eu arrumo tudo amanhã, pode ir descansar, você parece estar tão cansada_ela me olha solidária_cansada é uma palavra gentil até.

— Não, pode deixar que eu arrumo amanhã, e você pode sair agora, eu devo estar te atrasando.

— Atrasando? _ela me olha confusa e eu a encaro de cima a baixo.

Ela estava com um vestido preto justo da parte da cintura pra cima com mangas longas, e solto na parte de baixo, e tinha alguns desenhos de folhas branca na cintura, estilo renda, ela estava com um salto também preto e sem maquiagem, também um rosto incrivelmente lindo não precisa.

— Ah não, eu não vou sair, é que eu me visto assim mesmo_ela da risada.

Então você está de parabéns de se manter tão bem em cima de um salto dentro de casa, enquanto eu na minha usava apenas umas havaianas, um short, uma regata, e um coque, e olhe lá se não ficasse descalça.

Depois de mostrar o banheiro que tinha no quarto ela me desejou boa noite e saiu.

Quando me vi completamente sozinha fui procurar meu pijama, e adivinha? não estava, mas é claro porque a burra aqui havia esquecido na secadora.

Não, burra não, afinal não é todo dia que se é vendida como um pacote de drogas!

Então fui procurar nas roupas que a Karollane havia comprado para mim, mas só havia pijamas curtos, renda, cetim e outros tecidos que eu tinha até medo de perguntar o preço, então depois de procurar um que não fosse tão revelador achei um rosa bebê.

Não curto essas cores, mas é o que temos!

Depois do banho, quando já estava deitada naquela enorme cama, fui fazer uma das coisas que estava tentando controlar desde que descobri toda essa ruína, chorar, mas eu chorei tanto que uma hora as lágrimas secaram e eu acabei dormindo.

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