De volta para Chicago

Rubens e Judy se arrumavam para ir até Chicago, visitar a SEA e treinar na sala virtual.
No entanto, a adolescente resolveu mentir para o comandante Christian, alegando que haviam suspeitas na cidade e precisavam investigar o quanto antes.

Ao fechar sua mala, o policial chamou um táxi aéreo, onde em apenas 2 horas de viagem, já estavam no Estado de Illinois.
Ao descerem na cidade populosa, Jensen deu um sorriso satisfeito e respirou fundo ao rever seu velho lar.
A menina ao presenciar sua felicidade, comentou:

- Então aqui é onde fica a famosa SEA, que você tanto fala?
- Exatamente. Philip vai adorar te conhecer.
- Quem é esse?
- O capitão da SEA.
- Espero que seja mais simpático que o sargento Spencer. - Brincou ela
- Ele é um grande homem, você vai gostar dele!

Entretanto em Los Angeles...

Craby continuava desmaiado, após receber a forte dose feito pela doutora Kerry Heinz.
Porém, surge Collins em seu laboratório, acompanhado por dois seguranças particulares e fortemente armados. De braços para trás e observando tudo ao redor, ele avista o homem inconsciente na maca e pergunta para a cientista:

- Há quanto tempo ele ainda está assim?
- Mais ou menos 1 hora, senhor.
- Trate de acorda-lo logo, senhorita Heinz! Eu não tenho tempo a perder, entendeu?!
- Sim senhor, Willian...
- Doutor William Collins!
- Ok! - Falou ela receosa

O mafioso colocou seus óculos escuros e passando o dedo nas preteleiras, fez cara de nojo e disse:

- Limpe melhor esse lugar, está uma bagunça!
- Pode deixar, doutor Collins. É que tive um contratempo e...
- Não me interessa os seus problemas! Desde que isso não afete meus negócios com o senhor Mitchell Millers.
- Claro.
- Além disso, o tráfico de mutantes está ficando cada vez melhor para o mercado negro. Por isso não quero pessoas nos atrapalhando!
- Com certeza, senhor Collins!
- Descobriram quem era aquele rapaz? Resolveram pra mim?!
- Já sabemos quem ele é, mas ele não está sozinho, doutor. Existem mais acompanhando ele e são mais fortes!

Aborrecido com aquela notícia, Collins da um soco na mesa e encarando a mulher, afirmou:

- NÃO IMPORTA QUEM SEJA, QUERO ELES AMANHÃ MESMO NA NOSSA CELA ESPECIAL!
- Vai ser difícil enfrentarmos sozinhos...
- CHAMEM REFORÇOS! OS MEUS HOMENS ESTÃO DISPONÍVEIS! MAS QUERO A CABEÇA DELES NA MINHA MESA!
- Deixa comigo, senhor Collins!
- Que bom que nos entendemos, doutora Kerry. Até mais. - Falou ele com um sorriso e indo embora, como se nada tivesse acontecido.

Assim que ele se retirou, ela se senta na cadeira ao lado do amigo e sem forças, ela começa a chorar com as mãos sobre seu rosto.
Pela primeira vez, Kerry sentia pressão de verdade de seu chefe e isso não era nada bom. No entanto, ela ouve uma voz rouca, porém suave ao seu lado:

- Vai dar tudo certo...
- Craby? Você acordou? Escutou nossa conversa?
- Sim... Mas não importa... Continuamos seguindo nosso plano...
- Temos 24 horas.
- Sem problemas... Eu tenho uma ideia...
- Estou ouvindo, amigo.

Na SEA..

Rubens Jensen chegou na portaria de sua antiga corporação, ao lado de sua mais nova parceira de missões. O policial estava ansioso mais do que nunca e nem percebeu quando a loirinha disse ao seu lado:

- Gostei dessa estátua dourada. Deve ter sido alguém importante.
- O que? Do que você está falando?
- Desse busto em frente a SEA. Você conhece a figura desse homem?
- Olha, eu não...

O militar fica sem fala ao rever o busto dourado de seu melhor amigo, o soldado Ross Sullivan.
Aproximando da imagem poderosa, não conseguiu conter as lágrimas, chegando a tocar com gratidão.
Há tempos, Rubens não se recordava daquele lindo busto que fizeram em homenagem ao grande herói de Chicago e também do mundo, além de Sara Smith, sua eterna aliada.

Com um sorriso e os olhos marejados, Jensen comentou para a adolescente:

- Isso é uma longa história, Judy! Depois eu te conto com calma. Mas o fato é que esse cara salvou nossas vidas e também era um dos meus melhores amigos da SEA. Seu nome era Ross!
- Ah, entendi. Por isso você se emocionou, imaginei que fosse uma pessoa importante. Que honra ele teve!
- Sim, ele foi um dos maiores heróis que a terra já teve, além claro do R...

Ele acaba se lembrando de Ryan Smith, mas por receio de causar algum gatilho ou mexer demais com a memória de Judy, Rubens muda de assunto e disse:

- Que tal entrarmos logo? Estou emepolgado pra rever meus antigos amigos.
- Sim, vamos lá.

Antes que ele se identificasse, a entrada de Rubens e Judy foi autorizado, quase que automaticamente.
Ao cumprimentar alguns guardas do local, logo ele se depara com Barry, todo sorridente e eufórico ao mesmo tempo, feliz em revê-lo.
Com uma pasta na mão e engravatado, ele aperta a mão do agente e disse: .

- Que bom te ver novamente, senhor Jensen!
- Igualmente, Barry. Está mais elegante do que nunca, gostei dos trajes.
- Obrigado, hehehe! O capitão tem sido muito generoso com a gente.
- Falando nisso, ele está? Gostaria de falar com ele.
- Infelizmente ele está numa viagem de negócios e retornará daqui 2 dias.
- Nossa, que pena. - Lamentou Rubens
- Mas se precisar de alguma coisa, a Zyx pode te ajudar, ela está no comando na ausência dele.
- A Zyx? Aquela mulher robô?! O Philip deixou ela pra tomar conta da SEA?!
- Sim senhor, por que?

Nesse momento Judy da uma cotovelada no amigo, fazendo ele disfarçar o espanto e reconsiderar sua resposta:

- Quer dizer ... É uma coisa nova.
- Zyx é uma inteligência artificial muito poderosa, e depois que começou a conviver conosco pessoalmente, através do seu corpo cibernético, tem executado tarefas quase impossíveis para soldados, até mesmo para a elite da SEA.
- Estou impressionado, posso falar com ela?
- Claro, deixa eu chama-la...

Barry pegou seu relógio no braço e apertando um pequeno botão, a figura de Zyx se transporta até eles, numa velocidade surpreendente, deixando até mesmo Judy, chocada.
A mulher de sorriso simpático e alta, cumprimenta os dois e disse:

- Olá, em que posso te ajudar, senhor Rubens Jensen?
- Ah, oi... Zyx. Quanto tempo né? A última vez que nos vimos foi...
- No Bar das Onze, localizado em Chicago, exatamente no centro da avenida principal. Estávamos comemorando o fim do Apo...
- Já entendi, Zyx! Obrigado.
- Me desculpe, é força do hábito. Quem é essa jovem bonita? - Perguntou ela observando a menina
- O nome dela é Judy. Ela é uma soldado das forças armadas, eu trouxe ela aqui para treina-la na sala virtual. Vocês ainda tem aquela simulação especial?
- Não apenas temos, como eu aprimorei para melhor desempenho para os militares. E tem dado um grande resultado significativo, todos que usaram a sala virtual dizem que se sentem mais confiantes e mais fortes!
- Isso é ótimo, Zyx! - Comentou Rubens empolgado
- Sigam-me!

Rubens deu uma olhada para a adolescente e piscou, onde Judy apenas revirou os olhos, mas acompanhava o parceiro de equipe.
Chegando ao lugar, o homem então perguntou quais eram as mudanças que ela tinha feito para a sala virtual.

Zyx explicou que ao acessar ao novo local, o ambiente de batalha é totalmente pessoal. A simulação virtual consegue captar reflexos de sua inconsciência e projetar para a sala, deixando assim a luta mais familiarizada com o usuário, fazendo com que seu desempenho seja ainda maior.

- Gostei. - Disse Judy confiante
- É seguro tudo isso? - Perguntou Jensen
- Totalmente seguro e garantido. Muitos podem se assustar de início, pois não estão acostumados a visitar seu inconsciente e muito menos batalhar contra ela, mas logo se acostumam e sabiam desde sempre que seu coração sempre esteve por lá! - Concluiu a inteligência artificial.
- Está pronta, pequena? - Indagou ele
- Com certeza!

A porta automática se abre e Judy adentra ao local com determinação, onde da uma última olhada para o amigo lá fora, fazendo Rubens dar um jóia e Zyx com um sorriso simpático e artificial.
Assim que estava sozinha na sala de simulação de realidade, ela fechou seus olhos se concentrando onde gostaria de lutar, e ao abrir se vê num ambiente de guerra com soldados do futuro.

Judy deu um sorriso de canto e disse:

- Vamos brincar...

A jovem mutante derrotava facilmente os militares de elite, jogando eles longe com seu poder psíquico ou destruindo alguns andróides que tentavam agarra-la. O poder de Judy era surpreendente e não encontrava dificuldades em lidar com aquela simulação futurística.
Dois robôs saltam sobre a garota, mas ela se aborrece e parte os dois ao meio com apenas um chute poderoso.

- Isso não é treinamento. É passatempo pra mim!

No entanto, o ambiente do lugar começa a mudar de realidade, deixando Judy confusa.
Ela estava no meio de uma floresta calma e agradável, onde uma pequena casa de madeira estava na sua frente.
Ao caminhar um pouco, avista um bebê dormindo no berço branco, bem na varanda.
Logo em seguida, surge um homem carregando um cesto de frutas vermelhas e fazendo carinho na criança com todo amor.

- O que está acontecendo aqui? - Perguntou ela, completamente perdida.

Atrás dela surge uma mulher, loira e olhos azuis, assim como os dela.
Ela abraça o homem, lhe dando um beijo, onde o casal observa a criança com sono profundo.

- Como iremos chamá-la? - Perguntou a mãe
- Que tal...

Inesperadamente tudo aquilo desaparece, deixando a adolescente mais aflita ainda, por querer saber quem eram aquelas pessoas e qual era o nome do bebê.
O céu escureceu e um frio tomava conta de seu corpo, deixando ela com medo do que estaria por vir.

Judy se via com 7 anos e no interior de uma cápsula de laboratório, ao redor haviam pessoas presas e gritando por socorro, onde um gás invade todas as cápsulas matando todo mundo, menos ela.
Ela não conseguia gritar, estava em choque em ver tudo aquilo, e mais uma vez o ambiente mudou...

Haviam pessoas deformadas numa floresta comendo carne humana ao redor de uma fogueira e rindo, repletos de sangue.
Ao olharem para trás e avistar Judy, eles se levantam e partem pra cima da menina...

Ela fecha os olhos assustada, chegando a dar um grito de desespero. Porém, no meio de tantos pesadelos e visões perturbadoras, ela se encontrava no interior de uma casa, cercada por pessoas amigáveis, mesmo que não conseguisse ver seus rostos e nem quais eram seus nomes.
As imagens era de um soldado do exército, uma mulher negra e jovem, outro homem armado com uma espada ao lado e por último, alguém se aproximando dela, com uma voz masculina e poderosa:

- Você é como se fosse minha filha. Te amo, princesa...

Judy se emociona com aquelas palavras, mesmo não sabendo quem era aquele homem, até que a simulação termina e ela retornava para a realidade, não mais forte, mas muito mais emotiva e intrigada com seu passado.

Assim que ela saiu da sala virtual, Rubens a esperava ansioso e foi logo perguntando:

- O que achou? Se sente mais poderosa?
- ...
- Não gostou?
- Vamos embora, por favor.
- Ok, claro. - Disse ele sem entender direito

Passando por um longo corredor até a saída, eles passam em frente a sala chefe, onde um quadro enorme de uma moça sorridente e cabelos curtos, usando um quepe, estava grudado na parede.
Judy para por um momento e fica encarando aquela moldura com seriedade e não conseguia tirar os olhos daquela jovem, até que Rubens ao perceber a situação, chegou perto dela e observando também, deu um sorriso e comentou:

- Ela é linda, não é?
- Quem é ela?
- A verdadeira comandante da SEA, o nome dela é Sara Smith. Uma das pessoas mais incríveis que já conheci nessa vida. Esse nome te lembra algo?

A loirinha olhou para o amigo e em seguida retornou para o quadro e respondeu:

- Não.
- Que tal irmos até o velho Bar das Onze?
- Ok. - Disse Judy ainda séria e voltando o seu foco para a realidade.

Na saída, Zyx e Barry se despediram deles, onde a inteligência artificial avisou que poderiam voltar a qualquer momento e que Philip Davis seria notificado sobre sua visita, assim que chegasse de viagem.





Rubens Jensen: Ter que encarar sua própria consciência, deve ter sido muito difícil para a pequena Judy Cooper 😞💔.
Ainda não posso falar tudo pra ela o que eu sei, não quero me sentir culpado se alguma coisa acontecer 😔.
Mas estou feliz em voltar pra Chicago 😊❤️ rever Zyx e Barry foi o máximo 😁 ( uma robô no comando 😅😅).
Confesso que a saudade bateu quando revi o busto dourado do meu amigo, Sullivan 😢. Espero que ele esteja em uma realidade melhor do que essa 💔.

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