Mais fundo...



Por Vênus

Odiava minha mãe, odiava com força. Especialmente quando eu lhe estendia minhas mãos e nelas, era golpeado com força. Doía e no princípio, eu lembro-me de chorar muito e pedir que fosse clemente. Não havia bondade nela.

Eu haveria de me fortalecer, suportando sem queixar-me, os seus métodos de disciplina. Eu fazia com ela e pelas suas costas, todas as coisas da forma mais errada que eu poderia fazer. Cheguei ao ponto de amar tais castigos, pois já havia me vingado antes. Sujava seu nome com meus atos e denegria sua imagem.

Seus tapas no meu rosto eram um forte incentivo para que eu ser ainda pior. Eu transei com quase todos os caras da escola, com o pai dela, meu avô Adolfo e com o padre austero chamava-me de demônio ao me comer no confessionário. Ela ouvia os "boatos" e punia-me por eles, eu negava, é claro. Cada espancamento, ria-me por dentro. Era minha forma de sentir a vida.

Joaquim é um ser de personalidades distintas, parecem dois homens. Amo-o e o odeio. Odeio quando é Joaquim, amo quando ele torna-se Júpiter. Embora sinta que falte muito para chegar ao meu âmago.

*******

Por Júpiter

Cresci como EU dominador a partir de uma brincadeira sexual com Xavier, ele diminuiu ao ponto de submisso. Eu gostava de dominá-lo e ele precisava sentir-se amarrado e dobrado, humilhado, obediente. 

...

Afastado de minha família, eu o anormal, brincava de perversões com meu ex companheiro. Enquanto na sociedade, eu continuava portando-me elegantemente frente às pessoas que queriam ver-me nesta postura, meus pensamentos desviavam para o que eu tinha e o que eu era de verdade. Achando-me que eu era o louco, jamais me opunha àqueles modos de pensar que causavam-me uma raiva sinistra.

Ao passar por um andarilho, enquanto eu voltava do almoço com dois colegas de trabalho, um deles comenta:

— Vagabundo, drogado...

— Cada um faz suas escolhas, deixa ele. — Retruco.  

— Eu já acho que vida não é justa com todo mundo,  Sandro. — Atílio defende o cara. 

— Sim, sim, cada um faz suas escolhas, uns escolhem se foder e trabalhar e outros escolhem a vagabundagem, o crime e a miséria. Sou mais por essa teoria. E não venha me dizer que ele é uma vítima da sociedade. — Sandro responde. 

— Quem sabe. — Atílio diz.

— Sandro, as pessoas escolhem e você nem imagina os tipo de escolhas que fazem. —Respondo-o e abordo o morador de rua. — Ei, sabe que dia é hoje?

— Pô chefia, um dia depois de ontem e um dia antes de amanhã. Não muda muito. Tem um troco aí? É pra comprar um sanduíche.

  — Posso ter dar um sanduíche e não dinheiro.

Ele não responde, resmunga algo e vai embora. Sua falta de resposta me faz sorrir e quando nos afastamos, Atílio questiona o porquê da pergunta e eu provoco.

— Esse não parecia uma vítima da sociedade, era um cara esperto que faz suas escolhas. Nós, é que não entendemos. O que me diria sobre uma pessoa que gosta de ser escravizada?

— Ninguém gosta de escravidão, só ser for burro.

— Você não entende o ser humano.

— Ah, certo, e o que você entende? Vive mais tempo na terapia do que em qualquer outro lugar.

— Faz quase um ano que não vou à terapia. Achei um passatempo mais interessante.

— Xavier? Você é louco. O cara te chifrou, rapaz...

— Se o fizer novamente, eu o mato.

— Nem vou dizer nada.

...

Vênus usa a coleira, mordaça e uma sumária cueca de tecido sintético. O plug anal enfiado nele está incomodando-o, pois ele gane, o que indica sofrimento. Sorrio achando divertido quando ele se contorce querendo repelir o artefato. 

— Deita, vou tirar a mordaça e não quero ouvir sua voz. — Ele deita suas costas no chão de madeira lustra, sem mordaça, pensa em falar algo, mas o calo com um tapa forte no rosto. — Lave meus pés, seu imundo.

— Sim mestre. — Vênus se coloca de joelhos.

Meus pés cansados do uso de sapatos por nove horas, talco e suor, são lambidos. Sua saliva nojenta me causa asco, mas ao mesmo tempo causa o deleite de vê-lo chupar cada um de meus dedos dos pés. A sola é lambida à exaustão e o peito do pé, banhado pela pontinha de sua língua, voltando ao calcanhar que é chupado incansável. Sua saliva abunda.

— Chupa isso direito. — Bato no rosto dele e enfio metade do meu pé até sua garganta. — Não reclame ou te castigo! Isso, lave direito, tire a sujeira do meu pé...

Enquanto relaxo meu corpo, beberico um vinho tinto e troco de canal, canais locais que nada animam. Cócegas, massagens e chupadas nos meus dedos, me excitam. Excitam a ponto de querer usar meu escravo para outro prazerzinho. Desço o zíper e me exponho duro à Vênus.

— Me chupa. Chupe muito e me segure na sua garganta. Quero te sentir com ânsia de vômito.

Ele não me toca com suas mãos imundas, eu que me introduzo em sua boca. É a primeira vez que lhe permito tocar-me oralmente, estando eu, sem o banho previamente tomado. Minha "sujeira" pode fazê-lo sentir-se enojado, quero muito isso. Afundo no interior morno de sua boca, estocando com força.

— Abre bem a boca e coloque a língua pra fora!

Empurro minha ereção até a goela só para ouvir algo similar a um gorgolejo. São muitas investidas com intuito de lhe causar desconforto. Ele logo derrama às primeiras lágrimas.

— Dói?

— Sim, mestre.

— Continue. Chupa direito. — Com fúria, aperto as bochechas até que arranque um lamento seu. Ele apanha repetidas vezes no rosto e abre a boca, tal como lhe ordenei.

Como uma cadela, me lambe. Meus testículos ficam molhados com sua baba quando tenta enfiar os dois na boca. Chupa-os com vontade. Meu membro é lavado e dele, sua língua retira quaisquer resquícios de urina e suor que estivessem presentes.

— Me faz gozar na sua garganta e engula...

Ele obedientemente empenha-se em me fazer ejacular contra sua úvula. Meu alívio, permite-me um risinho e num ritual novo resolvo que vou mijar sobre seu corpo. Fora do meu comportamento estranho e incompreendido, deságuo sobre Vênus com jatos fortes de urina em seu rosto, peito e braços. 

Minha sala, contém uma poça de mijo e um homem ajoelhado nela, sem se mexer.

— Lamba seus braços, me prove.

Ele não esperava por isso e de todas às vezes que o submeti, poucas o senti entregue. Sinto como se ele precisasse de muito mais. 

Naquele ano, meu EU Dom, não estava no seu ápice, eu ainda era invadido por Joaquim com receios de que eu machucasse Vênus. Eu estava confuso naquela altura do campeonato, mas não ia recuar. Ele me despertara e eu tinha ânsias de crescer no topo da relação que desenvolvíamos.

Vênus ainda não sabia, mas eu percebera o quão perigoso era. Por baixo da fachada de Sub, ele queria inverter a jogada e por isso eu não o pouparia dos suplícios...

— Apague a luz.

Engatinhando, atravessa a sala, levanta rápido somente para alcançar o interruptor e depois retorna para ficar sob meus pés, me servindo de apoio. Não precisaria de mordaça, pois não reclama.  

Deixo meu "capacho" dormindo no chão da sala, tomo um rápido banho e me enfio sob as cobertas quentes que trouxe, quando resolvi habitar de vez essa casinha de madeira.

...

Meu café da manhã está pronto, o aroma da bebida invade sem convite, minha alcova. Meu escravo termina de preparar, me serve sem me encarar e volta a se ajoelhar, ainda nu e sujo, sem permissão para o banho. Novamente o privei da dignidade de andar limpo e hoje ele fede. Isso atrapalha meu café. Seu cheiro forte me lembra de que são cinco dias que está desse jeito.

Estico a perna e o empurro para longe de mim. Ele cai, suas lágrimas escorrem em seguida.

— Vá se lavar, seu imundo. Lave-se e me sirva depois.

Ele vai de quatro como um cão. Sua obediência é algo bastante excitante. Vênus leva muito tempo no banho, vem pra mim depois, nu e barbeado. Seus joelhos sempre machucados e os dedos têm pelo menos duas unhas pretas por ficarem prensados sob minha bota.

Transformei dois quartos da residência em uma peça única e num estúdio/escritório moderno. Sentado à mesa, vejo meu escravo chegando cabisbaixo como tem que ser. Gosto da nudez daquele corpo magro e sem extravagâncias. Me inspira sadismo e depois disso, o cuidado de curá-lo. Encho a mão como se ela fosse uma concha protetora que envolve o pênis e o saco murchos. Minha mão é quente, Vênus está arrepiado de frio. O mamilos aumentados devido aos flagelos que infrinjo, se tornam rígidos e pontudos. Sei da sua sensibilidade ali, que é aumentada após a tortura. 

— Suba na mesa e me provoque.

Vênus sobe no grande móvel, calado e mordendo os lábios, se apronta de costas, afasta as pernas e mostra que seu cu contém o plug que inseriu após o banho. Está exausto e se afaga sem tanto entusiasmo. Ele não ama a suavidade, logo precisará de punição. Não tenho problemas quanto a isso.

Belisco os dois pontos marrons do seu peito, torcendo-os ao ponto da dor e o tom avermelhado. O pênis não reage, a menos que ele sinta um pouco da minha ira sobre seu corpo devasso. Abandono-o, depois me aproximo com o chicote de couro nas mãos escondidas às costas. O desço da minha mesa e o forço de bruços com o corpo meio dobrado, a bunda fica erguida, indecente. 

Não preciso de tanta força, pois o couro golpeia dolorosamente. Ele geme abafado. Duvidando que lhe doa, aumento a intensidade dos golpes. Ele grita. Jamais pede para que eu pare. Somente no décimo segundo golpe, que acerto o ponto, pois a marca levanta um vergão e a pele torna-se sensível. Novos golpes e seus gritos me excitam. 

Meu pau pulsa. Aperto-o. Tesão e fúria. Novos golpes o machucam de verdade, mais e mais, ele chora, não implora e eu não paro, ele leva a mão entre as pernas e toca-se. Desobediente goza, cai exausto e a dor o tira da consciência.


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Olá pessoal! Oi Oi Oiiii. 

Obrigado por me apoiarem com essa história. Não é muito extensa, mas é um pouco intensa, kkk. Diferente das outras, bem diferente. Não são um casal convencional, esses dois. 

Deixo aqueles beijinhos e muito carinho♥♥♥



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