O meio



Notas iniciais

Olá, olá, gente linda. Como estão? Demorei um pouquinho, mas cá estou eu com o segundo capítulo da fanfic. Esse será o penúltimo capítulo, então respirem fundo e leiam com atenção! Ele é importante. Beijinhos de luz e até mais tarde.

Capítulo 2: O meio

O castelo do reino Jeon era diferente de qualquer outro que Jimin já havia visto ou ouvido falar. Não pela quantidade de ouro, ou pela pompa exagerada, na verdade era um castelo simples. O que o tornava belo eram os pequenos detalhes. As tapeçarias pareciam cuidadosamente posicionadas, assim como cada vidraça, estátua e móvel. As janelas, mesmo que fechadas pelo inverno rigoroso, ainda deixavam a luz passar, dando uma iluminação fantástica ao ambiente como um todo. Era fantástico!

A área reservada aos criados era enorme. Praticamente um mini castelo atrás do de verdade. Cada quarto era equipado para acomodar de dois até três criados ao mesmo tempo. Jimin e Goeun foram colocados em um dos mais novos, reformados recentemente. A lareira os aqueceu tanto que os cobertores de pele não foram necessários.

- Jimin? - Ouviu a voz rouca da colega, virando-se na cama para encará-la. - Isso é mesmo real? Digo, nós estamos mesmo livres?

- Sim, Goeun, estamos livres. - Sorriu abertamente, vendo Do retribuir o sorriso com alegria. - Onde será que seremos colocados?

- Não faço a menor ideia. - Sentou-se na cama, esticando os braços e coçando os olhos. - Mas espero ficar na cozinha ou nos jardins. E você?

- Qualquer lugar serve, desde que eu nunca mais precise me sujeitar ao que meus pais me sujeitaram. - Abaixou a cabeça. Ainda era doloroso pensar nos pais.

- Ei, anime-se, Jimin! Nós estamos livres, lembra? Livres e protegidos. - Levantou e andou calmamente até Park. - Agora o reino Jeon sabe sobre nosso caso. Nada irá acontecer conosco, eles não permitirão.

- Tem razão. - Você não pensaria assim se soubesse quem era meu comprador, Goeun. Pensou. - Acho melhor trocarmos de roupa logo, antes que batam aqui e nos taxem como preguiçosos sem ao menos começarmos em um cargo.

Jimin e Goeun haviam passado por poucas e boas juntos. Foram maltratados, xingados, feridos e abusados. Trocar de roupas no mesmo quarto não era incômodo nem constrangedor, a vida se encarregou de mostrar que existem humilhações piores do que ver o sexo oposto nu.

- Srt. Park? Srta. Do? - Jimin e Goeun pararam imediatamente a conversa animada, respondendo em uníssono um breve "sim?". - O príncipe herdeiro solicita a presença imediata de ambos na sala de assuntos reais. Esperarei que se aprontem.

Jimin e Goeun se encararam, claramente suprimindo gritos estridentes de alegria. Assim que a euforia passou, terminaram os últimos ajustes, arrumando os cabelos e roupas.

- Pronto? - Goeun perguntou, passando rapidamente as mãos pelos fios louros do amigo.

- Sim. E você?

- Pronta!

A dupla respirou profundamente antes de abrir a porta. Parado do outro lado do corredor, de frente para a porta, um homem alto e fardado sorriu gentilmente fazendo uma breve reverência aos dois.

- Sou o guarda real Lee Baekwoo, estou responsável pela escolta de vocês até o príncipe.

- Agradecemos pelos serviços e pela cordialidade, Sr. Lee. - Jimin olhou brevemente para Goeun, vendo a amiga completamente encantada com o tratamento especial. - Mas isso é realmente necessário? Digo, nós não estamos mais em perigo, correto?

- Estou apenas seguindo as ordens do príncipe, Srt. Park. - Sorriu de maneira doce, vendo o desconforto e a preocupação de Jimin. - Mas não se preocupe, estão seguros aqui dentro. Nada de ruim acontecerá enquanto estiverem na Costa Jeon, tenham certeza.

Jimin apenas sorriu em retribuição, mas não fora completamente convencido. Todas as certezas de segurança que passavam ainda eram mínimas quando comparadas ao terror que viveu nas mãos do primeiro dono. Sabia do que ele era capaz, sabia que em algum momento saberia da traição da esposa e que, ao contrário do que ordenara, Jimin continuava vivo.

Enquanto eram escoltados, Jimin percebeu duas coisas muito importantes: ser escoltado por um guarda real chamava muita atenção; os criados com toda certeza do mundo não sabiam sussurrar. A cada passa que ele, Goeun e o Sr. Lee davam, conseguia ouvir um murmurinho diferente. Alguns achavam que os dois estavam sendo levados novamente para a prisão, outros tinham uma teoria diferente, dizendo que o príncipe estava apaixonado por um dos dois, isso sem contar os malucos que achavam que Jimin e Goeun estavam, na verdade, encarregados de suprir os desejos carnais da realeza. Cada teoria era tão maluca e sem sentido que Park não sabia se ria ou se chorava.

- Está ouvindo isso, Goeun? - chamou a atenção da amiga, que conversava animadamente com o guarda.

- Ouvindo o quê? - Virou brevemente a cabeça para o amigo.

- Os cochichos, oras! Cada teoria é pior que a outra. - Riu, mas sem humor. Goeun negou, olhando rapidamente ao redor e vendo apenas rostos curiosos, mas não ouvindo nada. - Deixe para lá - suspirou. - Não é nada importante, de qualquer maneira.

- Está tudo bem, Srt. Park? - Baekwoo parou a caminhada, olhando para os dois criados atentamente. - Srta. Do?

- Estamos bem, Sr. Lee. - Goeun olhou para o amigo, tocando-o levemente pelo ombro. Park olhou para ela, sorrindo levemente. - Jimin está apenas preocupado com alguns boatos dos corredores da criadagem, nada demais.

- Boatos? - Baek, olhou rapidamente o corredor, notando que os criados que passavam por ali olhavam descaradamente para eles, mal conseguindo segurar a empolgação. Alguns sussurros eram audíveis, deixando claro do que Do e Park falavam. - Entendo. Passarei o assunto ao príncipe, ele resolverá a questão dos boatos, sim?

- Sim. - Jimin tentou se pronunciar, mas foi cortado por Goeun. - Muito obrigada, Sr. Lee. Podemos continuar agora.

O restante da caminhada foi silenciosa, até mesmo Goeun parou de tagarelar, o que era, com certeza, um grande milagre.

Ao chegarem perto da sala de assuntos reais, Jimin e Goeun foram instruídos a aguardar no corredor. Baekwoo entrou após ter uma confirmação verbal do príncipe. Do lado de fora, eles ouviram a breve conversa entre eles. Alguns minutos depois a porta foi aberta por um Baekwoo sorridente, pedindo gentilmente que eles entrassem.

- Príncipe Jeon, aqui estão Park Jimin e Do Goeun, como solicitado. - Reverenciou respeitosamente após posicionar os dois do centro da sala.

- Agradeço pela eficiência, Baek. Pode descansar, cuidarei de tudo a partir daqui. - Com mais uma reverência, Lee deixou a sala. - Como passaram a noite?

- Nunca dormi tão bem, Majestade. - Goeun sorriu, verdadeiramente grata. - Eu e Jimin estamos profundamente agradecidos.

- Fico feliz que tenham gostado. - Sorriu, levantando da cadeira real e indo até uma mesa, ao canto da sala. - Venham, sentem-se comigo. Pedi que preparassem o desjejum aqui hoje.

A dupla caminhou lentamente até a mesa recheada de comida. O espaço parecia milimetricamente calculado para que coubesse tudo.

- Por favor, sirvam-se livremente. Foi a forma que encontrei de me redimir pelo acontecido de antes.

Jimin alternou o olhar de Jungkook para o próprio prato inúmeras vezes, tentando compreender pelo menos um pouco a situação. Nada fazia sentido ali. Um monarca não deveria ter o desjejum compartilhado com a criadagem, ainda mais quando a criadagem tinha um passado tão sujo quanto o deles. O tratamento que haviam recebido naquele castelo estava sendo tão surreal que Jimin esperava acordar a qualquer momento por algum companheiro do mercado, dizendo que um novo senhor o havia comprado.

- Srt. Park, está tudo bem? Algum problema com o desjejum? - Jimin acordou do pequeno transe, vendo que Jeon e Goeun encaravam-no com preocupação.

- Não! - falou um pouco mais alto do que deveria, fechando os olhos com força e tentando se acalmar. - Desculpe-me, Majestade. Não quis gritar. - Respirou fundo, organizando os pensamentos antes de continuar. - Eu estou apenas um pouco confuso e impressionado. Não estou acostumado e ser tratado com tanto zelo. Não que esteja reclamando! Digo, eu estou feliz e-

- Srt. Park? - Jungkook levantou uma das mãos, pedindo gentilmente que Jimin parasse de tagarelar sem parar. - Por favor, acalme-se.

- Estou calmo. Estou calmo. - Respirou fundo.

- Eu entendi o que quis dizer, Srt. Park. - Apoiou a cabeça na mão livre enquanto a outra mexia o mingau para resfriá-lo. - Acho melhor tratarmos logo sobre a questão das posições, sim? - Alternou o olhar entre Goeun e Jimin. - Existe alguma área na qual prefiram trabalhar?

- Bem, eu estive pensando em trabalhar na cozinha ou nos jardins, Majestade. - Goeun, que já estava servida com duas fatias de pão com geléia, olhou acanhada para o príncipe.

- Pois bem. Já que estamos num período incomum de inverno e os jardins estão fechados, penso que seria melhor colocá-la na cozinha. O que acha?

- Ficaria honrada em servir na cozinha, Majestade. - Sorriu abertamente, sendo retribuída com um sorriso educado.

- Mandarei um aviso à cozinheira chefe, ela tomará conta de você a partir de amanhã. - Voltou o olhar ao Jimin, vendo que ele encarava intensamente a fatia de bolo posta no prato. - Srt. Park, existe alguma área na qual sinta vontade de trabalhar?

- Qualquer área vaga será suficiente, Majestade. Deixarei a seu critério - respondeu com a voz baixa, mas encarando Jeon com intensidade. Não conseguia evitar, principalmente quando Jungkook devolvia o olhar com intensidade dobrada.

- Temos apenas uma área de criadagem vaga, Srt.Park. - Colocou um pouco do mingau morno na boca.

- Qual, Majestade?

- Criado pessoal do príncipe herdeiro. - Sorriu abertamente, vendo Goeun e Jimin engasgarem simultaneamente com a comida. - Caso queira preencher a vaga, não terei objeções.

- Está dizendo que eu seria seu criado, Majestade? - A voz de Jimin saiu entrecortada por tossidas. Goeun não estava diferente, tossia fortemente na tentativa de desentalar a comida.

- Certamente. Isso se for de sua vontade, obviamente. Não o forçarei a ser meu criado particular. Caso deseje servir em outra área eu entenderei perfeitamente. - Jeon ficou repentinamente sério, encarando Jimin com ainda mais afinco. Parecia buscar qualquer traço de desagrado que pudesse captar e pareceu extremamente satisfeito ao constatar que não havia nenhum. Jimin não tinha objeções.

- Ficarei honrado em servir ao senhor, Majestade. - Fez uma pequena reverência, visto que ainda estavam sentados à mesa.

- Começaremos ainda hoje, sim? - Jimin afirmou com um aceno, continuando a refeição em silêncio.

Os pensamentos iam e vinham aleatoriamente, traçando um emaranhado cronológico sem muito sentido. Pensava no primeiro dono, no tratamento especial do monarca, nos pais, no mercado clandestino, em Goeun. Tudo de uma vez, sem filtro, sem conexão. Demorou alguns segundo para perceber que alguém o tocava fortemente pelo braço, chamando-o pelo nome repetidas vezes.

- Jimin! - Goeun balançou-o com força, fazendo-o despertar repentinamente. - O príncipe perguntou algo para você!

- P-perdão, Majestade. Perdão. Eu estava-

- Está tudo bem, Srt. Park. Não me deve satisfações sobre seus pensamentos - Riu da cara assustada do criado. - Como eu estava dizendo anteriormente, conversei com o Chefe de segurança, o homem responsável pela missão de resgate e apreensão no mercado clandestino. Ele foi castigado à altura por ter feito duas vítimas serem tratadas como criminosos. - Arrumou brevemente a postura na cadeira, tomando um pouco de vinho quente. - Também fui informado pelo guarda Baek sobre boatos de cunho duvidoso pelos corredores. Tomarei providências imediatamente, não se preocupem.

Jimin queria falar algo, mas sabia que não deveria. Não era de sua conta como Jungkook utilizava o poder que tinha, muito menos em quem ou o motivo disso. Tudo o que deveria fazer era seguir a vida como criado do príncipe, sendo o melhor possível e cumprindo com as expectativas postas nele. Jimin era apenas um criado, não tinha autonomia para criticar o herdeiro dos Jeon's e nunca teria.

[...]

- Jeon Jungkook! - Jimin chamou, balançando o príncipe com força. Tudo o que recebeu foram resmungos. - Se não acordar agora irá se atrasar para a reunião com seu pai!

- Só mais cinco minutinhos, Minnie. - Virou para o lado, tirando o cobertor do rosto. O tempo estava começando a esquentar e o sol vindo da janela ajudava a manter todo o ambiente quente.

- Nem mais um minuto, Jungkook! Ande logo. - Retirou todos os cobertores e travesseiros de Jeon, ouvindo-o murmurar palavras desconexas. - Seu pai vem falando da importância dessa reunião há semanas, você não irá se atrasar por ter ido dormir tarde.

- E de quem é a culpa de eu ter dormido tarde, Srt. Park? - Abriu lentamente os olhos, encarando Jimin com um pouco de dificuldade por conta da claridade. - Que eu me lembre, foi você quem pediu uma revanche no xadrez. Ou estou enganado?

- Não me lembro, portanto não aconteceu. - Cruzou os braços, desviando o olhar do rosto boquiaberto de Jungkook.

- Não acredito que vai fingir que não é um mau perdedor! - Riu descrente, ainda que realmente achasse engraçado. - Senhoras e senhores, apresento-lhes Park Jimin, o pior perdedor e mentiroso da face da Terra. - Levantou da cama, espreguiçando-se antes de apontar para a blusa pendurada na cadeira. - Você pode trazer para mim, por favor?

- E eu tenho escolha, Majestade? - Sorriu com ironia.

- Sempre, querido. - Diferente de Jimin, Jungkook sorriu de maneira doce.

- Vista-se logo, estarei esperando no corredor. - Entregou a blusa ao príncipe, sorrindo encorajador antes de sair e esperar no corredor.

Os minutos passaram lentamente enquanto aguardava Jeon. Era até engraçado pensar em sua situação atual quando comparado ao que era anteriormente. Jimin e Jungkook tinham uma relação estritamente profissional onde um servia e o outro mandava, mesmo que de forma muito educada. Nunca imaginou que, em algum momento, poderiam desenvolver algo tão profundo quanto o que tinham no momento.

Park lembrava claramente de todos os momentos que passara com Jeon. Alguns foram estressantes, óbvio, ser criado de um futuro rei não era tarefa para qualquer um, mas Jungkook teve paciência e cuidado ao explicar tudo o que Jimin precisava saber para realizar o trabalho com perfeição. Recordava da primeira vez que fora chamado pelo nome, e ainda com mais precisão do momento em que o apelido "Minnie" fora criado. Foram momentos mágicos demais, jamais esqueceria de como sentiu o coração acelerado e as mãos suando ao ouvir algo tão íntimo como um apelido sair dos lábio do príncipe.

Era difícil dizer quando Jimin começou a reparar em Jungkook. Não houve um momento exato, apenas aconteceu. Começou a reparar no movimento sutil do cabelo quando uma corrente de ar passava, na maneira como ele observava todos ao redor, conferindo se estavam confortáveis, como pronunciava as palavras com perfeição, ainda mais quando falava "Jimin" ou Minnie". Park sentia o coração falhar uma batida toda vez que ouvia-o chamar seu nome de maneira terna. Sabia que aquilo já não era mais a amizade inocente de meses atrás, o que sentia por Jeon era mais profundo do que isso. Cada olhar preocupado e atencioso, cada hábito, trejeito, olhar, cada pequeno detalhe fora meticulosamente guardado para ser revivido em momentos de solidão. Com a morte precoce de Goeun em um surto de gripe quando o inverno ainda estava no auge, Jimin passou a ter o quarto exclusivamente para ele, Jungkook havia notado a tristeza do criado e o amparou como pôde. Fez surpresas repentinas, deu presentes, consolou em noites de melancolia intensa, tudo o que estava ao alcance. Talvez fora esse o maior motivo da paixão emergir. Jungkook mostrou-se zeloso, demonstrou interesse, demonstrou preocupação. Entretanto, mesmo com tantos cuidados, Jimin sequer ousava pensar que um príncipe, herdeiro de todo um reino, pudesse sentir algo por alguém que vinha de classe mais baixa do que a própria plebe.

- Minnie? - Jungkook passou a mão rapidamente na frente de Jimin, tentando captar a atenção dele. - Está tudo bem? Está sentindo alguma coisa? - Park sorriu com o tom de preocupação, balançando a cabeça.

-Está tudo bem, não se preocupe comigo, Majestade. - Jungkook fez uma pequena careta, começando a andar na direção da Sala de recepção.

- Já falei que pode me chamar apenas de Jungkook. - Olhou para Jimin, aumentando ainda mais o sorriso. - Ou Kookie.

- Você disse que não tocaria mais nesse assunto, Jungkook! - Bateu no ombro de Jeon, que apenas riu do criado.

- Mas eu gosto tanto desse apelido! Tudo bem que você criou-o em um momento de bebedeira e se envergonha disso - ponderou -, mas ainda acho que é um apelido válido.

- Pensarei no caso, agora é melhor nos apressarmos, seus pais não irão gostar caso chegue atrasado para a reunião.

A dupla passou a andar mais rápido, chegando em poucos minutos na Sala de recepção. Quando as portas foram abertas, Jimin pôde ver que o rei, a rainha e o príncipe, irmão mais novo de Jungkook, já estavam em seus devidos lugares. Olhou rapidamente para Jungkook, vendo-o fazer uma mini careta por saber que levaria bronca.

- Jeon Jungkook! - Jeon Soyoung levantou-se do trono, caminhando determinada até o filho mais velho. - Onde você estava? Nosso convidado chegará a qualquer momento, venha logo e sente-se! - Jungkook apenas obedeceu, pedindo que Jimin permanecesse ao seu lado.

Os minutos foram passando e os monarcas foram ficando impacientes, assim como o próprio Jimin. Tivera tanto trabalho para acordar Jungkook no horário e fazê-lo estar ali para que o sujeito se atrasasse?

- Jungkook, quem é o irresponsável que vocês estão esperando? - sussurrou a pergunta ao pé do ouvido do príncipe. Jeon arrepiou-se ao sentir o hálito quente de Jimin contra o pescoço, mas ignorou a sensação e tentou se concentrar na resposta.

- Nós vamos recepcionar o rei-

Jungkook foi cortado pelo som de batidas na grande porta de madeira do local. Um dos guardas entrou, fazendo uma reverência exagerada antes de anunciar a chegada do visitante.

- Anunciando a chegada do rei Yoon Kwangjo.

Jimin olhou imediatamente para a porta, vendo a figura velha e alta entrar presunçosamente na sala. A rainha Soyoung, o rei Haeil e os príncipes Jungmo e Jungkook levantaram para recepcionar adequadamente o convidado.

- Seja muito bem-vindo, rei Yoon - Haeil saudou.

Jungkook olhou para trás e viu Park paralisado, olhando aterrorizado para o convidado. Alternou o olhar entre eles, vendo que Kwangjo ainda não havia percebido a presença de Jimin no cômodo.

- Venha, vamos nos sentar. Pedi que preparassem um desjejum especial. - Soyoung caminhou elegantemente até a sala ao lado, sendo acompanhada por todos os presentes. - Creio que irá gostar da-

- Park Jimin? - Todos pararam ao ouvir a voz rouca e grave reverberar pelo salão.

Jimin congelou. Achou que, caso saísse cuidadosamente, não seria percebido. Tarde demais. Yoon Kwangjo havia o visto. Yoon Kwangjo sabia que ele estava vivo. Tudo estava arruinado.

- O que você está fazendo aqui? - Foi a última coisa que ouviu antes de sentir as pernas falharem e a consciência o abandonar gradativamente.

Notas finais

E então, o que acharam? Lembrem-se, eu adoro ler o que vocês estão pensando sobre a fanfic, qualquer tipo de crítica construtiva será bem recebida <3

A beta responsável por esse capítulo foi a @ParkEmy, muito obrigada pelo trabalho, amore. Também não podemos deixar de notar essa capa maravilhosa feita pela @hotk.

Ficamos por aqui por enquanto. O próximo capítulo será o último e eu espero que gostem bastante do final que reservei para essa threeshot.

Não se esqueçam: beba água, faça carinho num cachorrinho e não cuide da vida alheia.

Beijinhos de luz e até o próximo capítulo <3<3<3

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