Capítulo 28
Ainda conseguia ver o carro passando pelos portões do palácio. Ian e Alisson estavam indo embora novamente, voltando para a província de Brighton. Mabel não estava nada feliz. Pude notar isso no abraço apertado que deu na amiga antes de vê-la partir.
Estreitei mais os braços ao seu redor e beijei seus cabelos carinhosamente. Mabel se virou e me fitou com os olhos marejados, fazendo com que meu coração se apertasse.
— Não fique assim. — Sussurrei acariciando seu rosto.
— Está tudo bem, — Sorriu levemente — Nós nos veremos logo. — Afirmou e assenti concordando.
Busquei sua boca em um beijo intenso. Senti suas mãos subirem pela minha nuca indo até os cabelos, bagunçando-os ainda mais.
— Que tal subirmos um pouco? — Sugeri dando um pequeno sorriso.
— Você tem uma reunião com seu pai, ou acha que não sei. — Sussurrou me dando um selinho demorado.
— Droga! — Praguejei baixo — Te vejo no jantar... Ma Belle! — Me despedi beijando sua testa.
Meus dias ultimamente se resumiam em aprender ainda mais sobre nossa província. Meu pai estava empenhado em ensinar tudo que sabia, afinal seus planos de me passar o comando oficial de Thompson estavam ainda mais próximos.
Victor seria meu braço direito em tudo isso. Antes este cargo seria ocupado por Jason, mas diante das circunstâncias e dos fatos acontecidos, isso definitivamente mudou. Nunca mais ouvi falar dele e sinceramente, nós estávamos melhores assim. Não o queria perto da minha família, então conversei com Victor e fiz a proposta sobre o cargo permanente em Thompson, fazendo daqui o seu novo lar.
Ficamos no escritório até a hora do jantar. Minha cabeça doía um pouco, mas meus pés seguiam a passos rápidos. A única coisa que precisava era da morena com olhos cor de mel que tanto amava.
Sentei em meu lugar a mesa e esperei pacientemente até que Mabel entrasse acompanhada de sua irmã, Samantha. Imediatamente levantei e puxei a cadeira para que ela sentasse. Vi seu bonito sorriso de agradecimento e o retribui.
Nosso jantar foi servido e comemos com calma. Observei a mesa cheia e senti meu coração se apertar de felicidade. Nossa família era tão bonita. Sim, éramos uma grande família agora. Os avós de Mabel tinham vindo morar conosco no palácio e obviamente Samantha.
Ver todos bem me fazia feliz, acho que esse é o verdadeiro significado da palavra família.
***
Tinha me tornado um molenga e era culpa de Mabel. Sim, ela era a causadora disso tudo.
Fazia uma semana que eu tinha viajado. Nós recebemos a notícia de que o rei de Mongolly estava doente e não sabiam se iria ter muito mais tempo de vida. Então precisamos praticamente correr para arrumar as malas e Marcos nos levar até a província.
A situação do rei não era nada boa. Nos últimos dias ele não conseguia nem se levantar da cama e todos estavam realmente preocupados. O médico disse que era uma gripe forte que tinha se transformado em pneumonia, e agora se agravou ainda mais.
Suspirei alto massageando as têmporas. Estava com uma dor de cabeça forte, que insistia em não passar.
— Já estamos chegando filho. — Meu pai avisou colocando a mão em meu ombro.
Estávamos no carro finalmente voltando para casa e mesmo estando ainda na metade do caminho já conseguia sentir a paz me envolver.
Deitei a cabeça no encosto do banco e fechei os olhos. Victor e meu pai conversavam distraidamente e aproveitei o momento para deixar minha mente vagar em nada especifico, na verdade, fiquei relembrando de meus dias com Mabel desde o nosso casamento.
Cada dia era especial e tinha uma descoberta nova. Desde nossos banhos juntos, que se tornaram rotina, até deitarmos um de frente para o outro e ficarmos apenas nos olhando em silêncio, curtindo nosso momento.
Acho que é assim quando se ama alguém. Todo tempo que você tem com a pessoa ainda é pouco.
— Até que enfim. — Ouvi Victor suspirar alto.
Abri os olhos e vi que estávamos passando pelos portões do palácio de Thompson. Automaticamente um sorriso começou a se espalhar pelo meu rosto só ao lembrar da linda mulher que me esperava ali.
O carro mal tinha parado e eu abria a porta para sair. Subi os degraus da entrada com rapidez e cumprimentei os guardas que estavam em frente à porta com um aceno de cabeça.
Entrei no palácio sendo seguido por Victor e meu pai. Era madrugada e tudo estava no mais absoluto silêncio. Com certeza todos dormiam, a não ser pelos guardas noturnos.
— Vou direto para o quarto. — Avisei já começando a subir a escada.
Ouvi a risada baixa de Victor, mas o ignorei e apenas continuei indo ao terceiro andar. Segui ao nosso quarto e assim que abri a porta aquela sensação de paz aumentou consideravelmente.
Entrei e devagar me aproximei da cama. O quarto estava no quase completo breu, a não ser pela luz da lua e dos postes no jardim.
Vi o pequeno e delicado corpo deitado sobre a cama. Mabel estava encolhida e dormia abraçada ao meu travesseiro. Era uma cena fofa, mas ao mesmo tempo partiu meu coração. Mas se ela tinha sentido um pouco do que senti quando estive longe dela, podia imaginar porque estava ali, daquele jeito.
Com cuidado subi na cama e toquei sua testa, afastando o cabelo que caia em seu rosto. Mabel era realmente linda. Vi ela se mexer e abraçar ainda mais o travesseiro. Com delicadeza o puxei de seus braços, mesmo com certa resistência de sua parte.
— Você não precisa mais dele. — Sussurrei.
— Hm... — Resmungou abrindo um pouco os olhos, mas ainda meio desorientada.
Mabel se virou um pouco e me olhou meio insegura, como se não acreditasse muito que eu realmente estivesse ali.
— Alexander? — Questionou com a voz sonolenta.
— Oi meu amor. — Sussurrei sorrindo.
— Você voltou? — Seus pequenos olhos ainda me encaravam confusos.
— Não aguentava mais de saudades. — Confessei deitando melhor ao seu lado.
Mabel soltou um grande bocejo e dei uma risada baixa enquanto a puxava para meu peito, aninhando e sentindo seu calor.
— Senti sua falta. — Sussurrou.
— Eu ainda mais, Ma Belle. — Beijei seus cabelos — Agora durma.
Acariciei seus braços com a ponta dos dedos fazendo com que ela suspirasse baixo de contentamento. Alguns poucos minutos depois já ouvia sua respiração ritmada e me concentrei nela, até pegar no sono também.
***
Acordei cedo e a primeira coisa que vi foi o emaranhado de cabelos escuros a minha frente. Estreitei os braços ao redor de Mabel e a puxei para mais perto. Cheirei seus cabelos e os beijei carinhosamente.
Fiquei ali mais alguns minutos apenas ouvindo sua respiração calma, mas infelizmente precisava procurar por meu pai para fazermos o relatório de visita a Mongolly.
Com cuidado sai da cama e segui ao banheiro para tomar um banho rápido. Vesti um conjunto social preto e voltei ao quarto. Ainda fiquei alguns minutos observando Mabel dormir tranquilamente e então com um suspiro baixo enfim sai.
Desci ao primeiro andar, indo ao escritório do meu pai. Bati a porta e ouvi sua voz autorizando a entrada. Ele estava sentado atrás de sua mesa e lia alguns papeis com atenção.
— Bom dia. — Dei um pequeno sorriso.
— Bom dia filho. — Cumprimentou largando os papeis.
— Vim ver como faremos o relatório da visita. — Expliquei.
— Ah, claro, — Suspirou baixo — Podemos começar agora se quiser.
Assenti concordando e sentei em frente à mesa. Meu pai entregou algumas pastas e então começamos nosso trabalho, pelo menos até Victor aparecer e eu ser liberado.
Nem pensei em recusar sua deixa e sai rapidamente do escritório. Cumprimentei algumas criadas pelo caminho e continuei subindo até o terceiro andar.
Antes de ir até meu quarto parei em frente ao dos meus pais e bati a porta. A abri minimamente e vi minha mãe sentada na beirada de cama com um livro nas mãos.
— O que a mulher mais linda está lendo? — Questionei chamando a atenção.
Vi um sorriso gentil surgir em seu rosto enquanto deixava o livro ao seu lado.
— Estava mesmo pensando em quando viria me ver. — Brincou.
Dei uma risada baixa indo até ela. Me inclinei beijando sua testa e sentei ao seu lado, segurando sua mão.
— Dramática. — Acusei revirando os olhos.
— Então... — Apertou minha mão gentilmente — Como está a vida de casado? — Questionou com interesse.
Foi inevitável que um sorriso gigante surgisse. Esse era o efeito de Mabel sobre mim.
— Está tudo ótimo. — Afirmei com convicção — Estamos muito bem, na verdade, tem melhorado a cada dia. — Confessei.
— Isso me deixa muito feliz. — Comentou sorrindo ainda mais — Pedi muito por isso... Para que fossem felizes juntos. — Tocou meu rosto carinhosamente — Aliás, já conversou com Mabel?
— Não, quando cheguei já era tarde e ela estava dormindo. — Dei de ombros — Porque? O que aconteceu? — Questionei ficando meio em alerta.
— Mabel não andou se sentindo muito bem e ficou mais no quarto nos últimos dias, — Explicou sorrindo levemente — Mas nada grave... Acho que deve ser uma gripe ou algo assim.
— Vou cuidar disso. — Afirmei já preocupado.
Será que ela estava doente? Gripe era algo perigoso, afinal olha o que aconteceu com o rei de Mongolly, onde uma pequena gripe resultou em pneumonia.
— Te amo querido. — Declarou.
— Te amo mãe. — Sussurrei beijando suas mãos.
Me despedi e sai do quarto, seguindo ao nosso. Abri a porta e imediatamente meus olhos encontraram com Mabel, que estava parada perto da cama. Um bonito sorriso surgiu em seu rosto e foi impossível não retribui-lo.
— Alexander! — Exclamou enquanto corria, literalmente, em minha direção.
Mabel se jogou sobre meu corpo e graças aos reflexos rápido que tinha consegui segura-la pela cintura, abraçando-a o mais forte que conseguia. Mabel segurou meu rosto e me beijou com vontade.
— Você voltou mesmo. — Sussurrou animada.
— Sim. — Concordei beijando seus lábios demoradamente.
Coloquei Mabel no chão novamente e observei seu lindo rosto, reparando em cada traço.
— O que foi? — Arqueou uma das sobrancelhas.
— Só admirando como você é linda. — Confessei — Minha imaginação com certeza não fez jus a sua real beleza. — Completei fazendo com que ela corasse.
— Seu bobo. — Desdenhou enlaçando meu pescoço.
— Então... Vamos descer para o café da manhã? Minha mãe disse que você andou meio doente. — Comentei preocupado.
— Nada demais, só meu estomago, — Explicou dando de ombros — Mas já estou melhor. — Assegurou.
— Tem certeza? Podemos chamar um médico. — Sugeri.
— Tenho sim. — Afirmou sorrindo — Se eu piorar nós chamamos, ok?
— Ok. — Concordei ainda meio receoso.
Mabel beijou meus lábios e então juntos nós descemos ao salão das refeições. Meus pais já estavam ali, além dos avós de dela, Samantha e Victor.
Nós nos sentamos e começamos a tomar o café da manhã. Meu pai contava como estavam às coisas na província de Mongolly enquanto todos ouviam com atenção.
Depois disso passamos o resto da manhã no salão principal, conversando e dando risada. Mais tarde almoçamos e algum tempo depois Verônica chamou Mabel para que a acompanhasse em uma reunião com algumas senhoras da província.
Aproveitei e sai com Victor para o centro, pois precisávamos conversar com alguns senhores. Depois passaríamos na escola que tinha finalmente ficado pronta e fizemos uma vistoria rápida, apenas para ver se estava tudo realmente certo.
Quando era quase hora do jantar Marcos estacionou em frente ao palácio. Assim que entrei perguntei por Mabel a uma das criadas e segui até a sala de reuniões onde ela, Verônica e minha mãe estavam. Pedi licença e as chamei para o salão de refeições.
Nos sentamos a mesa e alguns minutos depois todos já estavam ali. Nosso jantar foi servido e antes que conseguisse dar a primeira garfada em meu prato ouvi a respiração alta de Mabel.
— Amor, você está bem? — Questionei franzindo a testa.
— Estou um pouco tonta. — Sussurrou.
— Melhor se deitar. — Sugeri levantando e já puxando sua cadeira.
Mabel respirou fundo mais algumas vezes e por fim assentiu concordando. A peguei no colo e segui até a escada, subindo ao terceiro andar. Uma criada nos acompanhava de perto, provavelmente minha mãe quem tinha pedido. Ela abriu a porta do quarto e agradeci com um pequeno sorriso.
Deitei Mabel em nossa cama e me afastei a observando melhor. Seu rosto estava mais branco do que o normal, o que me preocupou realmente. Ela parecia doente.
— Amor... Fala comigo. — Pedi tocando sua testa.
— Já estou um pouco melhor, — Sussurrou abrindo os olhos devagar — Deve ter sido a pressão.
— Vou chamar um médico. — Avisei levantando da cama.
— É tarde amor. — Comentou segurando minha mão — Já passou.
— Você quase desmaiou Mabel, — Afirmei com seriedade — E está mais branca do que farinha.
Mabel me encarou por alguns minutos até suspirar baixo em rendição. Aproveitei a deixa e sai do quarto. Caminhei rápido pelo corredor e desci ao primeiro andar.
— Aí está você! — Exclamei encontrando com Victor que acabava de sair do salão das refeições.
— Pois não senhor. — Debochou e revirei os olhos em desdém.
— Deixe de ser idiota. — O repreendi — Preciso que faça um favor... Ligue para o médico e peça que venha até o palácio examinar Mabel.
— Ela está mal mesmo? — Questionou agora parecendo preocupado.
— Pode não ser nada, mas quero um médico. — Expliquei dando de ombros.
Victor assentiu concordando e seguiu em direção ao escritório. Já eu voltei ao quarto em tempo recorde. Mabel ainda estava deitada do mesmo jeito de quando sai, então apenas me acomodei ao seu lado e segurei sua mão, acariciando os cabelos com calma.
Algum tempo depois ouvi batidas na porta e autorizei que entrassem. Então um senhor de meia idade apareceu nos olhando com um sorriso gentil.
— Olá doutor. — Cumprimentei enquanto levantava da cama.
Apertei sua mão cordialmente aliviado por finalmente o médico ter chegado. Confiava plenamente nele, pois trabalhava para minha família a mais de dez anos.
— Olá Alteza. — Fez reverência.
— Poderia examinar minha esposa? Ela não está se sentindo bem há alguns dias. — Expliquei a olhando de relance.
— Claro — Concordou indo até perto da cama e deixando sua maleta ali.
Fiquei parado ao pé da cama enquanto o médico examinava Mabel. Ele mediu a pressão e espetou seu dedo para ver o nível de açúcar no sangue, além de fazer várias perguntas. Eu não entendia muito dessas coisas então apenas fiquei observando-os.
— Suas regras estão em dia? — Questionou enquanto olhava algo em sua maleta.
Regras? Como assim regras? Não estavam entendendo nada e minha cara devia demonstrar isso claramente.
— Hm... — Mabel murmurou pensativa.
Olhei dela para o médico que esperava sua resposta pacientemente, enquanto Mabel olhava para suas mãos parecendo fazer uma conta difícil.
— Não me lembro, — Confessou fazendo uma carreta — Um mês ou um pouco mais, quem sabe...
— Sei. — O médico murmurou e franziu a testa — Preciso que vá ao banheiro e esvazie a bexiga neste copo. — Explicou lhe entregando um pequeno copo de plástico.
Então sem dizer mais nada Mabel apenas levantou e seguiu ao banheiro. Suspirei baixo e observei o médico mexer concentrado na maleta.
— Não querendo ser invasivo, mas... — Pigarreei baixo — O que são regras? — Questionei.
Ouvi sua risada baixa e antes que falássemos mais alguma coisa Mabel já saia do banheiro. O médico pegou uma espécie de palito e colocou dentro do copo, deixando-o sobre a cômoda. Ficamos alguns minutos parados e em silêncio enquanto esperávamos por algo, que eu não fazia a menor ideia do que era.
Aquele silêncio todo e a expectativa estavam mexendo com meus nervos. Sentia um frio no estomago e uma sensação desconhecida crescia dentro de mim. Algo como um pressentimento.
— Como imaginei. — Comentou olhando para nós dois.
— O que? — Mabel questionou com expectativa.
Para que tanto suspense? Será que Mabel estava doente? Esse pensamento fez meu coração falhar uma batida.
— Você não está doente, apenas... Grávida! — Explicou dando um pequeno sorriso.
Grávida. Essa palavra apareceu em neon na minha cabeça, passando como se fosse um letreiro.
— Tem certeza? — Mabel questionou fazendo com que voltasse a atenção novamente ao médico.
— Absoluta, seus sintomas, o teste.... Tudo diz isso. — Explicou sorrindo gentilmente — Vou passar alguns cuidados que deve ter a partir de agora e marcaremos uma consulta para podermos avalia-la melhor. Vou deixar também algumas recomendações...
— Pode deixar com Lucia, a criada de Mabel. — Avisei e ele assentiu concordando.
— Ótimo. — Sorriu.
Percebi que Mabel estava quieta e a olhei de canto. Ela tinha um pequeno sorriso nos lábios enquanto encarava a parede oposta. Notei que o médico falava comigo novamente e lhe dei atenção.
Depois de suas últimas recomendações o levei até a porta. Nós nos despedimos com um aperto de mão e agradeci enquanto ele nos parabenizava mais uma vez.
Quando o médico já tinha ido fechei a porta e voltei com calma até a cama. Parei a alguns passos de Mabel e a encarei em silêncio. Vi uma lágrima escorrer pela sua bochecha e suspirei alto encurtando nossa distância, sentando a sua frente.
Segurei suas mãos e entrelacei nossos dedos. Não sabia se seu choro era de felicidade, mas tinha uma pontada de esperança de que Mabel estivesse tão feliz com isso quanto eu. Nós teríamos um bebê. Eu e a mulher que amava.
Senti uma grande quantidade de água se acumulando no canto dos olhos e me segurei para não cair no choro.
— Alexander... — Mabel sussurrou com a voz embargada.
— Tem noção de que você está me fazendo o homem mais feliz do mundo? — Confessei encarando seus olhos.
Mabel negou com a cabeça e vi mais lágrimas rolarem pelo seu rosto.
Sim, eu estava muito feliz. Como já disse tantas vezes, sempre sonhei em construir uma linda e grande família. Ter filhos, depois netos e bisnetos e tudo mais que tínhamos direito.
Me inclinei e beijei seus lábios delicadamente. Em seguida coloquei a mão sobre sua barriga ainda completamente lisa e a acariciei levemente, para depois beija-la carinhosamente.
Senti as mãos de Mabel em meu cabelo e sentei novamente com o rosto a centímetros do seu.
— Eu amo você, — Declarei beijando seus lábios demoradamente — Ou melhor... Vocês! — Corrigi ainda afagando sua barriga.
— Nós também te amamos. — Afirmou sorrindo.
Deitei melhor na cama e puxei Mabel contra meu peito, sentindo seu calor.
Coloquei novamente a mão sobre sua barriga e a alisei levemente. Ainda não tinha caído completamente a ficha de que teríamos um bebê. Que nossa família aumentaria e seriamos pais. Eu seria pai. Isso era... Fantástico!
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