Capítulo 32
Procurei Leon durante dois dias e não o achei. Até mesmo fui em seu quarto e os guardas disseram que ele saiu e não falou onde ia ou quando voltaria.
A curiosidade e a minha busca por respostas estavam me enlouquecendo.
Até mais do que Cassian que me fazia estudar em dobro. Eu desejava que o Anjo voltasse, mas ela nem sequer apareceu para se despedir. Já estava ficando farta daquela situação. Cassian chamava muito a atenção e as mulheres viviam atrapalhando as aulas trazendo guloseimas e até mesmo dizendo que iam limpar o lugar, mesmo estando limpo.
O mais irritante era que ele não se importava, sempre que ganhava algo as elogiava até que elas ruborizavam, o que não era um esforço muito grande.
Eu não o via fora da sala de aula o que era um alívio e praticamente não nos falávamos mais do que o necessário nas aulas.
Seja lá o que o eu tenha falado fez com que qualquer interesse que ele havia por mim sumiu.
Edward aproveitou que Leon sumiu e sempre que conseguia me trazia flores e chocolates. Na sua companhia eu ria e até me sentia confortável, era bom ter alguém com quem conversar sem ter que analisar cada palavra para descobrir quem conspirava contra Leon.
Até mesmo Alba parecia preocupada quando as meninas e eu estávamos estudando música. Já que eu tinha avançado nas aulas básicas de uma nobre, eles decidiram me deixar participar das atividades das outras concorrentes. Eu não era boa e não era à toa que sempre me deixavam de lado nessa hora. As atividades consistiam em dança, canto, pintura, e até política.
Na parte da dança Ivna era indescritível. Surpreendentemente Pietra tinha uma bela voz, mas quem a superava e me fazia arrepiar era Yanna. Sua voz doce e delicada ganhava uma sonoridade mágica ao cantar, era possível sentir a emoção da letra em cada parte da alma.
Outra que me surpreendeu foi Imyir em política. Suas idéias sobre um reino do qual todos pudessem ter direitos iguais acabou me fazendo acreditar que ela seria uma futura rainha incrível, mas então ela falou dos benefícios que isso traria a ela e o encanto se acabou. Marcta também era boa em pinturas, apesar de seus desenhos serem muitos sombrios e mórbidos e todos pareciam ter duas pessoas, um homem e uma mulher que não podiam ficar juntos.
Talvez fosse relacionado a sua carta e a pessoa que ela vinha se correspondendo.
Pietra tocava arpa de forma magnífica, junto com Yanna elas resolveram fazer uma apresentação.
— Ele ainda não voltou? — perguntou Imyir para Alba. A música estava alta, mas por estar perto eu conseguia ouvir a conversa.
Quando elas se tornaram tão íntimas?
— Não. Já faz dois dias — disse mais irritada com o fato dele não seguir os planos dela, do que preocupação.
— O príncipe Edward não sabe de algo?
— Eles não tem tanta intimidade para compartilhar onde vão. Isso está me deixando ansiosa. Ainda mais com meus pais chegando semana que vem.
Os pais dela viram para o castelo...
— Não se preocupe ele não iria perder tal evento. Afinal virá os pais de todo mundo — disse a tranquilizadora.
Os pais de todo mundo? O que eles iriam fazer aqui?
Seriam os pais das princesas ou até mesmo... sua imagem me veio a mente e a afastei. A essa altura ela, ele e Mathias estariam muito longe de Mountsin gastando o dinheiro que eu recebia. Graças a Clarissa, receberiam apenas uma parcela.
Eu precisava encontrar Leon o mais rápido possível.
A canção terminou e aplaudindo me levantei da cadeira em que estava.
— Você canta muito bem — comentou Pietra para Yanna que sorriu corando.
— Obrigada. Você tocou de forma esplêndida.
— Foi uma performance linda — disse Ivna.
Elas começam a falar sobre a performance e aproveitei e saí da sala de fininho.
Eu precisava saber onde Leon tinha ido e quando voltaria e só teria respostas com seus guardas, eles deveriam saber. Não era possível eles não saberem onde seu futuro rei estava.
Andei rapidamente até o corredor de seu quarto e parei antes de chegar a sua porta, ele estava saindo e puxava alguém junto. Fui para trás e me escondi atrás de um grande móvel, com um vaso de flor em cima.
Quem é a pessoa?
Me inclinei para ouvir e ver através da folhagem da flor.
— Eu já não lhe pedi para parar de invadir meu quarto? — Leon segurava com força o braço de Milei que sorria.
— Já, mas eu resolvi não lhe dar ouvidos. Seu humor está péssimo hoje. Nenhum progresso com seus aliados? — perguntou abrindo um sorriso largo.
Leon a encarou e deu uma risada sem humor.
— Por quê não perguntou ao seu tio antes dele tê-la fodido? — ela abriu e fechou a boca chocada. Ele sabia dos dois. E tinha dito tudo num tom estranho, igual ao que ele usou quando enfrentou Islachr. Ainda me dava calafrios quando ele o usava, não parecia ser Leon. — Pensou que eu não sabia? Ora, Milei, assim eu me sinto ofendido que pense que sou tão obtuso — ele balançou a cabeça.
— Eu estou em pose de suas cartas. Não importa se você sabe ou não com quem eu deito — ela se desvencilhou de seu aperto e ajeitou o cabelo sorrindo de forma vitoriosa. — E o rei não vai gostar nem um pouco de saber que seu filho anda tramando sua derrota. O que o papaizinho irá dizer?
— Ele estará muito ocupado sendo exilado — disse dando de ombros. — Você só pegou o que eu queria que pegasse. Acha que sou tolo o bastante para deixar você entrar no meu quarto e mexer nas minhas coisas? — Leon se aproximou e faz Milei recuar. Ela estava com medo, sua postura ficou tensa. Igual a minha. — Você não pode me ameaçar princesa, eu sempre estarei um passo a frente de todo mundo. Eu poderia te entregar, você e seu tio. Não só sua relação asquerosa. Mas que encobrem os piratas.
Se ela ficou surpresa antes, não era nada comparado com sua reação agora. Ela os escondia. Por isso não tocou no assunto de forma precisa, se desviou.
Ela também queria tirar seu pai do poder e duvidava que ela tinha motivos bons.
— Eu não sei... — começou, mas parou quando Leon sorriu e pegou uma mecha de seu cabelo o colocando atrás da sua orelha.
— Eu poderia fazer, no entanto não vou. Preciso de você, e você irá ajudar. Agora volte a fazer seu teatrinho com Alba e pare de invadir meu quarto — ele se afastou e fez um gesto com a mão indicando o corredor. — Vá, antes que eu me arrependa e mande um recado para seu amado tio; ele não vai atrapalhar meus planos.
Ele? Quem seria ele?
— Não o teme? — perguntou em tom baixo.
— Não. E nem os seus piratas.
— Pobre Hert, ficará de coração partido se souber disto — ela fez biquinho voltando ao seu estado natural.
— Acho impossível, já que ele não possuí um. Agora saia daqui, antes que você perca o seu.
— Sim, alteza — ela fez uma reverência e veio na minha direção. Me encolhi e ela passou com tanta fúria nos olhos, que não me viu.
Suspirei em alívio.
Muitas. Muitas informações.
— É um hábito estranho este seu de ouvir as conversas de outras pessoas, minha querida Rose — falou Leon ao meu lado me fazendo pular de susto.
— Assustar as pessoas também —disse colocando a mão no coração e tentando me acalmar. — Sabia que eu estava aqui?
A quanto tempo?
— Sim — ele sorriu voltando a ser o Leon que conhecia. — Você não parece tão assustada com as informações que descobriu. Já sabia sobre elas?
— Em partes. Sobre o relacionamento questionável de Milei e seu tio. Os documentos e a ameaça. O resto? Não.
Ele assentiu olhando para o corredor.
— Antes que você comece com o interrogatório, eu gostaria de te convidar para um encontro — Leon me olhou sorrindo.
Tanta coisa para discutir e analisar e ele me convidava para um encontro... Céus, eu não sabia se o xingava ou agradecia.
Ele não estava bravo por eu ter fugido.
— Um encontro? Leon eu acho melhor conversarmos sobre tudo isso. Sobre nós... eu... sinto muito por fugir... — ele me puxou para perto me fazendo perder as palavras. Eu tinha sentido saudade de seu toque. Meu corpo se acendeu e encarei seus lábios.
Arranhando a garganta ao engolir o desejei em mim, sobre mim.
Respirei de forma desregular quando ele passou a mão sobre meu pescoço e a outra desceu até a cintura, a apertando de leve.
— Não posso dizer que entendo porque fugiu. Mas sei que teve seus motivos. Porém eu não vou lhe deixar escapar novamente. Sabe o quão triste eu fiquei ao acordar e você ter sumido? — ele encaixou seu rosto no meu pescoço e inspirou sobre minha pele causando calafrios pelo meu corpo.
— Sinto muito. As coisas estavam acontecendo muito rápido e eu... — parei de falar e tomei um grande folego. — Foi muito rápido.
— Sinto muito, mas eu não gosto de coisas lentas, Swan. Bom, apenas uma — sua língua deslizou pelo meu pescoço e segurei um gemido. Tão lentamente que quase dei um gritinho quando ela deixou minha pele.
— Onde esteve estes dias? — perguntei tentando pensar em outra coisa e não nele e como eu queria que ele estivesse dentro de mim.
— Resolvendo problemas e ganhando aliados. Vou te explicar hoje a noite. Claro, somente se você aceitar meu convite — ele mordeu de leve meu ombro e minhas pernas tremeram.
— Está me persoadindo a aceitar? — perguntei, rouca.
— Não consigo esconder nada de você, não é? — perguntou sorrindo sobre minha pele.
Me afastei balançando a cabeça, sorrindo.
— Sou uma boa espiã. E, sim, eu irei.
— Ótimo — Leon me soltou e pegou minha mão a beijando de leve. — Então até mais tarde. Estarei aguardando ansiosamente sua companhia, Swan.
Fiquei totalmente desapontada, queria um beijo ou algo a mais.
— Eu também, alteza — fiz uma reverência. Ele suspirou com o termo formal.
Não sabia o quanto eu sentia sua falta e perceber aquilo me deixou assustada.
Depois de ficar inquieta no quarto a tarde inteira, finalmente a noite chegou.
Tinha colocado um vestido de seda roxo escuro que descia até a altura da canela, com vários detalhes de flores e redemoinhos em prata e dourado. Atrás era coberto por rendas que subiam até o pescoço formando uma gola e cobria o busto em formato coração. Meus braços ficavam nus e coloquei uma pulseira dourada.
Finalizei com sapatilhas prateadas e o cabelo preso em um coque trançado, com mechas soltas.
Não chamei Amália para me ajudar, pois ela seria contra e a dispensei cedo. Mas gostei do resultado, não era tão ruim assim.
Estava nervosa e caminhava de um lado para o outro, peguei o novo caderno de desenho para me distrair, Amália encontrou um para mim, mas não me veio nada na mente para desenhar.
Nunca estive em um encontro e não tinha idea do que esperar.
Aguardei até que ouvi uma batida na porta.
Fui até ela e Leon estava parado e usava um terno azul escuro, calças pretas e sapatos escuro bem engraxados. Seus cabelos caiam em cima dos olhos azuis cobalto que pareciam mais escuros e penetrantes.
Deixei que ele me olhasse de cima a baixo e vi um sorriso malicioso surgir, me deixando levemente excitada.
— Está linda, como sempre. Venha, temos uma longa noite pela frente — ele estendeu o braço e o segurei.
— Alba não irá surtar de nos ver juntos? — perguntei olhando em volta do corredor.
Ele soltou uma risada baixa.
— Alba não será nada eventualmente. Não se preocupe.
Sua voz me acalmou, mas a promessa de suas palavras me fez estremecer. Eu não estou preparada para o desfecho final.
Caminhamos até o salão de jantar sem trocar nenhuma palavra, eu estava assustada com a evolução brusca do nosso relacionamento que não conseguia manter uma conversa. Não havia ninguém na mesa, as longas e pesadas cortinas foram abertas, revelando uma bela noite estrelada com uma lua grande sorrindo para nós.
Ele puxou uma cadeira para mim e me sentei.
— Um jantar? — perguntei levantando a sobrancelha.
— Eu sei ser romântico, Swan — disse sorrindo e se sentando à minha frente. — Agora você pode começar.
Suspirando me ajeitei na cadeira. Ele pegou uma taça e a encheu de uma bebida clara.
— Milei te ameaçou com as cartas. O que elas tinham de tão importante?
— Elas eram convocados de reinos. Mais precisamente pedidos para retirar meu pai do poder, um pedido de não se oporem a mim quando fizesse o golpe — falou observando minha reação. — Há muitos reinos que odeiam meu pai, e como eu quero retirar ele do poder fiz acordos em troca de homens e armas.
— Então você vai invadir o castelo e fazer seu pai renunciar?
— Sim.
— Mas há muitas pessoas no castelo. Isso não resultaria num banho de sangue?
As competidoras, os empregados, guardas inocentes. Havia muitas pessoas que poderiam morrer.
— Estou ciente disso. Não vou atacar de de forma imprudente, tenho um plano — abri a boca para retrucar, mas ele falou antes: — Eu não posso te dizer, quero que confie em mim. Porque você também será importante, já que será a rainha — Leon sorriu.
Não.
Ele não poderia estar falando sério.
— Leon eu não...
— O que você pensou que aconteceria? Que eu dormiria com você e que a largaria para me casar com a Alba?! Não seja tola, eu... eu fiquei repetindo as palavras na minha cabeça durante o tempo em que ficamos afastados — ele estendeu a mão e pegou a minha. Mal piscava ou respirava. — Sabe, eu analisei e tentei achar vários motivos para não dizer e não encontrei nenhum.
— Leon...
Ele sorriu com os olhos azuis cobalto nos meus e disse:
— Eu te amo, Swan.
Meu coração bateu mais rápido e senti a vontade repentina de chorar.
— Por quê? — perguntei em voz baixa.
— Por que você me faz sentir poderoso. Por que quando eu coloco a minha coroa na cabeça a sensação não é a mesma de tocar sua mão. Faz sentindo para você?
Assentindo apertei sua mão.
— Isso foi um pedido de casamento? — perguntei sorrindo, tentando afastar o sentimento ardente que crescia no meu peito. Tinha medo de dizer algo e então assim como o último relacionamento que tive ele se desfizesse e me destruísse. — Já recebi melhores.
Ele soltou uma risadinha.
— Quando eu fizer o pedido, você dirá sim? — perguntou, duvidoso.
— Talvez — falei fazendo ele ficar sério e acabei rindo de sua expressão.
— Então talvez Milei aceite — disse me fazendo ficar sem expressão.
— Então se case com ela — falei soltando sua mão dando de ombros.
— Você fica linda quando está com ciúmes — ele voltou a pegar a minha mão. — Eu te amo, Rosemary Swan. Eu preciso de você, somente de você — tentei manter a expressão neutra. Porém um sorriso teimoso surgia em meus lábios.
— Quando você atacará o castelo? — Leon se empertigou e alguns empregados entraram no salão com bandejas.
— Logo. Não se preocupe, quanto menos você souber mais segura estará. Só quero que você confie.
— Eu confio — falei honestamente.
— Também acho que é melhor você não investigar mais ninguém. É um momento delicado e não quero te colocar em perigo.
— Está me demitindo? — levantei a sobrancelha.
— Sim, infelizmente.
Um empregado deixou uma bandeja com um belo faisão com um molho escorrendo e o cheiro era tão bom, quanto familiar.
Onde eu já o senti?
O cortei me servindo e o experimentei. Um gosto familiar preencheu minha boca. Detive a idéia de já ter comido algo parecido antes, pois era impossível.
— Haverá um chá da tarde daqui alguns dias. E depois o baile, muito especial para o rei. O baile de inverno — ele pegou uma jarra de vinho e a encheu para mim.
— Aquele que ele sempre escolhe um tema. Qual é o desse ano? — ano passado eu soube que fora flores vermelhas.
— Máscaras — disse sem se importar.
Que incrível. Máscaras. Eu deveria pedir para Amália fazer uma especial para mim, mas tinha um leve pressentimento que ela já à havia feito.
Depois de desfrutar dos pratos salgados, algumas peras glaceadas com vinho tinto foi posta na mesa e o cheiro doce me trouxe lembranças.
— Pratos incríveis. Foi você quem os fez? — perguntou Leon para um empregado que eu nem vira entrar. Estava tão concentrada na pera e no cheiro que não o percebi.
— Sim, alteza — sua voz era grossa e um cheiro de ferro levemente familiar me fez erguer a cabeça e fitar com descrença o empregado.
Seu rosto quadrado não mudou nada, ele só parecia maior e mais forte. Seus olhos escuros me analisaram e eu tinha esquecido o quão escuros eles eram, cercada num mar azul, verde e castanho os seus olhos pretos sumiram completamente das minhas memórias.
Como eu pude me esquecer de seus cabelos escuros? Que agora estavam curtos demais para serem trançados pela sua irmã. Ou de como sua mão era grande e calejada? Pareciam ter se passados eras que não o via, mas só passou alguns meses desde que fui embora.
Meu coração parou uma batida.
— Boa noite, Senhorita Swan. Espero que as peras estejam a seu agrado.
Olhei para elas e tudo fez sentido.
Eu me lembrava dele cozinhando esses pratos para mim. As peras que ele dava duro na joalheria para comprar.
— Está ótima — disse forçadamente, com um bolo na garganta.
Engoli a surpresa e a mágoa, até a súbita felicidade ao vê-lo. Leon me analisou e encarei o meu prato o evitando.
— Obrigada — disse se voltando para Leon.
— Então você é o novo cozinheiro? — perguntou Leon atraindo minha atenção para ele.
— Sou um faz-tudo senhor — falou sorrindo de maneira falsa.
— Gosta de cozinhar?
Queria cutucar Leon e perguntar o porque de tantas perguntas.
— Somente para pessoas especiais — falou me lançando um olhar que Leon não percebeu
Desgraçado.
Apertei o maxilar.
— Mas — continua. — Já que me permite dizer eu tenho interesse em fazer armas. Sou muito bom, modeste a parte.
Leon sorriu.
— Falarei com Manse amanhã. Talvez ele te arranje um lugar na ferraria real.
Ele sorriu e fez uma reverência.
— Muito obrigada, Alteza — ele se virou para mim. — Senhorita — outra reverência só que agora ele me olhava ao faze-la.
Tentei sorrir.
Ele recolheu a bandeja e saiu me deixando perdida em pensamentos. O que diabos ele fazia aqui? Porquê?
— Está tudo bem? — questionou Leon e me forcei a sorrir
— Está — pegando a pera me obriguei a enguli-la.
O resto da noite eu tentei parecer normal, tranquila. Mas a súbita aparição dele me deixou eufórica em perguntas. Eu precisava falar com ele.
Quando eu abri a boca para inventar uma desculpa e acabar com o encontro, Fergus entrou no salão e foi até Leon.
— Alteza — ele fez uma reverência. — Tenho um comunicado importante dos aliados.
Leon me olhou tristemente.
Meu coração se entristeceu, mas eu precisava sair dali.
— Vamos ter que encerar a noite aqui. Fergus acompanhe...
— Não será preciso. Eu sei o caminho — falei indo até ele. Beijei sua bochecha suavemente. — Você me deve outro encontro.
— Sim, Swan — ele sorriu e vou até a porta. — E Rose? — Virei. — Quando o chá acabar vá direto para o quarto. Não fique até o final do Dia Vermelho.
Assentindo me perguntei que dia tão ruim era aquele. Mas isso teria que ficar para depois.
Andei apressada até o meu quarto. Precisava compreender aquela situação. Precisava compreender o do porque ele estar no castelo.
Fiz a curva e parei ao ver ele encostado na minha porta.
Ele ergueu a cabeça e sorriu tristemente.
— Damien.
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