— Você tocou na minha filha? — a voz de Rosalie era como um rosnado baixo e perigoso. Prim estremeceu afastando-se em direção a janela de vidro e Edward lançou à ela um olhar impaciente.

Você é vampiro, eu não. Ela pensou dando de ombros, ainda que soubesse que sua mãe jamais passaria do limite do que era seguro e nunca a machucaria. Talvez justamente por isso fosse sensato entrar na frente de Edward e defendê-lo honramente, mas ainda assim, Prim espremeu-se entre seu tio e sua tia. Edward era um homem forte e corajoso, ele que se virasse com seus pais, ela certamente teria sua dose posteriormente.

— Tio, Jasper, de zero a dez qual o nível de raiva da minha mãe? — sussurrou sem tirar os olhos do furacão loiro que se colocava em posição de ataque.

Jasper suspirou, torcendo o nariz. — Eu diria que é vinte. 

— Acalme ela, então! Ela vai arrancar as bolas dele. — Prim resmungou alarmada e ouviu a risada de sinos da sua tia atrás de si juntamente com a gargalhada de Jasper.

— Oh não, querida! Ele só vai levar um soco. — Dois tapinhas carinhosos em seu ombros e sua tia sorriu. — Que a propósito, ele merece, certo? 

— Certo. — Jasper comentou calmamente.

— Meu pai está bravo?

Do outro lado da sala Prim recebeu um olhar cansado de Emmett, ele tinha os braços cruzados assistindo a discussão acalorada entre a esposa e o irmão. Prim realmente podia imaginar o que seu pai estava pensando.

"Você não podia me dar menos dor de cabeça com namorados?"

— Desculpa, papai. — No exato momento em que a frase escapou dela, sua mãe lançou à ela um olhar ultrajado. — Mãe, não mata ele, sério. Não faz nada. Eu quem é agarrei ele! 

— Essa conversa não chegou até você, Primrose! — gritou sua mãe lançando-lhe um olhar irritado — ela é uma criança! O que você estava pensando?! Qual o seu maldito problema? 

— Mãe! Eu não sou criança! Eu já sou uma jovem adulta! 

— Minha filha! — Rosalie rosnou ignorando-a e partindo para cima de Edward. — Você não vai brincar com a minha filha como está brincando com a humana idiota no andar de cima.

— Rosalie! — Edward gritou, impaciente. — Você acha mesmo que eu faria isso? Com Prim? A nossa prim?

— Minha! — Sua mãe corrigiu furiosamente. — Ela é a minha Prim. Não sua, Edward. Não é mais. Eu confiava em você e você estava enfiando a sua língua maldita e nojenta na boca dela! Uma criança!

— Mãe, eu não sou uma criança! — Prim jogou os braços para cima exasperadamente, aproximando-se o suficiente para ficar ao lado de Edward. — Porque é tão difícil aceitar? Não é melhor que eu goste de um cara legal como Edward e que vocês conhecem? 

— De fato. — Resmungou Emmett do outro lado da sala, recebendo um olhar traído da esposa. — Convenhamos, querida, você está surpresa com isso?

— De que merda você está falando, Emmett?! — Se o olhar de Rose pudesse mandar, Edward estaria morto.

— Eu tô falando que até eu sabia que isso aconteceria um dia. — Seu pai saiu de trás do sofá, onde estava com as mãos apoiadas e se aproximou de Edward. — Você sabe cara, você é meu irmão, mas ela é a minha menina. Se eu ver ela chorando por você uma vez se quer...— Emmett parou, balançando a cabeça e Prim viu Edward estremecer, realmente abalado com o que quer que seu pai tenha pensado. Prim revirou os olhos para a ameaça mas suspirou, aliviada. Esperava uma reação negativa do seu pai e não da sua mãe.  — A propósito, mantenha as mãos longe dela. — Emmett resmungou. Ele franziu as sobrancelhas e em seguida viu seu pai dar dois tapinhas no ombro de Edward. — Garota, você me dá muita dor de cabeça.

— Me vende e compra um coelho! — Prim brincou usando a frase que Lilo havia dito à irmã. — Pai... Você sabe que...

— Eu sei, meu bem. — Seu pai a puxou para um abraço carinhoso. — Você sabe que você sempre será a minha menininha, eu vou te apoiar em tudo. E se tem que ser um cara, que seja um quase padre como Edward! — Emmett gargalhou com gosto. — Ao menos meu neném casará virgem.

— Pai! 

Edward bufou revirando os olhos, que Emmett não soubesse que sua filha era suficientemente sem vergonha pelos dois e tiraria a virtude até de um padre.

— Você não pode estar compactuando com isso! — Rosalie rosnou atraindo a atenção de Edward mais uma vez.

— Rose. — ele tentou erguendo as mãos em rendição e ouvindo os pensamentos assassinos da loira.  — Será que você pode me deixar explicar? Isso é complicado pra mim também!

— É claro! — Ela ironizou dando passos lentos em sua direção. — Porque você é um homem de mais de cem anos que não sabe lidar com uma paixão adolescente, certo?

— Mãe! Não é uma paixão adolescente! Dá um tempo! Eu estou apaixonada!

— Você está de castigo Primrose Kahil Cullen! — Rosalie rosnou sem olhar em sua direção. — E você está morto. Acredite em mim, Edward!

— Vovô, faça algo! Pai!

— Deixa ela dar um soco nele, querida. Eu devia o fazer, mas mamãe me mataria por tirar esse direito dela. — Emmett gargalhou cruzando os braços como se esperasse um espetáculo.

— Pai!

Antes que qualquer um pudesse impedir, Rosalie voou para cima de Edward. Os olhos de Prim não puderam acompanhar os movimentos com perfeição, somente ouviu os estilhaços da parede de vidro e um estrondo do lado de fora. Chocada, correu para a sacada onde sua mãe se agachava novamente em posição de ataque e Edward se aproximava mais uma vez. Duas árvores do quintal haviam sido derrubadas e Prim sentiu o coração disparar em desespero.

— Mãe! — Gritou atraindo a atenção da vampira loira para si, apoiando-se contra a grade da sacada. — É o Edward! Eu realmente, realmente... Só gosto dele de um jeito diferente agora! — Prim olhou para Edward mais uma vez, ele a olhava com a expressão surpresa e Prim engoliu em seco, constrangida. — Por favor, isso é tão horrível assim de você aceitar?

Rosalie respirou fundo, erguendo e encarando Prim com os olhos aflitos. Lançou um último olhar raivoso a Edward antes de aproximar-se de onde Prim estava apoiada.

— Eu preciso de um tempo para digerir isso. — Rosalie suspirou passando por ela e Prim deixou seu corpo escorrer nos pequenos degraus da entrada da casa. — Desculpe pelo vidro, Esme. — Ouviu sua mãe dizer antes do silêncio tomar a residência. 

Edward se aproximou, sentando-se ao seu lado e Prim soltou o ar que estava prendendo. Com facilidade, Edward impulsionou-a para cima e logo Prim estava sentada em seu colo.

— Não foi como você esperava, certo? — ele começou suavemente, fazendo um carinho em sua cintura que a deixava levemente distraída. O que era bom, já que havia acontecido tanta coisa em tão pouco tempo que Prim sentia como se sua cabeça fosse explodir.

— Não exatamente. Gostaria que minha mãe aprovasse a nossa... Nosso...

— Namoro. — Edward completou, os lábios dele traçaram um carinho perigoso em seu rosto. Beijando sua bochecha, canto dos lábios até finalmente alcançar os lábios dela. Prim se derreteu envolvendo-o em um abraço enquanto se deliciava com a sensação dos lábios frios de Edward sobre os seus. — Eu adoro beijar você. 

Prim sorriu, afastando-se. — Eu fico feliz, Edward. — ela deu uma risadinha. — Eu também adoro te beijar. Você beija muito bem. — elogiou fazendo graça. — acredite, nunca elogiei o beijo de ninguém antes.

— Longos anos de prática. — Um sorriso de lado convencido escapou de Edward e Prim gargalhou. 

— Não seja tão convencido. Tudo isso se trata do charme vampiro.

— Ah, é? — Ele comentou subindo os dedos por baixo de sua blusa, alcançando suas costas e contornando suavemente a linha da sua lingerie. Prim estremeceu e corou, sentindo como se o mundo estivesse rodando ao seu redor. Os lábios de Edward agora estavam em seu pescoço, trilhando uma linha perigosa e tentadora. — Ah, Primrose. — Ele sussurrou seu nome de forma tão lenta e sensual, que Prim precisou morder os lábios para evitar qualquer som constrangedor que pudesse escapar. — Você me deixa absolutamente louco.

— Edward! — Prim se afastou, surpresa. — Você estava me enfeitiçando! 

Edward riu e Prim o achou absolutamente encantador. Estava tão apaixonada que simplesmente sentia como se seu coração fosse explodir a qualquer momento com todo aquele sentimento de felicidade e alegria. Não se importava com as eminentes ameaças ou com a ex-namorada de Edward no andar de cima. Tudo que importava para ela é que Edward estava ali junto dela e que ele a entendia e correspondia. 

— Primrose Kahil Cullen. — Ele disse lentamente, a expressão de Edward se tornou séria e Prim sentiu o coração falhar uma batida quando Edward levou as duas mãos ao seu rosto. — Você é fantástica. O que eu fiz para merecer uma garota tão maravilhosa assim? 

— Oh, Edward! — Prim sorriu abertamente. — Você deve ter feito algo de bom em outra vida. Provavelmente.

— Eu quero dizer... — Edward retomou pensativo. — É que eu adoro a forma como posso tocar, beijar e ser eu mesmo com você, Prim. Eu sempre tive que me esconder, me conter e sempre me senti longe de tudo, afastado para silenciar as vozes na minha cabeça, distante me achando indigno de encontrar algo bom e então, tudo mudou.

— O que mudou?

Ele sorriu e mais uma vez Prim sentiu como se o mundo estivesse girando mais devagar. 

— Você chegou. — Edward parecia distante e Prim corou com o pensamento de que ele estava se lembrando da sua infância, apesar disso, não era exatamente de vergonha. Se sentia tão grata e feliz por ter tido Edward presente na sua vida. Ele sempre fora seu primeiro amor, independente de quantos garotos ela beijasse, havia algo nela que sempre pertenceu à Edward. — Você mudou tudo. — ele continuou com a voz rouca, soando como um sussurro para Prim. — Você me deu a chance de viver outra vez. E por isso, Primrose, eu te amo. 

— O que? — Os olhos de Prim se arregalaram de surpresa. 

— Eu te amo. — ele disse depositando um beijo nas suas mãos. — Eu te amei como um bebezinho, uma garotinha, uma adolescente briguenta e agora eu te amo como a mulher incrível e fantástica que você é. 

Prim sorriu, sentindo seu coração se encher de ternura. Não importava quais os desafios que tivessem que passar, havia uma lista de critérios que definiam para Prim o homem com o qual ela gostaria de passar a vida. O primeiro deles, o mais importante era: amá-la intensidade. 

E verdade seja dita, ninguém poderia amá-la como Edward sempre amou. 

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O que acharam gente? kslaoaskosaks

EU QUERO UMA ROSALIE ARRANCANDO OS BRAÇOS DO EDWARD!!!!

Mas não dá né? Se não, como ele vai agarrar a Prim? sakoaskosak

já estão shippando o nosso casal?