9. Discoveries
Jimin acorda assustado, os olhos se abrindo. Há uma luz ofuscante atravessando as cortinas, e ele acha que deveria ser ilegal a essa hora.
O que deveria ser mais ilegal, porém, é a figura ao lado dele, o rosto pressionado em um travesseiro e os cabelos arrepiados. Ele é, para o desgosto de Jimin, lindo de manhã também.
"O que estou fazendo aqui..." Ele diz para si mesmo, querendo se lembrar da noite passada.
Levantando o tronco um pouco, ele observa o ambiente. Definitivamente, este não é um quarto de hotel, parece habitado, apesar de sua aparência elegante. Isso deixa uma outra escolha plausível. Este é o lar de Jungkook.
Seus olhos críticos percorrem a sala, terminando no corpo ainda adormecido de Jungkook. Ele se pergunta se conseguirá se afastar para olhar em volta.
Não, suas pernas estão presas embaixo do mais novo, o braço de Jungkook pendurado sobre a cintura. Ele poderia, no entanto, alcançar a mesa de cabeceira. Jimin nota alguns cadernos espalhados na superfície da mesa, todos gastos e desgastados pelas bordas.
Ele faz o menor dos movimentos para alcançá-lo, a língua espreitando pelo canto dos lábios. Sua mão está avançando para o primeiro caderno de anotações em seu caminho quando a voz rouca de Jungkook é ouvida.
– Jimin?
A mão de Jimin volta ao colo em um instante, como se ele tivesse sido electrocutado.
– Jungkook.
O mais novo esfrega o sono dos olhos, esticando-se em seu lugar e boceja, Jimin tem que desviar o olhar antes que ele seja mais absorvido pela sua... (Jimin se recusou a chamar isso de fofura.)
– Você acabou de acordar?
Jimin acena com a cabeça, lambendo os lábios. Ele se pergunta se parece apresentável.
– Estou…
– Na minha casa.
– Eu vejo.
Jungkook rola para longe, e Jimin pode sentir sua ausência na sua presença.
– Sua cabeça dói?
– Um pouco. – Ele esfrega a têmpora, com os olhos fechados. "Qual é o próximo passo?" – Jungkook...
– Você quer saber o que aconteceu ontem à noite. Bem... – Jungkook diz, virando-se para encará-lo com uma expressão divertida. – Você estava nocauteado de bêbado.Um cara aleatório ia te levar para casa.
Os olhos de Jimin se arregalam.
– Cara aleatório?
– Para os meus olhos, parecia.
– E você... você acabou de me pegar, ou.
– Foi uma sorte que eu estava indo para aquele bar, então.
Jimin massageia sua testa, como se quisesse tirar a preocupação de sua pele.
– Merda. Obrigado, Jungkook.
– Hum.
Há uma tranquilidade calmante no olhar de Jungkook, examinando Jimin. Ele parece incrivelmente suave, e Jimin se amaldiçoa por pensar nisso. O cabelo de Jungkook é como um personagem de anime, broto pequeno quase transformando seu comportamento. Jimin não consegue acreditar que aquele é Jeon Jungkook, que essa é a cama dele.
Jungkook sorri, os olhos passando rapidamente para a metade inferior.
– O que? – Jimin pergunta.
– Nada. Você está duro.
Jimin olha para baixo para ver, de fato, ele está duro. Ele cora, tentando cobri-lo com a camisa,que nem sequer lhe pertence. Jungkook o impede, aproximando-se para empurrar a barra da camisa para cima para revelar sua pele macia.
– Tem certeza de que está se sentindo bem? – Jungkook pergunta, a mão subindo seu abdômen. Jimin estremece.
– Sim…
– Então... – Jungkook murmura, puxando o mais velho para mais perto dele. Jimin sabe o que o garoto está tentando fazer, ele lambe os lábios em antecipação.
– Meu hálito pode cheirar mal. – Jimin protesta, tentando cobrir a boca com a mão. "Deus, e o cabelo dele? Qual vermelhos estão seus olhos?"
Jungkook paira sobre ele com olhos penetrantes.
– Eu não me importo. – Diz, puxando a mão de Jimin para que ele pudesse conectar seus lábios.
– Mas... – Jimin diz.
Seus lábios se encontram em uma silenciosa inundação de suavidade, corpos lembrando como suas linhas se encaixam.
– Ah. – Jimin suspira quando Jungkook arrasta os lábios até o pescoço, a boca molhada trabalhando em sua pele sensível, intocada por semanas. – J-Jungkook.
– Hmm. – Jungkook cantarola em sua pele. – Fora. – Ele aponta para a camisa de Jimin, à qual ele obedece. Jungkook segue o exemplo, afastando a coberta do edredom. – Você é tão sexy, Jimin, mesmo com ressaca. – Ele brinca, lambendo uma faixa ao redor do mamilo.
– Cale-se.
– OK. – Uma boca trava em seu mamilo, e leva Jimin a não gritar tão cedo. Jungkook gira sua língua habilmente sobre os mamilos endurecidos, provocando uma série de pequenos gemidos de Jimin.
– E-espera, Gguk. – Jimin diz quando Jungkook começa a abocanhar seu pau endurecido.
– Certo.
– Você se deita desta vez. – Jimin diz. Os olhos de Jungkook se estreitam, mas ele escuta, trocando de lugar com Jimin. – É a minha vez de chupá-lo. – Explica ele.
O ar é arrancado dos pulmões de Jungkook ao ver Jimin de joelhos por ele, afastando sua boxer para revelar seu pênis vazando.
– Merda. – Jungkook sussurra. Os lábios macios de Jimin afundam em torno da ponta sem hesitar. – Ah. – Jungkook inspira profundamente.
Jimin balança a cabeça ao longo do comprimento, a língua enrolando na parte de baixo. Ele esvazia as bochechas para absorver o máximo que pode, piscando furiosamente através das lágrimas quando a ponta bate no fundo de sua garganta. Jungkook assobia, os dedos emaranhados no cabelo de Jimin.
– Baby.
Barulhos pecaminosos enchem o ar, o ritmo rítmico de Jimin sendo interrompido com a adição da força das mãos de Jungkook na parte de trás da cabeça, ficando bagunçado. Ele brinca com a ponta se deliciando com os gemidos altos de Jungkook, mantendo o contato visual com ele. Seus joelhos estão doloridos com a maneira como ele está ajoelhado, mãos cobrindo o interior das coxas do mais novo.
Baby. Jimin repete em sua cabeça. Jungkook está perdido no prazer, ele pode vê-lo nadando na luxúria. O mais velho também não ajuda, seus olhos escurecem e concentram-se intensamente nos olhos meio fechados de Jungkook.
O aumento da pressão atinge o nível máximo, e Jimin se afasta.
– Foda-me, por favor. – Ele choraminga.
Jungkook não perde um segundo, empurrando Jimin de costa para o colchão e esticando-se para encontrar uma garrafa de lubrificante.
Jimin arranca suas calças e boxers, descartando-os ao lado da cama. O ar frio dá arrepios em sua pele, e Jungkook fica entre suas pernas. Suas coxas estão afastadas, uma posição vulnerável e encantadora para estar com Jungkook, que enfia um dedo, usando o outro para acariciar seu pau preguiçosamente. Quando Jimin se contorce querendo outro dedo, Jungkook o surpreende com mais dois em vez do esperado. A intrusão repentina não é dolorosa, mas faz Jimin gritar.
– Shh, querido. – Jungkook torce os dedos, esquentando o interior das paredes, empurrando os músculos.
– Mais rápido, mais rápido, por favor. Preciso de você dentro de mim agora.
Jungkook trabalha mais rápido, alcançando sua próstata rapidamente e cutucando-a.
– Você é tão bonito assim, Jimin.
Jungkook puxa seus dedos molhados, pressionando um pequeno beijo em sua borda esticada. Seu pênis é empurrado para dentro, e ele se enterra profundamente dentro de Jimin, que grita e arranha costas do mais novo. Suas bocas estão desleixadas, suspiros trocados. Jimin treme, o núcleo de seu prazer é encontrado rapidamente. Jungkook não para de beijá-lo, chupando seus pequenos lábios, determinado a deixar sua marca nele.
– Mais forte, Gguk.
– Seu desejo é uma ordem.
Os dois riem com isso, mas rapidamente se dissolve em gemidos ofegantes. O som da pele batendo juntos em ecos de fervor, perturba profundamente Jimin.
Eles duram mais que o normal, o suor e a antecipação crescendo, o desejo e a necessidade de vir com urgência. Jungkook envolve uma de suas mãos tatuadas em torno do pênis de Jimin, acariciando-o no ritmo de seus impulsos, até que esse goze com a boca aberta.
Jungkook puxa para gozar sobre o estômago de Jimin com um gemido.
– Porra.
Jimin suspira.
Jungkook cai ao lado dele, de barriga para baixo, braço estendido sobre o coração acelerado de Jimin. Ele faz pequenos círculos na pele, piscando lentamente para o mais velho.
– Eu nunca fiz sexo pela manhã. – Jimin comenta.
– Bem, eu nunca mantive ninguém por perto para fazer sexo pela manhã.
– Ou trouxe alguém bêbado para o seu apartamento?
– Isso também.
Jimin cobre a mão do mais novo com a dele. Sua voz é suave e pequena.
– Eu acho... que você precisa tomar banho.
Jungkook sorri.
– Ok, princesa.
Ele foge antes que Jimin possa golpeá-lo.
Com o coração disparado, ele se vira para a mesa de cabeceira. Não há como Jungkook deixar informações confidenciais em aberto, deixaria?
Esta é a chance dele mostrar a Seokjin que ele ainda está na fase de investimento, que ele (Seokjin) não pode eliminar Jungkook. Ele pode descobrir algo para eles.
Só há uma maneira de descobrir.
Jungkook capturou seu coração como um invasor implacável, mas Jimin é um invasor da mesma forma.
Jimin ignora o tremor em suas mãos e a apreensão em seu coração que vem na forma de um batimento cardíaco aumentado em favor do objetivo maior. Os cadernos estão abertos e Jimin está bem acordado, qualquer vestígio de fadiga apagado. Tirando os cabelos dos olhos, ele lê a primeira página. A primeiro leitura oferece mais do que ele jamais poderia ter sonhado, o que é um ganho e uma desvantagem. Ele tem um tempo limitado e ainda tem que lutar contra a sensação de arranhões em seu peito o tempo todo.
Uma parte dele não consegue acreditar no quão estúpido Jungkook está sendo. Quem diabos deixa notas tão detalhadas sobre clientes e planos em sua mesa de cabeceira, onde alguém pode acessar? Bem, supõe Jimin, nem todos teriam acesso ao interior do condomínio em primeiro lugar, muito menos no quarto. E Jimin percebe que essa é uma visita inesperada - não planejada. Ele não deveria estar aqui. Ele pensa por um momento que Jungkook pode até confiar inteiramente nele, e esse pensamento o faz rir.
Ele não pode estar pensando nessas coisas bobas, não agora. Ele procura seu telefone, abrindo o aplicativo da câmera sem pensar duas vezes. Seokjin irá querer uma prova fotográfica, porque, por melhor que seja a memória de Jimin, há muito aqui para retransmitir corretamente. Há informações sobre todos os tipos de operações em um futuro próximo que elas podem se infiltrar e arruinar, com tantas fendas que podem potencialmente preencher. Alguns dos planos serão dolorosos se forem comprometidos pelos Park, será um caos imediato para Jeon. Para Jungkook, Jimin se corrige.
Por um breve momento Jimin se desequilibra. Ele tirou meia dúzia de fotos até agora, olhos nadando sobre a caligrafia bagunçada, quando vê seu nome. Não é o primeiro nome dele, mas Park. A mão segurando o telefone abaixa e as batidas nos ouvidos aumentam.
(Jimin é o primeiro nome e Park o segundo, ou seja sobrenome, Apesar de geralmente ser Park Jimin, o correto americanizado é Jimin Park)
Park. Park. Park. Afiliado a Li, Kim, Chen. Seu nome está rabiscado por toda a página, o rabisco quase incompreensível. As datas associadas ao seu nome são de quando Jungkook ainda não o conhecia antes, um fato que incomoda profundamente e alivia Jimin.
Homem, 25 anos.
Pai. Morto, 25 de janeiro.
Isso não é uma armação, não há como Jungkook ter adivinhado que ele iria ver ele (Jimin) ontem à noite. Este caderno não é para estar aberto, em primeiro lugar. Jimin tem que respirar um pouco para se lembrar de que sua identidade é praticamente desconhecida, ele está protegido desde o nascimento. Não tem como Jungkook saber quem ele realmente é. Os detalhes que descrevem o líder coincidiam com os dele, mas também combina com Jungkook, na maior parte.
Jimin não é muito bom em se convencer. Seokjin havia prometido que ele ficaria limpo, que haveria uma saída, se ele seguisse o plano.
– Merda... – Jimin murmura para si mesmo, folheando o resto das páginas. Ele olha para a porta fechada do banheiro, o cérebro girando com as infinitas possibilidades. Jungkook não sabe. Jungkook não sabe. Jimin repete isso mais algumas vezes.
Ele fecha o caderno desgastado, recolocando-o como estava antes. Deitado na cama, as pontas dos ouvidos queimando, ele exala profundamente. Ele está exagerando. Não há razão para Jungkook estar jogando junto. Se Jungkook o quisesse morto, ele já teria sido enterrado há meses. Jungkook não sabe.
Não há planos envolvendo seu império, no caderno. Engraçado, vendo o quanto os Jeon se intrometiam em seus negócios. Nada faz mais sentido. Jungkook está demorando muito no banheiro.
– Jungkook? – Ele grita, agarrando os lençóis na palma das mãos. Ele os relaxa quando ouve sua resposta.
– Estou quase terminando, um minuto.
O vapor sai pela porta quando Jungkook aparece com a toalha frouxamente amarrada ao redor da cintura. Jimin engole em seco, olhos seguindo o alongamento de seus músculos enquanto o mais novo se aproxima dele. Ainda há gotas de água em sua pele macia. Seu peito largo faz Jimin engolir em seco.
– Eu não consegui enxaguar meu cabelo por sua causa. – Ele toca no cabelo, sacudindo os dedos molhados na tentativa de espirrar em Jimin.
– Eu nunca disse para você fazer não fazer. – Jimin retruca. Seus ouvidos ainda estão queimando, ele pode sentir.
Jungkook ri.
– E ainda estou aqui, com shampoo no meu cabelo. – Ele se senta na beira da cama, os braços estendidos para trás. Ele olha para Jimin, observando seu rosto corado. – Você parece confuso. – Ele diz com um traço de preocupação tecendo sua voz. – Jimin.
Jimin não encontra seus olhos.
Há dois dedos em seu queixo, levantando seu rosto para olhar nos olhos dele. Maldito perfume floral.
– Você está bem?
Deve haver culpa escrita em todo o rosto de Jimin. Ele sente como se fosse transparente. Jungkook não consegue ver o mentiroso na frente dele?
– Sim. – Sua voz é quase imperceptível.
Jungkook parece estar pensando em algo. Há um momento tenso em que ele olha para a mesa ao lado da cama e parece que todo o ar da sala é sugado.
– Então vamos te colocar no chuveiro, hein?
Jungkook o pega antes que ele possa perceber. Jimin solta um gritinho, as mãos arranhando o peito de Jungkook, batendo nele para deixá-lo descer.
– De jeito nenhum, eu preciso terminar meu banho, corretamente.
Jimin é forçado a sorrir, pensamentos de traição e exposição deixados para trás junto com seu telefone na cama.
– Me solta. – Jimin é mergulhado no chuveiro frio. Ele olha para Jungkook acusadoramente, que há muito tempo descartou a toalha da cintura.
A cena é doméstica, um forte contraste com a realidade de sua situação. Jimin está na ponta dos pés na teia de mentiras que ele fez, e Jungkook é uma vítima desconhecida que foi atraída para sua armadilha. A verdade irônica é que Jungkook não é uma vítima, no entanto.
– Você está quieto. – Jungkook observa, ensaboando o xampu nos cabelos molhados de Jimin por trás dele. Eles estão peito contra costa, Jungkook envolvendo Jimin.
– Eu também posso ser chato.
Jungkook bufa atrás dele.
– Eu sei.
Jungkook não levanta a questão novamente, e Jimin faz o possível para se concentrar no presente. Ele permite que seu corpo relaxe sob a água quente, sob o domínio do mais novo. Ele se molda nele, no final do banho, derretendo sob suas carícias e seus beijos gentis.
– Sabe, eu não esperava que você fosse tão fofo, Jungkook. – Jimin diz, roçando os lábios nos dele.
– O que você está dizendo?! – Jungkook zomba, apertando os braços em volta de sua cintura, puxando Jimin para mais perto. – Eu odeio skinship.
Depois de um tempo indeterminado, seus dedos estão além de gelados, Jimin pode sentir isso nas costas dele.
– A água está fria.
Jungkook se despede de Jimin com um beijo na testa, causando outra onda de culpa em seu corpo. Jungkook não sabe. Jungkook não suspeita dele. Ou então o mais não não iria olhar para ele tão suavemente, como se ele tivesse o mundo inteiro em suas mãos. Jimin retorna o olhar apesar de si mesmo.
Ele memoriza o endereço e o número do andar, querendo se lembrar de todos os detalhes da casa de Jungkook, seja para si mesmo ou para Seokjin, ele não sabe.
C O N T I N U A
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Uau. Vocês esperavam essa revelação? "Jungkook não é uma vitima, no entanto?" Como assim? O que isso significa? Vamos descobrir em breve.
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