11. On the edge of the cliff
Jimin esperava acordar nos braços de Jungkook, dada a maneira como ele o segurou na noite passada, com segurança. Mas quando os primeiros raios da luz da manhã o atinge, e ele sente um ponto frio à esquerda, acorda rapidamente. Os lençóis amassados ao lado dele vagamente deixam a impressão de que alguém esteve aqui ontem à noite, mas é isso.
Sua mente pula, saltando para todas as razões possíveis pelas quais Jungkook está ausente.
A pior ideia que ele tem é que Seokjin avançou com seus planos e o arrancou de sua casa no meio da noite.
Ele se veste, enviando uma mensagem para Jungkook.
📩 Jimin
Jungkook, você saiu sem dizer tchau?
E para Seokjin.
📩 Jimin
Estou chegando em 20 minutos.
📩 Seokjin
Certo. Mas há uma reunião.
Jimin escolhe pular o café da manhã. Ele se sente enjoado, de qualquer forma, e nada irar ficar no estômago. Tudo se move em um ritmo catastroficamente lento, ele não pode sair de casa rápido o suficiente ou passar pelo mar das pessoas nas ruas.
Ele chega ao escritório de Seokjin mais rápido do que pensava, subindo escadas invés do elevador, querendo dar uma desculpa legível para respirar com tanta dificuldade. As batidas dos pés nas escadas combinam com o ritmo do seu coração.
Ele abre a porta da sala de reuniões, esperando vê-la cheia de numerosos homens. Em vez disso, ele encontra Taehyung, Namjoon e Seokjin em um pequeno círculo, e uma bagunça de papéis na frente deles.
– Olá. – diz Taehyung.
Jimin acena com o seu olá para os outros, que seguem a saudação de Taehyung, sem parecer nem um pouco surpreso pela interrupção de Jimin.
– Você não parece tão bem. – Observa Namjoon. – Você está bem?
Jimin percebe que está parado na entrada durante toda essa troca, então se aproxima.
– Algo está errado, Jimin? – Taehyung ecoa.
Jimin balança a cabeça.
– O que é isso? – Ele aponta para os papéis dispostos na frente deles.
– É... – Taehyung começa, mas é cortado por Seokjin.
– Planos preliminares. – Seokjin diz simplesmente.
– Planos preliminares... – Jimin pega uma variedade de arquivos, examinando-os com confusão escrita em seu rosto. Na última reunião em que esteve, não havia notícias sobre planos preliminares para nada, apenas operações concretas.
Suas suspeitas são confirmadas quando ele vê o nome completo de Jungkook no topo de todas as páginas.
– Não me diga... – Jimin respira fundo. – Você começou a segunda fase de novo? – Ele olha para Namjoon para confirmar. O homem acena com a cabeça. A cova no estômago de Jimin se intensifica. – E o que você planejou? Ele já está morto? Estive com ele ontem à noite e ele se foi. – Ele olha em volta para cada um dos rostos neutros, a raiva fervendo em suas veias.
– Não. Ainda não. – Seokjin diz calmamente.
– O que você quer dizer com ainda não?
– Jimin, abaixe sua voz.
Jimin engole em seco. Sua voz ficou alta em questão de segundos e ele nem percebeu.
– Bem. – Ele acena os papéis na mão para eles. – Explique isso para mim. Eu pensei que precisávamos de mais informações. Eu tive mais tempo que isso.
Seokjin entrelaça suas mãos, olhando para Jimin com um olhar indiferente.
– Jimin, nós temos o endereço dele. Sabemos onde ele frequenta. Todos os seus planos de curto prazo estão corrompidos. Sabemos quando ele está sozinho. O que mais poderíamos precisar?
A cabeça de Jimin gira com as palavras de Seokjin. Elas fazem todo sentido. E, no entanto, Jimin está aqui, tentando se agarrar a qualquer coisa.
– Eu não entendo, Jimin. Temos tudo o que precisamos. Por que você está sendo tão resistente? Esse era o plano o tempo todo, você e eu sabemos disso.
– Eu sei. – Jimin cospe. – Eu só tenho uma pergunta. Quando?
Jimin percebe como Taehyung e Namjoon trocam um olhar.
– Esta noite.
– OK. – Jimin diz. Sua coluna está formigando. – Eu vejo. – Um gelo frio e ardente percorre seu sangue, gelando-o até o âmago. Ele ora a Deus para que seu rosto não fique pálido.
Seokjin oferece-lhe um assento.
– Íamos te informar hoje mais tarde, de qualquer maneira. Estamos analisando os planos futuros, como desviar a atenção de nós. Gostaria de ouvir os detalhes agora?
Jimin está prestes a fugir. A bile sobe até a garganta. Não, ele não gostaria de ouvir detalhes sobre como eles matarão Jungkook. Mas ele não pode se revelar assim. Ele joga seu rosto de pôker, certifica-se que sua postura seja natural e que suas mãos não fiquem em punho ao redor do papel.
– Não, obrigado. Estou completamente certo de que seus planos serão suficientes.
– Ok, então.
Jimin solta os papéis, deixando-os flutuar sobre a mesa.
– Se não for necessário, irei, então.
Ele não poupa mais tempo, saindo com a aprovação deles.
Jimin mantém a compostura por todo o caminho até o andar principal. Ele precisa pensar. Ele ainda não pode desmoronar, nem aqui, nem agora. Jungkook ainda não respondeu, mas Jimin está menos preocupado. O mais novo ainda está vivo, ele ainda tem uma chance. Com dedos trêmulos, ele digita:
📩 Jimin
Estou chegando.
A caminho do apartamento de Jungkook, Jimin recebe um texto. A vibração especial que ele escolheu para o contato do mais novo vibra, fazendo seu coração pular.
📩 Jungkook que você não esquecerá
Certo.
Suas pernas estão como geléia, ameaçando ceder a qualquer segundo. Seus lábios estão impossivelmente secos, ele continua tendo que reaplicar o chapstick neles.
Merda, ele nem ensaiou o que vai dizer a Jungkook. Algo como uma confissão completa e depois implorar para que o mais novo se esconda. Há uma chance de Jungkook o expulsar, dizendo que nunca mais o quer ver, mas Jimin aceitará com prazer se souber que i mais novo estará seguro e vivo. Seu coração se aperta com o pensamento de perdê-lo, mas essa é a realidade com a qual ele tem que lidar. Ele tem que pensar logicamente, através de qualquer dor e consequência que tiver que enfrentar.
Jimin está na frente da porta, peito cheio de ansiedade e emoções que não consegue nomear. Ele nunca se sentiu tão nervoso antes, nunca sentiu vontade de fugir assim antes.
Ele toca a campainha, esperando Jungkook abrir a porta.
Ele fica preocupado quando trinta segundos se passam e não há sinal de Jungkook chegando à porta. Ele tenta bater, sem sucesso.
– Jungkook? – Ele chama, pressionando o ouvido na porta. – Estou aqui.
Ele verifica o telefone para garantir que não tenha alucinado a mensagem que Jungkook enviou anteriormente. Ainda está lá, olhando para ele.
Timidamente, ele coloca a mão na maçaneta da porta e gira totalmente, o que significa que foi desbloqueada.
– Jungkook, eu vou entrar. – Reunindo toda a coragem que ainda tinha, ele empurra a porta. – Jungkook, você está em casa?
O primeiro passo que Jimin dá para dentro o incomoda. Uma olhada em volta da casa e seu sangue esfria.
Onde antes tinha coisas de Jungkook agora está vazio, fosse de quadros ou TV, não há nada. A sala inteira está vazia e as paredes nuas.
– Que porra é essa...
Jimin pega seu telefone para ligar para Jungkook. Que diabos está acontecendo? Este é o endereço certo, combina com a memória de Jimin. Então, onde estão todas as coisas de Jungkook?
Talvez isso fosse obra de Seokjin. O toque do seu telefone chamando Jungkook é abafado pelo barulho em seu cérebro.
– Não há necessidade de ligar. – É a última coisa que Jimin ouve antes de ser nocauteado, o telefone caindo no chão.
[...]
Há uma dor no abdome inferior, Jimin tem que cerrar os dentes para não gemer alto. Ele abre os olhos, mas a escuridão não desaparece, envolvendo-o.
– Olá? – Sua garganta está crua, dói.
Outro segundo passa e seus membros irritados o alertam de que ele está preso à cadeira em que está sentado atualmente. Jimin se empurra contra as cordas, o pânico entrando em sua corrente sanguínea como um jato frio. Ele não pode se mexer. Ele nunca esteve nesse tipo de situação, porque sempre esteve seguro. O mais próximo da morte que ele esteve foi quando a arma estava em suas mãos.
Ele tenta se lembrar suas memórias, mas elas estão em branco. Ele estava no apartamento de Jungkook num momento, depois não estava mais. Isso é sangue pingando atrás de sua cabeça? Seu abdômen lateja novamente, e desta vez um pequeno suspiro escapa dele, contorcendo-se em sua cadeira, ele luta contra os laços inutilmente. Ele pode estar em qualquer lugar agora, na frente de qualquer um. Sua mente percorre uma lista de inimigos, imaginando qual deles finalmente conseguiu pegá-lo.
– Oh. Você está acordado então.
O escuro que escondia sua visão foi arrancado com uma ferocidade que assustou Jimin. Ele pisca uma e duas vezes, e então ele pode ver novamente. Ele deve estar sonhando. Não há outra explicação. A voz que pertencia à pessoa que o prendeu aqui como um prisioneiro é de Jeon Jungkook.
Jungkook, intocado e com rosto neutro, está de pé na frente dele, vestido da cabeça aos pés de preto, um pé pressionando sua coxa. O tamanho de seus sapatos de couro faz Jimin estremecer, se o mais novo pressionar com força, ele gritará de dor.
– J-Jungkook... o que diabos está acontecendo? – Ele encontra sua voz, ainda rouca, como se tivesse gritado antes.
Jungkook olha para ele com expectativa, como se fosse ele o único com as respostas. Jimin abre a boca, mas nenhuma mentira sai. Ele precisa pensar.
O pânico inunda o sistema de Jimin. Ele tem que agir inocentemente. Ele é bom nisso, ele sabe como desviar a atenção de si mesmo e sair limpo. Ele só precisa enganar Jungkook, mais uma vez.
Não há mais coração para fazer isso.
– Diga-me o que diabos está acontecendo comigo, agora, Jungkook, por favor. – Seu tom se torna mais indeciso, à medida que ele desce para a única razão plausível para estar aqui. Deve ter sido o dia em que ele esteve em seu apartamento. Ou talvez Jungkook tivesse associado todas as crises de seu império a ele.
Jungkook retira o pé da coxa de Jimin, colocando-o no chão. Ele parece tão despreocupado, que o medo ataca todos os nervos do corpo de Jimin novamente.
Jungkook irá matá-lo.
– Jungkook. – Ele tenta mais uma vez. – Exijo que você me diga o que está acontecendo. – Sua voz treme mais forte do que ele gostaria.
Jungkook se inclina levemente, só para ficar cara a cara com Jimin. Ele está tão perto, eles já estiveram assim antes, mas em circunstâncias muito diferentes.
– Eu acho que você sabe, Jimin-ssi.
É paralisante, a queda repentina no peito de Jimin. Como se algo o estivesse rasgando, sugando todo o oxigênio e deixando sua garganta e boca tão secas que ele não consegue formular uma resposta. Os olhos de Jungkook encontram os dele, procurando, esperando que ele desmorone. Desta vez, ele não o pegará, no entanto.
Lágrimas se acumulam em seus olhos. Ele foi descoberto.
Em um frenesi de emoções, ele deixa escapar tudo.
– Porra, Jungkook. Começou dessa maneira... eu deveria... eu concordei com tudo isso, mas... – Jimin balança as lágrimas, engasgando com seus meio soluços. Ele é patético, quebrando tão facilmente. Ele não foi treinado para fazer isso. – Mas eu parei de querer fazer isso no meio do caminho, nunca quis que isso acontecesse. – Ele soluça. – Eu não conseguia parar. Eu não tinha permissão para isso.
A expressão de Jungkook vacila por um segundo. Então ele volta a ficar frio e distante, e se Jimin já não estivesse tremendo, ele tremeria pelo simplesmente olhar indiferente que o mais novo está dando a ele.
Jimin abre a boca para implorar, mas Jungkook o corta, balançando a cabeça com gargalhadas.
A confusão de Jimin se transforma em medo.
– Estou dizendo a verdade, Jungkook.
Jungkook dá a ele um olhar conhecedor, e suas lágrimas param.
– Largue isso, Park. Eu sei.
Sabe o que?
– Eu não... entendo.
– Seokjin-ssi... foi no dia 5 de agosto?
Os olhos de Jimin se arregalam.
– O que? – Ele repete estupidamente, choque fazendo-o tremer. A data que ele mencionou, foi o dia em que ele propôs os planos. O começo de tudo.
A boca de Jungkook está em uma linha dura.
– Eu sei desde o início.
– Eu não entendo. Como você pode saber se...
– Jimin. – Seu rosto fica sombrio. – Eu... planejei tudo isso. Antes que você soubesse.
– O que?
O coração de Jimin se despedaça novamente. Confusão leva à raiva.
– Que porra é essa? Jungkook, o que você fez? – Os piores cenários inundam sua mente. Ele o incomodou. Ele teve acesso esse tempo todo.
Há um silêncio.
– Jungkook, abandone a porra do ato, agora. Que merda está acontecendo? – Jimin se mexe em seu lugar, a corda queimando seus pulsos. A raiva o cega, qualquer forma de medo anterior se dissipando.
E assim, a expressão no rosto de Jungkook se transforma completamente, de distante para uma de turbulência. Ele afunda visivelmente, e isso faz o estômago de Jimin se encher de chumbo novamente.
– O homem que você conhece, Seokjin-ssi, ele está comigo. Ele está com nossa família há mais tempo que com a sua.
– Isso é impossível.
Jungkook encolhe os ombros.
– Não é. Ele conseguiu se tornar um confidente próximo em questão de meses. Você jogou em nossas mãos.
Jimin sente a bile subindo em sua garganta.
Jungkook continua:
– Você acha que nós realmente deixaríamos você nos colocar em risco? Assumimos riscos calculados. Esse plano levou anos para ser elaborado. Mas você está percebendo isso agora, não é? Quando Seokjin chegou? – Jimin pensa. Jungkook lhe dá a resposta. – Depois que meu pai morreu.
– Oh. – A voz de Jimin é um sussurro.
– Seu pai matou o meu. – Ele diz questão de fato.
– Eu sei, porra. – Jimin sussurra. – Então... por que me incluir? Por quê?
Um fantasma de um sorriso aparece nos lábios de Jungkook. É um sorriso quebrado.
– Para torná-lo mais doloroso. Para fazer você sofrer pelos pecados de seu pai.
Jimin não consegue respirar. Todas as paredes ao redor dele parecem que vão desabar sobre ele, seu coração está girando e revirando, sugando quaisquer restos de vida. Sua cabeça está leve.
Ele ainda está enfrentando Jungkook. Jimin não consegue ver, mas eles estão envolvidos em uma teia de mentiras, sufocando os dois. Eles estão envolvidos em tantas mentiras que será impossível desvendar a bagunça. O ar está pesado e cheio de emoções cruas, a incerteza persistindo como um hóspede irritado.
– Jimin... – Jungkook sussurra, agachando-se ao seu nível. – Eu odeio isso. Eu odiei isso a algum tempo. No momento em que vi você, sabia que odiaria isso. – Ele anda na frente de Jimin novamente, a urgência em seu ritmo assustando o mais velho. – Eu devia te matar agora. – Ele faz uma pausa. – Mas... – Jungkook sussurra.
Jimin respira, ele não consegue mais engolir o nó na garganta. Seus lábios tremem incessantemente, ele está tentando afastar seu corpo de Jungkook, seja porque ele se sente inseguro, envergonhado ou traído, ele não sabe.
– Por favor. – Jimin choraminga. – Não me mate. – As palavras saem automaticamente. Mas que vida ele levará depois disso?
– Eu não vou, Jimin. Como eu poderia? – Jungkook olha para ele, finalmente. – Eu não deveria ter me apaixonado por você.
O poço de pavor no estômago de Jimin se intensifica dez vezes.
– Apaixonado? – Ele engasga, sentindo-se cada vez mais constrangido. A enormidade da declaração foi ouvida por Jimin, mas ele precisa que Jungkook elabore, faça com que se sinta como se não fosse o único que ficou louco.
Balançando a cabeça com uma risada deprimida, Jungkook encolhe os ombros.
– Eu me apaixonei por você, Jimin. Eu me apaixonei.
– Não há...
– Maneira, – Jungkook termina para ele. – Seu bastardo, eu me apaixonei por você. Acima de todas as pessoas.
As lágrimas de Jimin caem em sua bochecha. Ha tanta ironia em chamar ele de bastardo, mas Jimin sente que merece. Ele não sabe o que dizer. Nunca, em um milhão de anos, ele sonharia que estaria nessa posição, amarrado e impotente diante de Jeon Jungkook, que se apaixonou por ele.
Ele para um soluço, cabelos caindo para obscurecer seus olhos.
– Não podemos, – Ele sussurra, sentindo o peso do mundo inteiro voltar sobre seus ombros. O alívio momentâneo da confissão de Jungkook desaparece, revelando uma verdade crua que ele não está pronto para enfrentar. – Você vai me matar. – Até uma risada escapa de Jimin. – Você vai me matar, porra.
Jungkook não responde.
Jimin tem permissão para falar.
– Está feito. – Ele sussurra. Tudo isso desmoronou, afinal. Ele não sabe para o que tem que voltar, quanto dano poderá sofrerá com esse estilo de vida. – Está feito. – Ele percebe, quebrando ainda mais. Seus soluços são dolorosos de ouvir, eles arranham o coração de Jungkook. – Está tudo feito. – Ele repete, em descrença, sem se importar se suas lágrimas estao queimando em seu rosto. Ele não consegue respirar. Como ele pôde ter pensado que a respiração seria mais fácil na presença de Jungkook?
– Não, não está. – Jungkook diz suavemente. – Não está, Jimin.
– Você é estúpido? Você vai me matar, não importa se te amei.
Os olhos de Jungkook estão brilhando:
– Você...
Jimin assente com pesar.
– Eu também me apaixonei por você.
Os olhos de Jungkook não deixam os dele.
– Eu sei. Eu ouvi, naquela noite.
– Você…
– Sim. É por isso que você está aqui. Você estragou tudo com aquelas palavras. – Jungkook respira fundo, andando na frente de Jimin. – Você estragou a linha do tempo. Se você não estivesse bêbado naquela noite, eu não teria levado você para casa. Se você não tivesse retornado e contado tudo para Seokjin, a próxima fase não teria começado. E ainda assim você fez isso acontecer. Mas como vou te matar agora, sabendo o que sei?
(Explicando para quem não entendeu. A "fase" seria matar JM. Mais JM e os outros acham que é matar JK. Só Seokjin sabe a verdade)
Jimin abafa um soluço, incapaz de respirar.
– Por favor, por favor, não me mate.
– Eu não posso te matar. Eu não vou, Jimin.
– Como diabos você espera que eu processe toda essa merda? Eu estive... eu menti para você esse tempo todo. Você mentiu para mim também.
Os olhos de Jungkook guardam mil emoções. Tantas explicações que Jimin quer ouvir, qualquer coisa para mudar a realidade.
– Não temos muito tempo. – Diz Jungkook.
– O que? – Seus laços estão sendo cortados.
Jimin se levanta, o desejo de se afastar ultrapassando-o. Mas Jungkook segura os cotovelos, forçando-o a encará-lo.
– Jimin, temos que sair agora. Antes que alguém perceba que eu não fiz o que deveria fazer. Seokjin virá em breve. Isso é o suficiente, Jimin. Só nós. – Jungkook sussurra, pressionando a testa na do mais velho. Jimin estremece, lágrimas escorrendo por seu rosto inutilmente. – Você vai fazer isso comigo? – Ele pergunta, e Jimin pode ouvir o desespero em seu tom. Este é o Jungkook que ele conhece.
Jimin pesa suas opções. Ele não tem nenhuma. Ele tem que ir com o mais novo. Ele não sabe quanto tempo Jungkook tem agora, quem sabe que ele está aqui no momento. O que eles farão depois disso.
Ambos estão fodidos. Suas vidas passadas estão emaranhadas para sempre, e tudo o que eles podem fazer agora é vasculhar a teia de mentiras e reconciliar a verdade de seu passado juntos.
– Sim, Jungkook. – Jimin diz, recuando um pouco. Seu futuro não é claro, sua vida mudou para sempre, mas ele tem fé, tanto em si mesmo quanto em Jungkook. O único homem que ele ama.
C O N T I N U A
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Esperavam por isso? Jungkook e Seokjin juntos? Jungkook planejando tudo? Seokjin falando para Jimin e dizendo que o sr. Park sabia? Uau!! Tudo uma mentira. Mas apesar de chefe, a máfia é um grupo, e de certa forma tanto Jungkook quanto Jimin estão traindo seu clã. E isso terá consequências... por isso eles terão que fugir. Desculpe Seokjin, tive que transformar você num cara mau...
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