10. Glorious night
Jimin passa a noite sozinho, no conforto de suas próprias paredes familiares. Ele está deitado de bruços na sua cama, uma grande extensão de conforto, mas não consegue parar de se mexer e se virar. Duas ideias opostas estão lutando por aprovação, uma envolvendo fugir, a outra se submetendo ao plano, porque esse é o seu destino. Não é realista acreditar que isso terminará bem, não estava definido para ser assim desde o início. Ele acha que, se continuar se lembrando da realidade esmagadora, será mais fácil lidar com isso.
Ele volta à fantasia envolvendo ele e Jungkook fugindo. Eles iriam para outra cidade, ou então país, juntos, não deixando nenhum rastro para trás. Eles acordariam juntos, onde quer que escolhessem viver, e sentiriam o cheiro do café, não se preocupando se estivesse meio vazio e, quando conversassem, seria suave, e Jimin adoraria tudo. No silêncio, apenas eles, trocariam olhares gentis, passariam as mãos nos cabelos um do outro e respirariam em perfeita sincronia, os peitos subindo e descendo juntos.
Jimin gosta de se deixar levar. Nesse mundo de faz de conta, ele está de mãos dadas com Jungkook, caminhando à noite nas ruas que parecem pertencer a Tóquio. Ao redor deles, os rostos desconhecidos não são um ponto de desconforto, eles são exatamente o que faz Jimin se sentir em casa.
Jimin adormece com um sorriso nos lábios.
[...]
– Existem vários planos envolvendo prisões, confrontos e assassinatos no futuro próximo. Pelo que vi, muitos dos planos anteriores foram retirados e estão alinhados com as nossas observações. Há até menção de... nós. – Jimin reporta estoicamente a Seokjin. Ele é robótico, colocando o arquivo que contém as imagens impressas em sua mesa sem pisar um olho.
Seokjin estende as mãos e abre a pasta em silêncio enquanto observa as imagens ampliadas da letra de Jungkook. Jimin fica de pé, olhando para a frente.
– Você não vai me perguntar de onde consegui isso? – Jimin pergunta depois de um minuto de silêncio, exceto pelo movimento entre o papel.
Seokjin olha para Jimin do seu lugar.
– Suponho que ele não deu a você.
– Não.
– Então, de alguma forma, você acessou essas informações sem que ele soubesse.
– Correto.
Seokjin segura a página que tem a palavra Park rabiscada.
– Então por que você acha necessário me perguntar se eu sei onde você conseguiu isso?
Jimin se encontra respondendo à pergunta em sua mente. "Porque toda a minha vida foi dedicada a esse império, e não posso escapar dele. Não quero te contar nada."
– Porque eu sei o endereço de sua casa.
Foda-se seus deveres. Toda vez que chega a um consenso de que não faltará uma palavra de suas descobertas, Jimin se lembra das inúmeras vidas que foram tiradas pelas próprias mãos de Jeon Jungkook, e ele não consegue combater a fervura em seu sangue.
Com isso, Seokjin balança a cabeça para Jimin.
– O que?
Jimin assente.
– Ele me levou para lá depois de me encontrar... – Jimin muda de assunto. – Foi assim que eu tive acesso as informações. Eu não acho que ele planejou me levar até lá, e foi por isso que tantas coisas dele estavam expostas.
Seokjin tira os óculos.
– Isso foi... muita sorte. – Ele fecha os olhos por um momento, beliscando a ponta do nariz. – Isso significa muito. Agora, temos acesso à agenda diária dele, bem como às próximas doze missões que eles planejam operar.
Jimin sente bile subir na garganta.
– Eu sei.
De pé e batendo palmas no ombro de Jimin, Seokjin sorri, um feito raro. Parece tenso, mas é um sorriso, no entanto.
– Vamos realizar uma reunião com os outros para discutir isso mais detalhadamente. Alguma chance de você voltar para lá?
– Eu não... eu não sei. Não parece provável. Como você disse, foi uma sorte.
– Em qualquer caso. Isso é o suficiente por enquanto. Teremos que realizar uma reunião hoje à noite, parece que há uma abertura para amanhã em que possamos nos infiltrar.
– Amanhã…
Seokjin caminha de trás de sua mesa até Jimin, guiando-o até a porta.
– Sim eu sei. É pouco tempo, mas precisamos dar todos os passos que pudermos.
– Eu vejo. Então... – Jimin exala. Não há muito o que discutir. Ele está procurando por algo, mas não sabe o quê.
– Vejo você mais tarde, Jimin. Bom trabalho.
É um grande avanço. Alguns meses atrás, Jimin teria se sentido no topo do mundo.
Agora, tudo o que ele pode fazer é piscar as lágrimas enquanto sai correndo do prédio.
... ★ ...
Finalmente, Jungkook encontrou um momento sozinho. Antes que ele percebesse, a noite caiu sobre ele e ele não havia pensado em Jimin o dia inteiro. Isso é uma mentira completa, agora que ele pensa sobre isso. Durante cada momento da luz do dia, se ele estava em uma reunião ou fazendo a coisa mais minuciosa, Jimin permaneceu em sua cabeça.
Caindo no sofá, Jungkook fecha os olhos, inclinando a cabeça para trás. Jimin é infeccioso. Como se ele fosse uma doença, infestada nas partes mais internas do corpo. Por mais que tente, ele não para de pensar no loiro. É simples de explicar, o homem de fala erótica, porém suave, cativou Jungkook em todos os sentidos. Nunca antes ele esteve na companhia de alguém de quem gostasse tanto, alguém do qual não deseja ter que se despedir.
Há muito poucas pessoas assim na vida isolada de Jungkook. Seu pai se certificou disso, jogando-o em um mundo que ainda o pega desprevenido até hoje. Sua reputação havia sido moldada há muito tempo, no entanto, ele não fez nada para mudar isso.
Jimin também não tentou mudar isso. Ele se ajustou, nunca lhe deu um olhar estranho. Jungkook sabe melhor, mas aceita mesmo assim. Nada se compara à maneira como Jimin o faz se sentir, mesmo em sua ausência.
Imagens pecaminosas brincam em uma cortina atrás de seus olhos. Suas pernas desmoronam, a boca fica frouxa. Uma mão rasteja para a frente da calça jeans, abrindo o ziper cuidadosamente. O sangue está agitando seu pênis apenas com a memória distante da boca de Jimin envolvida em torno dele. Seus olhos se fecham mais apertados, ele respira com dificuldade.
Os olhos de Jimin são lindos. Não importa a forma que eles assumissem, às vezes em linha retas quando Jimin estava rindo, ou meia-lua quando estava gargalhando, ou brilhantes quando Jimin estava dançando ou olhava para ele. Ou o favorito de Jungkook, quando estavam cheios de luxúria e desejo. A maquiagem esfumada nos olhos de Jimin e as fendas em forma de amêndoa são uma combinação mortal. Assim como seus belos lábios rosados, às vezes, coloridos de maneira diferente, combinando com a ponta de seu pênis vazando. Jungkook imagina o líquido claro manchando seus lábios, cobrindo-os com um brilho transparente. O précum dele.
Jungkook sente uma facada possessiva, lembrando-se o quão perto Jimin estava do outro homem naquela noite. Até então, a percepção de que ele gosta de Jimin mais do que o normal não lhe passou pela cabeça. Jimin é Jimin, o único homem que ele já havia retornado. Naquela noite, ele sentiu raiva de si mesmo e de Jimin.
Então a manhã seguinte aconteceu e ele esqueceu tudo, exceto o gosto dos lábios de Jimin e o puro prazer que percorreu suas veias enquanto empurrava dentro do mais velho.
Jungkook segura seu pênis meio duro agora, lembrando-se do modo como Jimin estava contido entre as pernas e segurando o membro em suas mãos pequenas. Ele havia fantasiado sobre a sensação que seus lábios eram capazes de causar antes, e nenhuma das fantasias se compara à realidade. Jimin é um sonho molhado, e ele sabe disso pela maneira como manteve contato visual com Jungkook a maior parte do tempo, pela maneira como provocou a fenda e chupou. Ele se encaixava perfeitamente em sua boca, mas, novamente, tudo sobre Jimin é perfeito.
Sua respiração se torna mais irregular quando a imagem em sua mente muda, revelando Jimin em sua glória nu e se abrindo para ele. É a visão mais inebriante, e domina cada um de seus sentidos - os olhos de Jimin revirando de prazer, os gemidos que escapam de sua garganta, o movimento que seus quadris fazem em um esforço para se conectar com o estalo dele.
Sua mão está acariciando para baixo e para cima, seu pau jorra um drible de précum fracamente.
– Porra, Jimin. – Jungkook murmura baixinho. É explosivo, mesmo com seu próprio toque, por causa do efeito que Jimin tem sobre ele. – Deus. – Ele suspira, inclinando-se para a frente com um empurrão sensível. O núcleo quente dentro dele aumenta e ele quase consegue ouvir Jimin chamando seu nome no meio do gozo.
Deixado com o peito ofegante e a mão pegajosa e molhada, Jungkook abre os olhos, retornando à realidade. Ele gosta muito da outra versão da realidade, aquela em que Jimin está enrolado ao lado dele e ele pode sentir seu coração bater. Imagens de Jimin e ele, isolados em seu próprio mundo, dançam diante de seus olhos, um objetivo inalcançável que, por mais que tente, ele nunca poderá alcançar.
Ele olha para o telefone de tela escura, sabendo que Jimin não enviou uma mensagem. Pela milésima vez, uma onda de preocupação passa por seu corpo como uma pedra na água. "Jimin sabe o que ele sabe?"
Como ele quer Jimin.
⊹⊱•⊰⊹
Jimin está saindo do metrô, o ar congestionado enchendo seus pulmões. Esfregando os olhos cansados, ele começa a caminhar em direção à escada. Algo o obriga a olhar através dos trilhos do metrô, no patamar oposto. Ele fica parado, com o cérebro congelado.
Jungkook.
Ele está vestido de preto, com uma mochila grande a tiracolo, o boné obscurecendo os olhos. Jimin não pode gritar seu nome aqui, ou fazer qualquer coisa além de olhar. Ele fica parado, o coração martelando tão alto quanto o metrô que se aproxima, atingindo os trilhos com força.
Há outro homem perto dele, também vestido de preto. Ele não parece estar com Jungkook, ou eles estão muito próximos. O homem olha na direção de Jimin e isso o faz desviar o olhar.
Quando o metrô passa, esconde Jungkook. Quando revela o outro lado novamente, está vazio, Jimin fica se perguntando se ele havia imaginado tudo.
Por mais mundana que fosse a cena, Jimin não consegue se livrar da ideia de que Seokjin contratou um assassino. Jimin não consegue combater a ansiedade em seu estômago, então ele desaba, e no segundo em que passa pela porta disca o número de Jungkook. Não há lógica por trás da ideia de que Seokjin avançou sem notificá-lo, mas a cena no metrô o deixou perplexo.
Jungkook atende no segundo toque e Jimin revira os olhos para si mesmo no espelho quando vê o quanto ele se iluminou, esvaziando depois.
– Olá? – Jimin diz.
– Eu estava esperando uma ligação sua.
Jimin se afasta do espelho. Ele estava sendo previsível.
– E por que você acha que eu liguei?
Há uma pausa signicativa do outro lado.
– Você sente minha falta.
– Você é muito confiante.
Jungkook ri.
– Então você sente falta do meu pau.
Jimin faz um som, dando de ombros.
– Muito, muito confiante.
– Eu posso ir, certo?
Jimin olha para o relógio.
– Agora?
– Sim, agora.
– Tudo bem.
Jimin se limpa, ignorando vários textos que inundam seu telefone de Taehyung. Ele o verá outra hora.
Por enquanto, ele escolhe roupas confortáveis e casuais. Não que ele precisará delas por muito tempo. Ele não é burro, ele espera que os lábios quentes de Jungkook colem nos seus quando ele chegar. Talvez eles tinham uma conversa depois, se quiserem. Essa é a pior parte, decidi Jimin, o fato de que ele pode sentar-se em um silêncio confortável com Jungkook. Ele só precisa saber que está bem.
Ele não se incomoda em dizer a Seokjin que ele está com Jungkook, ele tem sido frágil por deixá-lo nas últimas semanas. É ruim, está prejudicando a operação e, no entanto, Jimin não consegue se importar.
Ele está vestindo uma camiseta azul larga e calça de moletom cinza escuro, sua roupa menos atraente. Há uma fração de segundo em que ele deseja ter lingerie, mas é tarde demais porque há uma batida na porta.
Jimin abre a porta para um Jungkook impaciente, que está vestindo uma jaqueta de couro e jeans preto desbotado.
Porém, não há tempo suficiente para absorver a visão, porque os dois estão avançando um para o outro, lábios procurando e se conectando ao mesmo tempo. Jimin percebe que Jungkook está usando luvas sem dedos, a sensação de couro atingindo sua pele com um rubor frio.
Os lábios de Jungkook também estão frios, mas aquecem rapidamente com a ajuda da língua do mais velho. Jimin está sendo levado para trás em uma parede próxima, pego de surpresa pelo repentino empurrão do mais novo. Sua respiração ofegante se mistura com a de Jungkook, peito a peito, rosto na mão.
Seus olhos se encontram, contendo rios de emoções, mas, tão rápido quanto veio, se foi e seus olhos se fecham, o carinho de sua pele os lembrando de sua posição atual e do que é necessário. Não há tempo para avaliar a sensação de entupimento em suas gargantas que ameaça transbordar em palavras se seus lábios mantiverem distância. Então Jimin cuida do problema e pressiona seus lábios firmemente no do mais novo, selando-os juntos.
Jungkook coloca a perna entre as coxas de Jimin, um ato que simultaneamente frustra e excita o mais velho. Jungkook mergulha com a língua, misturando a saliva deles. Barulhos pequenos, mas pecaminosos, começam a encher o ar, uma combinação de seus respirações ofegantes e beijos obscenos. Suas bocas se encaixam perfeitamente e com precisão para Jimin, fenda a fenda. Jimin está perdido nele, quase inconsciente de quão difícil está se tornando respirar.
– E-espera, Jungkook. – Ele murmura, com as mãos no peito, uma falsa tentativa de afastá-lo.
Jungkook cede, apenas depois de mais alguns beijinhos. Seus olhos se abrem lentamente, afastando-se um pouco para permitir que Jimin respire.
– Sim? – Sua voz sai baixa.
– Muito rápido.
Jungkook toma isso como uma dica para parar de pressionar o mais novo na parede com tanta força. Os dois exalam com uma risada incorporada, olhando timidamente um para o outro. Jimin coloca a mão no cabelo, passando por Jungkook e indo até a cozinha, vagando sem rumo. Qualquer lugar para fugir do mais novo, apenas por um segundo. Ele se ocupa com um copo de água, só se lembrando de oferecer um a Jungkook quando sente duas mãos grandes nos quadris por trás dele.
Jungkook aceita o copo, sem deixar cair o contato visual, arregalando os olhos enquanto bebe. Há um silêncio constrangedor, mas passa.
– Você está fofo.
Jimin bufa.
– Fofo está longe disso. – Ele olha para sua roupa confortável e volta para Jungkook.
O mais novo dá um passo à frente, no espaço pessoal de Jimin, que é forçado a inclinar o queixo para olhar Jungkook.
Os lábios de Jungkook roçam os dele.
– Serio. – Uma mão chega pelas costas de Jimin, até a bunda dele. – Sexy também.
Jimin deseja poder dar outra tragada longa no copo, em vez de lamber os lábios para umedecê-los. Algo brilha nos olhos de Jungkook, e Jimin é obrigado a beijá-lo novamente, suspirando. É como um descompressor (regulador de pressão) beijar Jungkook, porque toda a tensão que ele carrega se dissipa no ar com suas exalações suaves na boca do mais novo. Seus lábios aplicam a quantidade certa de pressão em Jimin, uma mão estabilizando a parte inferior e a outra na parte superior das costas. As mãos de Jimin vagam sobre o peito de Jungkook, procurando cegamente por qualquer pele exposta. Pele quente sobre pele quente, as mãos de Jimin encontram o pescoço intocado do mais novo.
Quebrando o beijo com um fio de saliva ainda preso, Jimin coloca a boca no pescoço de Jungkook, puxando a jaqueta. Ela cai no chão com um baque, mas nenhum deles processa o som.
A excitação se acumula em uma bola intensa na parte inferior do corpo de Jungkook quando os lábios carnudos de Jimin se estabelecem na área sensível de sua pele, acendendo outra faísca. Sua mão nas costas desce até a cintura, apertando lá em resposta ao beijo.
– Jimin.
Há um zumbido leve na junção de seu pescoço e ombro, onde Jimin está se pressionando e respondendo com um incoerente "Mm". Isso envia uma série de formigamento na espinha de Jungkook, ressoando e ecoando em uma piscina quente na base de sua espinha. Há algo excitante em Jimin falando em sua pele, como se estivesse gravando suas preciosas palavras nele para sempre.
A pele foi feita para machucar. Especialmente a pele macia e delicada de Jungkook. Jimin aproveita o fato de que o mais novo provavelmente não experimentou isso antes, devido ao modo como treme a cada torção dos lábios dele. Jimin gosta de como Jungkook aperta seus quadris tentando diminuir o espaço entre eles, mas é impossível.
– O que você estava fazendo hoje, hum? Nem sequer disse olá. – Jungkook questiona, enterrando os dedos na nuca do mais velho.
Jimin faz uma pausa, seu hálito quente fazendo cócegas no pedaço molhado de pele.
– Vim do trabalho para casa. E você?
– Trabalho também.
Recuando para encarar Jungkook, Jimin acena.
– Que tipo de trabalho?
– Não acho que você queira detalhes sobre este.
Ele não quer. Ele iria querer, se essa oportunidade tivesse se apresentado meses atrás.
Jungkook olha para baixo para ver a bagunça que Jimin fez em seu pescoço e clavícula, deixando escapar uma risada surpresa.
– Você fez um em mim.
– Estou retribuindo o favor. – Jimin comenta.
Jungkook levanta as sobrancelhas.
– Que favor?
Jimin revira os olhos, ficando na ponta dos pés para deslizar a língua na boca do mais novo.
– Aquele que você vai fazer por mim hoje.
– Ah.
Jimin não aguenta mais ficar em pé, então ele agarra a mão de Jungkook e o guia para o quarto, agradecendo às estrelas da sorte que ele comprou uma garrafa de lubrificante na outra noite.
Ele é empurrado para o colchão como um velho hábito, enferrujado na perfeição, mas se sentindo bem. Jungkook se eleva sobre ele, o olhando com uma colagem de mistérios antes de relaxar, curvando-se em cima do corpo do mais velho. As mãos de Jimin voam para o lado do rosto do mais novo e, embora seus lábios estejam definitivamente machucados por esse ponto, doloridos ao toque, ele ainda quer sentir Jungkook nele. Jungkook também, os olhos se fechando sob comando e ignorando as cócegas dos cabelos no rosto um do outro.
Eles se beijam devagar, languidamente, tendo um tempo para suspirar na boca um do outro e sentir suas diferentes partes do corpo interagirem. Os dedos dos pés de Jungkook correm ao longo das panturrilhas de Jimin, suas virilhas esfregam uma contra a outra, o canto da boca e o queixo pegam mais do que os lábios.
Jimin está no ponto crítico quando a língua de Jungkook circula a sua, sugando levemente. Seu pênis está vazando nas calças, dolorosamente duro e rígido.
– Jungkook. – Jimin pode ver a pequena toupeira debaixo do lábio, beijando-a. Como a certeza do amanhecer em uma noite escura, Jimin alcança a única luz que ele precisa. – Preciso do seu pau.
Jungkook sorri, provocando Jimin com a língua.
– Eu sei que você precisa.
– Então o que você está esperando? – Jimin está perigosamente perto de choramingar.
Jungkook ri novamente do tom insistente de Jimin, os olhos desaparecendo em lua-crescente.
– Você é tão impaciente, Jimin.
Jimin se contorce, lençóis amassando embaixo dele.
– E você demora muito.
Jungkook o deixa sem palavras quando mergulha, puxando as calças de Jimin com força pelas coxas. Ele ganha um suspiro audível do homem loiro, surpreso pelo gesto repentino.
– Jesus, Jungkook. Avisa na próxima vez.
O primeiro hematoma a pintar o interior de suas coxas floresce.
– Oh, você precisa de um aviso para cada coisinha, então? Vou te foder sem sentido.
Os nervos que Jimin nem sabia que existiam se mexe na parte inferior do corpo, zumbindo com a boca de Jungkook em sua pele, marcando-o. Com cada chupão que dá em sua coxas, Jungkook murmura, muito baixo e sem fôlego para Jimin pegar alguma coisa. O barulho baixo de sua garganta não se distingue dos gemidos de Jimin, os mais leves que serão hoje à noite.
Deixando as calças pela metade, Jungkook desliza para cima, a língua presa no estômago e lentamente subindo, as mãos empurrando a camisa para que ela fique embaixo do pescoço do mais velho. A respiração de Jimin diminui quanto mais perto Jungkook chega de sua clavícula, então a segura quando o mais novo circula um de seus mamilos. Isso envia um arrepio pelo corpo de Jimin, que observa enquanto os mamilos endurecem sob o comando de Jungkook. Jimin morde o lábio, uma tentativa tola de esconder os gemidos eróticos que imploram para serem liberados.
Jungkook leva seu tempo com seus mamilos, sugando e chupando até ouvir a confirmação de Jimin de que sim, isso é tão bom, antes de passar para o próximo, deixando o mamilo abusado e avermelhado no ar frio.
Jimin se contorce, segurando os lençóis embaixo dele. Ele tenta se concentrar em um ponto atrás do mais novo, mas é quase impossível. Jungkook exige atenção, ele exige tudo do mais velho. E Jimin é forçado a ceder, porque não é uma luta da qual irá ganhar.
– Jungkook, por favor. – Ele sussurra, mãos correndo e entrelaçando os dedos do mais novo. – Eu não posso.
– Sim, você pode. – É tudo o que Jungkook diz.
A tortura continua, Jungkook alterna entre as pernas e os mamilos, a certa altura empurrando os braços acima da cabeça e prendendo-os ali. Jimin se sente vulnerável e exposto, meio vestido, pernas afastadas o máximo que podem. O alongamento quase doi, desagradável se fosse outra pessoa
– Você faz os barulhos mais doces, você sabe. – Jungkook diz, traçando o lábio inferior ao longo do peito molhado.
– Eu disse, por favor, me foda.
– Você sabe como implorar.
Jimin arranca seus braços do aperto de Jungkook, tentando empurrar o mais novo para longe dele. Jungkook, mais forte e maior, ri, congelando Jimin em seu lugar com as mãos prendendo seus ombros sem esforço.
– Você está desesperado hoje, Jimin.
Jimin faz uma careta.
– E você também. – Ele levanta o joelho para atingir a virilha de Jungkook, uma tenda clara e visível, mostrando sua ereção dolorosa. O mais novo recua, e pressiona Jimin com mais força.
Jimin se pergunta brevemente se Jungkook gostava tanto de brigar com seus outros parceiros sexuais. Ele não faz isso, pessoalmente. Jungkook é a exceção.
Jimin é virado, sem chance de falar.
– De joelhos.
Jimin obedece, joelhos ainda vestidos e a camisa enrolada o incomodando um pouco nessa posição. Ele está posicionado em frente a um espelho que colocou ao lado de sua cama, uma cena mortificante prestes a se desenrolar diante de seus olhos. Ele tenta girar, olhar uma direção diferente que não o faça experimentar visualmente o prazer que Jungkook planejou para ele.
– Não, não. Eu quero que você assista.
– Isso é estranho, Jungkook.
Jungkook encontra seus olhos através do espelho, um sorriso sujo reaparecendo em seu rosto.
– Eu quero que você me veja te dar o que ninguém mais consegue.
Maldito Jungkook e suas palavras.
Ele puxa a cueca de Jimin para revelar sua bunda, um pequeno zumbido de aprovação saindo de sua boca.
– Gostou do que está vendo? – Jimin pergunta.
Jungkook apalpa-o bruscamente, apertando perto de suas bolas.
– Você… – Ele não termina sua frase, abaixando o rosto para lamber a primeira faixa na fenda.
"Deus, Jungkook irá comê-lo na frente de um espelho."
A pressão nos cotovelos de Jimin aumenta quanto mais a língua de Jungkook brinca com seu buraco, abrindo-o lentamente. Jimin tenta cavalgar para trás na língua de Jungkook, apenas para ser parado por uma mão firme no quadril.
Nas poucas vezes em que olha no espelho, ele pode ver um homem, muito excitado, as pupilas dilatadas, totalmente sob o controle da figura maior atrás dele.
A língua de Jungkook é lenta, seus lábios sabem onde pastar e onde chupar para fazer Jimin gritar de prazer, desejo e desespero.
– Jungkook, por favor! – Jimin grita quando um dígito longo desliza com sua língua, lubrificada por sua saliva.
Os impulsos superficiais progridem para projetar seu canal cada vez mais fundo. Jungkook é movido pelo som de Jimin chamando seu nome repetidamente, cada vez mais com uma nota de desespero, a necessidade de superar todos os seus sentidos e colocá-lo em uma sobrecarga sensorial. Jimin está ciente de quão quente ele está, começando a suar, ele está ciente de todos os pequenos movimentos que o mais novo faz dentro dele com os dedos e a língua.
– Jungkook, não mais, por favor. Preciso do seu pau agora. – Lágrimas se acumulam quando a mão livre de Jungkook puxa seu pênis, é demais para Jimin. Ele precisa ser preenchido agora, seus dedos e língua não são nada em comparação com seu pau.
Jungkook não escuta, escolhendo perseguir o crescente da voz de Jimin, determinado a encontrar sua próstata e reduzi-lo às lágrimas. Ele encontra o inchaço dos nervos, pressionando-o repetidamente até as pernas de Jimin tremerem e cederem, caindo na cama. Jungkook murmura, colocando pequenos beijinhos ao lado do corpo até o rosto, agora, neste ponto, manchado de lágrimas.
– Shh, querido. – Ele diz suavemente. – Eu vou deixar você ter agora.
Jimin funga, enxugando as lágrimas perdidas com uma animosidade ardente. Jungkook estava brincando com ele, sabendo que demorava muito pouco para levar Jimin ao limite. E ele também não o deixou gozar.
Jimin se senta, apontando para a gaveta em que encontrará a garrafa de lubrificante. Ele observa Jungkook se despir, lembrando-se de suas roupas pela metade que precisam ser tiradas também. Ele as joga sobre o espelho, fazendo uma anotação mental para tirá-lo de seu quarto. Ele não sabe se tem força para olhar em seus olhos da mesma maneira novamente depois desta noite.
– Eu quero montar você. – Jimin diz, mas parece mais uma exigência.
Jungkook abre as pernas, os braços estendidos atrás dele. Ele olha para seu pênis, depois para Jimin, como se dissesse: Vamos lá, então.
Os primeiros segundos passam como uma eternidade. Parece que leva uma eternidade para Jimin sentar no pau do mais novo. Ele coloca os braços nas costas largas de Jungkook, enfiando o rosto no ombro.
– Porra, Jimin. – Jungkook assobia.
Jimin se move muito rápido, permitindo-se ajustar quando salta no pau do mais novo. Como sempre, Jungkook se encaixa dentro dele perfeitamente, enchendo-o até a borda. Jimin levanta os quadris, girando no colo do mais novo para sentir o máximo possível dele. A cabeça está precionada contra sua próstata, acertando-a com força.
– J-Jimin. – Jungkook engasga, os braços se fechando em torno da cintura pequena do mais velho. Eles estão se abraçando, pulando juntos, gemidos suaves saindo de suas bocas.
– É tão bom, Jungkook.
Os olhos de Jungkook tremem, o prazer é quase insuportável e ele não está no controle. Jimin morde seu ombro, é tudo o que Jungkook pode fazer é não fazer o mesmo com o ombro perfeito de Jimin também.
– Baby.
Jungkook muda a posição deles, rolando Jimin de costas. Olhos cheios de luxúria olham para Jungkook pedindo para ele fode-lo forte. O mais novo faz, retomando suas investidas, em um ritmo mais rápido e com maior intensidade. Os gemidos de Jimin estão além do reconhecimento, e os de Jungkook também. A pressão em ambos os pênis está aumentando, perseguindo os orgasmos prometidos.
O som da pele batendo diminui quando Jungkook reduz a velocidade de suas investidas, conectando suas bocas. Ele beija Jimin profundamente, concentrando-se na maneira como o mais velho o segura e beija de volta fracamente.
– Tão perto. – Diz ele, parecendo absolutamente fodido.
– Eu também.
São necessários mais uma dúzia de estocadas e beijos de Jungkook para fazer Jimin gozar de forma explosiva em seu abdômen. Sua boca fica aberta enquanto ele goza, lágrimas quentes acumulando no canto dos olhos com a doce liberação. Os olhos de Jungkook estão fechados quando goza, puxando no último segundo para derramar sobre o peito com um gemido.
– Você fez uma bagunça em mim. – Jimin exclama quando se recupera um pouco.
Jungkook está deitado ao lado dele, mão no peito de Jimin, pálpebras cobrindo seus olhos.
Os lábios de Jungkook mal se movem.
– O mesmo aqui.
Jimin estende a mão para pegar uma caixa de lenços de papel, limpando a si mesmo e a Jungkook da melhor maneira possível.
– Cansado hoje, hein? – Ele diz principalmente para si mesmo, porque Jungkook permanece imóvel ao seu lado.
A mão do mais novo procura as de Jimin, as sobrancelhas franzidas.
Jimin decide que tomará banho pela manhã. Ele também está sonolento, querendo ser segurado por Jungkook.
Jimin sopra um tufo de cabelo da testa de Jungkook. É teimoso e retorna à sua posição original, então Jimin estende a mão. Seus dedos afastam o cabelo mas não deixam o rosto, invés disso, arrastam-se pela lateral e pelas bochechas. Ele está quente e sua respiração está firme.
Assim, é Jungkook que parece um anjo, quase brilhando. Suas pálpebras tremem ao toque de Jimin, mas permanecem fechadas. Seus lábios estão levemente franzidos, mas se abrem enquanto Jimin traça sua pele suavemente. O mais velho ficou impressionado com o quão atraente Jungkook era antes, mas nada é comparado com a aparência de Jungkook agora, uma tranquilidade pacífica ultrapassando cada um de seus traços perfeitamente modelados.
Jungkook se move, entrelaçando suas mãos juntas perto do peito. O coração de Jimin está quase explodindo, ele não consegue entender por que um ato tão simples durante o sono de Jungkook o está fazendo inchar com alguma emoção inominável.
Não, há um nome para isso.
– Jungkook. – Ele sussurra depois de um tempo. Sua mente tem ecoado o mesmo sentimento nos últimos minutos.
Jungkook não responde, e não mostra nenhum sinal de ter ouvido Jimin.
Inclinando-se para pressionar um beijo no lugar em que sua mão está cobrindo a bochecha do mais novo, os olhos de Jimin se enchem de lágrimas quentes. As palavras escapam dele antes que possa processá-las, de verdade.
– Eu acho que te amo.
Jimin acha que a confissão caiu em ouvidos surdos, porque Jungkook apenas se aproxima dele.
As sobrancelhas de Jungkook se contraem, mais ele finge que não ouviu nada.
C O N T I N U A
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Eu estou tão anciosa para tudo ser descoberto. Quero ver a reação de Jungkook ao saber que Jimin tava com ele pra roubar informações e também ver Jimin descobrir o que quer que JK saiba? Eu não sei de nada, só tô comentando... ¯\_(ツ)_/¯
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