Capítulo quarenta e cinco

Chaeyoung se remexeu na cama ao sentir o peso sobre seu peito, fazendo-a sorrir lentamente antes mesmo de abrir os olhos. Ela se ajeitou cuidadosamente ali, trazendo Mina para uma posição mais confortável antes de seus dedos ternamente começarem a brincar com os cabelos que cobriam as costas da maior.

O ambiente estava frio ali dentro devido ao ar-condicionado que Mina ligara durante a madrugada. Fora dali fazia calor, porém Chaeyoung não poderia saber disso, afinal estava acomodada sobre a cama com sua namorada enquanto seu queixo quase batia.

Sua mente vagou para a prisão e um suspiro de alívio a dominou. Assim que Younggi avisou a ela que ela ficaria livre, uma das primeiras coisas que fez foi falar com Heedo, a mulher que havia quebrado o nariz de Bora.

Chaeyoung havia oferecido o posto de líder à Scar, porém a garota alegou ser um cargo perigoso e muito visado. Ela estava em busca de paz e ser a líder provavelmente poderia trazer o oposto.

Heedo aceitou o posto facilmente e Chaeyoung não poderia se ver mais tranquila quanto a isso. A garota havia assassinado alguém? Sim, porém Chaeyoung não estava escolhendo um cordeiro para ser a líder, ela estava escolhendo alguém que tivesse voz firme e que se importasse com as detentas. Heedo se importava.

A garota sempre buscava o melhor para todas e não tinha vergonha de pedir desculpas quando errava. Era um ato nobre, deixando Chaeyoung tranquila em relação à Tzuyu ali dentro, afinal Heedo não gostava de injustiças.

Se Bora fosse a líder aconteceria o total oposto disso. A garota promoveria a guerra e o medo e, definitivamente, Chaeyoung não queria isso. Ter escolhido Heedo trouxe paz para ela tanto por Tzuyu quanto pelas outras detentas.

Seus pensamentos foram interrompidos ao sentir um beijo suave sobre a pele de seu pescoço, fazendo-a se arrepiar instantaneamente. Ela sentiu Mina sorrir contra sua pele ao notar aquilo e uma enorme felicidade inundou seu ser ao cair em percepção do quão abençoada ela estava sendo em sua segunda chance fora da prisão.

— Bom dia, meu amor! — Mina disse animadamente, erguendo o rosto para fitá-la, ainda sorrindo.

— Bom dia! — Chaeyoung respondeu gentilmente. — Parece que alguém acordou de bom humor, hm? — Indagou rindo baixinho, sentindo Mina cobrir seus lábios com os dela em um beijo casto.

— Sim. — A maior respondeu mansamente com o sorriso ainda em seu rosto.

— Algum motivo especial? — Chaeyoung questionou arqueando uma sobrancelha.

— Acordar ao seu lado sempre vai ser um motivo para eu acordar de bom humor. — Mina esclareceu, fazendo a menor sentir seu coração inteiro se derreter ao ouvir aquilo.

— Argh! Você me deixa fraca, sabia? — Ela disse, vendo Mina sorrir ainda mais amplamente, se inclinando para lhe dar mais um selinho.

— Ah é? — Mina indagou sorridente contra os lábios de sua namorada, vendo Chaeyoung assentir. — Então estamos quites. — Replicou rindo genuinamente. — Eu adoraria ficar aqui com você te enfraquecendo assim, mas eu preciso ir tomar um banho para ir trabalhar. — Mina falou, colocando um pequeno bico adorável em seus lábios antes de dar um último selinho em Chaeyoung e se levantar.

— Você vai tomar café comigo ou não vai dar tempo? — Chaeyoung perguntou se sentando na cama.

— Vou sim. — Mina respondeu, parando na porta para fitar Chaeyoung. — Só vou tomar um banho rápido, tudo bem? — Chaeyoung assentiu lentamente.

— Eu, uh... Posso tomar um também? — A menor perguntou levemente constrangida.

— Amor, quero que se sinta em casa. — Mina falou entortando o canto dos lábios. — Então não precisa pedir coisas assim, está bem? — Chaeyoung voltou a assentir, ganhando um sorriso de Mina.

— Então se eu terminar de tomar banho primeiro do que você eu te espero no seu quarto para comermos juntas. — A menor informou e a outra assentiu.

— Eu farei o mesmo se for mais rápida. — Mina disse, mandando um beijo no ar para Chaeyoung antes de sumir no corredor.

Chaeyoung sorriu contente antes de migrar para o banheiro. O banho de Mina, exatamente como na noite anterior, fora mais rápido do que o de Chaeyoung, o que fez a garota passar seu creme, se vestir e, cumprindo sua palavra, migrar para o quarto de sua namorada, deixando para se pentear depois que comesse.

Assim que Chaeyoung saiu do banheiro ela se surpreendeu quando viu Mina sentada sobre sua cama, com as pernas cruzadas e uma mão sobre o joelho, com o outro braço apoiado sobre o colchão. Seus cabelos estavam molhados jogados sobre seus ombros, o que deixava sua expressão levemente mais angelical.

— Parece que você gosta de economizar água, hm? — Chaeyoung falou rindo, vendo como Mina se encaixava perfeitamente ao estilo social. Os olhos da maior percorreram lentamente o corpo de Chaeyoung ao perceber que ela ainda usava apenas uma toalha para tapar seu corpo. — Tomou banho mais rápido do que eu novamente.

— É um plano que tenho em mente. — Mina disse, sorrindo de forma sedutora.

— Ah é? — Chaeyoung perguntou rindo. — Posso saber do que se trata? — Indagou, vendo Mina assentir vagarosamente.

— Estou apenas economizando para quando formos tomar banho juntas, sabe? — Ela disse em um tom carregado de segundas intenções. — Assim poderemos demorar muito mais lá dentro. — Explicou, mordendo o lábio inferior, deixando nítido no brilho dos seus olhos a volúpia. — E matar toda a saudade que eu tenho de você.

— Não me provoque a essa hora da manhã, Mina. — Chaeyoung disse, suspirando levemente mais acelerado ao ver Mina rir baixinho antes de se levantar e caminhar provocantemente até si com o olhar repleto de malícia fixado no seu.

— Não estou provocando, Chaeng. — Ela disse, fitando os lábios rosados de sua namorada. — Estou apenas apontando o fato de que transaremos muito durante o banho. — Concluiu em um sussurro, se inclinando para morder o lábio inferior de Chaeyoung vagarosamente antes de sorrir, fazendo o corpo inteiro da menor se esquentar. — Vou sair para te deixar mais à vontade para se vestir. — Ela disse, dando um selinho demorado nos lábios de Chaeyoung antes de caminhar para fora do quarto.

Chaeyoung abriu a boca em completa descrença ao ver Mina lhe deixar ali excitada e sozinha após provocar-lhe de tal maneira. Decidiu então caminhar pelo corredor até a sala no encalço de Mina, indo até suas sacolas de compra e buscando ali um sutiã e uma calcinha. Mina acompanhou todo o movimento de Chaeyoung conforme ela arrebentava o selo de nova e vestia a calcinha por baixo da toalha antes de fitá-la sorrindo sugestivamente.

Chaeyoung não deixaria barato aquilo. Era a hora da vingança.

Ela caminhou lenta e sensualmente até sua namorada, vendo Mina jamais retirar a mirada de si enquanto um sorriso travesso brincava em seus lábios.

— O que está fazendo? — A maior perguntou ao ver Chaeyoung parar em sua frente. Mina sentiu todas as células de seu corpo se atiçarem quando Chaeyoung soltou vagarosamente a toalha, deixando a mesma cair como cascata ao deslizar por seu corpo, indo de encontro ao chão. Os olhos castanhos se direcionaram para os seios rosados de sua namorada, o que fez Chaeyoung sorrir satisfeita.

A menor pegou o sutiã que estava em sua mão e o deslizou por seus braços, vestindo o mesmo antes de se virar lentamente de costas para Mina e repuxar os cabelos que cobriam suas costas com uma das mãos, deixando a pele branca completamente despida e exposta.

— Pode me ajudar? — Chaeyoung perguntou com um tom falsamente inocente enquanto os olhos de Mina percorriam uma região um pouco mais a baixo, vendo o traseiro empinado tão, mas tão perto de si. — Poderia prender para mim? — A maior suspirou e passou uma das mãos no rosto.

Ela precisava comer, terminar de se arrumar e ir trabalhar, porém como negaria o fato de ter sua namorada seminua ali com ela e, o melhor, estavam completamente sozinhas.

— Claro. — Mina respondeu, levando as mãos ligeiramente trêmulas até o fecho do sutiã antes de não resistir em colar seu corpo no de Chaeyoung e levar seus lábios em direção ao ouvido de Chaeyoung, deixando as palavras seguintes saírem em um tom extremamente sexy e rouco.

— Mas só depois de fazermos amor bem gostoso naquele sofá ali. — Disse, mordiscando o lóbulo da orelha de Chaeyoung enquanto apontava para o sofá na frente delas.

— Era só para me ajudar com o sutiã. — Chaeyoung murmurou com a voz fraca, fechando os olhos para desfrutar das carícias de Mina conforme ela depositava beijos sobre sua pele.

— Eu ajudei... — Ela murmurou de volta. — Só preciso terminar de tirá-lo.

A pele do corpo da menor se arrepiou completamente ao sentir os dedos frios de sua namorada, suavemente, relarem seu corpo, escorregando para sua barriga conforme distribuía beijos mansos pela região de sua nuca. Ela arfou baixinho quando as mãos de Mina subiram em uma velocidade quase torturante para seus seios, os abrigando em suas palmas.

Os corpos começaram a se movimentar em direção ao sofá sendo guiados por Mina, que vibrava internamente ao sentir os seios entre suas mãos se tornando rígidos e não resistiu em virar ambas em um giro de cento e oitenta graus, se encostando na parte mais elevada do sofá, vendo que Chaeyoung tinha seus mamilos completamente túmidos e rosados bem em sua frente.

A maior desceu, sem sinal algum de pressa, o sutiã de Chaeyoung, o removendo de seu corpo por seus braços. Ela não resistiu em abaixar minimamente seu corpo para tomar um dos seios de Chaeyoung entre seus lábios, o que fez com que a menor gemesse pela primeira vez, ainda que tivesse sido baixinho.

As mãos de Mina foram para a cintura de Chaeyoung conforme sua língua circulava a pele macia, arrancando suspiros de sua namorada, que já tinha sua respiração desregulada.

— Amor? — Chaeyoung chamou com a voz falhada.

— Hm? — Mina indagou em um murmúrio, prendendo o bico do seio entre seus dentes antes de puxá-lo delicadamente, arrancando outro gemido de Chaeyoung.

— Você não precisava ir trabalhar? — Chaeyoung perguntou com certa dificuldade para respirar e Mina soltou seu seio, deslizando sua língua pelo osso que se localizava entre seus seios.

— Essa é uma das vantagens de ser a dona. — Mina disse sentindo-se totalmente excitada. — Posso chegar na hora que eu quiser. — Falou apesar de não gostar de se atrasar para dar o exemplo aos outros funcionários.

Chaeyoung nada disse, apenas puxou Mina para um beijo intenso e lento, matando a saudade de cada pedacinho daquela boca. Ela levou suas mãos até os botões da camisa cor salmão de sua namorada, fazendo questão de abrir botão por botão. Assim que realizou tal ato ela deslizou suas mãos pelos ombros de Mina por debaixo do tecido, deixando a peça escorregar de seus ombros.

Mina sentiu seu centro latejar quando os lábios de Chaeyoung migraram para seu pescoço, subindo pelo maxilar antes de voltar a beijá-la vagarosamente conforme se inebriava com o cheiro viciante de sua namorada.

— Que saudade... — Mina murmurou com a voz arfante, mordiscando o lábio inferior de Chaeyoung antes de voltar a beijá-la.

Uma de suas mãos migraram em direção ao pano fino do tecido da calcinha de Chaeyoung, fazendo ambas gemerem com o toque sobre o local umedecido.

— Mina... — Chaeyoung gemeu baixinho.

— Sim? — Ela murmurou contra a boca de Chaeyoung.

— Posso pedir algo? — Questionou.

— O que quiser. — Ela disse, movendo os dedos em círculos, sentindo Chaeyoung se agitar em sua frente.

— Me chupa? — Chaeyoung perguntou baixo e com a voz arrastada, jogando a cabeça para trás ao sentir Mina adentrar os dedos em sua peça íntima, tocando seu nervo rígido. — Quero sua língua dentro de mim... — Avisou. A maior voltou a beijar Chaeyoung sem falar nada por alguns segundos, apenas deixando seus dedos brincarem em sua intimidade.

— Chupo... — Ela respondeu finalmente, contra os lábios de Chaeyoung, sentindo sua própria intimidade clamar por atenção.

Ela se levantou pronta para puxar Chaeyoung para a parte confortável do sofá, entretanto o barulho da chave no trinco fez Mina se apavorar e empurrar Chaeyoung para trás do sofá em milésimos de segundo.

— Bom dia, senhorita! — A voz grave de Gamri soou no ambiente segundos depois, fazendo Mina se sentir frustrada, porém sorrir mesmo assim.

— Bom dia, Gamri! — Ela Replicou.

— Desculpe o atraso. Em um minuto lhe sirvo o café. — A mulher disse envergonhada.

— Não se preocupe. — Mina respondeu. — Café para duas pessoas, por favor. — Gamri enrubesceu no momento onde viu um sutiã jogado no chão ao lado do sofá e, bem, se Mina usava sutiã obviamente não era dela. Gamri sabia que ela não era de deixar roupas atiradas pelo chão.

— Oh, céus! Deveria ter me avisado que estaria acompanhada, senhorita, assim eu não atrapalharia. — Ela disse, fechando a porta. Mina suspirou e negou com a cabeça.

— Eu não sabia ontem de manhã. — Respondeu sinceramente. — O erro foi meu. Eu deveria ter me lembrado que você vem todas as manhãs.

— Bem... — Gamri disse limpando a garganta. — Vou ir preparar o café da manhã para deixá-las mais à vontade. Com licença. — Falou indo para a cozinha. Os olhos castanhos se direcionaram para Chaeyoung, que ainda estava no chão com a expressão solene.

— Heey, não fique assim. — Mina pediu manhosamente. — Ela não te viu, amor.

— Ela vai me ver já já e saberá exatamente o que faríamos. — Reclamou, fazendo Mina se sentar ao seu lado antes de tocar seu queixo com os dedos polegar e indicador, se inclinar e lhe dar um beijo manso.

— Você é a minha namorada. — Mina falou docemente após romper o contato dos lábios. — As pessoas mais cedo ou mais tarde vão deduzir que a gente transa. — Chaeyoung bufou antes de assentir.

— Eu sei. — Chaeyoung disse por fim. — Eu só não gostaria de conhecer as pessoas da sua vida nessa situação.

— Não irá. Digamos que esse foi um caso... único. — Mina disse rindo. — E, bem, desculpe, mas vou ficar te devendo o que me pediu. — Chaeyoung riu constrangida antes de assentir.

— Posso lidar com isso. — Respondeu sorrindo.

— Que sorte a sua, porque ainda estou morrendo de vontade... — Mina sussurrou, começando uma trilha de beijos pelo pescoço de Chaeyoung antes de sussurrar em seu ouvido. — À noite eu prometo chupar você até que goze deliciosamente na minha boca. — A menor suspirou pesadamente antes de puxar a toalha e cobrir seu corpo.

— Para! — Chaeyoung pediu, fazendo Mina assentir rindo. — Agora deixa eu me trocar para comermos.

— Certo. — Mina falou, dando espaço para Chaeyoung se levantar. — Parece que o dia já começou com um empecilho. — Brincou, porém tinha em mente que o dia não seria fácil, afinal de contas ela internaria, finalmente, a sua mãe.

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