Bucólica I
Não trazes pejo nem te ruborizas...
E se tremulas não é temor que agita.
Sabes de toda sorte de malícia
E sabes infringir a dor a mim, Fabíola!
Meus versos frouxos e sem valia
Proclamam dor e não amor que valha…
Este canto de amor da Arcádia
Não é nada senão a ode da desídia...
Sei do amor que cego eu tinha,
Que ninguém jamais o soube,
Nem mesmo tu deste amor sabia…
No mundo, nunca o coube,
Mas no coração, em mim, vivia
Trespassado pela seta que cravou-se...
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