A Grande Beleza
Para cá da minha janela há sombras
Enquanto a luz arde e se esvai no quintal.
E aqui, por mais que me esconda,
A vida em mim resiste escura e espectral…
Eu sairia para colher estas flores amarelas
Com que te fizesse a grinalda de meu dote,
Se te amando eu soubera, eu soubera
Que nunca haverias de ceder à morte!
Mas foi tão breve meu sonho interdito
Pela efemeridade da humana raça
Que nem te ver de novo foi-me permitido.
Quem haveria de antever uma tal desgraça
Que a grande beleza é qual um abismo
E eterna ficas — a vez que toda vida passa?
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