Que o clarão da Estrela,
Da Estrela Profética,
Nos guie desde o agora
Para eternidade do nascimento!

Para a noite em que, sob a égide de seus raios,
Conforme a previsão do Horóscopo,
Numa inusitada conjunção
A luz aos homens haveria de resplandecer.

E na escuridão dessa noite sempiterna
A confraria dos Magos veio
Pelo curso que faz o Sol,
Por três dons ofertar diante do Rei,
Sob o signo de sua Estrela:

Turíbulos de incenso,
Unguentos de mirra
E o diadema solene lhe dourando a fronte
Com a beatífica sabedoria.

Ó Rei que nasces,
És rei não para este mundo!
E o domínio que governas
É coisa desconhecida dos sábios.

Ó Rei, a quem te julgam governar?
Que Astro é esse que os Magos perscrutam
Por conta de revelar-te?
Hão de compreender-te os homens
De mentes tão débeis?
Saberão discernir o sinal da tua Estrela,
Sob o qual a Luz resplendesse?

Ó Rei dos reis,
És rei não para este mundo!