Capítulo 3 - O Chamado das Stones

Os jovens agora estavam todos separados, não sabiam onde estavam.

Bellamy olhou ao seu redor e pegou seu celular. Ele ligou a tela e observou que estava sem sinal mas teve a ideia de usar a lanterna de seu celular para tentar enxergar melhor onde estava e observou que era uma caverna.

Bellamy seguiu em frente por um estreito caminho de rocha bastante apertado e as paredes pareciam ser o encontro de duas montanhas. Bellamy andou por alguns minutos até chegar a uma sala rochosa, onde havia uma grande estátua de pedra no formato de uma serpente e a sua frente, havia um pilar com uma gema que brilhava intensamente em prata.

— Legal! Parece aqueles filmes de ficção científica. — Falou Bellamy sarcástico.

Bellamy se aproximou e em seguida, tocou na gema ocasionando um forte tremor na caverna.

Uma cobra de energia prata surgiu da gema e em seguida avançou contra Bellamy, que gritou e tentou correr mas a cobra facilmente o alcançou e o picou no pescoço, fazendo-o desmaiar de imediato.

Bellamy acordou em uma sala altamente tecnológica e levantou desesperado.

— Meu deus. Alguém... Pera, eu não morri? — Se desesperou.

— Bem-vindo, novo ranger prata. — Falou o homem que estava encostado em um painel altamente tecnológico de braços cruzados.

Bellamy o encarou por alguns segundos e em seguida olhou o local em que foi picado em um pequeno espelho que havia ali. Não havia nenhuma cicatriz e nem mesmo dor.

Bellamy voltou a encarar o homem de pele branca e observou que ele tinha 1,80 de altura, cabelo Marrom claro e olhos azuis.

Em outra caverna, Amélia se encontrava em uma espécie de desfiladeiro, onde o único caminho para seguir em frente era uma fina ponte rochosa com cordas nas laterais. Abaixo havia um profundo abismo e o vento passava de forma furiosa naquele local, sua única proteção era a entrada de uma outra caverna do outro lado da ponte rochosa.

Amélia segurou com força nas cordas e começou a andar com cautela em direção ao outro lado. Ela lutava contra a força do vento enquanto tentava não escorregar e cair.

Amélia já no meio do caminho ouviu um estrondo e observou uma rocha cair sob o início da ponte, gerando um efeito dominó  que fez a ponte começar a cair.

Amélia imediatamente começou a correr e a força do vento a fez escorregar bem no final, mas de forma ágil, Amélia consegue se segurar na beirada da entrada para a outra caverna, evitando a queda fatal que teria.

Amélia com dificuldades conseguiu subir para o interior da caverna e se sentou para recuperar o fôlego.

— Droga... — Arfou Amélia enquanto observava sangue escorrer da sua mão. Havia um corte que provavelmente foi feito quando ela tentou se segurar.

Amélia se levantou e andou chegando a uma sala rochosa, onde havia uma estatua de rocha na forma de uma águia e um pilar a frente com uma gema que brilhava intensamente em rosa.

— Que droga e essa? — Indagou Amélia sondando a gema até que decidiu trocá-la, gerando no processo um forte tremor em toda a caverna. — Sério? Típica armadilha de filme até aqui?

Amélia olhou para trás e viu a entrada se fechar. Um forte vento rosa surgiu da gema e se espalhou pela sala, começando a se movimentar de forma giratória ao redor de Amélia criando uma sucção de ar.

Amélia caiu de joelhos pela falta de oxigênio e o vento rosado que girava ao redor da jovem, se chocou contra seu corpo a lançando contra a parede, onde bateu a cabeça fortemente. Amélia apenas viu tudo ficar escuro, havia desmaiado.

Amélia acorda na mesma sala onde bellamy estava e imediatamente se levanta. Ela havia observado que estava curada e que Bellamy encarava o homem encostado em um painel de controle.

Ellie se encontrava dentro de uma caverna rochosa assim como todos os outros, mas sua caverna era diferente. A caverna tinha uma coloração azul e havia neve adentrando as finas fissuras do topo.

Estava um frio insuportável, dava para ver a fumaça que o ar de seu nariz criava ao entrar em contato com o ar congelante e sua caverna era a única que não era totalmente escura, já que raios de luz solar entravam no local pelas mesmas fissuras que a neve.

— SOCORRO!!! ALGUÉM? POR FAVOR, ME AJUDEM!! — Esgoelou-se em Pânico.

Ellie bateu na parede rochosa como se aquilo fosse resolver algo, mas logo se acalmou. Ela olhou para frente observando um corredor rochoso coberto de neve no chão e andou em linha reta, mas as paredes segundos depois começaram a se mover para espremê-la.

Ellie correu o mais rápido que conseguiu até sair daquele corredor, chegando a uma sala rochosa onde havia uma grande estátua de pedra de um urso. A frente da estátua havia um pilar de rocha contendo uma gema azul claro que brilhava intensamente enquanto era iluminada por um raio de luz solar que adentrava o local através de um buraco logo acima.

— É lindo... — Admirou Ellie.

Ellie se aproximou lentamente e tocou na gema. Um forte tremor se iniciou e os flocos de neve começaram a flutuar em um vendaval, formando a imagem de um urso feito de neve que imediatamente a atacou, cobrindo-a inteiramente com neve.

No minuto atrás, Ellie viu tudo ficar preto, no outro, estava no centro de comando junto a Bellamy e Amélia. Ela estava totalmente seca e seu corpo não possuía nenhuma sensação de frio.

Luna se encontrava em uma caverna cheia de estátuas de cabeças de dragões talhadas na parede. Ela começou a andar e acabou pisando em falso, ativando uma armadilha que fez com que lanças começassem a sair das cabeças. Luna não pensou duas vezes em começar a correr.

Luna correu como se sua vida dependesse disso, e realmente dependia naquele momento. Ela chega até o final do corredor e se deparou com uma grande escadaria, ao qual sobiu até chegar a uma sala rochosa com uma grande estátua de dragão. A frente da estátua, havia um pilar contendo uma gema que brilhava em intenso roxo.

— Eu não vou tocar nisso! — Afirmou.

Luna observou que não havia outra forma de sair dali e acabou decidindo tocar na gema.

Imediatamente iniciou-se um tremor e uma energia roxa fluiu formando a imagem de um dragão, que colidiu violentamente com Luna e a lançou na parede. Luna desmaiou na hora.

Luna no mesmo instante que desmaiou, despertou junto a Ellie, Bellamy e Amélia e se levantou observando o homem que estava a frente, encostado no painel.

— Quem é ele? — Perguntou Luna, notando que não havia nenhuma ferimento pelo corpo após ter colidido com a parede.

— Pedófilo, com certeza. — Respondeu Bellamy.

— Não é hora de brincar, Bellamy! — Ellie deu um beliscão em Bellamy, que solta um leve suspiro de dor.

— Diz ae. Quem é você?! — Perguntou Amélia cruzando os braços.

— Eu sou Caleb, ranger rosa. — Retrucou o homem enquanto que olhava para Amélia.

— Espera... lembram quando aquele cara esquisitão tava lutando com o monstro? Ele disse Caleb. — Bellamy olhou para as meninas ao seu lado animado.

— Então era você? — Perguntou Luna.

— Sim, ranger roxa. — Respondeu Caleb que agora mudava seu olhar para Luna.

— Caleb, eles sumiram... — Uma voz masculina se aproximava, adentrando a sala de comando.

Bellamy, Luna, Ellie e Amelia observaram que o mesmo cara que havia enfrentado o monstro havia acabado de chegar. Ele observou os quatro jovens ali sem revelar sua identidade e em seguida virou seu rosto na direção de Caleb.

— Ou não... — Continuou o ranger vermelho.

— Que bom que chegou. As quatro primeiras pedras acordaram e escolheram seus novos guerreiros. — Afirmou Caleb olhando o ranger vermelho.

— Guerreiros? — Perguntou Ellie confusa.

— Sim. Vocês agora serão Rangers, igual ele. — Respondeu Caleb apontando para o ranger vermelho.

— Legal! Eu sempre quis ser um super herói. Vou me chamar de... — Bellamy se empolgou totalmente com a ideia de ser um super-herói.

— Segura a onda Bellamy. — interrompeu Luna. — Olha, obrigada por oferecer todo esse papo, mas eu e meu irmão estamos de saída!

— Vocês dois são tão frouxos... — Resmungou Amélia.

— Por favor, esperem. Vermelho, é com você! — Falou Caleb olhando para o ranger vermelho.

O ranger vermelho deu um passo a frente e levantou sua mão direita, tocando no capacete. Sua roupa se desintegrou junto ao capacete e os quatro jovens observam que a pessoa quem havia os salvado do monstro havia sido Owen.

— No começo quando fui escolhido pela pedra vermelha, também não acreditei. Por favor, ouçam o Caleb. — Owen olhou para os quatro, que estavam boquiabertos ao verem que ele era o ranger vermelho.

— Filho da... — Bellamy ao observar que seu melhor amigo era o ranger vermelho, se aproximou para empurrá-lo.

— Olha a boca, tagarela. — Interrompeu Amélia. — Então o mudo é um super-herói é?

— Porque nunca me contou? Eu sou seu melhor amigo, imbecil! — Questionou Bellamy totalmente furioso.

— Bellamy calma. — Luna se aproximou.

— Eu não podia, você ficaria em perigo se eu contasse. — Retorquiu Owen tentando acalmar Bellamy, mas não estava adiantando muito.

— OU, VEM CÁ! — Berrou Caleb.

De uma porta a esquerda, surge um animal com pêlo vermelho-fogo parecido com um lobo feroz. Em suas quatro patas haviam cocares e em suas duas orelhas haviam brincos.

Em sua pata frontal direita havia uma tatuagem com o número romano "XIII" e uma outra tatuagem a baixo, a ponta da sua cauda pegava fogo.

— Isso é um cachorro? — Indagou Ellie curiosa, observando Nanaki se aproximar de Caleb.

— Não. — Respondeu Owen.

— Então que diabos é isso? — Perguntou Luna.

— Uma questão fascinante. — Interrompeu Nanaki.

— Ele acabou de falar? — Ellie se assustou.

— O que é isso? — Bellamy esperou uma resposta imediata de Owen ou Caleb, mas ambos ficaram quietos.

— Você perguntou que "Diabos" eu sou. Hum... — Nanaki agora andava na direção deles quatro. — Eu sou aquilo que você vê diante de você. Nada mais. — Nanaki sentou-se próximo a eles, fitanto seus rostos com seriedade. — Agradeço se aceitarem isso como resposta. Combinado?

Por um momento, o silêncio dominava aquela sala até que Nanaki se levantou e começou a andar em direção a Caleb, onde se sentou próximo do painel.

Amélia que olhava fixamente para a criatura canina, observou a tatuagem que ele possuía e não exitou em perguntar.

— Treze?

— "Red XIII". É a designação que recebi de um cientista louco chamado Hojo. — Respondeu Calmamente.

— Mas... Você deve ter um nome de verdade. Qual é? — Perguntou Luna curiosa.

— "Red" é a raça ao qual pertenço e "XIII" é o número que recebi de Hojo. — Retrucou. — Me chame de Nanaki.

— ele é bem durão quando se trata de lutar mas sob seu exterior feroz há uma inteligência que supera a de qualquer humano. — Interrompeu Caleb olhando os quatro que ainda estavam impactados pela repentina fala de Nanaki. — Ele pertencia a espécie Red, mas foram extintos por Jenova a muito tempo. Nanaki é o último vivo.

— Quem é Jenova? — Amélia olhou para Caleb.

— Uma pessoa que tentou conseguir as Pedras do Universo. Pelo menos foi isso que o Caleb me disse. — Respondeu Owen.

— Sim. Jenova. Ela era do meu planeta, que se chamava Pyrus. Mas assim como o planeta de Nanaki, também foi destruído. — Suspirou. — A muito tempo atrás, depois de eu me tornar Rei, Jenova fugiu do planeta. Ela era a melhor guerreira que o universo já conheceu. — Caleb apertou um botão e a imagem de Spectros e de Jenova surgem no grande telão a frente do painel. — O outro, é Spectros. Ele é um dos servos de Jenova e suas técnicas de batalhas são quase insuperáveis. Eu tive sorte de sair vivo quando lutei com ele uma vez, e mais sorte ainda por ele ter sido esmagado.


— Mas ele não foi esmagado? Porque ali ainda diz que ele está vivo? — Perguntou Ellie.

— Spectros possuí a habilidade de se transformar em uma espécie de gosma, que anula os danos no corpo dele. — Caleb voltou a olhar os jovens. — As Gemas foram encontradas e coletadas pela primeira raça de seres vivos que surgiram no universo, e foram entregues ao seu governante. O governante adquiriu o poder máximo, que superava qualquer outro que alguém poderia adquirir mesmo, se juntasse todos os objetos míticos do universo. — Caleb cruzou os braços.  — Esse poder de proporções infinitas fez quem o portava enlouquecer, e uma era de escuridão se iniciou no universo, mas o universo não permitiria algo assim ocorrer e foi aí que surgiram os magos supremos. Cada mago possuía um poder equivalente a das Gemas, que atendia a suas necessidades e esses doze se tornaram os primeiros Power Rangers. — Caleb deu um leve sorriso. — Os magos supremos sacrificaram suas vidas para derrotar esse governante mas quatro deles sobreviveram. Os quatro restantes esconderam as doze gemas no planeta pyrus e lá construíram a maior sociedade que o universo já possuiu, para que ninguém encontrasse as gemas. Foi profetizado por eles que o mesmo mal que derrotaram retornaria algum dia e iria caber aos doze novos guerreiros, que seriam imediatamente escolhidos pelas gemas para impedir o mal... Jenova. Ela atacou meu mundo e os três guerreiros restante sacrificaram suas vidas para bani-lá através do tempo, mas ninguém sabe quando ela poderá retornar. A única coisa que nos dá pista, é o despertar das gemas.

— Então parece que a tal Jenova tá voltando. — Amélia olhou para Caleb totalmente séria, havia prestação atenção em cada detalhe da história.

— Sim. Eu não sei quando, mas Jenova em breve irá retornar com seu exército. — Caleb se preocupou.

— E onde você entra nesse meio? — Perguntou Bellamy.

— Meu pai era um dos magos supremos. Cronologicamente, vocês devem estar confusos com a idade dele mas as gemas permitiram os quatro últimos dos primeiros guardiões a permanecerem vivos, até que eles se sacrificaram para criar o selo. Eu nasci trinta anos antes do planeta ser destruído.

— Isso significa que hoje você tem quarenta e nove, mas porque tem essa cara de vinte e cinco? — Perguntou Ellie confusa.

— Nós Pyrianos envelhecemos lentamente, apesar de sermos parecidos com os humanos. Nossa estimativa de vida e de quinhentos anos. — Respondeu Caleb.

— O Nanaki pode parecer um adulto feroz, mas ele só tem 40 anos segundo Caleb. Isso na espécie dele equivale a dezenove anos. — Afirmou Owen.

— Owen está correto! — Nanaki lambeu a pata.

— Ótimo, um cachorro alienígena adolescente. — Resmungou Bellamy.

— Para de implicar Bellamy. Presta atenção. — Luna deu um leve tapa na cabeça de Bellamy.

— Continuando... Quando Jenova descobriu que as doze gemas dos guardiões estavam em Pyrus esse tempo todo, ela veio nos atacar. Eu como filho de um dos antigos guardiões tive que abandonar meu reino, o meu planeta e o meu povo para impedir Jenova de pegar as gemas, porque se ela conseguisse, as gemas iriam mostrar a ela o caminho para as quatro pedras. Eu coloquei as gemas em uma cápsula de fuga separada e meu filho que ainda era bebê também foi colocado em uma, eu entrei em outra. As três cápsulas deveriam pousar aqui, mas um erro ocorreu nas outras duas quando chegamos a terra. A nave das gemas explodiu, e elas se espalharam pelo planeta. A outra perdeu as coordenadas do centro e caiu bem longe daqui, nessa nave estava meu filho. Eu fui até lá mas quando cheguei, ele já havia desaparecido da cápsula. — Caleb falou triste. — Eu me congelei até que as gemas acordassem e quando finalmente aconteceu eu encontrei Nanaki aqui no centro, ele parecia estar aqui bem antes de mim e nos tornamos grandes amigos. A primeira gema a acordar foi a vermelha. Owen a encontrou ainda criança e eu o treinei para que pudesse combater os monstros que estão aparecendo agora.

— Eu encontrei a minha dias depois da morte dos meus pais, e a rotina de treino pesado do Caleb até me ajudou a esquecer e a me distrair, mas eu precisava fingir que ainda estava mal, se não notariam que algo estava acontecendo. — Owen olhou para Luna e Bellamy.

— Então é por isso que ficou calado o tempo todo? — Perguntou Luna.

— Mas ou menos. — Respondeu Owen.

— Desgraçado! — Apesar de parecer estar enfurecido, bellamy estava calmo.

— Por favor. Nos ajudem a impedir Jenova de chegar as quatro Stones. Se isso acontecer, ela vai destruir esse planeta e governar o universo! — Caleb ficou preocupado.

— Eu não sei vocês, mas eu topo. — Bellamy deu um passo a frente. — Afinal, se não houver planeta, não vai haver chocolate.

— Alguém vai precisar impedir o bellamy de fazer besteira né. Eu aceito. — Luna sorriu.

— Uma aventura? Era tudo o que eu queria. Essa cidade é muito parada. — Debochou Amélia. — Eu aceito!

— Acho que seria falta de educação eu fazer desfeita com todos aceitando né. — Suspirou Ellie. — Eu aceito.

Caleb sorriu ao ver que eles haviam aceitado, mas antes que pudesse dizer algo, o sensor disparou e no telão foi mostrado uma criatura atacando o setor quatro da cidade baixa Midgar descontroladamente.

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