Capítulo 21 - Setor 5
Owen e Aerith estavam no sótão dá velha igreja, onde haviam mais daquelas criaturas fantasmagóricas flutuando.
— Mas dessas coisas... — Falou Owen.
— É como se estivessem... nos guiando.
— Fica perto.
— Que legal.
Owen e Aerith andaram até uma parede quebrada a esquerda, onde havia uma trilha feita de tábuas de madeira.
— Ali. — Apontou Aerith. Havia um grande buraco no teto do outro lado da trilha de tábuas.
— A gente tem que ficar longe do alcance deles. — Afirmou Owen.
Os dois começaram a caminhar pela trilha de tábuas, passando pelo local onde estavam antes de serem puxado pelos Whispers. Naquele momento, os soldados e Reno estavam passando ali embaixo.
— Preparar para a extração. — Falou um dos soldados no rádio.
Os fantasmas estavam por toda a parte, mas ninguém além de Owen e Aerith estavam vendo.
Owen notou que o som dos soldados havia desaparecido. Os fantasmas também sumiram. — Se foram?
— É... Acho que sim. — Falou Aerith chegando até o buraco.
— O que são eles?
— Acho que... Na verdade... Não sei. Vamos embora.
Owen chegou até Aerith e ao atravessarem o buraco, chegaram até um grande desfiladeiro de telhados, das casas que haviam alí.
— Ok. Pronto para atravessar os telhados? — Aerith sorriu. O rabo de cavalo dela estava se movendo para a esquerda graças a brisa que estava passando por eles. — Tá vendo aquele pilar? — Aerith apontou para uma grande estrutura no horizonte. — Tem uma estação bem ao lado. Vamos tentar chegar lá? — Ela sorriu olhando para Owen.
— Vamos.
Owen e Aerith deram impulso e juntos, saltaram para o primeiro telhado a frente.
— Então... O que planeja fazer agora? — Perguntou Aerith curiosa.
— Trabalhar como guarda-costas. — Owen falou tomando impulso e saltando para o próximo telhado.
Aerith deu uma risada e em seguida saltou. — Sei.
— Depois que eu te levar pra casa, vou voltar pra comunidade do Setor 7.
— Você... Sabe como chegar lá?
— Sei.
— Claro que sabe...
Os dois começaram a caminhar por uma trilha de telhados conectados, indo na direção oposta a do Pilar.
— Aquele engravatado na igreja. Era um dos Turks da Shinra. — Owen se virou para Aerith. — O que um Turk quer com você?
— Sei lá...
Os dois voltaram a andar pelos telhados.
— Ei, os Turks não procuram por SOLDIER's em potencial ou algo assim? — Aerith se aproximou curiosa.
— Eles fazem mais do que buscar candidatos. Os Turks são usados para resolver qualquer situação. De forma bem drástica. Com muita agressividade.
Aerith sorriu. — Vilões profissionais. Que amores.
Owen e Aerith subiram uma pequena escada de metal chegando a um telhado mais elevado.
— De volta a pergunta. O que ele é seu? Parecia que vocês dois se conheciam.
— Talvez ele pense que eu poderia ser a melhor SOLDIER de todos os tempos!
— Esquece.
— Hum? Tá bravo?
Owen ficou em silêncio enquanto continuou andando.
— Eu... Na verdade... Nunca andei pelos telhados antes. — Aerith tentou quebrar o silêncio.
— Ficaria surpreso se já tivesse.
— E pra falar a verdade... É bem legal.
— Bem... É sua primeira vez.
Owen chegou até uma outra escada metálica, mas dessa vez a usou para descer até telhados mais baixos. Aerith desceu em seguida.
Os dois caminharam até chegar a uma parte desconexa, onde Owen saltou até outro telhado e começou a andar.
— Ei! — Chamou Aerith.
Owen parou de andar.
Aerith se impulsionou e saltou, chegando até Owen. — Não sai correndo na frente...
— E isso é coisa que uma candidata a SOLDIER diria? — Owen sorriu debochando.
— Engraçadinho. — Aerith sorriu.
Aerith e Owen chegaram até uma velha escada que levava a um ponto mais alto.
— Parece um pouco... Enferrujado. — Aerith colocou as mãos na cintura observando.
— Eu vou na frente.
Owen subiu as escadas e em seguida se virou olhando para baixo.
— É bem antiga... Cuidado.
— Tá...
Aerith começou a subir. Ela se desequilibrou um pouco.
— Devagar. — Alertou Owen.
— Você se preocupa demais. Não sou uma princesinha que precisa de cuidado.
A escada quebrou e Aerith saltou segurando a beirada do telhado. Ela iria cair.
Owen se aproximou e estendeu a mão, puxando-a para cima.
— Ufa, por essa eu não esperava! Obrigada, Owen. — Aerith olhou para um grande muro que havia a frente, ele separava os setores 5 e 6. — Ah, olha ele lá. O muro.
Owen se aproximou de Aerith, observando o muro.
— Sabe, eu pensei em partir uma vez... Mas... No fim, não consegui.
— Muito perigoso? — Perguntou Owen.
— Demais. Um mundo todos cheio de vida... As vezes acho que é mais do que posso aguentar... Mesmo agora. — Aerith sorriu. — As pessoas odeiam o céu metálico, a comunidade... Mas eu não. Como poderia? — Aerith olhou para Owen. — É tanta vontade, tantos sonhos... Fluindo e se fundindo em algo maior...
Owen se virou e começou a andar. Aerith foi logo atrás, mas o ultrapassou.
— Dessa vez, eu vou na frente. Afinal, você nunca me espera.
— Tem certeza?
— Observe e verá.
Havia uma tubulação a frente que conectava a um outro telhado. Aerith se equilibrou e começou a andar pela tubulação.
— Hum... Acho que vou na frente e deixo você com a sua solidão... É só... — Aerith se desequilibrou, mas logo recuperou o equilíbrio.
— Talvez seja melhor você não falar enquanto anda aí.
— Você fala, então. Me conta uma história.
— Não de graça.
Owen se equilibrou na tubulação e começou a andar. Aerith já estava quase no final.
— Que mesquinho. Você é tão... Wow! — Aerith começou a se desequilibrar. Ela iria cair dessa vez.
Owen se aproximou de Aerith e quando iria segura-lá, ela se equilibrou e se virou para ele sorrindo.
— Peguei você.
— Você vai acabar me matando... — Owen colocou a mão na testa movendo a cabeça negativamente.
Os dois chegaram ate o outro telhado, onde havia uma velha tubulação quebrada que parecia um tobogã.
— Vamos lá! — Aerith entrou e escorreu por ele.
Owen foi logo atrás de Aerith. Estavam agora em um telhado mais baixo, com uma pequena escada metálica média na lateral que dava até o chão. Ele não a usou, apenas pulou e se virou esperando Aerith descer.
— Tudo bem aí? — Perguntou Owen.
Aerith moveu a cabeça positivamente. — É claro!
Aerith tentou pular, mas havia perdido a coragem. Alguns pombos se assustaram e passaram por ela, fazendo-a se assustar e acabar caindo.
Owen correu imediatamente e a segurou no colo, impedindo ela de cair no chão.
Aerith abriu os olhos vendo Owen a segurar e sorriu em seguida. — Meu herói.
— Nunca dá pra sentir tédio com você.
— Isso é um elogio?
Owen a colocou no chão. — Na verdade, não.
Aerith observou Owen começar a andar e logo o ultrapassou, parando a frente dele.
— Obrigada, de qualquer forma! — Ela sorriu colocando as mãos na cintura. — A gente tá perto da estação.
— Achei que a gente estava indo para o lado oposto.
— Parece que alguém errou o caminho.
Aerith sorriu andando na frente e Owen logo começou a segui-lá. Eles estavam em uma espécie de canteiro de obras próximo do muro.
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