Capítulo 18 - Caindo na Armadilha

No escritório do presidente Shinra, uma grande movimentação estava acontecendo. Soldados estavam por todas as partes, colocando pequenos holofotes enquanto os computadores mostravam a imagem das câmeras presentes na entrada e no interior do reator.

— Hum, talvez um pouco mais... Esperem... Hum... — Um dos soldados olhou para o seu parceiro enquanto estavam próximos dos monitores.

— Mais para a esquerda. Esquerda! Rápido! — Gritou um outro soldado para os que mexiam na iluminação.

— Dêem um jeito nessa iluminação! — Gritou outro.

— Com licença, senhor. Sua gravata... — Um agente se aproximou do presidente que estava sentado na poltrona e ajeitou a gravata.

— Não demorem, depressa! — Heidegger estava no comando de toda essa organização.

O presidente lançava um olhar serio para o monitor, onde estava vendo Owen, Amélia e Liam saírem de um corredor dentro do Reator de Mako 5.

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— É aqui. Esse é o cheiro. O fedor de Mako. — Liam falou com um certo tom de desprezo.

— Então, acho que chegamos. — Amélia falou olhando para Liam.

Owen, Amélia e Liam se aproximaram do corrimão que havia logo a frente e observaram as três maquinas de processamento de Mako no andar logo abaixo.

— É igual ao Reator 1? — Perguntou Liam.

— Sim. A gente tá perto do depósito de Mako. — Respondeu Owen.

— Vamos então. — Liam o olhou.

Os três começaram a caminhar pela plataforma superior procurado por um elevador para descer, mas não encontraram nada.

— Não vejo uma forma como descer... — Resmungou Liam.

— Que tal por aqui? — Amélia falou apontando para uma grande tubulação inclinada, presa aquela plataforma que levava ao andar inferior.

— É! Pode ser. — Liam falou de aproximando junto a Owen.

Owen, Amélia e Liam saltaram pelo corrimão e deslizaram pela tubulação. Eles saltaram dela e aterrissaram na plataforma inferior.

— Dá um pouco de medo, né? — Amélia sorriu debochando.

— Que nada. — Liam sorriu.

— Vai precisar mais do que um lugar alto pra me fazer ter medo. — Owen sorriu de canto.

Os três caminharam pelo local e não demorou muito até que encontraram um grande robô desativado, tinha cerca de 10 metros de altura. Ele estava em um grande compartimento e haviam fios presos em suas costas.

— Ei! Olha isso. — Liam encarou o robô. — Se botarem esse grandão contra a gente, vai ser bem complicado.

— Unidades mecânicas como essa foram desenvolvidas para derrubar monstros gigantes. Deve ser um protótipo novo... — Afirmou Owen. — Se decidirem ativar esse cara, o melhor que a gente tem a fazer é dar no pé.

— Então é melhor torcer pra ele não acordar com a explosão. — Liam provocou com um sorriso.

— Meninos e seu excesso de testosterona... — Amélia revirou os olhos.

Os três voltaram a correr pelo local até chegar a um grande portão. Eles passaram chegando a um corredor que se inclinava levemente para baixo, levando a um andar inferior.

— Cadê todo mundo? — Perguntou Amélia.

— Da Shinra? Se assustaram e deram o fora, imagino.

O trio chegou a outro portão e passaram chegando a outro andar inferior. Haviam três robôs de segurança logo na entrada.

Liam socou um dos robôs e o explodiu. Amélia explicou um chute na parte superior do robô que o mandou contra o chão e o fez explodir, enquanto Owen saltou e chutou o último robô contra a parede.

— Esses robôs de segurança já estão enchendo o saco. — Falou Liam.

Os três seguiram até encontrar uma nova escada, ao qual usaram para descer.

— Quase lá... — Amélia falou ficando tensa. — Esse cheiro... Me faz lembrar...

Os três seguiram por um corredor que dava diversas voltas no local seguindo para a o depósito inferior de Mako. O barulho das bombas já poderia ser ouvido pelos três.

O trio chegou a uma plataforma e desceu por uma pequena escada que havia ali, chegando a plataforma da piscina de Mako. O Reator estava logo a frente.

— Vamos. — Owen os olhou.

Owen andou na frente, mas no meio do caminho colocou a mão na cabeça sentindo fortes dores. Derrepente, Owen teve um flashback onde Amélia estava agachada a frente do corpo de um homem, com o rosto deitado sobre o peito dele. Estavam em uma velha plataforma do que parecia ser um Reator antigo. Ela parecia estar chorando.

— Sephiroth... SOLDIER's... Mako... A shinra — A voz de Amélia estava trêmula. — Estou farta disso! Estou farta de tudo isso! — Amélia ergueu o rosto gritando furiosa enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Amélia levantou ainda chorando e caminhou até um espada que estava caída não muito longe do corpo do homem. Ela se agachou, pegou a espada, se levantou limpando as lágrimas e caminhou lentamente até uma porta.

O flashback de Owen se encerra ao mesmo tempo em que sua dor de cabeça começava a diminuir.

— Ei! Ranger Soldier! — Liam olhou Owen. Amélia estava a frente de Owen olhando preocupada.

— Amy? — Owen olhou Amélia.

— O que foi? Tudo bem? — Amélia ficou um pouco confusa.

— Nada... Deixa pra lá.

Os três correram pela plataforma e chegaram até a bomba de sucção.

Liam pegou a bomba e entregou a Owen.

— Quanto tempo precisamos? — Indagou Owen.

— Temos todo o tempo do mundo. — Liam sorriu. — Dessa vez tem um detonador remoto.

— Cortesia da Luna. — Amélia sorriu puxando o detonador.

— A gente se afasta até uma distância segura... E aí... Bum! — Liam fechou o punho.

— "Distância segura"? — Owen ficou com um pé atrás.

— Quê? Não existe? — Liam cruzou os braços. — A gente sai por onde entrou. É só refazer o caminho.

Owen plugou a bomba na bomba de sucção do reator e os três se viraram, voltando a correr pela plataforma em direção a escada.

Os três chegaram a pequena escada e derrepente, ela subiu deixando os três ali em baixo.

— Hã? — Amélia olhou confusa.

— Mas quê... Tá indo pra onde? — Liam olhou para a escada subindo.

— Sincronia estranhamente perfeito. — Owen os olhou. — Estranho, não?

Amélia se virou para os dois e em seguida olhou a bomba ao longe. — Espera um minuto. Tem alguém nos assistindo?

A porta que havia próximo da escada se abriu e diversos robôs idênticos aos do metrô entraram no local. Eles ficaram girando ao redor dos três que se juntaram. Os olhos dos robôs focaram nos três adolescentes.

Os dos robôs se juntaram e derrepente, formaram um gigantesco holograma de Heidegger, mostrando-o da cintura para cima. — Hahahaha. Saudações, queridos ratos de esgoto! — Heidegger os olhou sorrindo. — Como arquiteto da nossa campanha para o engajamento popular, eu, Heidegger, chefe da Segurança Pública... Dou-lhes as boas vindas. — Heidegger colocou a mão sobre o peito direito e se curvou para os três em saudação.

— O incitador de guerras. — Liam encarou furioso.

— Sintam-se honrados. Neste momento, estão sendo assistidos por toda população de Midgar. — Heidegger sorriu e alguns outros robôs projetaram a imagem do programa chamado "Shinra News", que contava praticamente tudo o que acontecia em Midgar.

— O que é isso?! — Amélia olhou para holograma que agora só mostrava o logo da Shinra.

O logo sumiu e um âncora do jornal apareceu. — Notícia de última hora do Reator de Mako 5. A Shinra confirmou que este Reator é o alvo da ameaça de bomba anunciada pelo grupo terrorista Power Rangers.

Amélia e Liam ficaram crédulos com o que estavam ouvindo.

— Membros do grupo foram avistados entrando no local, e a segurança está verificando a presença de explosivos. — Acrescentou o âncora enquanto um vídeo mostrava Owen, Amélia e Liam saindo pela passagem secreta, mas apenas suas costas eram vistas. — Vamos a transmissão em tempo real...

O âncora desapareceu e no lugar surgiu uma repórter no meio de diversas pessoas da parte da Cidade Baixa do Setor 5, também chamada de favela. — Estou aqui na Cidade Baixa do Setor 5. Diante de confirmação do alvo dos terroristas... O Centro de Operações de Emergência Shinra ordenou uma evacuação preventiva. Os cidadãos estão revoltados ao saberem que a tragédia do Reator de Mako 1 foi apenas o início de uma campanha de violência.

— Fora Power Rangers! — Gritou um homem no fundo.

— Eliminem a ameaça! — Gritou outra mulher.

O âncora voltou para a programação. — O presidente Shinra fez um pronunciamento garantindo que os terroristas serão levados à justiça em breve.

O holograma é desfeito e os três se voltaram para Heidegger.

— E então, a um povo que se vê rodeado de caos e incertezas, oferecemos o maior conforto: Pão e Circo! — Heidegger levantou o braço e seu holograma se desfez.

Os robôs giraram uns ao redor dos outros e se juntaram projetando o holograma do robô que viram durante a entrada.

— O robô grandão! — Liam falou assustado.

— Apresento-lhes o mais recente triunfo tecnológico da shinra... — A voz de Heidegger ainda era projetada pelos robôs, que pouco depois voltaram a mostrar o holograma de Heidegger. — O Airbuster! Ele irá executar vocês! HAHAHA!

— São os engenheiros. — A voz de um soldado surgiu durante a transmissão, sendo projetada do lugar em que Heidegger estava. — O Airbuster encontra-se apenas 60% operacional. As estimativas eram otimistas...

— EU ESTOU NO AR! PORRA! — Heidegger gritou e o holograma foi desfeito. — Seja quem for o imbecil no comando lá embaixo... Ordenou que subjugue os intrusos e os traga até mim! — A voz de Heidegger ecoou dos robôs ainda no local.

A porta próxima da escada se abriu novamente e três soldados da Shinra entraram no local. — Rendam-se ou terão problemas! — Falou um deles.

— Shhh. — Liam aproximou o dedo da boca e enquanto encarou os soldados.

Atenção todas as tropas de segurança! Repetindo - Atenção todas as tropas de segurança! Detenham os insurgentes e levem os três para a central de comando o mais rápido possível! — A voz de Heidegger ecoava ao fundo.

Liam partiu para cima do primeiro soldado esquivando dos disparos feitos com a arma. Ele chutou a mão do soldado fazendo a arma cair e a pegou, começando a atirar contra ele.

Amélia correu desviando dos disparos até Owen, que juntou as mãos onde ela pisou, e com um impulso a jogou para cima. Ela girou no ar e caiu sobre o soldado acertando um potente chuto no rosto dele, que o fez desmaiar na hora.

Owen girou no chão esquivando do disparo e pegou sua Shishi Sword, se aproximando do Soldado e desferindo um corte diagonal em sua barriga.

Como vai o progresso da Engenharia para ativar o Airbuster? — Perguntou Heidegger, com sua voz ecoando pelo local. — 60% ainda?! Não é possível! Eu juro, se vocês falharem, eu mesmo os arremesso da plataforma! Então andem logo com isso!

— Cala a boca! Merda! — Liam gritou.

— Não acredito... Caímos direitinho nas mãos da Shinra! — Amélia estava irritada.

— Sim. E a imprensa mentirosa já está empurrando a narrativa falsa deles. Estão nos taxando como vilões! — Liam falou olhando Amélia.

— Agora, ferrou... — Amélia suspirou.

— Não, não, não, não! De jeito nenhum! — Liam chamou a atenção de Amélia e Owen. — Escuta! Eles querem fazer disso um espetáculo? Então bora dar um pra eles! Bora acabar com aquele trambolho da Shinra na frente de todo mundo.

— Ok. Me convenceu. — Owen falou de braços cruzados e a porta próxima da escada se abriu, dando passagem.

Os três passaram correndo pela porta e seguiram por um corredor até chegar ao porta que dava a fábrica de montagem do Reator 5, que estava fechada.

Lá dentro, os soldados trabalhavam a todo vapor na manutenção da Airbuster.

— Vocês ouviram! Providenciem as peças do Airbuster. Agora mesmo! — Ordenou o responsável no comando.

— Está tudo pronto, senhor. — Falou um dos soldados.

— Peças a caminho do SS8. — O responsável falou pelo comunicador.

— Entendido. SS8 a caminho! — Respondeu um outro soldado pelo comunicador. Uma garra metálica pegou um grande contêiner com as peças e o levou.

Os soldados se retiraram e quando o trio chegou, já estava tudo vazio. Havia um elevador ali e eles entraram para chegar a a um nível superior.

— A gente vai vencer essa. E depois a gente vai pra casa. Todos nós, sem exceção. — Liam olhou para os dois.

— Certo. Não queremos desapontar a Marlene. — Amélia sorriu. — Isso sete pra você também, Owen. Certo? — Amélia olhou para Liam.

— E acho bom você sorrir pra marlene dessa vez. — Liam falou debochado.

— So se eu ganhar dois dias de férias. — Owen sorriu.

A porta se abriu e eles correram pelo corredor, passaram por uma porta e chegaram a uma ponte metálica que ficava entre as plataformas do setor 6 e 7. No meio das grandes fendas entre as plataformas, o importante prédio da Shinra poderia ser visto.

— Beleza. Hora do show. — Liam sorriu andando pela plataforma.

Amélia ouviu um som de robôs no local. — Hãn? — Ela se virou e apontou para frente. — Olhem!

Os robôs se aproximaram e formaram o holograma do presidente Shinra.

— Presidente Shinra?! — Liam encarou com desprezo.

Um dos robôs se aproximou reconhecendo os rostos dos três adolescentes, mas um deles focaram em Owen.

— Ah. Os olhos de quem foi banhado em Mako... Não me diga que você é um... SOLDIER? — O presidente Shinra fitou Owen com seriedade.

— Ex-SOLDIER. — Owen pegou a Shishi Sword.

— Uma vez SOLDIER, Sempre SOLDIER. Mas Infelizmente, não por muito tempo. — O presidente encarou os três. — A degradação celular acelerada é de longe, a causa de morte mais comum.

Amélia olhou para Owen, que estava encarando o holograma do presidente.

— Isso é confidencial, claro, mas todo SOLDIER sabe a verdade.

— Você está certo. — Owen encarou.

Um disparo de energia atingiu o robô que estava observando os três. — Não tá esquecido de alguém?! — Liam falou segurando seu Oushi Axe. Ele disparou mais energia contra os robôs que de separaram e novamente se juntaram formando o holograma do presidente.

— Quem dera. Você me parece ser do tipo que sempre está atrás de atenção... — O presidente desprezou Liam.

— Você nunca vai viver o bastante pra pagar por todos os seus crimes! — Liam gritou.

— E que indulgência desnecessária seria viver por tanto tempo.

— Ah, então tá. — Liam agarrou o outro robô que estava os observando e aproximou próximo do rosto. — Vamos falar de indulgências desnecessárias. O que é o Mako? A fonte vital... O Lifestream do planeta! O sangue do planeta... Do nosso planeta! — Liam estava indignado. — Mas a Shinra continua sugando tudo como um cão sedento! O que você acha que vai acontecer se continuar assim?! Hein?!

— Hm... De fato, seguimos "sugando tudo" como você diz... Mas... Para o bem de quem, eu me pergunto...? — O presidente os encarou. — Todos conhecem a verdadeira natureza do mako, o povo ignora voluntariamente esse preço. Como vocês devem saber.

— Não tenta culpar a gente por isso! — Liam gritou ainda segurando o robô e em seguida o destruiu. — Se tem pessoas que concordam com seus planos... Foi porque você manipulou elas!

— Eu jamais seria capaz de algo tão baixo... — O presidente sorriu e levantou o braço direito apontando para os Owen, Liam e Amélia. — Assim como vocês, meus leais ratos de esgoto. A partir de agora, são aliados de Chamblee, nossos grandes inimigos. Obrigado por instigar o favor patriótico do nosso povo.

O holograma do presidente foi desativado e os robôs ficaram voando pelo local.

— Chamblee? Porra nenhuma! — Liam olhou para os robôs.

Os robôs se juntaram e formaram o holograma de Heidegger. — Hahaha. Ainda não entendem o papel de vocês nisso tudo? — Outros robôs se juntaram formando um outro holograma, mostrando a sala da bomba onde haviam alguns dos mesmos robôs modificando a bomba.

— O que eles tão fazendo?! — Indagou Liam.

— Não entendem? Vocês nunca estiveram no controle. — Afirmou Heidegger. — Não passam de peões em nossos planos de vender a maior e mais gloriosa guerra para o povo! — Acrescentou. — E os seus instrumentos de insurreição detonarão quando bem entendermos!— Heidegger mostrou um detonador e clicou.

— Hãn?! — Amélia olhou para o outro holograma e viu a bomba ser ativada. A contagem regressiva mostrava 25 minutos.

O holograma que mostrava a bomba se desativou e Amélia tentou parar com o seu detonador, que não funcionava.

— Puta merda! — Falou Liam em pânico.

— Agora vamos subir as cortinas para o evento principal! — Um helicóptero surgiu atrás do holograma de Heidegger trazendo o grande robô que viram na entrada.

Ele largou o robô na ponte metálica e Liam, Owen e Amélia saltaram para não serem esmagados.

— A execução do grupo ecoterrorista "Power Rangers"! Extremistas que conspiram com a capital de Chamblee contra Midgar! — Heidegger fechou o punho. — Sua culpa é inegável! Sua punição, a morte!

O Airbuster se ativou e as engrenagens em seu abdômen começaram a girar produzindo energia. As mãos do robô surgiram das costas se auto-plugando nos ombros e em seguida ele socou os punhos enquanto encarou os três adolescentes.

Amélia deu alguns passos encarando o pequeno robô que a observava e em seguida o chutou contra um dos robôs que formavam o holograma de Heidegger.

— Estou farta disso. — Resmungou Amélia. Owen e Liam pegaram suas armas. — Estou farta de tudo isso! — Amélia olhou para Owen.

Owen ao ouvir aquilo, sentiu uma forte dor de cabeça e a imagem de Amélia agachada chorando sobre o corpo de um homem votou em sua cabeça.

— Owen! — A voz de Liam o fez voltar a realidade. — Coloca a cabeça no lugar!

Os três plugaram a Kyutama e morfaram. O Airbuster entrou em modo combate pronto para enfrentar os três de uma só vez.

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