Capítulo 16 - Percurso Alternativo

Owen e Amélia estavam correndo o mais rápido que conseguiam pelo túnel, seguindo pela linha do trem. Alguns robôs apareciam pelo caminho, mas sempre eram destruídos.

Barulhos de explosões começaram a ecoar pelo túnel e dava para ouvir o som de Liam xingando alguma coisa.

— Ele tá perto! Vamos! — Amélia falou ofegante.

Os dois chegaram até uma divisão de linhas presente dentro do túnel e do outro lado, Liam lutava contra os mesmos robôs do trem.

Embora Liam estivesse logo ali ao lado, grades separavam as duas linhas e os impediam de chegar até ele.

— Ali! — Amélia apontou. — Liam!

— Amy! — Liam deu um soco em um dos robôs e olhou para Amélia do outro lado. — Uma ajudinha seria bem-vinda por aqui!

— Estamos indo! — Afirmou Amélia.

— Rápido! Deve ter alguma escada por aí!

— É melhor a gente achar rápido. — Amélia olhou para Owen.

— Sim. — Owen concordou.

Owen e Amélia seguiram até encontrar uma porta que levava a uma escadaria por dentro da estrutura do túnel. Ela levava até o outro lado, onde estava Liam.

— Já tô por aqui com vocês, malditos insetos de lata! Vou arrancar essas perninhas de arame de vocês, uma a uma! — O grito furioso de Liam chegou até Amélia e Owen. — Eu não vou me entregar sem uma luta!

Owen e Amélia subiram pela escadaria e chegaram a uma ponte metálica que levava a escadaria do outro lado. Os dois correram por ela e por alguns segundos, o som do trem pode ser ouvido passando pelo caminho ao qual os dois vieram.

— Ah... Esse som não me parece bom. — Falou Amélia.

— Vamos lá.

Amélia e Owen desceram a escadaria e arrombaram a porta chegando até onde estava Liam. Dava para ver alguns soldados chegando no local.

— Liam! — Chamou Amélia.

— Já cansou? — Owen falou se aproximando de Liam.

— Ainda tenho muita energia pra gastar. — Liam sorriu.

— Confirmado! São os três que pularam do trem! — Gritou um guarda.

— Não deixem que escapem! — Gritou o outro.

Liam saltou e chutou um dos robôs que girou e colidiu contra um dos guardas, explodindo em seguida.

Owen pegou a espada e golpeou um dos guardas fortemente, quebrando a armadura que ele usava enquanto Amélia o chutou no peito fazendo-o ser lançado contra outro guarda. O caminho agora estava livre.

Owen, Liam e Amélia correram pelo interior do túnel chegando até uma plataforma que havia lá. Eles chegaram até uma placa e se olharam, também havia uma escada que subia para a cidade acima a esquerda deles.

— Esse foi o último, certo? — Perguntou Amélia colocando a mão esquerda na cintura.

— Tanto faz, a gente dá conta! Bora confirmar nossa posição e voltar pra missão! Rumo ao reator! — Liam falou olhando a placa, vendo as linhas do trem. — Parece que vai ser plano E.

— Explique. — Owen olhou Liam.

— O plano A era se tudo desse certo sem nenhum contratempo. Partindo da estação, seria um tiro reto até o reator. Não funcionou, mas a gente sabia que ia precisar de alternativas. Planos pra caso a gente tivesse que saltar antes da hora. Começando pelo A... B, C, D e assim por diante.

— Até o que? — Perguntou Owen.

— Até o E. — Interferiu Amélia.

— Que sorte a nossa... — Owen cruzou os braços olhando os dois.

— Hahaha. Pode apostar! — Liam riu.

— Enfim, nosso trem estava entre o Setor 4 e o pilar principal quando a gente pulou. Essa aqui é a linha adjacente, que leva a gente até o Reator 5. — Explicou Amélia.

— É isso aí. Então é só seguir os trilhos. — Confirmou Liam. — Mas por pouco tempo. A gente precisa mudar a rota antes de chegar na estação. Pois pode apostar que o lugar vai estar entulhado de seguranças, todos com alerta máximo.

Amélia saltou da plataforma para o trilho e se virou para os dois — Vamos nessa!

— Meus amigos no Setor 5 marcaram a rota, então não tem erro. — Liam falou indo logo atrás de Amélia. — É um caminho direto até a vitória, pessoal! A gente só tem que... Segui-la!

Os três pararam no meio do trilho e Liam apontou para frente enquanto sorria confiante.

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Na sala de vigilância, Heidegger estava ao telefone enquanto acompanhava o trio pelos túneis através do Monitor.

— Não precisa se preocupar com nada, senhor. Os preparativos para o Gran Finale seguem sem nenhum problema. — Heidegger estava falando com o presidente ao telefone. — Tenho plena certeza de que tudo vai ocorrer como o senhor planejou... Sim, é claro. Não falarei senhor. — Heidegger desligou e colocou o Smartphone sobre a mesa a frente.

Os dois guardas que haviam saído anteriormente retornaram e pararam próximo de Heidegger.

— Senhor. — Falou o da esquerda. — Os resultados de análise apresentam resultados produtivos. No entanto, o número de fatalidades excede de maneira significativa o que estimávamos.

Heidegger suspirou interrompendo. — Affs. Você lembra qual é o seu trabalho? Por acaso é questionar a sabedoria de seus superiores e lamentar seus próprios infortúnios?

— Senhor? — O soldado da esquerda olhou confuso.

— Humpf! Fatalidades? Você acha que eu me importo com o número de fatalidades? — Heidegger deu um fraco soco no braço da poltrona em que estava sentado. — São peões em um jogo muito maior. Se o seu estoque acabar, pegue mais no setor 3 ou em qualquer outro lugar. — Heidegger tocou a própria cabeça com o dedo indicador. — Use a cabeça e me traga soluções em vez de problema, sim?

— Sim, Senhor! — Respondeu o soldado da esquerda e em seguida os dois se retiraram.

— Affs. É tão difícil encontrar bons ajudantes hoje em dia. Por isso que o presidente deveria agradecer a sorte que tem. — Heidegger bateu no peito sorrindo. — O que ele faria sem mim? Hahaha!

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Owen, Amélia e Liam estavam correndo pelo túnel o mais rápido que conseguiam.

— Quando a gente chegar, não esquece: é só agente seguir o nariz do peixe. — Afirmou Liam correndo.

— O quê? — Owen perguntou confuso.

— O nariz do peixe espada. — Falou Amélia.

— É só achar o grafite e ir pro lado que o nariz dele apontar. Mas fica de olho na sinalização dos trilhos também. Se tiverem azul, você tá indo pro lado certo. — Acrescentou Liam.

O trio continuou correndo por cerca de 20 quilômetros até chegar ver uma grande escadaria a esquerda, em uma plataforma. Havia ali o grafite de um peixe espada amarelo e ele apontava para a escada.

Os três subiram as escadas chegando próximos do grafite, onde pararam.

— Guiados pelo nariz. — Liam sorriu apontando para o peixe espada.

— Que bom que seus colegas fizeram esses grafites do Peixe Espada. Sem eles, estaríamos perdidos. — Amélia sorriu.

— Vamos prosseguir. — Owen os olhou.

Owen, Liam e Amélia subiram cinco lances de escada até chegar ao topo. Eles seguiram por um corredor aberto e mais cinco robôs apareceram.

— Vou enfiar vocês na bunda do responsável por isso aqui! — Liam gritou golpeando o primeiro com um potente soco que o lançou na parede.

— Achou que simplesmente deixariam o caminho livre? Nunca! — Owen falou golpeando um dos robôs com sua espada.

— Foco, gente! — Amélia saltou e chutou um dos robôs, que bateu contra outros dois e explodiu.

O grupo seguiu pelo corredor aberto e puderam observar que havia um tecido estranho preso só concreto e as estruturas, parecia tecido de algo vivo.

— O que é isso? — Indagou Amélia.

— Não parece bom... — Respondeu Liam.

— Pessoal... Acho que pode ser um ninho! — Amélia falou se aproximando do tecido estranho.

— Existem muitos tipos de monstros rastejantes vivendo na plataforma, e cada vez mais afetados pelo Mako. — Liam cruzou os braços.

— O Mako fez isso? — Indagou Amélia.

— Não. O Mako, não. A Shinra.

— É por isso que o Caleb nos disse para explodir os reatores. — Owen Interrompeu.

Os três chegaram a outra escadaria e desceram encontrando criaturas rastejantes. Parecia uma serpente com patas de grilo e textura de inseto.

As criaturas começaram a disparar fios na direção dos três, que desviaram em seguida.

Amélia pegou a sua Aquila Shot, uma espécie de pistola misturado com soco inglês. Ela atirou contra a criatura causando uma grande explosão e Owen a acompanhou com sua espada, golpeando a criatura fatalmente logo em seguida.

Owen, Amélia e Liam avançaram até uma outra plataforma de trem e se aproximaram da placa que mostrava as linhas ao qual o trem circulava.

— Tem um velho pátio ferroviário aqui perto. O que a gente quer tá lá dentro em algum lugar. — Afirmou Liam.

— E isso séria...? — Owen o olhou.

— Uma passagem secreta.

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Ainda na sala de segurança, Heidegger estava observando o trio pacientemente até que um dos soldados chegou até ele correndo.

— Preparamos nosso relatório sobre a capacidade de combate dos Power Rangers e...

Heidegger socou a mesa e o soldado se calou antes de terminar a fala.

— Relatório, relatório, relatório! De que me serve um maldito relatório?!

— Não sei... — Falou o soldado.

— Você já esqueceu a guerra com Chamblee? — Heidegger ficou de pé e se virou. — Um inimigo poupado é um inimigo que retribuirá sua "bondade" com sangue. Devemos esmagá-los por completo, sem hesitação e sem misericórdia! — Heidegger falou com autoridade. — A Shinra não pode e não vai aceitar menos que isso. E você?! — Heidegger deu um forte tapa no ombro do soldado.

— Mas... Mas, senhor...

— Caso contrário... Imagino que você e seus homens não queiram mais servir em seus cargos atuais. Procede?

O soldado abaixou a cabeça. — Vamos preparar o protótipo na Seção E e ativá-lo imediatamente. — O soldado se virou para os outros irritado. — Agora mesmo, droga!

Os soldados se retiraram apressados.

— Mais um dia, mais uma vitória! Como eu consigo?! Hahaha! — Heidegger voltou a se sentar na poltrona.

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