Capítulo 6: Movimentação!

- Essas são as imagens que conseguimos recuperar depois de resgatarmos o Wes. Pegamos de uma câmera do lado de fora, tivemos sorte do Wes levar o combate até as ruas... – dizia Grace ligando o telão da sala de reuniões.

Os cinco rangers estavam reunidos em volta de uma mesa de frente para o telão, quando Grace começou a exibir as imagens recuperadas, a equipe ficou surpresa por ver o Ranger Quantum com seu uniforme vermelho lutar contra Wes.

As imagens mostravam Wes já do lado de fora da loja de carros em um combate de espadas intenso contra o sexto ranger e sua aliada, Madame Viper. Wes se movimentava bem, porém a aparição de Erick se tornou um diferencial na batalha, em meio aos ataques Wes tentava entender o que realmente estava acontecendo com seu amigo. Mesmo em desvantagem contra dois inimigos, o ranger vermelho do tempo se mantinha firme enquanto pensava em um plano.

Foi quando de repente as imagens mostravam uma densa energia golpear Wes pelas costas. Wes foi lançado contra um muro, ao mesmo tempo inúmeros disparos foram em sua direção o acertando em cheio. Quando Wes conseguiu forças para se levantar, o mesmo se deparou com aquele olhar maligno em sua direção. Os rangers na sala viram bem a figura daquela mulher com seu cetro em mãos. Após a mulher girar seu cetro o batendo com força no chão, tudo ficou branco e nada mais poderia ser visto.

- Como podem ver é isso que temos, Wes conseguiu fugir graças ao Modo de combate, o encontramos perto do centro. Depois disso não conseguimos mais encontrar o sinal dos inimigos. – dizia Grace desligando o telão.

- Identificaram algo sobre essas duas? – perguntou Wes aos rangers.

Trip pegou um pequeno dispositivo que trouxe consigo. Ao acessar o banco de dados de criminosos da força do tempo usando o pássaro Circuito como intermediador, o ranger verde chegou a uma resposta.

- Nada, os rostos delas não batem com o que temos no banco de dados da Força do Tempo ou da S.P.D.

- S.P.D.? – questionou Grace.

- Longa história... – respondia Katie. – Mas e então? Sabemos que o Erick esta com elas, mas por quê? O que ele ganha com isso? – perguntava Katie.

- Ele deve ter seus motivos. – dizia Lucas.

- Para atacar um amigo? Tem que ser algo muito sério para ele mudar de lado dessa forma. – retrucou Jean.

- Ele já foi assim quando conseguiu o morfador Quantum, não acho que ele cometeria o mesmo erro novamente. Ele deve estar pensando em algo. – disse Wes.

- Claro que sim... Em acabar com você e posteriormente a gente também. – disse Katie deixando o grupo um pouco desconfortável.

- E se ele estiver sendo controlado? Se forem mutantes elas podem muito bem fazer isso. – sugeria Trip.

- Pelo que a gente viu ele estava bem consciente do que estava fazendo. – respondia Lucas.

- Lucas tem razão. Eu lutei com ele, o Erick não parecia estar controlado, sabia o que estava fazendo e é isso que me deixa inquieto. – dizia Wes.

- O problema real... Eu diria que é a mulher com o cetro. Não sabemos o que ela pode ser capaz de fazer usando esse nível de poder. – analisou Jean.

- A única coisa que sabemos é que ela usa energia da Rede de Morfagem para acessar algumas criaturas estranhas de pedra. Se conseguirmos rastrear essa energia de novo, podemos saber onde vão aparecer ou até mesmo onde podem estar se escondendo. – disse Grace.

- Eu posso ajudar, podemos trabalhar em algo usando o que vocês já possuem. – sugeriu Trip.

- Você... Era o cientista do grupo... Pois bem, venha comigo ao laboratório e traga o passarinho com você. – dizia Grace saindo da sala.

- E o que faremos? – perguntou Lucas.

- Por enquanto, apenas aguardar. Não podemos sair procurando as cegas sem um plano. – respondeu Wes enquanto a equipe concordava.

Em seguida os rangers saíram da sala de reuniões se dividindo pelo local. Lucas e Katie disseram que sairiam em patrulha pela cidade como faziam no futuro, ambos pegaram um veiculo dos guardiões e rapidamente deixaram a base adentrando a estrada que levava ao centro da cidade.

Wes e Jean aproveitaram o momento para matarem a saudade, ambos ficaram admirando a vista que tinham da cidade do alto do terraço. Em meio a conversas, beijos e risadas, ambos os rangers sentiam que naquele momento o peso de salvar o mundo podia ficar de lado um pouco, afinal não era sempre que ambos podiam estar juntos dessa forma.

Já no laboratório, Trip e Grace trabalhavam pesado em tentar localizar seus inimigos. Ambos usavam vários equipamentos que dos quais, estavam desmontando e usando de base para fazer outro dispositivo. Circuito ajudava os dois gênios a calcular exatamente como montar a codificação necessária para o funcionamento, tudo isso ao mesmo tempo em que passava o banco de dados dos prisioneiros e procurados pelos policiais do tempo para a base do aparelho.

Em outro lugar longe da cidade, em meio ao bosque e as montanhas ao norte de Silver Hills, Erick Mayers se encontrava pensativo sentado em uma pedra dentro de uma caverna, havia algumas tochas em volta iluminando o local escuro e úmido em que se encontrava, a caverna era grande, possuía várias entradas diferentes. Erick estava com o uniforme tático nas cores preta e vermelha dos guardiões de Prata.

O ranger Quantum encarava friamente algumas pedrinhas em suas mãos, eram exatamente cinco, a mesma quantidade dos rangers do tempo.

Erick então as jogou contra a parede, ao mesmo tempo Madame Viper se aproximava olhando para o homem a sua frente que lhe deu um olhar de desaprovação.

- Irritado? – perguntou aa mulher.

- Não é da sua conta Viper. – retrucou Erick.

- Ora, vejo que está de mau humor. Por acaso... Está com raiva por ontem? Afinal não conseguiu acabar com seu ex-amigo. – dizia Viper debochando do ranger.

- Se eu quisesse, eu teria acabado com Wes. – disse Erick.

- E por que não fez ranger quantum? – questionou Viper.

- Se vossa gloriosa líder não tivesse aparecido, eu provavelmente o teria derrotado. – respondia Erick.

- Sabe, eu tenho um leve problema em ter alguém como você por aqui. – comentou Viper se aproximando.

- Eu que o diga. – retrucou Erick a encarando.

- De novo essa discussão sem sentido... Não da pra dar um pouco de descanso aos meus sensores auditivos? – perguntava uma voz robótica se aproximando.

Erick e Madame Viper observaram aquele androide amarelo com uma capa dourada e partes do corpo com detalhes em preto se aproximar, seu nome era Frax.

Frax era na verdade um cientista respeitado no futuro, era conhecido como Dr. Luis Fericks, foi criador da tecnologia por trás dos Cyclobots e também um dos pioneiros no estudo da mutação por trás dos mutantes que assolavam o mundo, Frax foi também um dos generais das forças do antigo mutante Ransick.

O Dr. havia se tornado um robô graças a um conflito no passado onde para sobreviver, Fericks conseguiu transferir sua consciência para uma máquina se tornando o que é hoje.

Ao seu lado, Rita Repulsa se aproximava usando sua magia para moldar aquela caverna ao seu gosto. Em poucos segundos Rita transformou aquele lugar em uma espécie de sala do trono, onde uma enorme cadeira de pedra com detalhes espinhosos nas bordas se formou. Rita sentou-se observando seus três servos com atenção.

- A primeira isca foi lançada meus caros... Agora os rangers tem um gostinho do que estão enfrentando. – comentou Rita.

- Segundo meus cálculos, não vai demorar muito para que eles possam rastrear a assinatura de energia da vossa malvadeza. – dizia Frax.

- Então eles nos acharão? Foi tudo uma perda de tempo? – perguntou Viper incomodada com o assunto.

- Não exatamente... No uniforme do ranger Quantum em deixei um pequeno Cyclobot implantado, ele é controlado a distância e usa uma tecnologia de camuflagem novíssima que eu criei. Durante o confronto esse Cyclobot na forma de um mosquito se grudou no ranger do tempo vermelho. Ou seja... – respondia Frax.

- Sabemos o que eles farão. – completou Erick acionando um dispositivo em seu morfador, onde uma tela holográfica surgiu com imagens de Trip e Grace montando algo.

- Com esse Cyclobot não só vigiaremos os rangers, como assim que terminarem a máquina, poderei invadir seus sistemas de maneira secreta. Só tenho que tomar cuidado com o passarinho azul do lado deles, porém já tenho algo em mente. – comentou Frax.

- Senhora... Tudo o que deseja, está ao seu alcance. – disse Erick.

Rita sorriu ao ver aquela cena, o pequeno mosquito camuflado havia gravado boa parte da conversa de todos no local, e graças a Erick, Frax possuía um mapa detalhado da base dos guardiões de prata. Cuidadosamente Frax mexeu nos controles do painel de seu braço esquerdo movimentando o mosquito pela base.

Muitos homens e mulheres, soldados, cientistas, máquinas, o grupo de vilões conseguia enxergar tudo a sua volta. Frax dava leves risadas vendo sua criação passar tão despercebida pelos rangers. Após alguns minutos o mosquito havia chegado ao hangar da base, onde os veículos e a nave que trouxe os rangers estavam sendo mantidos em segurança.

Ao olhar para aquele local Rita sorriu ainda mais. Era nítido para seus servos o quanto aquilo a deixava feliz. Em seguida Rita olhou para seu cetro, onde uma espécie de joia verde brilhava intensamente refletindo seu rosto.

- É hora de... Fazermos uma visitinha aos Power Rangers. – comentou Rita enquanto nas entradas daquele lugar no meio da caverna, os bonecos de massa se levantavam ao lado dos Cyclobots de Frax.

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