Capítulo 4: Onde o Mal se Espreita!

Rita Repulsa sorria vendo o seu pequeno teste funcionar tão bem, seus chamados Bonecos de Massa fizeram o trabalho de trazer não só os Guardiões de Prata para a batalha como também seu líder, o ranger Vermelho do Tempo. Após observar a cidade por mais alguns minutos, Rita deu meia volta e começou a adentrar a floresta cercada por sua magia.

Ao mesmo tempo, três figuras surgiram por entre as árvores acompanhando os passos de Rita, não se dava para ver seus rostos ou o que estavam vestindo, estavam ocultados por magia deixando apenas uma silhueta preta surgir em contraste com o brilho verde vindo do cajado.

- Ah minha grandiosíssima senhora, o que este humilde servo deve fazer agora? – questionava uma das vozes num tom robótico.

- Ficar quieto é uma opção. – respondia Rita.

- Podemos seguir para o próximo passo agora minha malvadeza. E acabar com ele de uma vez só destruindo aquele lugar. – dizia outra das vozes, esta de uma mulher.

- E por o plano em risco? Você não sabe o que é estratégia? – retrucou o terceiro, este de um homem num tom um pouco sinistro.

- Bom isso facilitaria as coisas por um lado. – afirmou a voz robótica.

- Se é para trazê-los... – antes que a mulher pudesse terminar o som do cajado de Rita batendo no solo fez todos ficarem quietos.

Rita então fechou seus olhos por alguns instantes e os abriu olhando diretamente para os seus três servos, todos se ajoelharam imediatamente ao ver aquele intenso brilho verde no olhar da feiticeira.

- Meus caros, por favor... Eu já errei uma vez em apressar as coisas, se fizermos tudo com pressa nós sairemos derrotados daqui... Todos vocês tem razão em seus pontos de vista, mas não estão considerando as falhas caso de errado. – comentou Rita.

- E o que sugere grande rainha do mal? – perguntou a mulher.

- Para que tudo funcione... Primeiro devemos dar comida aos ratos, depois que os ratos morderem a isca, e comerem, assim como uma ratoeira... Nós os destruímos. E conquistamos nosso primeiro objetivo... Agora meus servos... Se preparem, pois é hora de caçar os ratos, pois a isca já foi lançada... – dizia Rita rindo enquanto voltava a caminhar.

Seus servos fizeram uma última reverencia e logo depois desapareceram sem deixar rastros. Rita sorriu e como num passe de mágica, desapareceu da floresta deixando apenas fragmentos de energia no ar.

Algumas horas depois na base dos Guardiões de prata, Wes assistia com atenção a reportagem sobre o início do ataque de mais cedo. Os jornalistas mostravam a destruição daquela região pôs batalha e também os feridos e algumas vítimas. Wes estava preocupado, não só pelos monstros estranhos que atacaram ou pelas vítimas que foram mínimas, mas pelo possível autor do ataque ter escapado com ajuda de alguém.

Após desligar a TV o ranger vermelho foi chamado até o laboratório da base. A fim de entender o que eram os monstros de pedra, os agentes coletaram algumas amostras das criaturas derrotadas para estudo. No caminho um dos homens explicou a Wes que encontraram algo estranho nas pedras que coletaram.

O laboratório era enorme, possuía vários computadores e máquinas de diversos tipos, alguns cientistas, homens e mulheres trabalhavam duro naquele lugar fazendo inúmeras pesquisas e criando armamentos não só para os Guardiões de prata como também para Wes. O grupo era liderado pela renomada Cientista e Ex-Astronauta Doutora Grace Sterling.

Grace era uma mulher séria e focada em seus objetivos, depois de deixar a NASA trabalhou dentro da empresa de tecnologia chamada Promethea. Foi seu trabalho ao lado de uma equipe de Power Rangers no passado que fez com que fosse recrutada por Wes, o ajudando dentro da base dos Guardiões de Prata.

- Capitão Wes, é bom vê-lo de novo. – comentou Grace o cumprimentando.

- Igualmente... O que acharam dessa vez? – questionou o ranger.

- Bom... É a coisa mais estranha que já vi. A princípio nós estudamos toda genética por trás dessas coisas tentando entender o que são, usamos os satélites e scanners mais avançados para tentar descobrir algo. A princípio não são mutantes, ou ogros, também não são aliens. – respondia Grace mostrando os arquivos para Wes.

- E da onde essas coisas vieram? – perguntou o ranger.

- Eu diria que eles são uma espécie nova de criatura, ao averiguar o DNA e toda a estrutura molecular presente nas pedras nos conseguimos deduzir duas coisas. A primeira, além de toda sua estrutura ser feita inteiramente de pedra e energia, eles foram criados a partir de uma reação "química" com o solo, é como se tivessem sido transmutados de alguma forma. Como um alquimista em histórias de fantasia por exemplo. – dizia a doutora pegando um tablet com imagens da região atacada. – Veja isso Wes... A forma como eles surgiram. – dizia a doutora.

Wes observava bem os monstros surgindo do solo no meio da avenida, como se o chão se erguesse e se moldasse na forma das criaturas, que logo começaram a atacar as pessoas em volta. O ranger deduziu que a pessoa que fugiu mais cedo do prédio em construção, provavelmente deveria ser o tal "Alquimista" que os invocou.

- Certo... E a segunda coisa? – questionou Wes.

- A segunda coisa é que a energia que criou essas coisas, emiti uma radiação muito similar a da Rede de Morfagem. Eu diria que é até, mágica. Nunca vi algo parecido. Os níveis encontrados nas pedras são o suficiente para fazê-las se moverem e atacarem com uma força acima da média, se minha teoria estiver certa, se os níveis de energia fossem um pouco mais altos eles poderiam até mesmo crescer e ficarem mais fortes... – explicava Grace.

- Sabemos que apenas os rangers podem acessá-la... Não seria possível um vilão usar uma energia dessas. – dizia Wes.

- Não exatamente, acho que você não anda vendo muito Star Wars não é? – questionava Grace rindo timidamente.

– Assim como os Jedis moldavam e utilizavam a força para o lado da luz, havia os Siths que também a utilizavam, porém para o lado sombrio. No nosso mundo isso não é muito diferente... São poucos, mas a registros de vilões conseguindo moldar e manipular parte da energia da Rede de Morfagem, o suficiente para fazer suas maldades e tentar dominar o universo, a terra ou coisa parecida. Acredito que nós podemos estar enfrentando alguém capaz de fazer isso. – retrucou Grace deixando Wes surpreso.

- Só faltava essa... Consegue achar alguma coisa? – questionou Wes.

- Quem você acha que eu sou Wes? Eu não perdi tempo e já comecei a traçar uma rota, em poucos minutos terei a localização exata do nosso possível inimigo. Acho bom se preparar ranger. Eu te mantenho informado. – dizia Grace enquanto Wes assentia saindo da sala.

O ranger foi até o hangar onde subiu a bordo do Vector Ciclo saindo da base dos guardiões. Wes cruzava a cidade com velocidade até que recebeu o sinal de Grace com a possível localização do alvo. Wes rapidamente alterou seu curso indo para região norte da cidade.

O ranger chegou a uma área cercada por algumas fábricas tendo a indústria automobilística como foco. Havia muitas montadoras mais ao norte, e muitas lojas anunciando veículos seminovos e usados à venda. O localizador enviado por Grace estava apontando para a grande loja no lado esquerdo após a grande avenida.

Após deixar o Vector Ciclo, Wes acionou o Chrono Morfador se tornando o ranger vermelho.

O local já estava vazio, apenas alguns funcionários ainda vagavam por ali e as ruas já não estavam tão movimentadas como antes, claro que Grace emitiu um alerta de perigo nas proximidades evitando que civis andassem por ali naquele instante.

Ao chegar à loja Wes indicou para todos evacuarem para o mais longe possível. Após garantir que não haveria ninguém por perto, o ranger acionou a Chrono Pistola e começou a andar pelo local a procura de seu inimigo.

- Está quieto até demais. – comentou Wes.

- Pode ser uma armadilha, vou mandar reforços. – dizia Grace pelo comunicador.

- Não precisa, ao menos não por enquanto. Se for mesmo alguém com tais habilidades podemos por a equipe em um risco maior. – dizia Wes.

- Você sabe que eu não vou obedecer não é? – questionou Grace.

- Eu já imaginava isso, você me lembra a...

De repente Wes é acertado de surpresa por um chute de energia. O ranger caiu próximo a uma Ferrari e ao se levantar, viu seu inimigo pronto para outro ataque. Era uma mulher alienígena, cabelos verdes, olhos brancos, e usava uma armadura de batalha roxa com detalhes em branco. Quando a mulher invocou um sabre, Wes começou a disparar.

A alienígena desviava dos tiros com facilidade, era ágil e estava atenta aos movimentos de Wes. O ranger saltava por entre os carros enquanto atirava, os tiros ricocheteados atingiam as paredes, os vidros e alguns carros causando pequenas explosões no local. Quando a mulher enfim conseguiu se aproximar, Wes invocou o Chrono Sabre vermelho iniciando uma luta corpo a corpo.

Ambos trocavam golpes com intensidade, suas espadas se chocavam com força gerando faíscas que desapareciam no ar. Wes tentava acertar golpes cruzados, mas sua oponente se demostrava uma ótima espadachim. Evitou um, dois, três cortes, quando Wes tentou o quarto a guerreira desviou girando seu corpo no ar e contra-atacando com um chute. Wes foi jogado para longe, porém logo se levantou.

Após uma troca rápida de golpes o ranger atingiu a guerreira de raspão no ombro o que a obrigou a se afastar. Ambos se encaravam esperando para ver qual seria o próximo movimento, quando a guerreira se posicionou, Wes foi ao ataque. Seus golpes estavam mais rápidos e aos poucos começava a pressionar a alienígena.

Quando a vantagem parecia certa a alienígena conseguiu bloquear um corte na horizontal, e com sua mão livre disparou lasers em Wes que foi jogado para trás.

- Desista ranger. Nada será tão prazeroso quanto acabar com você. Eu sou Madame Viper, governante dos exércitos de Vesper-5. – dizia Madame Viper apontando a espada para Wes.

- Que ótimo... Está cheia de truques, uma armadura com arma nas mãos, gostei do estilo... Mas não vou permitir que você invoque mais daquelas coisas na cidade. – retrucou Wes.

- Que gracinha... Pena que está lidando com a pessoa errada! – gritou Viper disparando continuamente em Wes.

O ranger saltava desviando dos tiros que detonavam aquele lugar. Wes sabia que teria que se aproximar, porém os tiros incessantes eram um problema. Foi então que teve uma ideia que poderia funcionar, mas ao tentar pô-la em pratica o ranger foi alvejado por tiros vindo de outro lugar.

Ao conseguir desviar, um segundo inimigo apareceu em seu encalço, um inimigo que deixou Wes sem palavras. Aquele ser atacou o ranger vermelho com sua espada sem hesitar, seus movimentos eram rápidos, Wes ficou na defensiva até que foi jogado ao chão.

O ranger se levantou voltando ao combate atacando agora com dois Chrono Sabres, a luta parecia ficar equilibrada, porém Madame Viper disparou dando cobertura para seu colega, o que dificultou ainda mais a batalha para o ranger do tempo. Com Viper atacando de longe e seu novo inimigo o pressionando, Wes saberia que seria complicado sair daquela situação.

Enquanto o ranger vermelho travava sua batalha de dois contra um, na base dos Guardiões, Grace tentava usar câmeras do local para ver o que estava acontecendo, os sons de tiros e espadas ecoavam de uma maneira insuportável no comunicador. Grace tentava falar com Wes, mas naquela situação era quase impossível, e para piorar a comunicação caiu. A doutora tentou restabelecer contato, ao mesmo tempo em que mandava um esquadrão para o local.

Após vários minutos de tentativas, Grace havia conseguido restabelecer a comunicação com Wes, mas a interferência ainda atrapalhava o contato com o ranger que pelo tom de voz, parecia surpreso com algo.

- Wes! Wes! Aqui é a base está na escuta! Wes? – questionava Grace, porém a comunicação ainda possuía muita interferência.

- V-você... P-Por... – dizia a voz do Wes do outro lado.

- Wes! Responda! Wes! – insistia Grace.

- N-não... Deixar... Por...

De repente mais disparos foram ouvidos e então uma explosão aconteceu. Grace que ouvia tudo de longe não pôde fazer nada, as falas de Wes e a comunicação prejudicada a deixaram confusa e sem muito que fazer.

- WES! – gritava Grace.

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