Capítulo 15: Objetivo!

Futuro. 2 Dias depois.

A base da Força do Tempo possuía muitos focos de incêndio do lado de fora. Muitas estruturas e prédios haviam sido danificados, assim como parte da plataforma do tempo que se conectava ao portal. O Transwarp Megazord estava ativado e funcionando em modo automático, porém agora sua função era ser uma espécie de sentinela, tentando achar possíveis "rebeldes" escondidos nas redondezas.

Dentro da base a situação não era muito diferente. Muitas alas foram danificadas e corpos de soldados se espalhavam pelo chão em meio aos robôs e monstros de pedra destruídos. O Plano de Rita havia funcionado perfeitamente, invadir a base e tomar o controle dela para si usando os mutantes como sua arma secreta.

Após o confronto a feiticeira deu uma "palestra" para os mutantes que ainda estavam perambulando pelo local os manipulando com sua lábia, onde alguns começaram a apoiar Rita. Muitos que não escaparam mais cedo passaram a agir como se fossem os policiais do tempo, cercando a base, patrulhando as ruas da cidade, criando mais confusão e perturbando a ordem natural das coisas. Já os policiais humanos sobreviventes e que não conseguiram fugir das forças de Rita Repulsa, acabaram sendo pegos e presos nas prisões cilindros.

Para os Mutantes, aquilo era a forma de vingança que desejavam, pois ver seus "predadores" enjaulados dentro daqueles pequenos frascos, desesperados por ajuda, era um alivio para seus olhos. Rita e seus generais estavam agora na enorme sala de comando, onde conseguiam monitorar tudo perfeitamente, estabelecendo assim uma nova ordem dentro da Força do Tempo.

- Como... Pôde? – questionava Maximus olhando para Erick.

O ranger Quantum não respondeu. Apenas ficou em silêncio vendo o comandante interino todo machucado e ajoelhado à frente de Rita que apoiava seu pé direito nos ombros do homem.

- Como se sente Eltariano? Vendo sua criação cair diante de seus olhos? – perguntou Rita com um sorriso maléfico.

- Você não fugirá dessa vez bruxa! – respondia Maximus sendo chutado no rosto por Rita.

- Seus preciosos Rangers caíram... Não há mais nada em meu caminho. Tudo o que eu quero está na palma de minhas mãos. – comentou Rita.

- Erick... Liberte-se... Eu sei que você está ai! – dizia Maximus recebendo outro golpe de Rita. – Vamos Acorde! Seus amigos... Precisam de você... Você é um Power Ranger! – concluiu Maximus recebendo mais um golpe.

- Ele não te ouvirá... Sua voz não pode alcança-lo. – retrucou Rita.

- Vossa malvadeza, eu tenho a última localização dos Jatos do Tempo. Parece que eles foram destruídos como planejado, acho que os rangers viraram faíscas no ar, heehehe. – comentou Frax com sua risada robótica, deixando Maximus sem reação com tal comentário.

- Ótimo... Para garantir que nosso plano deu certo, envie alguém para o local, peça para que me traga a cabeça de cada um deles. – Ordenava Rita.

- Como queira vossa grandiosíssima malvadeza em pessoa. Vamos Viper você terá a honra de escolher. – disse Frax saindo da sala acompanhada por Viper.

- Por que... Não me mata de uma vez bruxa? – perguntou Maximus.

- Mata-lo? Não, não, não... Você Eltariano... Você será meu convidado de honra... Quero que veja com seus próprios olhos aquilo que estou prestes a criar... – respondia Rita erguendo Maximus pelo pescoço.

Logo depois Rita o aproximou de seu rosto, o encarando olho no olho. Maximus sentia uma vasta energia naqueles belos olhos verdes a sua frente, uma energia pura, poderosa, maligna, assim como também podia ver refletido nos olhos de Rita, seu real objetivo.

- Não... Pode ser... – comentou Maximus sendo jogado no chão novamente.

- Em breve... Eu serei invencível. – dizia Rita rindo sem parar.

Passado. Outro universo. Ano 2018.

Grace despertava lentamente dentro daquela enfermaria improvisada. Seu corpo estava com alguns curativos nos braços e na região dos seios, seus músculos doíam ao se mexer, mas comparada a antes Grace se sentia bem melhor. Não reconhecendo que lugar era aquele, Grace vestiu sua camisa regata de cor preta que estava ao lado da cama e caminhou para fora se deparando com aquele vasto corredor de design alienígena.

- Mas... Que merda é essa? Que lugar é esse? – se perguntou Grace olhando de um lado ao outro.

- Grace! – A voz de Katie ecoou pelo lugar.

A ranger amarela do tempo se aproximou da doutora carregando uma enorme caixa em seus braços.

- Que bom que acordou você deixou a gente preocupada. – comentou Katie com um sorriso de alivio.

- Katie? O que está acontecendo? – perguntou Grace.

- É uma longa história, mas você está segura aqui, não se preocupe. – respondia Katie.

- E onde estão os outros? O que aconteceu depois da explosão? – questionou a doutora.

- Eu te conto no caminho... Vem comigo, estão todos reunidos... – respondia Katie indicando o caminho.

Durante o percurso Grace entendeu um pouco da situação da equipe, além de ficar sabendo sobre a história de Rita Repulsa. Ambas chegaram a uma enorme caverna, onde os jatos do tempo, ou melhor, destroços deles estavam reunidos, um pouco mais afastado estavam os enormes Dino Zords apenas observando a situação.

Trip e Billy cuidavam da programação de reconstrução dos zords, cercados por computadores holográficos a frente das grandes máquinas. Enquanto Lucas estava fora em patrulha pela cidade junto com Trini, Jean, Wes, Kimberly e Jason discutiam algumas táticas de combate contra Rita.

Katie e Zack estavam carregando os equipamentos menores para dentro da caverna, enquanto o pequeno robô Alpha junto com Circuito usava um painel holográfico para conseguirem reconstruir os zords do tempo peça por peça, juntando a parte física com a logica. Grace achou tudo àquilo bem estranho, afinal a última lembrança que tinha era dos dez rangers tentando matar uns aos outros antes de tudo explodir.

Após conversar um pouco com Jen e Wes, e conhecer um pouco mais do outra equipe, Grace resolveu ajudar na reconstrução da base de dados dos Zords.

- Olha... Trip, não é? Eu sei que não é o momento certo, mas é... Como funciona essa coisa de multiverso. Quer dizer... Eu estudei bastante coisa, e sei muita coisa também, mas vocês vivem isso na pratica e parece ser algo diferente de tudo o que já vimos em livros ou filmes, então eu estou bem curioso, para saber mais... Se puder me contar... – questionava Billy digitando códigos em um painel.

- Sem problemas... Vejo que você é um cara bem legal... Bom o Multiverso... – começou Trip sendo interrompido em seguida.

-... O multiverso é como uma enorme teia de aranha. Onde cada fio de teia é uma realidade dentre várias. Todas elas se conectam entre si através da Rede de Morfagem, mas são separadas por uma barreira criada pela força da mesma, isso evita que elas se choquem causando um colapso multiversal. – explicou Grace para surpresa de Trip. – Deixe que eu cuido dessa parte Billy, pode descanar agora. – concluiu Grace enquanto Billy se afastou sentando em uma pedra ali perto para descansar.

- Está tudo bem Grace? – perguntou Trip notando os curativos em Grace.

- Sim, preciso fazer algo por aqui ou vou ficar louca. Desculpe preocupar todos vocês. – respondia Grace com um leve sorriso.

- Mas cara que maneiro todo esse lance de viajem no tempo e entre universos... – disse o jovem Billy maravilhado com os códigos que Grace digitava. - E o Jato do Tempo parece ter a tecnologia para viajar por entre esses fios não é? A programação dele é bem avançada comparada a nossa. Se o Trip não me desse uma leve introdução eu fiaria perdidinho... – comentou Billy.

- Você é experto, pegou o jeito bem rápido, graças a você Billy adiantamos boa parte dos códigos de navegação... Mas respondendo você... Os Jatos do Tempo foram feitos para suportar o Vortex de energia da Rede de Morfagem, uma espécie de guia automático para nós, com isso nós podemos navegar por ela parando em qualquer lugar do tempo e espaço, pulando entre eras e universos, sem eles a viagem seria quase impossível e poderíamos nos perder e parar em outro lugar. É como se fossemos uma aranha andando pela teia... – comentou Trip deixando Billy empolgado.

- Bom... Só espero que a Rita não apronte mais nada nessa teia. – comentou Zack.

- Isso é pedir o impossível... – retrucou Kimberly tomando água e se aproximando junto com os outros três rangers.

- Dá última vez ela me matou e quase pegou o Cristal Zeo... Se não fosse o Zordon me salvar, não sei se a equipe conseguiria derrota-la. – comentou Billy.

- Não se preocupe Billy... Vamos acabar com ela, todos juntos. – disse Jason.

- Eu gostaria de encontrar o Zordon deste universo depois. Tem algo que quero checar com ele. – comentou Grace.

- E o que seria? – perguntou Kimberly.

- Desculpa, não posso contar agora... É algo pessoal e muito importante para mim. – respondia Grace olhando levemente para o aparelho em seu pulso esquerdo, deixando os rangers curiosos com aquela reação.

Foi então que um rugido ecoou pela caverna, quando notaram os rangers e Grace viram o enorme zord Tiranossauro trazer em seus dentes a última parte dos jatos que fora recolhida após a explosão.

Enquanto isso na cidade de Alameda dos Anjos, Lucas e Trini usavam um jipe para se moverem pelo local. Fazia quase duas horas desde que saíram em patrulha e até o momento, a dupla não havia visto nada fora do normal.

Os moradores apenas passeavam pelos parques levando seus filhos para brincar ou tomar sorvete, outros caminhavam pelas calçadas enquanto alguns carros iam de um lado ao outro, as inúmeras lojas estavam abertas estampando suas mercadorias em promoção, enquanto equipes de TV local comentavam sobre a explosão de dois dias atrás.

Aquele era mais um dia tranquilo em Alameda dos Anjos, sem destruição, sem mutantes, sem nada explodindo e criando confusão, toda essa sensação de calma deixava os rangers inquietos, afinal era difícil prever quando a paz seria arruinada novamente. Trini levou Lucas até um lugar ao norte que ficava perto das docas. Aquele havia sido o lugar onde os rangers daquele universo enfrentaram Rita pela primeira vez.

Trini conseguia lembrar claramente daquele dia, o dia em que Rita invadiu seu quarto e a atacou em meio à noite alegando que já havia matado rangers antes, em especial uma amarela, e que os Dino rangers seriam os próximos.

Logo depois Trini reuniu os outros e ao relatar o ocorrido, a equipe resolveu combater Rita antes que as coisas piorassem, e quase foram destruídos pela força maligna da feiticeira, aquele foi o dia em que Billy quase morreu ao enfrenta-la se não fosse pelo apoio de Zordon.

- Está tudo bem? – perguntou Lucas vendo o rosto cabisbaixo de Trini.

- Sim, desculpe... É só que esse lugar não me traz boas memorias... Aconteceu tanta coisa desde que me tornei uma ranger. Rita, Goldar, nunca me imaginei enfrentando aliens por ai... É difícil acreditar em algo assim até você presenciar aquilo. – respondia Trini observando o mar a sua frente

- Eu sei... Quando me tornei o ranger azul do tempo eu senti a mesma coisa, não sabia se estava pronto para a missão, mas aceitei mesmo assim. E devo confessar, é muito legal ser um ranger. – comentou Lucas arrancando uma leve risada de Trini.

- Desde que descobri a moeda do poder amarela e me tornei uma ranger, sinto que passei a ser uma pessoa melhor, quer dizer, tenho minhas falhas e minhas manias, mas acho que passei a me aceitar ainda mais, aceitar quem eu sou de verdade, e assim poder fazer o bem as pessoas. – afirmava Trini.

- É como dizem por ai... Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. – comentou Lucas fazendo Trini sorrir um pouco.

- O que vai fazer quando a Rita for derrotada? – questionou Trini.

- Bom, voltar para casa, abraçar minha noiva... E voltar ao trabalho, a Rita não é a única no universo querendo dominar o mundo. E você? – respondia Lucas devolvendo a pergunta.

- Acho que poderei dormir bem mais tranquila... E quem sabe... – de repente o morfador de Lucas apitou interrompendo Trini.

Ao aciona-lo, uma imagem holográfica de Circuito surgiu.

- Rangers. Setor Delta-195. Detectei um pico de DNA mutante. A equipe já está a caminho– alertou o pássaro.

- Estamos indo Circuito. – disse Lucas olhando para trini.

Após a garota assentir, ambos foram até o Jipe se afastando das docas, indo em direção ao seu próximo desafio.

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