𝐅ive

Jimin's Vision

— Não sei se eu vou conseguir. — falei, eu estava me sentindo mal ao ver aquela casa, foi lá que eu cresci. Vi o carro de meu pai na garagem e deduzi que por algum milagre ele estava em casa.

— Jimin, a decisão é sua, somente sua. — Jungkook disse simples, eu vi que ele estava tipo: "bem feito, deveria ter me ouvido" e isso me deu mais vontade de ir lá. Tomei coragem e saí do carro, depois de acender seu cigarro, Jeon desceu também.

— Joga isso fora. — mandei. — Não piore as coisas para o seu lado. — ele revirou os olhos e fez o que eu ordenei. Toquei a campainha meio receoso, enquanto eu estava nervoso pra porra, Jungkook estava com a maior cara de tédio, eu tinha o melhor marido do mundo.

A porta marrom enorme se abriu e quando a pessoa apareceu, eu não acreditava no que eu estava vendo. Jeon olhou rapidamente e deu um sorriso debochado do tipo: "isso vai ser mais divertido do que eu pensava". Agarrei seu braço fortemente para não cair ali desmaiado, não podia ser, aquilo era um pesadelo, só podia.

— Você... — a pessoa murmurou enquanto vinha até o portão, eu ainda não tinha nenhuma reação.

— Amor, você está quase branco. — Jungkook disse.

Sunhee... — foi o que eu consegui dizer, aquela vagabunda havia voltado, meu pai havia aceitado ela de volta.

Hm... O pirralho está mais crescido, bonito e casado com um homem top de linha, parabéns. — ela tinha um deboche intenso em sua voz. — Pensei que nunca mais iria aparecer, que feio, deixou seu pai sozinho e sem razões para viver, se não fosse por mim, acho que ele não aguentaria a dor de ter perdido o filhinho. — ela disse e eu comecei a chorar incrédulo.

Jeon me abraçou por trás, tentando me passar algum conforto. — Eu fui seu patrão um dia, lembra? — ele começou a dizer enquanto eu me apoiava em seu peitoral. — Você sabe muito bem qual é meu tipo de vida, então acho melhor você vê como fala com o meu garoto. — à repreendeu.

— Você não mataria uma mulher grávida, não é mesmo? — Sunhee disse e eu senti uma fincada em meu coração.

— O QUE? — gritei.

— Isso mesmo que você ouviu.

— Sunhee... — ouvi a voz de meu pai. — Quem está... — ele parou assim que passou pela enorme porta e veio parar no portão, ele não acreditava no que estava vendo. Ficamos nos olhando por algum tempo, percebi que ele estava meio envelhecido. — J-Jimin... — sua voz saiu fraca, as lágrimas se formaram em seus olhos. Ele fez questão de abrir aquele portão o mais rápido possível, em seguida ele estava me abraçando com toda a força do mundo, eu me sentia até meio sufocado, mas mesmo assim, aquele abraço era maravilhoso. Eu chorava descontroladamente, uma tristeza com mistura de saudade e culpa me dominavam, fazendo-me chorar mais ainda. — Meu Deus... — ele disse me olhando. — Olhe para você... Está quase um homem e eu não tive notícias suas em nenhum desses aniversários. — disse tristemente e eu acariciei seu rosto.

— Desculpa... — foi o que eu consegui dizer. — Desculpa por tudo.

— Vamos entrar... Vem... — disse me puxando pela mão.

— Eu vou junto. — Jungkook se pronunciou e meu pai o notou.

— Roubá-lo de mim já não foi o suficiente? — meu pai disse a ele.

— Tudo consequência dos seus atos, se você tivesse acreditado que eu poderia ter feito ele feliz, nada disso teria acontecido. Você não ficaria sem ter notícias do deu filho por dois anos. — Jeon disse firme e meu pai não discutiu, apenas continuou me puxando, segurei com a outra mão a mão de Jungkook e o puxei também, Sunhee vinha atrás com a maior cara fechada.

Entramos e as coisas não haviam mudado muito, exceto alguns móveis que haviam trocado de lugar, mas nada demais. Eu olhei bem para Sunhee e foi aí que eu vi o pequeno volume em sua barriga, essa tal gravidez era coisa de início, eu só esperava que o filho fosse mesmo de meu pai. Eu não queria que ele fosse magoado novamente.

Sentei-me no sofá e Jungkook sentou-se ao meu lado, meu pai e Sunhee sentaram-se no sofá do lado.

— Você voltou para ficar? — meu pai perguntou esperançoso e uma dor surgiu em meu peito.

— Pai, tem minha faculdade, lembra?

— Você está na faculdade? Onde você está morando? Me diga. — ele perguntou.

— Montreal... E eu estou cursando a Universidade que sempre quis cursar, lembra?

— Lembro. — ele disse cabisbaixo. — Estou vendo que você realmente está bem. E eu... eu quase destruí seus sonhos. Desculpa, meu filho. — levantei-me daquele sofá e fui até meu pai o abraçando fortemente. Sunhee e Jungkook não demonstravam nenhuma reação.

— Eu também te devo desculpas. — falei. — Enfim, eu só quero que você saiba que eu realmente estou bem, faltam só mais dois anos para eu me formar. — abri um sorriso. — E Jeon vem sendo ótimo para mim. — resolvi dar uma enchida na moral de Jungkook, pois a moral dele com o meu pai era péssima. — Ele se tornou um homem direito, não está mais naquela vida que o senhor sabe. — menti e vi Jeon revirar os olhos, quase eu que bati nele, ele não poderia estragar tudo.

— Tanta coisa mudou assim? Em apenas dois anos? — meu pai perguntou desconfiado olhando para ele, mas claro que não ia ter como convencer ele disso, Jungkook estava sentado com uma postura horrível, sua jaqueta de couro lhe dava aquele ar de badboy e sua cueca estava à mostra.

— É, eu sei que não parece. — lancei um olhar horrível para Jungkook, mas ele nem deu bola.

— Você está feliz? Você é feliz? É só isso que eu quero saber. — meu pai perguntou e Jeon olhou rapidamente, também queria saber a resposta.

— Sim, eu sou muito feliz. A única coisa que estava me incomodando nesses últimos anos foi esse peso na nossa relação, mas agora eu estou mais tranquilo. — respondi.

— Então certo, eu só quero que você seja feliz. E não apareça aqui só daqui à dois anos. — ele disse e eu ri.

— Eu vou começar a vir mais vezes. Confesso que eu estava com medo, você sabe...

— Eu fiz você ter medo de mim, eu fui um monstro.

— Sim, você foi, mas eu te perdoo, assim como você me perdoou também. — sorri para ele. — Eu só não sei porque... — comecei a falar e olhei para Sunhee, meu pai entendeu onde eu quis chegar, ele levantou-se e me puxou para um canto, onde estivéssemos à sós.

— Você deve estar pensando que eu sou idiota, mas não, Sunhee apareceu aqui implorando por desculpas, disse que iria mudar e eu me sentia sozinho, então resolvi voltar com ela. — ele disse. — Apesar de Hyojin ter bagunçado meus sentimentos, eu ainda penso muito nela, mas ela não merecia um homem como eu, que julgava seu filho. E eu ainda não gosto dele. — deixou claro seu pensamento.

— Pai... Ele é o cara que eu amo e nesse tempo ele só me proporcionou felicidade.

— Como está Taehyung? — meu pai perguntou. — Deve está um menino grande. Espero que não siga o mesmo rumo que o pai.

— Taehy cresceu muito nesse meio tempo, se tornou um menino esperto. — falei, lembrando da minha criança. — E pode deixar que não deixarei com que ele entre nessa vida.

— Vocês pretedem adotar mais crianças?

— Não cheguei a conversar sobre isso com Jeon, ainda. Não sei o que ele acharia disso, mas por mim eu encheria a casa de crianças.

— Mas não pense nisso agora, filho. — sorriu. — Sem filhos antes de se formar, promete?

— Prometo. — retribui o sorriso. — Mas depois eu vou querer te dar pelo menos uns três netinhos. — brinquei.

— Você já sabe da novidade? — ele perguntou meio receoso.

— Que vou ter um irmão ou uma irmã?

— Sim, então Sunhee te contou. Espero que...

— Não, não tem problema. — falei. — Mas vou ter pena dessa criança, olha a mãe que ela tem...

— Mas você pode levar em consideração o pai. — ele disse e riu.

— Eu senti sua falta. — falei e lhe dei um beijo na bochecha. — Prometo que você não irá perder seu filho novamente.

— E eu prometo que não vou mais interferir nas suas escolhas. — ele disse e eu o abracei. — E como ela está? — Vi que ele estava se referindo à Hyojin.

— Está bem. — tentei ser o mais curto possível.

— Bom saber. Diga que eu pedi perdão.

— Eu direi.

Eu e Jungkook ficamos mais algum tempo ali, vi que ele queria ir embora de uma vez, enquanto eu me controlava para não dizer umas verdades para Sunhee. Confesso que até gostei da ideia de ter um irmãozinho, sempre fui filho único.

Passou umas duas horas e eu tive que ir embora, porque a cara de Jungkook já não era das melhores, então foi isso que nós fizemos. Falei ao meu pai que talvez daqui a umas três semanas eu o visitaria novamente e ele abriu um sorriso de orelha a orelha.

Era bom ter meu pai de volta.

[...]

e não é que a pipa do vovô subiu?!
ou será que esse filho é de outra pessoa...

comentem (💬) e deixem a estrelinha (⭐)

até o próximo capítulo !! 👋🏻❤️

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