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— Draco! — Pansy exclamou, vindo com Hermione correndo cheia de papéis em seus braços, com uma feição pensativa.

Malfoy estava na biblioteca, relendo um livro de história da magia, pois eles teriam uma avaliação dessa matéria na semana seguinte e precisavam decorar sobre; o Julgamento das Bruxas de 1692 — julgamentos que acusaram e perseguiram pessoas envolvidas com bruxaria, a revolta de Elfric, o Ambicioso — que foi uma grande revolta liderada pelo mesmo, e a história das varinhas — um assunto que tem mais de 2000 anos e ainda guarda mistérios.

O loiro não gostava dessa matéria, achava realmente inútil, mas não deixaria de estudar pois precisava manter a sua média de notas impecáveis em Hogwarts.

— O que foi? — perguntou fechando o livro irritado, erguendo o olhar para as duas.

— Nós... — Hermione abriu a boca em busca de ar, pois estava correndo muito. — Descobrimos — pegou mais um pouco de ar novamente. — Algo para incriminar o... — seu peito subia e descia e ar saía da sua boca. — Theodore Nott — terminou enfim, pressionando os papéis contra o seu peito, os segurando firmemente.

— Essa mulher é incrível, Draco! — Pansy bradou, apontando para a morena ao seu lado, que sorria timidamente. — Ela conseguiu descobrir algo para fazer com que o Nott seja expulso — explicou alegremente, com orgulho claro em sua expressão.

— Ah, não foi tão difícil assim — Granger começou a explicar-se, mas seria um eufemismo se ela realmente acreditasse nas palavras que saiam de sua boca.

— Deixe de ser orgulhosa — a de cabelos curtos riu. — De vestido e salto alto, ela vai para o baile da praça — Pansy cantarolou, começando uma dancinha estranha.

Hermione desatou a rir, abafando a boca com a mão, cobrindo a risada.

— Charmosa! — colocou as duas mãos ao lado da boca, imitando um megafone. — Cheirosa!

— Nossa! Que mulher gostosa! — balançou a cabeça, empolgada com a música.

— Se 'tá solteira vamo' ficar de casal... — Parkinson sussurrou no ouvido da morena, que logo soltou um grito de supresa.

— Pansy! — bateu levemente no seu braço, rindo de como ela fingiu ter doído.

— Muito legal, adorei o casalzinho novo na área, mas agora, me expliquem o que vocês descobriram — Malfoy pediu, interrompendo o clima das duas, levantando da cadeira.

— Seu estraga prazeres — Pansy bufou irritada, revirando os olhos.

— No último jogo de quadribol, eu estava vendo tudo com um onióculos, que são praticamente binóculos, mas podem ser utilizados para repetir uma ação, ou ver em câmera lenta — Hermione começou a explicar, fazendo gestos com as mãos.

— E como o Maclaggen estava muito estranho, procuramos algo na plateia que denunciasse alguma coisa suspeita sobre ele — Pansy acrescentou.

— Nott estava movimentando os lábios, com a varinha em riste, ele tentou esconde-la nas vestes, mas eu consegui capturar o movimento — Granger explicou, tirando o onióculos de seus bolsos.

— Ele estava olhando fixamente para o Cormac, sem desviar o olhar nem por um segundo sequer — Parkinson pontoou.

— E nós achamos muito estranho, é claro. Por isso trabalhamos nessa "filmagem" o fim de semana inteiro, e finalmente chegamos a uma conclusão — a morena disse, orgulhosa.

Malfoy ouvia atentamente, realmente interessado no que elas estavam falando. Tentava capturar cada palavra que as duas pronunciavam, prestando atenção no assunto, anotando mentalmente todas as coisas que classificava como importantes para usar imediatamente.

— Contem-me tudo — Draco pediu, interrompendo as duas, vendo um sorriso malicioso formar-se nos lábios da sonserina, depois de olhar de lado para a morena.

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— Combinado, então? — Malfoy perguntou, trocando o olhar entre as duas. — Hermione, você busca o Harry, enquanto eu e a Pansy chamamos o Snape, ok?

— Combinado, estou indo para a comunal da Grifinória agora e encontro vocês na sala de poções — recebeu um aceno em confirmação e saiu da biblioteca, deixando os sonserinos sozinhos.

— Vamos? — a menina perguntou, levantando o olhar para o loiro, que parecia ter uma feição distante.

— Sim, vamos — afirmou, voltando a sua atenção a amiga, assentindo consigo mesmo.

Eles deixaram a biblioteca em um piscar de olhos, andando lado a lado em passos pesados, com um caminhar constante e firme.

Rapidamente chegaram as masmorras, indo em direção a sala de poções e encontraram os dois grifinórios andando a passos apressados, sem fôlego.

— A Granger já te explicou tudo? — Malfoy perguntou, aproximando-se de Harry, que rapidamente entrelaçou seus dedos na mão do loiro.

— Sim, vocês realmente são muito inteligentes — Potter olhou para as duas, que sorriram em agradecimento. — Muito obrigado, de verdade. Eu não sei o que faria sem vocês — agradeceu sinceramente, sorrindo genuinamente para as duas.

Draco colocou uma mão da cintura do moreno, ficando ao seu lado e batendo na porta da sala de poções, esperando pelo professor atender.

— Você acha que vai dar certo? — Harry perguntou baixinho, escondendo a insegurança na voz.

— Hazz, ele usou uma das imperdoáveis, precisa dar certo — Malfoy o assegurou, segurando forte em sua mão, transmitindo segurança.

— E se não der, nós resolvemos do nosso jeito — Pansy deu uma piscada para ele, fazendo o moreno rir um pouco, amenizando a tensão do clima.

A porta foi aberta e a figura de Snape apareceu, o professor estava com uma feição enervada — nada diferente do usual —, as roupas bagunçadas e olhava com um olhar irritado para os quatro.

— O que vocês querem em uma tarde de domingo? — a voz arrastada quebrou o silêncio, e ele abriu mais um pouco a porta, para ter uma visão completa de todos ali.

— Podemos entrar? — Draco desconversou, sendo ele quem pediu, pois tinha mais afinidade com o padrinho.

— Hm, ok, mas rápido, eu não tenho o dia inteiro — concordou de má vontade, revirando os olhos .

Os quatro ficaram apoiados contra a parede, sem chegar muito perto do professor, deixando ele a mercê de observar cada um deles, se quisesse. Se entreolharam, sopesando para ver quem começaria explicando e a solução mais coerente foi de Malfoy começar a explicar, pois conhecia o seu padrinho, e Harry continuava, já que ele era o assunto ali.

— No jogo de quadribol, MacLaggen jogou um balaço para cima do Harry, você se lembra? — Draco perguntou, e Severus assentiu em resposta, acenando para o sobrinho continuar a explicar.

— Mas, Granger e Pansy descobriram que Theodore Nott estava usando imperius nele, para que ele conseguisse fazer algo para me afetar, mas sem ser punido por isso — Harry explicou, tomando a palavra, as pronunciando com um ódio palpável na voz.

— E isso o faz quebrar a regra que impomos a ele — Pansy completou, olhando diretamente para Snape, vendo o mesmo fechar a expressão, com um semblante pensativo.

— Sim — concordou, a única palavra saindo da sua boca.

— Só "sim"? — Potter esbravejou, a raiva tomando conta de si.

— Só "sim", senhor — Snape o corrigiu, erguendo o olhar para ele.

— Eu não preciso que você me chame de senhor, professor — respondeu com o sarcasmo nítido na voz, um sorriso maroto surgindo em seus lábios.

— Olhe aqui, mocinho — Severus levantou da cadeira, com um dedo erguido, apontando para o rosto do moreno. — Eu já estou lhe ajudando, chega dessas suas gracinhas, ou pode ter certeza de que eu não farei mais nada por você, está me ouvindo?

Harry revirou os olhos, assentindo levemente, bufando em raiva.

— Não precisamos dessas brigas inúteis, podemos só resolver isso e ir embora? — Hermione interferiu, enviando um olhar de desgosto para o professor, que graças a Merlin não a encarou de volta.

— Eu verei o que posso fazer por vocês, mas não prometo nada — o mestre de poções encarou o sobrinho, com um olhar autoexplicativo. — E lembrando que eu só estou fazendo isso por Draco, porque ele parece realmente gostar desse menino, algo que eu não entendo — sibilou a última frase baixinho, fazendo com que ninguém realmente compreendesse o que foi dito.

— Obrigado pela exposição, padrinho — Malfoy disse com uma falsa expressão de raiva, arrancando uma risada de Pansy.

— Todo mundo já sabia disso, Draco, não há o que esconder — a sonserina disse sinceramente, tentando abafar o riso, para não deixar o amigo constrangido.

Snape revirou mais uma vez os olhos, e girou a sua capa, arrastando como sempre fazia, saindo pela porta da sala de poções, dizendo que iria resolver o assunto com Dumbledor.

— E agora, o que fazemos? — Harry perguntou, a ansiedade palpável na voz, com um olhar realmente curioso.

— Esperamos — o loiro respondeu simplesmente, colocando a mão da cintura do moreno, o puxando para mais perto.

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Duas horas se passaram, e os quatro voltaram à biblioteca, ocupando o tempo enfiando o rosto em livros, para que passasse mais rápido e eles não fossem sucumbidos pela ansiedade da resposta do professor.

— E onde o Ash ficou durante esse tempo todo? — Hermione, que já tinha conhecido o gato, perguntou curiosa, quebrando o silêncio no ambiente.

— Ele está no quarto do Draco, já que os monitores da Sonserina tem esse privilégio de ter um quarto único, pensamos que seria melhor deixá-lo acomodado ali — Harry explicou, encostando a cabeça no ombro do loiro, que sorriu espontaneamente com o ato do moreno.

— E ele é muito calmo, fica dormindo o dia inteiro, quase não mia — Malfoy acrescentou, entrelaçando seus dedos nos do moreno, juntando suas mãos.

— Posso roubar o Rato para mim? — Pansy perguntou, fingindo fazer uma feição implorativa, mas recebeu um negar de cabeça dos dois.

— Não. De jeito nenhum. — Harry repreendeu, as palavras saindo com firmeza em sua boca.

— Ah, mas ele é tão fofinho — suspirou, fingindo chorar. — Vai, por favor, Haroldo — implorou, juntando as suas mãos, rindo abafadamente de como Harry parecia indignado. — Eu estou brincando! — assumiu, levantando as mãos em sinal de rendição.

— Acho bom mesmo — o grifinório sibilou, a encarou, não conseguindo conter o riso pela pequena brincadeira entre eles.

O silêncio voltou a preencher a biblioteca, somente o folhear de páginas sendo ouvido, quando a porta foi aberta com força, assustando a Madame Pince, que relaxou o olhar ao ver quem havia entrado pela porte, Severus Snape.

O professor foi em direção a mesa que os quatro estavam, caminhando sem olhar para os lados, permanecendo o andar para frente, andando em uma linha reta. A sua voz grave e neutra ressoou, sem transmitir emoções:

— Venham comigo até o corredor. — Disse simplesmente, jogando a sua capa no ar, andando novamente para a direção da porta, abrindo a mesma, a deixando aberta para os outros passarem sem ter de abri-la.

Alguns murmuros poderiam ser escutados entre os quatro, que estavam ansiosos pelas respostas do professor.

— Eu conversei com o Dumbledor — seu tom provavelmente capturando a atenção de todos, porque imediatamente se calaram. — E chegamos a uma conclusão viável sobre o caso de Theodore.

Eles o encaravam com ansiedade, praticamente implorando para que continuasse a pronunciar as palavras.

— Ele foi expulso? — Potter perguntou, não conseguindo conter a raiva que estava sentindo do professor, que permanecia em silêncio, não completando a frase.

— Sim, Theodore Nott está oficialmente expulso de Hogwarts — as palavras sérias saíram dos lábios de Snape, que deu meia volta e deixou o corredor, sem paciência para ver o seu sobrinho fazendo as suas boiolagens com Harry.

Aééééé — Pansy colocou os braços flexionados ao lado do corpo, indo e voltando. Colocava o quadril para frente, quando os braços iam para trás, repetindo o movimento enquanto continuava gritando "aééééé".

— O que é isso que você está fazendo?! — Draco inquiriu, assustado com o movimento da amiga.

— Eu sou o Vectorrr — não respondeu a pergunta do loiro, continuando a fazer aquilo com os braços.

— Quem é Vector? — perguntou para Hermione, que estava ao seu lado, rindo do que Pansy estava fazendo.

— É de um filme infantil; Meu Malvado Favorito — explicou. — Esse meme ficou popular no mundo trouxa e como a Pansy adora ficar atualizada dessas novidades, eu a contei, mas ela só sabe fazer isso o dia inteiro! — voltou a rir, vendo a sonserina ensinar como fazia para Harry, que não conseguia parar de rir, repetindo os movimentos.

— Até você, Harry? — Draco perguntou rindo, batendo a mão contra a testa, balançando a cabeça para os lados.

— Sim! Venha, Dray, você também precisa comemorar — o moreno puxou Malfoy pelo braço, o mostrando como fazia, rindo pelo jeito desengonçado como ele estava.

Depois de um tempo, Hermione juntou-se a eles, mas parou rapidamente, pois estava constrangida e preferiu ficar observando somente Harry e Pansy fazerem, pois Draco logo desistiu, dizendo que não aceitaria pagar esse tipo de mico.

As duas logo foram embora, dizendo que tinham alguns assuntou a tratar, e só sobraram os dois naquele corredor vazio.

O loiro aproximou-se do moreno — que ainda tinha um sorriso no rosto por eles terem conseguido expulsar o sonserino e pelo momento divertido que acabara de ter com Parkinson — e colocou a mão em seu queixo, fazendo-o olhar dentro de seus olhos.

— Bom.. agora que nós estamos livres, eu tenho algo para você — Draco disse, um pequeno sorriso maroto formando-se no quanto de seus lábios.

— O que é? — a curiosidade era palpável na voz de Harry, um sorriso surgindo nos lábios automaticamente.

— Me siga — Draco falou, estendendo a mão para o moreno segurá-la, os olhos azuis acinzentados brilhando ao ver o verde esmeralda ganhar vida, pegando na sua mão logo em seguida.

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Voltei!

Eu peguei as informações sobre a história da magia no joguinho de Harry Potter — Hogwarts Mystery. Espero que as informações estejam certas KKKKK. E sim, eu já estou no sexto ano do jogo e sim, eu ainda jogo KKKKKKK.

E graças a Merlin o meu bloqueio com essa fanfic deu adeus, e já que acabaram de todas as minhas provas (eu ouvi um amém?) vou voltar a atualizar toda semana pelas próximas 6 semanas, talvez mais, não sei, mas essas 6 semanas são definitivas. Não sei se terá um dia fixo, mas é isso.

Não se esqueçam de votar <3

Espero que tenham gostado, e até semana que vem!

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