XXVII

Todos estavam se preparando para o jogo de quadribol que ocorreria nesta tarde, Sonserina versos Grifinória. Draco e Harry não estavam se encontrando muito desde então, sempre muito ocupados com as tarefas de casa, que os professores aumentaram razoavelmente, nos últimos dias. Os dois ultimamente, estavam treinando bastante para o jogo que quadribol que estava por vir.

Os dois estavam ansiosos para jogar pela primeira vez como... eles não ainda não sabiam nomear o que tinham entre eles. Sentiam que não precisavam se rotular, eles continuariam com a relação que estavam tendo e veriam como aquilo iria evoluir. Mas estava certo para os dois, que aquilo era bom e eles gostariam de continuar com isso.

— Harry, você não acha melhor avisar aos seus amigos sobre... nós? — Draco perguntou confuso, encontrando o semblante preocupado do outro. — Eu sei que não namoramos nem nada, mas seria melhor se eles soubessem por você. Weasley pode ser tapado, mas qualquer um perceberia que aquila foto era de verdade. É uma questão de tempo para ele descobrir — ele argumentou, gesticulando com a mão movimentos aleatórios.

— Hermione e Ginny já sabem que há algo entre nós, todavia, eu não sei como falar para Ron, tenho certeza que ele irá surtar — o moreno disse, franzindo o rosto em uma feição pensativa.

— Disso eu tenho certeza, mas quanto antes melhor, certo? — O loiro indagou, perguntando-se se aquilo seria aprovação na voz do outro.

— Certo. Eu só preciso pensar melhor em alguma maneira para contar para Ron — Harry disse, terminando de embalar a carta que enviaria para Remus.

— Me contar o quê? — Weasley perguntou, entrando no corujal e encontrando Draco e Harry conversando, em uma distância nada normal.

— Oh — Harry exclamou. — Nada, nada que você deva preocupar-se — a voz do moreno ressoou entre os piados das corujas que ficavam na Torre Oeste.

— Hm, sei — ele disse desconfiado, olhando de esguelha para Malfoy, que fumegou em silêncio.

— Eu só estava enviando uma carta para minha mãe, Weasley — Draco explicou-se, vendo Ron assentir inexpressivo e escondendo o alívio, o loiro selou sua carta, acariciando a sua coruja, cuja estava com uma feição de deleite ao receber o carinho no pescoço.

— Eu também, Ron — Harry falou, usando seu melhor semblante convincente.

— Bom, parece que todos nós viemos enviar uma carta — Malfoy disse, recebendo um aceno em aprovação de Harry. — Mas infelizmente, eu tenho que ir, eu preciso resolver alguns assuntos pendentes antes de detonar vocês no campo — o loiro disse, com sua falsa modéstia e um ar filaucioso.

— Vai sonhando, nós iremos ganhar de vocês no primeiro minuto, não é, Ron? — Harry perguntou ao seu amigo, que assentiu de modo automático, parecendo não estar prestando muita atenção.

— Sim, vocês não estão prontos para a nossa jogada especial — o ruivo acrescentou espontaneamente, subindo os últimos degraus para chegar de fato no corujal.

Draco levantou sua carta e sua coruja a pegou com a boca, saindo da Torre Oeste e indo em direção à sua destinatária, voando livremente, com a brisa batendo contra as suas asas.

O loiro deu um último comprimento aos dois grifinórios, e saiu pelas escadas, deixando o corujal.

— Você não acha que Malfoy está muito diferente? — Ron perguntou, aproximando-se de Harry, que parecia absorto em pensamentos.

— Não notei nenhuma diferença — ele disse inocentemente, com a boca contraída. Por um momento, pensou em dizer que ele não estava mais tão insuportável como antes, mas não queria deixar nenhuma opção de Ron descobrir sobre os dois.

— Hm, deve ser coisa da minha cabeça, então — o ruivo disse, chamando Pichitinho, a sua coruja dada por Sirius, com o nome escolhido por Ginny. A mini coruja colocou a carta entre o bicho com dificuldade, por conta de ser minúscula, e começou a voar desengonçadamente contra o vento, apesar de ser pequena, ela era bem forte.

— Agora vamos embora, pois temos um jogo para ganhar — Harry falou, chamando o seu amigo para irem embora dali, se prepararem para o jogo de quadribol que ocorreria daqui algumas horas.

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— Capitães, deem as mãos — Lino Jordan falou, segurando uma espécie de microfone que ele usava para comentar os jogos de quadribol.

Harry e Draco estavam cara a cara, com um sorriso escondido no canto da boca de ambos. O moreno estendeu a mão primeiro, encontrando o olhar de esguelha do loiro. Seus olhos finalmente se encontraram e Malfoy apertou a mão do outro com força, sorrindo genuinamente para ele. Potter não conseguiu conter o sorriso ao vê-lo sorrindo deste jeito para ele, mas logo lembrou-se de que eles não estavam sozinhos e montou um semblante competitivo, se preparando para jogar.

— Da última vez que os dois jogaram juntos, eles terminaram na mesma vassoura — Jordan lembrou, soltando um resmungo de dor que recebeu por Hermione o repreender.

— Lino! — A morena o chamou. — Você não precisa falar isso para todo mundo, irá chamar muita atenção — Granger pediu, recebendo uma revirada de olhos do outro. — Ele não tem nenhum discernimento de nada — bufou em seus pensamentos.

— E que o jogo se inicie! — Gritou, um sorriso se emergindo em seu rosto com ansiedade para que eles jogassem.

Draco olhou dentro dos olhos de Harry, como se tivesse lendo toda a sua alma e falou, com um sorriso sarcástico no rosto:

— Com medo, Potter? — A sua voz saiu como um murmuro, para que só ele escutasse.

— Vai sonhando — respondeu com um sorriso marotos nos lábios, virando-se na direção oposta do loiro, subindo o máximo que podia, para procurar o pomo.

O artilheiro da Sonserina começou com a goles, passando para o outro artilheiro da mesma casa. Draco não ocupou tanto o seu tempo com aquilo, prestando mais atenção no céu, onde provavelmente estaria a bola. Ele também olhava de canto para o Harry de momentos em momentos, já que o moreno tinha um ótimo histórico em pegar aquela bolinha dourada.

O jogo foi fluindo e nada daquele pomo de ouro aparecer, nem Harry, nem Draco haviam avistado ainda. A plateia estava repleta de pessoas torcendo para a Sonserina ou para a Grifinória. Potter tinha certeza que se Ginny pudesse, ela iria estar com um bandeira lgbtqiap+ escrito "DRARRY IS REAL". Quando ela tiver a possibilidade, Harry tinha certeza que; ela, Luna, Hermione e Pansy estariam com a bandeira pendurada e gritando para que todos possam ouvir e entender o recado.

Nott estava inquieto na cadeira das arquibancadas — já que foi proibido de participar dos jogos — ele não conseguia desviar o olhar de Potter. Ele o olhava de um jeito maquiavélico, de modo seco e ríspido, como se o quisesse morto, mas o apanhador estava ocupado demais em busca do pomo, que não o dirigiu o olhar nem um segundo sequer.

Diferente de Draco, que mudava a sua visão para todos os lados, nunca deixando nada passar despercebido. Como o seu padrinho sempre dizia, um olho no balaço, e outro no pomo. Ele olhava para Harry, para os artilheiros, para os jogadores do time oposto, para os jogadores do seu próprio time, e obviamente, para as arquibancadas. Ele adorava ver as pessoas torcendo por ele, dizendo palavras encorajadoras para ele, fazendo com que a sua vontade de ganhar aumentasse.

Ele já sabia que era um grande gostoso.

Antes, os alunos da Sonserina cantavam a música que Draco que seus amigos haviam criado para o Weasley:

"Weasley é o nosso rei, nunca deixa a bola entrar. Weasley é o nosso rei"

Mas agora, ele pediu para que os seus colegas parassem com aquilo, pelo menos por hora. O mesmo queria que Ronald tivesse menos problemas com ele, para que possa o aceitar mais em relação ao seu relacionado com Harry. Não iria implicar mais e mais com ele, já que poderia dar merda para o moreno, o que ele não queria de jeito nenhum.

Todavia, eles não poderiam cantar a música agora de qualquer jeito, porque Ron não pôde participar do jogo de hoje por conta de um compromisso de última hora, e Cormac McLaggen estava sendo o goleiro no lugar do ruivo.

Draco poderia admitir que o jogo estava indo bem com ele, ele era um goleiro razoável. Mas se Harry fica feliz com o seu melhor amigo sendo o goleiro, ele prefere que o ruivo seja, mesmo que tenha que parar com as canções, para evitar que ele não tenha algum ataque antes dos jogos.

Cormac era estressadinho demais para o gosto de Draco, e ele queria mandar em todos, até mesmo em Potter, que era o capitão do time. Malfoy sabia disso, porque o moreno já reclamou com ele sobre o Cormac, como ele enchia a sua paciência e sempre focava implorando nos treinos para que possa ser o goleiro ao invés de Ron. Harry sempre dizia que foi o ruivo quem passou no teste e que não havia chance alguma de ele voltar para o time fixamente.

O loiro livrou-se de pensamentos inúteis no momento e os voltou para o que realmente importava no momento e focou o seu olhar em Harry, que estava descendo em uma velocidade absurda de sua vassoura.

Ele obviamente havia avistado o pomo.

O sonserino — que estava do outro lado do campo — inclinou a sua vassoura o máximo que pôde, tentando chegar o mais perto do moreno, procurando o lugar onde ele poderia ter avistado a bolinha dourada.

Draco continuava avançando com a sua velocidade máxima, e chegou a ficar bem próximo de Potter por um instante. Os dois estavam em uma briga acirrada para ver quem ficaria na dianteira. O loiro olhou para o lado e viu os olhos do moreno sobre ele. Malfoy olhou para o moreno no mesmo instante que a cabeça de Harry virou-se para ele.

Um choque percorreu todo o corpo do loiro, uma sensação estranha, mas boa.

Muito boa.

Era como lar.

Ele via o seu lar nas íris verde esmeraldas de Harry Potter.

Como os dois estavam passando por debaixo das arquibancadas e ninguém estava os vendo, o loiro inclinou-se um pouco para o lado. Nada muito brusco, para não fazer com que Harry caísse da vassoura, mas um movimento leve e sútil, para que os dois ficassem centímetros de distância, as laterais do corpo se roçando.

Os dois estavam muito próximos um do outro e quase ninguém por perto, não haveria nenhum problema se os dois se beijassem ali, certo?

Harry nem deu tempo de Draco pensar direito e logo inclinou um pouco a sua cabeça na direção de Draco, depositando um beijo casto em seus lábios, sorrindo genuinamente em êxtase. O loiro sorriu de volta para o moreno, olhando profundamente em seus olhos verde esmeralda, perdendo-se naquela dimensão de sensações.

Agora ele sabia o porquê de James ter se apaixonado por Lily.

Aqueles olhos derrubariam qualquer um.

Como os dois não tinham tanto tempo, Draco direcionou-se para o moreno, em busca de seus lábios novamente, degustando daquela sensação tão boa que era de beijar aqueles lábios macios. Abriu seus olhos que nem tinha percebido que tinha os fechados e preparou-se para acelerar a velocidade na vassoura, direcionando um sorriso para o moreno, que não perdeu tempo e passou a frente de Malfoy antes que ele pudesse fazer alguma coisa.

Aquele cretino só tinha o beijado para passar na sua frente! Aquilo era um absurdo.

Malfoy foi o mais rápido que conseguiu, mas já tinha perdido Harry de vista. Aquela garoto sabia mesmo como despistá-lo, Draco precisava dar um jeito nisso urgentemente, ou a Sonserina não haveria mais chances contra a Grifinória no quadribol.

O loiro saiu debaixo das arquibancadas depressa, procurando por Harry, mas não estava preparado para o que viu.

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Desculpa, demorei muito para att, mas foi porque eu estava revisando a fic, um bloqueio criativo gigante que só Ares sabe o tamanho, falta de tempo etc. Mas eu acho que a fanfic está melhor agora, depois da correção, e eu vou tentar continuar com as atualizações semanais, mas não prometo nada, espero que me entendam.

Me sigam no tt, porque eu vou estar postando várias coisas lá @/_httpvick

Se quiserem, leiam "SOUR" porque essa fic está ficando incrível e eu estou atualizando ela toda semana certinho, mas preparem o psicológico.

Não se esqueçam de votar <3

Até semana que vem.

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