XXII

Draco e Harry haviam ficado de chamegos por algum tempo que nem eles tinham noção, aquilo estava tão bom que parecia que o tempo tinha parado só para eles poderem ficar lá quanto tempo quisessem.

Malfoy fez um feitiço rápido para ver o horário, e viu que já estava na hora do jantar. Eles ficaram o dia inteiro no quarto dele, juntos. E é claro que o loiro tinha se esquecido desse feitiço, ele não iria adiar ver as horas só para poder não se convencer a sair daqui.

— Harry, acho melhor eu dar uma passadinha no salão principal para ver como as coisas estão. Se quiser, pode ficar aqui e quando tudo se acalmar, eu volto aqui e te chamo.

O moreno, o qual estava sentado de pernas cruzadas no centro da cama, assentiu. Quando Draco estava indo em direção a porta, virou de uma forma que aparentava que ele tinha esquecido de algo e andou em direção ao menor, levantando seu queixo, deixando um beijo casto em seus lábios. Aquilo pegou Harry de surpresa, mas ele só se permitiu aproveitar do beijo e deixar Draco ir embora tentar resolver aquele problema.

— Já volto, não irei demorar — disse ao fechar a porta.

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Pansy ficou procurando por Nott pelos quatro cantos de Hogwarts e ainda não havia o achado. Quando o garoto queria, ele conseguia se esconder e fazer com que ninguém o encontrasse. Aquilo era estressante. Ela apostava que ele estava com medo de arcar com as consequências cara a cara, pelo covarde que era.

Mais cedo, ela se juntou com Hermione e as duas chegaram a conclusão de que era melhor fazer um feitiço de memória temporário em todas as pessoas que viram as fotos, para não correr o risco de ninguém falar com alguém, especialmente Lucius.

Parkinson teve que chamar a grifinória, com certeza Dumbledor não concordaria em fazer um feitiço que alternava a memória da maioria dos alunos, com esse pedido vindo da sonserina. Porém como o diretor era a "cadelinha" da Grifinória, como Pansy costumava falar, depois de Granger fazer quase um monólogo explicando as consequências que aquilo poderia causar para Harry e especialmente Draco.

Só de Hermione falar o nome de Harry, Dumbledor concordou sofregamente e nem se quer ouviu falar de Draco. Ele assegurou que as memórias da pessoas que haviam visto a foto estava apagada temporariamente e era para eles tomarem previdências em relação a isso rapidamente.

Elas estavam tentando evitar problemas para o lado dos dois, aliás os mesmos estavam sumidos durante o dia inteiro. Hermione não tinha ideia de para onde Harry pôde ter ido, e nem Pansy de Draco. Já que eles não estavam lá para resolver seus problemas, elas tiveram que segurar por algum tempo por eles.

O que eles seriam sem elas?

— Hermione, eu vou procurar por Nott enquanto você assegura que ninguém mais vai entrar aqui. Deixe todos presos por enquanto e tente tirar todas as imagens, se possível. — Pansy disse mais como uma afirmação.

Granger assentiu e começou a fazer um feitiço para todas as fotos serem retiradas das paredes para evitar que mais alguém veja as fotos, porém tinham muitas fontes e aquilo iria demorar como a eternidade.

— Theo, Theo, Theo... cadê você? — Pansy suspirou tentando encontrá-lo, ela já estava ficando sem paciência.

Ele poderia estar no salão comunal da Sonserina, mas seria um lugar muito óbvio de se esconder. Talvez em algum corredor que ninguém vai? Bom, não custava nada tentar. A menina de cabelos curtos foi para o corredor mais vazio da escola e procurou por algum lugar onde ele poderia estar.

Ela sentiu uma vibração mágica vindo de seu lado direito, não tinha ninguém ali, mas com certeza aquele local estava sob um feitiço. Como ela não queria dar índices de que já havia descoberto alguma coisa, continuou "procurando" por algo suspeito. Esperou pelo momento propício para pegar Nott de surpresa e quando estava quase virando o corredor, exclamou:

Finite Incantatem — usou o contra feitiço geral, para ver o que estava escondido.

Uma imagem de Theodore Nott sentado no chão com alguns machucados no corpo, principalmente no rosto, surgiu e Pansy já tinha alguma idéia do que poderia ter acontecido com ele. Provavelmente, o sonserino usou um feitiço Desilusório para ficar invisível sem que ninguém o ache.

— Oh — exclamou o menino sentado no chão.

— Theo? O que aconteceu com você? — Pansy perguntou agachando-se para ficar em sua frente, fingindo preocupação.

— Oh Pansy, você não irá acreditar quem fez isso — dramatizou. — Eu não sei como ele foi capaz de imaginar que eu faria uma coisa dessas... eu, seu amigo desde os quatro anos — suspirou melancolicamente.

A menina sabia que tudo aquilo não se passava de mais uma das encenações do sonserino. Ela quase não conseguia se conter para acabar de machucá-lo ainda mais, já estava farta dele e de seu joguinho.

— Venha, vamos limpar isso — disse estendendo sua mão para o outro, que a pegou sem nem pensar duas vezes.

A menina viu que ele estava claramente mentindo em relação a sua dor no braço, já que quando estava sentado no chão se contorcendo pela "dor", segurava o braço direto. E ele usou o mesmo braço para estender a mão para ela, ou seja, nem para encenar direito ele servia.

— Não precisa de tudo isso, eu estou b... — Foi cortado pela de cabelos pretos, que o empurrou brutalmente contra a parede, rapidamente pegando sua varinha que estava em seu bolso e a deixando em riste.

Ela o pressionava contra a parede, colocando a varinha em seu queixo, olhando para o fundo de seus olhos com um olhar amedrontador.

— Eu poderia simplesmente lhe lançar um crucio ou quem sabe até um sectumsempra e já acabaria com isso em segundos, mas não teria o prazer de quebrar a sua cara. — Falou alto bem perto dos ouvidos do outro, que fez o outro tremer ao ouvir aquilo.

— Nossa, como eu estou com medo — zombou, tentando convencer a si próprio daquilo.

A menina preferiu ignorar o comentário do garoto e falou em pleno deboche.

— Como eu estou boazinha hoje, você escolhe se quer levar um crucio no cu, ou um sectumsempra no mesmo local? — Perguntou o olhando com uma feição sarcástica.

— Olhe o jeito como você fala comigo... — Começou a falar, mas Parkinson logo voltou a olhá-lo com aqueles olhares, o fazendo recuar.

— Eu já fui muito paciente, acabou o seu tempo de escolher — ela falou dirigindo-lhe um soco em seu olho.

Nott sentiu um gosto metálico e percebeu que a menina também tinha lhe batido na boca. Ele estava convencido de que ela não conseguiria chegar muito longe com isso, por isso deixou que ela levasse vantagem por alguns minutos.

— Tudo isso só porque eu passei a mão no namoradinho do seu amigo? — Perguntou forçando o deboche na voz.

— Você o quê?! — Bradou com fúria em sua voz.

— Oh, você não sabia — afirmou espantado. Então por que ela estava fazendo isso tudo com ele?

Pansy achava que ele só tinha tirado as fotos e exposto para todos verem, não sabia que a situação havia chegado nesse nível.

Ela estava furiosa, e por cima de tudo, desapontada. Aquilo era uma das piores coisas que algum ser humano poderia fazer com alguém. Ela já havia sofrido uma coisa parecida e não gostava nada de lembrar, por isso, decidiu que defenderia Harry sem nem mesmo o conhecer direito. Mas pelo visto, Draco o conhecia muito bem. E se Malfoy confiava nele, ela confiava também.

Não conseguiu se conter, e fez a primeira coisa que veio à sua mente: dar uma joelhada nas partes íntimas masculinas dele. Pelo que ela sabia, doía como um inferno, nada comparado a cólica, mas ainda assim doía.

Pansy levantou a perna e direcionou o joelho em direção ao meio das pernas do sonserino na sua frente. Em questão de segundos ele estava com as suas mãos tampando o pênis e gemendo de dor.

— Isso, é pelo assédio — falou após chutar novamente. — E isso — deu um soco em seu estômago. — É por todo o resto.

— Você bate que nem mulher — Nott falou juntando todas as forças que tinha.

Ele não deveria ter feito isso.

— Talvez seja porque nós mulheres somos fortes e poderosas? Não devemos nenhuma satisfação a qualquer homem escroto como você. Ponha-se no seu lugar. — Falou poderosamente com firmeza em sua voz.

Theodore abriu a boca para falar algo, mas não saiu nada. Ele não tinha argumentos contra aquilo.

— Quem você pensa que é para expor o seu "amigo" desta maneira? — Perguntou Parkinson lembrando da pergunta que queria fazê-lo. Pegando sua varinha novamente e a fincando na pele do sonserino.

— Eu só queria ajudá-lo! — Exclamou tentando se passar pela vítima.

— Ajudá-lo? Ajudá-lo a ser pego por seu pai e provavelmente forçado a ser um comensal da morte. É isso que você quer? Além de terminar com essa coisa que ele e Potter tem. Você já o viu mais feliz do que agora? — Falou com o olhando fixamente com o olhar ardente, vendo o outro suspirar.

O garoto só podia ser burro para achar que fazer aquilo geraria alguma coisa positiva nele, ou na relação deles. Ela sabia que Nott gostava de Draco, mas também sabia que o loiro não gostava dele desta maneira. Ela iria apoiá-lo a ficar com quem ele quisesse.

E ele ainda por cima tinha feito aquilo com Harry.

Onde estava Draco naquele momento? Justo quando ela estava quebrando a cara de Nott.

Foi só falar que um loiro aparentemente apressado apareceu no começo do corredor, com a varinha em riste.

— Draco! — Exclamou com alegria em sua voz, como se ele faltasse para tudo ficar perfeito. — Justo quem eu estava esperando! — Exclamou Pansy.

Ele acenou com a mão para ela e olhou de lado para o garoto com uma feição de dor, recostado na parede.

— Bom, já machuquei bastante ele. Agora suje um pouco das suas mãos também — falou assinalando Nott à sua frente.

— É hora de fazer a festa. — Foi em direção ao Theo esfregando suas mãos uma nas outras.

— Eu irei contar tudo para o Dumbledor! — Exclamou com medo em sua voz.

— Pode contar, será a palavra de um abusador — o outro abriu a boca para falar. — E não pense que nós não sabemos que essa não é a primeira vez que você faz algo do tipo — Draco falou antes que ele possa falar algo. — Contra a palavra dos dois monitores da Sonserina — deu um sorriso sarcástico. — Então, ainda vai falar? — Perguntou vendo o outro recuar. — Era o que eu esperava. — Terminou.

— É o poder... aceita porque dói menos, de longe falam alto, mas de perto tão pequenos, ha, se afogam no próprio veneno, tão ingênuos. — Pansy começou a cantar a música de uma cantora trouxa que ela admirava, mais conhecida como Mamacita.

— Pansy! Agora não é hora das suas músicas dessa tal Karol Conku — Draco repreendeu.

— É Conká! — Corrigiu a amiga.

— Que seja.

— Agora use a sua língua igual a um chicote para bater nele! — Continuou ela, sem ligar para o que Draco havia dito.

Malfoy preferiu ignorar sua amiga e chutou o garoto praticamente esquecido, que estava quase escapando. O loiro não estava se importando quantas detenções iria levar por isso, queria fazer com que ele pagasse pelo que fez.

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As coisas com Hermione estavam indo relativamente bem. Ela conseguiu tirar todas as fotos que tinha avistado e aparentemente tudo estava sob controle. O maior problema seria quando o feitiço perdesse o efeito e todas as pessoas se lembrassem do que viram.

Ela tinha um plano, como sempre. Fez um discurso dizendo sobre a importância de não falarem para ninguém sobre o ocorrido e todas as consequências que aquilo poderia causar para eles, e para toda a escola.

É claro que ela ainda tinha uma última carta na manga, a qual era para todos que viram as fotos, assinarem em um papel seus nomes e se eles falassem com qualquer pessoa, iria aparecer na foto e seu rosto estaria marcado com manchas pelas seguintes palavras: DEDO-DURO. Foi o mesmo feitiço que usaram na Armada de Dumbledor, que foi comprovado pela amiga de Cho, a qual os traiu.

Granger conseguiu, ou aparentemente, convencer todos a ficarem de bico calado. Alguns não queriam tanto, por conta de Malfoy estar no meio, mas Hermione os relembrou de todas as coisas que Harry já fez por todos e isso fez com que eles concordassem veemente.

Agora era só aguardar para ver se iria ter algum traidor, como na última vez.

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Vamos concordar, pansy supremacy!!! Ela fez o que todos nós tínhamos vontade, yey.

As frases da Mamacita são dedicas ao maior mamaciter que eu conheço saturnosh mais conhecido como meu irmão.

Boas férias (se já estiver).

Não se esqueçam de votar <3

Até.

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