XVIII

Nesse dia, Harry tinha que cumprir sua detenção com o professor Binns por ter dado aquele soco em Nott. Inicialmente a detenção seria com Snape, mas já que o mestre de poções não estava se sentindo muito bem naquele dia, o professor de história da magia ficou encarregado de o vigiar na detenção.

Ele não estava com nenhuma vontade de sair da cama e muito menos de arrumar folhas. Se Draco estivesse com ele não seria nenhum problema, pois o loiro sabia aquele feitiço organizatório e acabaria com o dever em segundos.

Mas dessa vez ele ia sozinho e provavelmente demoraria décadas para finalizar.

Ele pensou que o quão mais rápido fosse lá, mais rápido acabaria e ele voltaria para a sua cama para aconchegante para voltar o olhar para o teto como se não tivesse nada para fazer. Deixando todos os seus problemas de lado e os esquecendo por apenas alguns minutos que são.

Foi até a sala de história da magia, arrastando seus pés pelo chão em meio de bocejos e abriu a porta de mal jeito, cuja estava entreaberta. Professor Binns o olhou com aquela feição morta de sempre e falou em um tom de voz cansada:

— Sente-se, Potter. Hoje o senhor só terá que fazer todos os seus deveres atrasados. Comece pela minha matéria e depois fazer os restantes.

O moreno concordou e abriu seu livro e caderno para começar a fazer o seu resumo. Hermione obviamente, já tinha feito tudo e poderia muito bem lhe dar cola, mas ela diz que se ele não fazer sozinho, nunca vai aprender de verdade. É claro que ela era certa, mas história da magia era algo muito chato de se aprender.

Harry ficou escrevendo por alguns míseros minutos que parecem horas.

Se bem que não seria nada ruim se alguém o salvasse que porcaria detenção. Até Snape era melhor do que aquele tédio.

O professor estava quase pegando no sono quando o moreno sem derrubar querer um lápis que fez o fantasma acordar no susto e se ajeitar na cadeira.

Ele voltou a escrever e quando viu já tinha escrito metade da folha, mas tinha trocado algumas palavras por "tédio, professor e porra", apagou rapidamente e corrigiu seus erros.

Quando estava finalizando seu resumo sobre a guerra dos duendes, ouviu um barulho vindo da janela que ficava atrás dele, mas achou que não era nada então voltou a olhar para a sua folha.

Segundos depois, ele sentiu algo acertar em sua nuca e levou sua mão para a cabeça pela dor do objeto.

Olhou para o chão e viu que aquilo era uma pedra, mas de onde tinha vindo?

A janela estava entreaberta e parecia que tinha alguém ali. O moreno ajeitou seus óculos para ver melhor quem era, mas não conseguiu ver já que estava escuro demais.

O fantasma estava quase pegando no sono novamente, então, Harry achou melhor esperar até o professor chegar no sono profundo para ver o que era aquilo.

Para a sorte de Harry, Binns rapidamente dormiu e o moreno levantou-se e foi até a janela.

Ele abriu e a mesma fez um rangido, pois era muito velha. Potter olhou para os lados e não viu ninguém lá. Então, onde estava a pessoa que jogou aquela pedra em sua cabeça?

— Psiu, Potter, aqui embaixo — Draco estava agachado no chão e se levantou, ficando visível.

— Draco? O que você está fazendo aqui? — perguntou confuso.

— Eu vim te salvar esse inferno. Você está aqui por minha causa, nada mais justo do que eu te tirar daqui.

— Mas por onde eu vou sair? Essa janela é muito alta — disse olhando para baixo.

— Está com medo de cair, Potter? — brincou.

— Muito engraçado, Malfoy — bufou. — Mas eu vou descer antes que o professor acorde, saia da frente.

Ele subiu na janela e passou suas pernas para frente, suspirou e se preparou para pular.

Inclinou seu corpo para frente e pulou de mal jeito que Draco teve que pegar-lo no colo por alguns segundos para o mesmo não cair de bunda no chão.

Draco o pegou por impulso, ele estava abaixo em dele e não seria tão ao ponto de deixar o garoto, que estava com medo de pular, cair no chão.

Harry estava com os olhos fechados e nem tinha percebido que estava no colo de Draco, ele só os abriu lentamente e deu um sorriso tímido para o loiro.

Ele tinha os dois braços em volta de seu pescoço e Malfoy tinha uma mão em suas pernas e outra em seu tronco. Estilo noiva.

O clima tinha um silencio confortável, mas Potter tirou uma mão do pescoço do outro e saiu do colo dele.

Draco levou a mão até sua nuca e coçou numa forma de pensar em outra coisa.

— Er... aonde vamos agora? – Harry perguntou, achando melhor não citar o ocorrido na mesma hora.

— Quer ir naquele mesmo lugar da última vez?

— Pode ser, mas está começando a chover e eu esqueci a minha capa — disse, mexendo na roupa.

— Não tem problema, a chuva não deve se intensificar tanto assim.

O moreno assentiu e eles foram lado a lado para o campo. O tempo era frio, por isso eles ficaram com os ombros colados para a sentir o calor um do outro. O vento fez os cabelos de Harry se mexerem e os de Draco minimamente por conta do gel.

Não trocaram uma palavra sequer e entraram no campo de quadribol, cujo estava húmido pelo chuvisco. Eles tinham gostado da última vez que estavam ali, então foram para o meio e se deitaram lá.

Dessa vez tomando muito cuidado para não ser pegos por algum monitor, fantasma ou muito menos professor. Não queriam de jeito nenhum arranjar de outra detenção.

Eles nem fizeram o feitiço "lumus" para conseguirem enxergar alguma coisa. Por isso que pisavam no pé um do outro toda hora ou esbarravam em algum objeto no chão.

Uma hora, Draco tropeçou e caiu em um arbusto. Harry estendeu a sua mão para ajudá-lo a se levantar e o loiro o puxou para cair também.

Potter ficou com metade do corpo em cima do outro e desatou o rir. Ele deu mini socos e continuou rindo. Draco queria vingar e começou a fazer cosquinhas no menor.

O moreno levou as duas mãos para a barriga e continuou rindo muito. Draco percebeu que Harry sentia muitas cosquinhas, então fez em outros lugares como: axilas, pescoço e barriga. Ele levou suas mãos por todos esses lugares e alternou entre as cocegas.

Nessa hora, Harry já estava morrendo de tanto rir que nem conseguia falar direito.

Ele só chutou a cara de Malfoy com força e respirou lentamente, tomando o folego de volta.

— Aí! — Draco esfregou sua mão em seu nariz, no ponto onde Harry tinha chutado. — Não se faz isso com os outros, Potter.

— Você estava querendo me matar! Eu ia morrer esse jeito — disse com a voz baixa.

— Mas era só uma brincadeira! Não quebre o meu lindo nariz, pois tenho certeza que a velha enfermeira não vai conseguir deixar como antes — o loiro disse dramaticamente.

Harry só continuou rindo e se levantou limpando as folhas que estavam presas em sua roupa.

Draco estendeu a mão, pedindo para Potter o ajudar a levantar. O moreno estendeu a mão e quando Malfoy ia pegar em sua mão, ele levou para a orelha e abriu um sorriso maroto.

xxxxxx

Os dois foram novamente para o meio do campo, como na última vez e ficaram observando o céu.

A lua estava na fase minguante e estava realmente muito bonita. Em torno dela, tinha várias estrelas. O que deixava céu mais iluminado e bonito. Era algo mágico de se ver.

Eles não fizeram muitas coisas lá. Para falar a verdade nenhum dos dois sabiam o que foram fazer ali. Os meninos só haviam gostado do que ocorreu naquela noite e quiseram repetir. Não queriam falar muita coisa, só sentir a presença um do outro estava de bom agrado.

Nenhum tinha entendido muito bem o que era aquilo. Dois inimigos que viraram... amigos?

Claro que eles não se viam mais como inimigos, pelo menos não da parte de Harry.

Já Draco, não entendia muito bem o que sentia pelo outro.

A chuva começou a se intensificar, fazendo com que os dois se molhassem mais do que já estavam, mas eles não ligaram, pois gostavam de como estavam.

Draco fechou seus olhos para as gotas de água não entrarem em seus olhos e Harry tirou seus óculos colocando-os no chão e fechando seus olhos que nem Malfoy.

Os dois estavam tão entretidos em olhar o céu ou só não pensar em nada, que não perceberam quando Nott chegou e ficou os espiando detrás de uma árvore grande. Ele estava com uma câmera na mão para registrar qualquer coisa que seja fora do comum.

Theo queria vingar-se de Potter pelo soco que ele lhe deu. Por isso seguiu Draco quando o mesmo saiu do dormitório da Sonserina e viu que tirou Harry da detenção. Ele aproveitou e pegou a sua câmera para ter provas e mostrar para todos se algo acontecesse.

Harry colocou sua mão ao lado da mão de Malfoy, que estava deitada na grama e as duas estavam se colando. Ele levantou lentamente sua mão e a colocou em cima da de Draco.

O loiro tirou sua mão da de baixo da dele e lhe deu um tapa querendo dizer "ei, tire a sua mão daí".

— Descul... — Harry começou a falar, mas Draco foi mais rápido do que ele imaginava e passou suas pernas por cima de seu corpo. Ele se apoiou em seus braços e suas testas estavam se colando.

Potter perdeu a respiração e o olhava intensamente, estavam tão perto que eram capazes de sentir a respiração ofegante um do outro. O loiro olhou para os olhos do moreno e depois para a sua boca. Harry passou a língua em seus lábios e os mordeu de leve.

Malfoy inclinou-se e colou suas testas humidecendo seus lábios.

Bem no momento em que o céu se iluminou pelo relâmpago, Draco juntou seus lábios.

Os lábios se chocaram com violência, começou com um simples selinho e o loiro abriu sua boca pedindo passagem para a boca de Harry, que deixou sem pestanejar.

Suas bocas se encaixavam perfeitamente.

Malfoy roçou seus lábios nos dele, o provocando. O loiro puxa a cintura do moreno possessivamente e abre mais seu lábio.

Harry sorriu entre o beijo o que se tornou um obstáculo sensual. Ele levantou seus braços e se apoiou na grama, chocando ainda mais suas bocas.

Ele pode finalmente ter aquele sentimento das famosas borboletas no estômago. Ela algo bom, realmente bom.

O coração do moreno se acelerou e eles tiveram que romper o beijo pela falta de ar, mas logo depois Harry colocou sua mão em volta do pescoço do outro e arranhou sua nuca.

Potter virou-se e ficou em cima de Draco, trocando as suas posições. Mas o loiro não gostou nada disso e o pressionou contra o chão novamente no mesmo instante que outro relâmpago iluminou o céu.

Eles estavam como uma luta de espadas dentro na boca. Fazendo movimentos circulares e lentos. Aquele beijo atrapalhado que eles tiveram no banheiro da murta não podia ser comparado com esse. Era como se o outro nem tivesse existido.

Durante o beijo, o loiro percebeu o que realmente sentia pelo outro. Era como se quando eles estivessem juntos, todos os seus problemas acabassem e o mundo todo fosse só aquilo. É claro que se você está beijando alguém não pode ser uma mera amizade e aparentemente Potter sentia o mesmo pelo outro.

Theodore Nott estava olhando tudo atentamente como uma águia. Ele conseguiu capturar pela câmera a cena do beijo perfeitamente. Não estava tão nítido por conta da chuva, mas dava para distinguir que eram eles.

Draco rompeu o beijo e sentou-se no gramado, puxando Harry para seu colo. Ele tirou uma mecha molhada de seus olhos e olhou no fundo dos olhos do outro.

As íris verdes encontrando os azuis acinzentados.

Malfoy conseguia ver detalhadamente a cicatriz em forma de raio que Harry tinha na testa, pela proximidade. Pegou seus dedos e contornou levemente a cicatriz do menor.

Nessa hora, Nott deu pulos em triunfo e sai correndo de lá com a foto na mão.

Ele mostraria para todo mundo.

xxxxxx

Amém o beijo chegou. Repitam comigo, amém drarry

Tão piticos rolando na grama ahjsdvhdf

Eu imaginei a cena como nessa fanart da alek.dar no insta, podem imaginar assim se quiserem.

Será que vai da merda pela parte do Nott? Não saberemos.

Não se esqueçam de votar <3

Até semana que vem!

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