1.6

Como prometido: mais um cap!

Boa leitura e vejo vocês amanhã de novo rs

Harry foi o primeiro a levantar, e quando chegou na janela para tentar falar com o motorista, o guia abriu a porta do ônibus.

- O que está acontecendo? – mesmo por cima dos gritos assustados e do falatório das pessoas, o guia levou Harry para fora do veículo, e quando o maior pisou no asfalto, entendeu. Enfiando a cabeça dentro do ônibus, Harry procurou por ninguém em especial, e seus olhos se encontraram com os de Louis. – Vem ver isso. – apenas mexendo a boca, Louis pegou Anna no colo, já que a menina estava em choque devido ao susto, e saindo do ônibus, parou ao lado de Harry.

De primeira, Louis não entendeu nada. Tudo que via era a enorme fila de carros parados à frente do ônibus, e claro, a frente do veículo quase beijando a traseira do carro à frente. E somente quando Harry gesticulou para além dos limites da estrada, onde podia se ver a praia, é que Louis compreendeu.

- Anna, olhe. – a garotinha desenterrou sua cabeça do pescoço do menor e quando olhou para o horizonte, pode ver a luz da lua reluzindo em algo grande, muito grande. E então ouviu.

- Lou, é uma baleia?! – a voz de animação da menina fez Louis sorrir, mesmo com o coração ainda descompassado pelo susto.

De longe, no oceano, uma enorme baleia estava fazendo charme para os turistas. Perto da areia – não perto o suficiente para encalhar – o animal jorrava água para cima, batia a calda e rodava no lugar. O barulho estrondoso que começou a fazer foi o suficiente para fazer todos saírem curiosos do ônibus.

- Puta merda. – olhando para o lado, Louis viu Niall com os olhos arregalados. – Cara, aqueles golfinhos são sardinhas comparados à esse daí.

Rindo, Louis soltou Anna, que foi para a areia – correndo – para tentar alcançar os outros, que queriam chegar o mais próximo possível do animal. Outras pessoas, dos outros carros, também faziam o mesmo.

- Senhor, me desculpe. Espero que ninguém tenha se machucado. – olhando para o lado, Harry, Louis e Niall, fixaram o olhar no motorista, que parecia realmente preocupado. Harry sorriu.

- Não se preocupe, todos estão bem. Além do mais, acho que ganhamos mais um passeio hoje. – o guia sorriu, e correndo para a areia, foi ajudar os outros, mas no fundo, estava com vontade de ver a baleia também. Olhando para o motorista, Harry sorriu mais uma vez. – Se quiser descer para vê-lo, tomo conta do ônibus.

Agradecendo, o motorista também desceu. Harry, pegando na mão de Louis, o prensou gentilmente contra o ônibus, e em segundos, Niall virou de costas.

- Ahn, quem sabe aquele troço não é mais legal que golfinhos, não é mesmo? – saindo, Niall deixou-os sozinhos.

Louis sorria, e com as mãos nos cabelos longos de Harry, acariciava a nuca do maior. As enormes e firmes mãos de Harry apertando a carne em sua cintura. Com a luz da lua de frente para si, os olhos de Louis pareciam quase cinzas, o que só encantava mais a Harry.

- Acho que nunca te vi tão confiante, Sr. Styles. – colocando a cabeça no vão do pescoço de Louis, Harry beijou ali, tentando conter o sorriso. Louis mantinha o sorriso perverso no rosto.

- Acho que nunca te vi tão sorridente, Sr. Tomlinson. – subindo os beijos para a orelha de Louis, Harry desceu sua mão para a farta bunda do menor.

- É a lua. – sentindo Harry morder cada pedaço de sua orelha, puxando o lóbulo delicadamente, Louis curvou suas costas em excitação, juntando ainda mais seus peitorais.

- Não minta para mim, Sr. Tomlinson. Me diga, qual o motivo da sua felicidade? – sugando o lóbulo da orelha de Louis, Harry o puxou pela cintura, roçando o pênis do menor em sua coxa, propositalmente. Alguém estava excitado. – Hm?

- Ahn... – Louis fechara os olhos, o fôlego em seu último fiasco. E quando achou que conseguiria aguentar, Harry morde seu maxilar. – Você. – subindo as mordidas, Harry lambeu o lábio inferior de Louis. Lentamente.

- Eu o que, Sr. Tomlinson?

- Você é o motivo da minha felicidade, Sr. Styles. – puxando o lábio de Louis para si, Harry sorriu. Adentrando com sua língua na boca do menor, lambeu cada pedaço livre, e sem aguentar mais, fechou os lábios em uma batalha de poder, sem querer realmente ganhar, mas nunca permitindo-se perder.

Louis puxou ferozmente seu cabelo para trás, separando seus lábios, e com um quase rugido, Harry puxou-o pela bunda, colando seus lábios novamente.

Os lábios chocavam-se uns com os outros, os corpos colidiam, as línguas dançavam, não uma valsa, não um tango; era como se a língua de Harry fosse a barra e a de Louis fosse a stripper tentando fazer um pole dance.

Não havia consenso, ambos queriam algo que teimavam em conseguir, e quando o beijo já não era viável, Harry separou as pernas de Louis, apenas para grudar suas coxas fartas ao redor de sua cintura.

Os três degraus para subir no ônibus nunca foram tão insignificantes, não o suficiente para fazê-los esquecer de fechar a porta do ônibus, que após trancada, foi deixada de lado, e quando finalmente encontraram um par de bancos sem coisas em cima, Harry jogou Louis deitado de costas.

Sentando na cintura do menor, Harry tirou a blusa. Louis massageava as coxas do maior sobre a calça, os olhos azuis brilhavam. Os mamilos de Harry estavam eriçados e ao vê-los, Louis sentou, encostando seu peito no do maior, apenas para apertá-los com seus dedinhos.

Suspirando alto, Harry levantou Louis o suficiente para desabotoar sua calça, e quando menos esperava, o maior estava rebolando sobre seu pênis coberto pela jeans.

- Louis... – puxando o ralo cabelo do menor, Harry gemeu manhoso. – Vamos logo com isso, não temos muito tempo.

Louis sorriu e continuou provocando o maior, rebolando lentamente, e quando achou a glande, pressionou seu quadril para baixo, sentindo as veias sobressaltadas de Harry em sua bunda.

Cansado de enrolações, Harry voltou a deitar o menor, tirando sua blusa rapidamente, jogando-a no chão sem se importar. Descendo a mão por seu peitoral, tocando as novas tatuagens que tanto desejara sentir, parou os enormes dedos na barra da calça de Louis.

Desbotoou e colocou o pênis de Louis para fora da cueca, apenas a cabeça, e salivando, Harry sentiu seu coração saltar do peito. Louis revirou os olhos ao sentir os gélidos dedos de Harry tocarem sua quente ereção.

- Oh... Har-rry... – e batidas na porta despertara-os do transe sexual. Arregalando os olhos, Louis levantou assim que Harry deixou suas coxas, e pegando sua blusa e a de Harry, tentou arrumar seu pênis dentro da calça.

Harry, na porta, viu ser Niall, e no fundo, subindo a pequena colina para a rodovia, estava o resto das famílias. Niall arregalou os olhos ao ver Harry soado pela janela da porta do ônibus. Destrancando-a, Harry gesticulou freneticamente.

- O que foi, cara? – simplesmente abrindo a porta, Niall encarou Harry confuso, mas ao ver Louis parado no meio do corredor do ônibus com o pênis semi colocado na calça e as bochechas rubras, entendeu. – Ah, droga, logo agora. Não podiam esperar até chegar no hotel?

- Niall! – ouvindo as vozes de Gemma e vovó, Louis apressou o loiro.

- Quer que eu faça o que? Mande todos voltarem a ver a Mobi Dick? Estão todos cansados cara, é tarde.

O motorista entrou na cabine, assustando os três rapazes. Harry se ajeitou o máximo possível enquanto Louis colocava a camiseta e arrumava o cabelo. Quando Anne entrou, sorriu para os garotos.

- Por que não foram ver a baleia? Perderam uma oportunidade e tanto. – passando pelo filho, Anne estacou. – Por que está sem blusa? – olhando para Louis, ergueu a sobrancelha. – E por que sua blusa está com Louis?

Sorrindo amarelo para sua mãe, Harry a fez negar com a cabeça enquanto ria. Em minutos, o ônibus estava lotado de familiares e, voltando ao tráfico, começara a andar em direção ao hotel.

Sentados um do lado do outro no banco, Louis e Harry nem se encaravam. Harry, já com sua blusa, respirava fundo tentando controlar sua ereção visível. Niall, no banco de trás, ficara com Anna, propositalmente.

- Louis... – puxando o ar para dentro da boca com força, Harry chamou a atenção de Louis, que apenas o encarou, a boca entreaberta. – Vai no banheiro comigo?

- Harry. – suspirando, Louis fechou os olhos, sentia seu pênis tremendo em sua cueca, cada vez mais apertada e úmida. – Há várias pessoas lá trás, não acha que perceberiam que entramos juntos no banheiro.

- Louis, estão todos dormindo. Pelo amor de Deus, vamos pra essa droga de banheiro. – se segurando para não gritar, Harry levantou, cobrindo sua ereção com a mão e esperando Louis levantar também.

- Aonde vão? – sussurrando para não acordar Anna, Niall os encarou com os olhos arregalados.

- Banheiro. – olhando para o amigo rapidamente, Louis apenas seguiu para a porta no final do ônibus. Harry estava certo, todos dormiam.

Entrando, Louis viu Harry segui-lo e trancar a porta atrás de si. O banheiro era apertado o suficiente para não conseguirem trocar de lugar, apenas fazendo movimentos limitados.

De frente para o menor, Harry sorriu aliviado, desabotoando a calça. Louis riu de leve, o nervosismo tomando conta. O ar-condicionado que vinha do teto não ajudava com o calor no pequeno cubículo, mas teria que servir.

- Anda. – resmungando, Harry abaixou a calça, junto com a calcinha vermelha de renda. Seu pênis bateu em sua cintura e Louis, ao seu lado, suspirou alto. Por que ele tinha que usar calcinha? Não poderia tornar minha vida mais fácil?

Encostando nas costas de Harry, Louis depositou sua cabeça na volta do pescoço do maior, pegando em seu pênis e o massageando lentamente, da base até a cabeça.

- Ahn... – Harry fraquejou as pernas, e com a mão livre, Louis segurou-o pela cintura enquanto intensificava os movimentos. Pressionava sua extensão conforme ia, e ao chegar na base, prensou uma bola em sua palma. – Louis..!

- Shii! – mordendo a orelha de Harry, Louis o repreendeu pelo gemido. Estava super excitado a esse ponto, e tudo que mais queria era meter seu pau na bunda de Harry.

Soltando o pênis do maior, Louis desceu sua calça e cueca até o meio da perna, e, curvando Harry até que este encostasse sua testa na porta, pressionou seu pênis rígido e úmido em sua entrada apertada.

- Louis... – suspirando com dificuldade, Harry segurou a voz baixa. – Eu sou o ativo desta vez, lembra? – ainda pressionando o pênis no buraco de Harry, Louis curvou a cabeça para trás, em prazer total.

- Não...

- No hotel... disse que era o dono do jogo... – franzindo a testa ao sentir sua entrada ser invadida aos poucos, sem preparação alguma, Harry mordeu os lábios para segurar o gemido em sua garganta.

- Você é o dono do jogo... – Louis já falava com dificuldade, e quando sentiu sua cabeça entrar no buraco de Harry, não pôde evitar em gemer baixo. – Ahn..

- Lou... eu... – de olhos fechados, Harry tremia de prazer.

Fazia tanto tempo que não era invadido por Louis, que apenas o ato de pensar já o levava ao êxtase do orgasmo, mesmo nem tendo sido penetrado completamente.

Ignorando o que Harry havia falado, Louis apenas continuou pressionando, e quando bateu no interior mais profundo do maior, simplesmente afundou seu pênis ali com força.

O gemido que Harry deu com certeza acordou a família inteira do lado de fora, até a baleia deve ter ouvido, e sem se importar realmente, Louis continuou estocando e estocando até que sentisse seu pênis dormente.

Soltando uma das mãos da cintura de Harry, Louis agarrou seu pênis brutamente, masturbando-o rápido e firme. Harry tentava não gemer mas sem suceder, apenas tentava mantê-los baixos.

Tremendo, Louis sentiu que estava perto. Harry pôde senti-lo também, uma vez que seu pênis expandiu dentro de seu interior. Acelerando as investidas, Louis soltou o pênis do maior, enrolando fios de cabelo de Harry em sua mão e os puxando com força, manteve o ritmo.

O som estridente de sua coxa batendo na bunda de Harry era mais alto que os gemidos de ambos e quando tremeu mais intensamente, Harry contraiu seu interior, fazendo com que Louis tivesse um orgasmo digno de vários jatos.

Gemendo alto, o menor continuou enterrado em Harry, e somente quando teve a certeza de ter ejaculado por completo é que manejou de sair de dentro do maior.

Harry, ainda agoniado de tesão, tinha as bochechas rubras. Louis não hesitou em agachar, o corpo ainda em espasmos pelo orgasmo recente e a garganta ardendo pelos gemidos arrastados.

Bombeando o pênis de Harry algumas vezes, Louis se pegou com medo de quebra-lo, uma ideia claramente absurda mas no momento, plausível, uma vez que estava muito rígido, vermelho e inchado. Lambendo a glande, sentiu o gosto salgado do pré-gozo de Harry – lembrava-o de vinagre.

Pegando o menor pelos cabelos, Harry enterrou seu pau na garganta de Louis, sentindo-o atingir o fundo do céu da boca, e quando ouviu o gemido abafado de Louis, assim como lágrimas descendo de seus olhos, soube que estava no lugar certo.

Bateu ali várias e várias vezes, suas bolas batiam no queixo de Louis, e quando sentiu-o contrair o céu da boca em seu pênis, viu estrelas à sua frente.

O banheiro já se tornara uma sauna, suava tanto que sentia a camiseta grudar em suas costas, a calça já nos pés enquanto os cabelos pingavam em sua testa.

Harry estava perto.

Louis o encarava do chão. A visão dos olhos azuis profundos do menor encarando-o com inocência enquanto tinha seu pau enterrado até o fundo em sua garganta era definitivamente a coisa mais linda e prazerosa que Harry havia presenciado em um bom tempo.

E quando teve sua extensão arranhada pelos dentes de Louis, soube que viria. Tirando a o pênis da boca do menor, Harry segurou-se na parede, sentia na boca do estômago o orgasmo a vir.

Abrindo a boca, ainda mantendo contato visual com Harry, Louis bombeou mais algumas vezes o pênis do maior, e quando este veio em vários jatos, Louis recebeu todos em sua cara, a língua para fora.

A esta altura, o alto gemido de Harry já era desconsiderado por ambos, a preocupação de que alguém os escutasse era quase nula, e beijando a ponta do pênis sensível de Harry, Louis se pôs de pé.

Harry, mesmo ofegante, sorria. Puxou Louis para si, e passando o dedo na bochecha do menor, onde um resquício de seu orgasmo se depositava, levou-o para os lábios de Louis, tendo-os lambidos com vontade enquanto recebia o olhar mais sensual que já vira.

Beijando Louis com simplicidade, Harry sentia seus lábios inchados contra os seus. Considerando que sua bunda ardia, concluiu que estavam quites. Subindo a calça e a calcinha, se arrumou ao nível do possível, enquanto Louis fazia o mesmo.

Destrancaram a porta do banheiro e com medo de saírem, simplesmente o fizeram, sem pensar muito no assunto. O ônibus estava vazio.

Completamente vazio.

Andando pelo corredor com dificuldade, Harry viu que todos os lugares estavam vazios, e ao olhar pela janela, percebeu que estavam no hotel. Louis, logo atrás de si, confuso igualmente, ofegava.

- Acho que todos já foram para os quartos. – assentindo para Harry, Louis seguiu-o até a porta, onde o maior fez questão de espera-lo sair para então, deixar o ônibus.

Assim que virou de frente, deu de cara com o guia e o motorista do ônibus, ambos sentados em banquinhos, comendo petiscos.

- Olha quem resolveu aparecer, finalmente. – olhando-os com cara de safado, o motorista apertou o alarme do ônibus, que apitou ao ser travado. O guia apenas ria de leve.

- Estavam... ahn... – Louis coçava a cabeça enquanto Harry apenas ficava em choque. – Nos esperando? – o guia assentiu. – A quanto tempo?

- Não muito. Uns vinte minutos? – o motorista assentiu para o rapaz de uniforme havaiano. – Deram sorte que o pessoal estava caindo de sono. Tirando aquele loirinho engraçadinho, este parecia super animado em ouvir vocês no banheiro.

- Conseguiam nos ouvir? – rindo sarcástico, o motorista se levantou do banco, estralando as costas. O guia seguiu sua ação, comendo apenas mais um camarão, mesmo sendo madrugada.

- Rapazes, relaxem. Encontramos uma baleia no caminho de volta esta noite, acham que vocês transando no banheiro do ônibus é a coisa mais estranha que aconteceu hoje? – sorrindo, o motorista bateu nas costas de Harry, que saindo do choque, assentiu.

- E pelo que o amigo de vocês estava falando, faz tempo que não transam né? – o guia encarou o motorista, confuso. – Dez anos ele falou? – o motorista assentiu. Louis abriu a boca, incrédulo.

- Niall fofoqueiro.

- Sério, garotos. Vão dormir. Amanhã temos um dia cheio.

Saindo de mãos dadas, Harry e Louis não podiam evitar mas sorrir.

+++

Já estavam cansados de ficar naquele ônibus, não bastava ter que acordar cedo e tomar café da manhã correndo, agora teriam que ficar duas horas no bendito automóvel?

O pessoal falava alto e animadamente, embora seja seis da manhã e tenham sido acordados às quatro e meia. Louis dormia no banco ao lado de Harry, encostado em seu ombro – eles, mais que todos, foram os que dormiam mais tarde e acordaram mais cedo, uma vez que o guia chamou Harry para conversar, acordando Louis também, e estes foram dormir depois de todos pois se enrolaram no ônibus.

O sol não dava trégua, mesmo nem nascendo direito, já estava calor. Anna, no colo de Harry, mexia no celular do maior, jogando.

- Harry – murmurando baixo para não acordar Louis, que estava bem à seu lado, Anna suspirou. – Quando vamos falar Aloha? – franzindo a testa, Harry encarou a garota.

- Como assim?

- Estamos no Hawaii há dias e não falamos Aloha pra ninguém. Não é isso que deveríamos fazer no Hawaii? – rindo de leve, Harry beijou o topo da cabeça da menina.

- Prometo que falamos Aloha para algum havaiano hoje, ok? – assentindo, Anna ainda mexia no celular do maior.

- Só mais uma coisa. – olhando, enfim, para Harry, Anna ergueu o celular. – É o Loulabolusco?

Harry arregalou os olhos, tirando o celular da menina, tão rapidamente que despertou Louis. Olhando os dois, o menor coçou os olhos, se espreguiçando igual a um gato no banco.

- Lou... – encarando a menina com olhinhos baixos, Louis sorriu para a pequena. – Por que Harry tem uma foto da sua bunda? – arregalando os olhos assim como Harry, Louis enrubesceu.

- Anna, é muito feio fuçar no celular dos outros. – nem ligando para o que Louis disse, a garota apena deu de ombros.

- Desculpa. – não soando nem um pouco arrependida, Anna ficou de joelhos no banco e virou para trás, encarando Niall. – Sabia que tem uma foto do Lou pelado no celular do Harry?

Criança fala muito baixo, logo, o ônibus inteiro virou olhares para Harry e Louis, este que apenas afundou no banco, os olhos fechados enquanto ficava vermelho de vergonha, mas o sorriso estampado na cara.

- Ah... Anninha, vem aqui. – pegando Anna por cima do encosto do banco, Niall encarou Harry segurando o riso. O maior afundou ao lado de Louis, encarando-o.

- Desculpa por isso. Ela estava jogando e...

- Por que não apagou as fotos que te mandava? – encarando os olhos verdes de Harry, Louis sentia seu quente hálito contra sua pele, a proximidade imensa entre seus narizes o fazia arrepiar. Harry apenas deu de ombros, sorrindo.

- Não tive coragem. Era uma boa lembrança. – desviando o olhar para a boca de Louis, Harry suspirou. Selando seus lábios, Louis se aconchegou em Harry de novo.

- Deixa eu ver? – sem responder, Harry entregou o celular desbloqueado para Louis, apenas para abraça-lo forte enquanto via junto com ele.

- Eu gosto tanto dessa. – sussurrando, Harry beijou o cabelo de Louis, que sorria.

- Hmm... – mordendo os lábios, Louis ergueu o olhar para o maior. – Por que não me mandou essa?

- Tirei depois que paramos de nos falar. – Louis deu de ombros.

- E o que te fez pensar que não iria querer um nude seu? – rindo de leve, Harry beijou a cabeça do pequeno. – Oh, essa eu lembro.

- Tinha que provar para os outros que também era o ativo da relação, não é mesmo? – apertando Louis no colo, Harry sorria besta.

- Niall que pediu, não foi? – assentindo, Harry riu mais alto.

- Oh, essa foto vale ouro. – corando, Louis tentou tirar o celular de perto de Harry quando este começou a dar zoom em sua bunda. – Louis Tomlinson de calcinha, senhoras e senhores. Calcinha de stripper.

- Ah, cale a boca. – rindo envergonhado, Louis suspirou. – Bons tempos.

- Acho que está na hora de me mandar mais nudes. – beijando a bochecha de Louis, Harry o sentiu arrepiar.

- Que tal te mostrar ao vivo?

- Lou... – apertando ainda mais o pequeno no colo, Harry suspirou. – Não vamos transar naquele banheiro novamente. Espere até chegarmos.

- Chegarmos aonde, eis a questão!? – levantando-se, Louis se espreguiçou, mas quando recebeu olhares de todos no ônibus ainda devido ao "foto do Lou pelado", sentou-se imediatamente. – Essas pessoas, até parece que nunca mandaram foto pelado pra alguém.

+++

Skydive Hawaii, Oahu.

Eles iriam saltar de paraquedas.

Sendo uma surpresa, quando saíram do ônibus e viram um enorme campo verde com dezenas de helicópteros estacionados, o coração já começou a palpitar.

O vento era ameno, com certeza lá em cima não era assim. O calor os fazia quase derreter e, estando o sol bem em cima de si, o que mais queriam era cair na água do mar, que a essa altura, nem enxergavam.

Se está no Hawaii e não vê o mar, está em um lugar bem escondido do Hawaii, bem no centro mesmo. Longe dos limites da ilha, podiam ver mais verdes e montanhas, o que só tornava essa viajem ainda mais especial.

As crianças foram levadas com guias e pais que rejeitaram o passeio para um mini sítio ali perto, onde iriam ser levados para a praia. Niall encarava o helicóptero fixamente.

- Vai encarar? – batendo em seu ombro, Louis sorriu para o loiro, que o encarou como se tivesse sugerido que nadasse com tubarões.

- Se for morrer, prefiro morrer em terra firme. – rindo de leve, Louis abraçou-o pelo ombro.

- Cara, está no Hawaii. Sei que tem medo, eu estou quase me borrando, mas quer um conselho de alguém que não tem a mínima ideia do que está dizendo? Vai. Vai e se achar que vai morrer, vai com toda a certeza. – encarando os olhos azuis piscina de Louis, Niall respirava fundo.

- Está me dizendo para deixar de lado a segurança e...

- O que estou lhe dizendo é que... – chegando ao lado de Louis, Harry encarou os dois rapazes, e sorrindo, pegou na mão do menor. – Os mais corajosos podem não viver para sempre mas os cuidadosos não vivem nunca.

Niall o encarou por alguns segundos, e olhando para o céu, sorriu.

- Eu vou pular de paraquedas. – Harry sorriu enquanto Louis abraçava o amigo.

- Por que não joga o paraquedas do helicóptero e pula depois dele? Quem sabe consegue pega-lo no ar? – Niall fechou a cara, os olhos arregalados enquanto Louis gargalhava.

- Não trabalho com "quem sabe", prefiro coisas como "com certeza", "definitivamente" e "sempre". – rindo do rapaz, Louis e Harry aproveitavam a vida, literalmente.

Era assim que se sentiam. Das setenta pessoas que ali estavam, apenas vinte queriam saltar, isso é a prova viva de que o medo manda em nossa vida. E sem demoras, o guia e o instrutor, juntos, vieram chama-los.

- Vocês serão os primeiros, certo? – assentindo, Louis puxou Niall pela mão.

+++

A pior parte não era pular, era a subida de helicóptero. O vento ficava mais forte, o sol ficava mais intenso e o medo ia tomando cada célula de seu corpo.

Somente quando o helicóptero parou e estabilizou no ar é que Niall foi se dar conta do que iria fazer. Com a roupa especial e o paraquedas nas costas, o rapaz tremia.

- Quer que vá com você? – negando para o instrutor, Niall respirou fundo. Louis e Harry estavam de mãos dadas, do outro lado do helicóptero. Com o vento forte ressoando, já que a porta estava aberta, Niall quase gritou para ser ouvido.

- Posso ir primeiro? – Louis sorriu.

- Faça as honras.

Niall levantou e se dirigiu para a porta, as mãos tremendo e o coração falhando algumas batidas. Estava evitando de olhar para baixo, fixando o olhar no instrutor. Seus cabelos esvoaçavam e quase ia para trás com a força do vento, os dedos firmes nas bordas da porta.

Após chegar e apertar seus equipamentos e paraquedas, o instrutor o explicou como abri-lo e onde estava a fivela. Olhando para trás uma última vez antes de saltar, Niall encarou Louis e Harry, sorrindo.

- Vai lá, campeão. – gritando, Harry fez todos rirem.

Niall respirou fundo e olhando finalmente para frente, apenas saltou.

O vento ricocheteava em seu corpo, os braços e pernas para trás devido à enorme pressão. o sol esquentava seu corpo apenas para tê-lo esfriado instantaneamente pelo ar. Seu coração não batia, ao menos não sentia-o batendo, não sentia seus membros e tudo que sabia fazer era rir.

Em cima daquela maravilhosa paisagem, tudo que conseguia fazer era rir. Rir de felicidade, rir de amor, rir de orgulho. Havia pulado.

Lá em cima, ainda no helicóptero, Harry havia levantado, assim como Louis e juntos, de mãos dadas, na porta, se encararam e selaram seus lábios, apenas para sorrir um para o outro.

Louis o encarou e pulou, simplesmente. Sorrindo, Harry pensou, É um espirito selvagem.

Tomando coragem, Harry quis ficar no apoio do helicóptero, apenas para pular com mais impulso. Com a ajuda do instrutor, ficou em pé no metal que servia de apoio no pouso do helicóptero.

Olhando para baixo, apenas pulou.

Seu cabelo soltou do coque e voou para todos os lados, sentia-se mais vivo do que tudo que já fizera em sua vida. Apenas vendo a paisagem de cima, senti seu fôlego se esgotar.

Em segundos, estava do lado de Louis e Niall, todos planando. Outras pessoas de outros helicópteros saltavam, de longe, reconheceu sua avó e seu avô, de mãos dadas. Orgulho preenchendo seu coração.

Louis começou a fazer graça, apenas para o fazer sorrir, mesmo não conseguindo direito devido ao forte vento. Rodando no ar e fazendo cambalhotas, o menor ria, Harry sabia que o mesmo estava rindo, mesmo não podendo o escutar.

Louis sentia tudo desmoronando a seu redor, apenas para ser construído de novo, sentia-se rejuvenescido, renascido e revigorado. Se era assim que se sentiria vivendo loucamente, queria cair na estrada e não ter onde parar nunca.

Se aproximando de Harry, pegou-o pela mão com uma força tremenda, o ar tentando os separar. Juntando seus corpos, manejaram de dar um pequeno selinho no céu, o suficiente para Louis ter a certeza de que ali estava o homem da sua vida.

O instrutor já havia pulado também, e agora, todas as vinte pessoas que pularam estavam se juntando, gritos ecoando e sendo apagados pelos vento, risadas, choros silenciosos e promessas de amor. Muitas vidas estavam sendo reiniciadas ali, até a de vovó e vovô, que mesmo naquela idade, não se importaram em começar tudo de novo.

As montanhas verdes e marrom, os rios e cachoeiras que passavam entre eles, a vista era apenas de tirar o fôlego. Harry reconheceu o Waimea Canyon.* O instrutor direcionou seu corpo para o lado, e assim como ele, todos os outros também o fizeram, do jeito que haviam sido ensinados antes de saltar.

As montanhas e o cenário verde estava ficando para trás, agora, mais próximo do chão, viam paredes rochosas e vulcões. Passando em cima do Volcano National Park, onde dois dos maiores vulcões ativos se localizavam, puderam ver as "Veias da Terra", como eram chamadas. No meio das rochas pretas e queimadas, podia se ver lava quente e liquida, vermelha alaranjada e densa escorrendo.

Harry chorava de emoção, era o melhor momento de sua vida, facilmente. Todos juntos, caindo, podiam ver o sol entre as nuvens, e agora, após as rochas vulcânicas, a praia era avistada.

Como chegavam mais próximo ao chão, o instrutor fez sinal para que todos puxassem seus cordões e abrissem seus paraquedas, e assim, o céu virou um carrossel, onde dezenas de pessoas rodavam até o mar, lentamente, os paraquedas formando um desenho no céu.

Niall estava realizado, podia morrer naquele instante que não se importaria. Estava legitimamente completo na vida. Olhando para o chão, vendo a água cristalina e a areia branca, só podia se sentir orgulhoso de si.

Já Louis, este não se continha e apenas gritava, mesmo não ouvindo sua própria voz devido ao vento, que agora, ao planar e descer com o paraquedas aberto, era mais fraco.

Por mais que parecesse horas, tudo durou apenas alguns minutos, minutos estes que resumiram uma vida e começaram outra.

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