1.1

Prometido e entregue!

Aproveitem o cap de hoje e boa leitura!

Aquelas enormes e firmes mãos, apertando a cintura de Louis com força enquanto colava seus corpos na enorme cama, só contribuíam para a ereção de ambos aumentar. Harry segurava gemidos enquanto focava em distribuir beijos quentes na nuca bronzeada de Louis, pressionando propositalmente sua ereção na bunda dura do menor.

Louis ofegava alto enquanto apertava os olhos, uma tentativa falha de se recompor, os dedinhos apertando o travesseiro e o pênis latejando de desejo. Ambos estavam desesperados por contato, mas nenhum dos dois queria assumir a culpa do primeiro toque – por mais que odiassem admitir, estavam conscientes do quão errado aquilo era.

Louis desistiu de segurar o fôlego e simplesmente gemeu manhoso e alto, uma onda de prazer descendo pelo corpo até chegar ao seu pênis, ele só queria transar com Harry, que sorriu enquanto continuava roçando seu pau na bunda de Louis.

Harry não queria apelar, mas estava completamente desesperado por contato, mesmo ainda completamente vestidos. Louis, em um impulso, jogou Harry contra o colchão e sentou sobre a ereção do maior.

Um gemido alto escapou de ambos, Louis começou a mexer o quadril vagarosamente, rebolando sobre o pau de Harry, apenas aumentando o contato. Sentia a enorme extensão do maior friccionar sua bunda, ligeiramente coberta pela calça moletom de dormir.

E quando o desejo se fez insuportável, Louis ergueu o quadril ligeiramente e abaixou a calça de Harry, o suficiente para que seu pênis possa ser libertado, e tirando sua calça em seguida, sentou.

"OH HARRY"

Louis ergueu o tronco enquanto ofegava brutalmente, atordoado pelo sonho repentino. Sonho. Foi tudo um sonho.

Ele bufou enquanto levantava da enorme cama de casal da cobertura – que seria seu quarto até a cerimonia – e se dirigia para a sacada em busca de ar fresco.

- Harry? – Louis murmurou surpreso, estacando na porta que dividia a sacada do quarto. O maior estava em pé, dentro da piscina – havia uma piscina na sacada – com os olhos fechados e uma lata de chá aberta ao seu lado. E nu. Não pareceu notar Louis lá, o que fez o menor repetir sua fala com mais ênfase. – Harry!

- Ah!, desculpa, achei que ainda estivesse gemendo meu nome. Estava tendo sonhos eróticos comigo desde que cheguei. – abrindo os olhos despreocupado, Harry disse enquanto bebia um gole do seu chá.

- Por que não me acordou? – Louis estava confuso, ainda na porta. Seu olhar estava fixo no homem à sua frente, a postura séria e rígida, embora esteja em um lugar de descanso.

- Já atrapalhei coisas o suficiente na sua vida, não acha? – a voz estava neutra, e então, Harry deu outro gole em seu chá, nunca olhando diretamente para Louis, que trocou o peso de pé.

- Por que está nu na piscina?

- Por que está duro na porta? – Louis olhou pra baixo, não se surpreendendo ao ver uma enorme ereção marcando na calça de moletom, além de manchas de pré-gozo – ótimo, pensou.

- Como sabe que estou duro se nem olhou na minha cara desde que acordei? Ou melhor, desde que ganhei aquele maldito jogo. – Louis avançou alguns passos, até se encontrar perto de Harry, ainda do lado de fora da piscina.

- Não preciso te olhar pra te ver. – dito apenas isso, Harry fechou os olhos, a cabeça pendendo para trás enquanto ele respirava fundo, sua cabeça latejando de tantos pensamentos.

O silêncio era intenso, até que Louis decidiu se juntar ao maior na piscina, que a essa hora, estava fria. Tirando a calça e a cueca – ignorando sua ereção ainda persistente – Louis entrou na piscina vagarosamente, o olhar fixo no homem à sua frente, como se não conseguisse desviar.

A água fria em contato com sua pele quente o fez estremecer e arfar audivelmente. Louis parou a apenas alguns metros de Harry, os olhos azuis engolindo cada centímetro de pele alva que podia do homem á sua frente, olhos fechados e o peito subindo e descendo lentamente.

Ali, em frente ao homem que lhe causou os melhores e piores sentimentos, Louis não sabia se o tocava ou não, a água fria acalmando o fogo que queimava na boca de seu estomago.

- Lou. – piscando, o menor pensou não ter ouvido direito mas ao se aproximar mais um pouco, o suficiente para mover a água ao seu redor, pôde ouvir novamente. – Lou.

Louis estava confuso, o peito queimando tanto em dor quanto em excitação, aquela maldita esperança aflorando novamente. Por que Harry o estava chamando? E por que ele estava escutando? Por que estava ali, à sua frente?

Louis sabia a resposta para todas essas perguntas, o único problema era que ele não queria admitir, admitir que Harry o controlava. E talvez o problema maior disso tudo seja que Harry, por sua vez, pensava exatamente o mesmo sobre Louis.

- Lou. – a voz de Harry saiu mais dolorosa, mais como uma suplica, e então, Louis soube o que deveria fazer.

Esticando o dedo indicador, Louis tocou a bochecha de Harry carinhosamente. O maior ainda mantinha os olhos fechados mas o peito denunciava espanto e excitação, assim como o menor.

Em segundos, o que antes era um dedo se tornou uma mão, e Harry finalmente abriu os olhos, o verde nunca tão aceso, e então, o que aconteceu em seguida se passou em câmera lenta ao mesmo tempo que se foi em segundos.

Harry, com os olhos fixos nos de Louis, pegou o menor pela cintura, aquelas enormes mãos encaixando perfeitamente bem acima do osso do rapaz e o puxando para si, ondas de calor passando por ambos os corpos enquanto a água se movimentava ao redor do que parecia ser apenas uma pessoa, uma alma e um coração.

Louis não desviava das orbes esmeralda à sua frente, e ao ir de encontro ao peito alva e definido do maior, espalmou o mesmo, sentindo os calafrios se misturando com as ondas de calor e transformando tudo em um nó no fundo do seu estomago. Lábios finos e gélidos foram de encontro com sua bochecha e Louis sentiu o paraíso em sua pele.

Há tempos não sentia o toque de Harry, e o simples sentimento aflorando novamente em seu peito foi o suficiente para perder o juízo. Subiu as mãos pelo peitoral do maior até seus cabelos, onde perdeu seus dedos no emaranhado de fios úmidos e gélidos.

Harry não raciocinava direito, só sabia fazer e sentir. As mãos, em sua cintura, foram direcionadas para o meio das costas do menor, o empurrando ainda mais contra si, quase unindo os dois corpos em um. E ao sentir os dedinhos delicados e gélidos de Louis em sua nuca, tomou sua decisão.

Os beijos que antes eram depositados na bochecha do menor, tiveram sua rota alterada enquanto moviam para o queixo e pescoço. Suspiros eram ouvidos de ambos e a água ao redor estava conturbada assim como seus corações, tudo que sabiam fazer era sentir a pele do outro contra si.

Louis sentia, além dos beijos em seu pomo de adão, o enorme e ereto membro de Harry em sua perna direita, causando uma dormência gostosa no local. Seus finos lábios estavam entreabertos, não devido aos suspiros, mas sim os longos gemidos arrastados que saíam sem pudores ou restrições de sua garganta.

Harry subiu os beijos quentes e intensos e ao beijar carinhosamente o queixo de Louis, estacou. Ele focou as íris esmeraldas em Louis e ao ver que o menor fazia o mesmo, sorriu de lado.

Se ele tinha ou não certeza do que estava fazendo, era a hora de decidir.

Louis firmou os dedinhos em seu cabelo e ele firmou suas mãos em suas costas, e em segundos, o que antes era alguns centímetros, se tornou apenas um emaranhado de sentimentos emanando de um beijo caloroso e intenso.

Sentir os lábios de Louis contra os seus era algo que Harry jamais esqueceria mas que toda vez pareceria como a primeira. Ele sabia que estava no limite, mas apenas a sensação de ter o corpo de Louis prensado ao seu enquanto deslizavam os lábios uns contra os outros era extasiante, e então, forçava as costas de Louis ainda mais contra seu peito.

Uma dança de lábios que tornava tudo ainda melhor, a água agitada batendo contra seus corpos era algo que Louis não ligava, porque mesmo sentindo frio, sabia que os arrepios e calafrios que passeavam seu corpo eram do contato deliciosamente desejado entre ele e o homem a qual compartilhava o momento.

A língua quente de Louis se esfregando contra a sua, os dedinhos de Louis empurrando seus fios de cabelo para trás enquanto ia para frente com a cabeça, intensificando tudo ainda mais. Harry não estava aguentando tantas sensações extremas assim.

Seus narizes se chocavam no meio do caminho enquanto moviam as cabeças e os lábios em um beijo interminável e indescritível. As enormes mãos de Harry não se contentavam com as costas do menor, que se mantinha nas pontas dos pés para alcançar os lábios rosados de Harry, e então, as mãos se dirigiram para as enormes nádegas de Louis e em segundos a altura já não era mais um problema, com as fartas coxas de Louis entrelaçadas na cintura de Harry.

O ar era algo inútil e insignificante no momento, a água fria já era ignorada e o beijo já se tornara necessidade. Os corpos nus e quentes eram autossuficientes e os suspiros e gemidos eram apenas provas de que o que estavam presenciando era algo inédito para ambos, em mais de dez anos de "relacionamento".

As enormes mãos de Harry estavam abusando da bunda de Louis, sem reclamações, e ao sentir uma pressão intrusa em seu baixo ventre, não pôde evitar de gemer alto.

- Oh!, Harry!

- Louis! – Louis abriu os olhos assustado, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto encarava o ser de olhos claros à sua frente. – Nossa cara, estou tentando te acordar faz dez minutos, você estava gritando bem alto pra alguém adormecido.

Louis passou a mão pelos olhos enquanto sentia Niall se mover na cama, dando espaço para ele se mexer. Levantando o tronco, Louis pôde perceber a bagunça que fez: os lençóis bagunçados, nenhum travesseiro na cama, todos espalhados pelo chão, até sua roupa havia sido retirada.

- Estava gritando? – com a voz rouca, Louis suspirou enquanto encarava o loiro, bem animado pra alguém que acabou de ver o melhor amigo ter um sonho erótico, com o ex que vai se casar em breve.

- Adivinha o nome de quem. – Louis revirou os olhos enquanto enterrava a cabeça entre as mãos, estava suado e ofegante, como se tivesse corrido uma maratona ou algo do tipo. Sexo. – Ah cara, pelo menos terminou o serviço.

Louis ergueu a cabeça confuso e ao olhar para baixo, entendeu o ponto de Niall. Ele puxou o lençol solto ao seu lado e cobriu sua cintura, causando risadas em Niall.

- Como se não tivesse visto tudo, ao vivo.

- Ah, cale a boca. – Niall riu mais uma vez ao abraçar o amigo. Louis enterrou a cabeça em seu pescoço e choramingou. – Já acabou?

- Acabou o que? – Niall afagou os cabelos do menor enquanto embalava seu corpo no lençol e o puxava para seu colo, como um bebê.

- O casamento. Tudo. Eles já se casaram? – Niall riu mais uma vez, seguido de um murmúrio de reclamação de Louis. – Acho que isso é um não.

- Louis, só se passou uma noite. Não se lembra?

- Lembro de ter saído de Salão de Recreação, de ter vindo para o seu quarto...

- De ter se masturbado enquanto sonhava coisas impuras com Harry na minha cama, nova, que nem usei ainda.

- Ok, entendi. – Louis resmungou novamente, arrancando mais risadas de Niall. – Está muito risonho hoje. Aconteceu alguma coisa naquele bar que eu deveria saber? – Louis fez Niall rir novamente, e em seguida, resmungou mais uma vez.

- Da próxima vez, compareça e veja por si mesmo.

- Desculpe, sr. Horan, estava ocupado...

- Se masturbando na minha cama.

- Já se passou minutos, supere. – Louis enfiou ainda mais a cabeça entre a clavícula de Niall e seu queixo, resmungando mais uma vez.

- Vou superar assim que você fizer o mesmo. – ouvindo o menor bufar, Niall continuou sem esperar uma resposta. – Isso me lembra de quando Harry não te contou que era aniversário dele, lembra?

Louis tirou a cabeça do ombro de Niall, suspirando enquanto encostava a bochecha em seu peito. Apenas balançou a cabeça.

- Você ficava chorando e gaguejando, estava bem chateado. Ele não te contou e ainda saiu com um tal de Nate e...

- Nick. – Niall parou subitamente. Louis ergueu a cabeça até alinhar seus olhos com os de Niall. – O nome dele era Nick. Sim, eu me lembro perfeitamente. – suspirando, Louis revirou os olhos. – Nem acredito que já faz dez anos.

- E você ainda está chateado por causa dele. – Niall, mesmo dizendo algo do gênero, sorriu como se Louis fosse um algodão-doce cor-de-rosa que ele acabara de ganhar da mãe.

- A diferença é justamente essa. Antes, só eu saía chateado, agora chateei Fred e me sinto ainda mais...

- Chateado? – Louis revirou os olhos para Niall.

- Sim. – bufando, Louis ajeitou o lençol que cobria seu corpo nu. – E não pense que esqueci, quero saber por que está todo felizinho assim. – Niall sorriu, um sorriso de vitória.

- Quando estiver feliz, te conto, assim compartilharemos nossa felicidade. Tudo que eu preciso agora é de um Louis atirando comentários sarcásticos sobre mim.

- Diota. – apertando as bochechas de Louis, Niall o fez ficar mais revoltado.

- Você também, agora levante e vá tomar um banho, vou tentar limpar essa nojeira que você fez. – batendo na bunda de Louis, Niall o expulsou da cama, enrolado no lençol.

- Nós dois sabemos que essa cama terminaria a noite suja de esperma comigo aqui ou não. – Niall revirou os olhos e riu ao mesmo tempo. – E nós dois também sabemos que seria de masturbação.

E após ser atingido por um travesseiro, Louis entrou no banheiro.

+++

Mesmo sendo quase manhã, Louis ainda tentou dormir, mas um Niall se revirando na cama e um emaranhado de pensamentos ruins atordoando sua mente o fizeram levantar e andar pelo hotel.

O sol ainda estava escondido mas o calor que este trazia ainda se fazia presente. Louis acabou por ficar na área da piscina, encostado na grade da varanda e olhando o mar quebrar no raso.

Não se lembrava muito do que aconteceu após sua "briga" com Fred, mas lembrava de ter chego ao quarto de Niall, deitado na cama chorando como um coitado e após isso... nada.

Ele também não sabia o que faria sobre o ocorrido, havia decidido dar um tempo à Fred, talvez esfriar as coisas – mas não esfriar demais, talvez esclarecer as coisas – mas não esclarecer demais, talvez esquecer as coisas – mas não esquecer demais.

Louis não sabia o que fazer.

Não sabia o que falaria para sua mãe, para Fred, para os outros. Para Harry, este principalmente, não sabia nem o que fazer quando estivesse por perto, ele o deixara sozinho sem nem ao menos perguntar se estava bem ou coisa do tipo. Mas por um lado, não o culpava, desta vez, a culpa era do pai de Raquelle.

E embora todos esses pensamentos rodeassem sua mente, a única coisa que estava disposto a fazer era sumir. Sentou-se em uma cadeira reclinável na beira da piscina e fechou os olhos, quando menos esperava, pegou no sono.

- Querido, vamos, acorde. – a voz doce da mãe de Louis o acordou gentilmente, o sol queimando sua pele levemente. Assim que os olhos azuis se encontraram, a mulher sorriu. – A noite foi bem difícil, não?

+++

Após explicar tudo para sua mãe, Louis e a mesma se dirigiram para o Salão de Refeições, onde o salão inteiro estava reservado para os familiares de Harry e Raquelle.

- Eles falaram que este horário é apenas nosso, os outros clientes do hotel têm o café depois. – apenas assentindo, Louis atraiu olhares quando entrou no recinto.

Sua mãe colocou a mão atrás de suas costas e o dirigiu até a mesa onde tomariam café, pouco depois alguns garçons vieram pegar seus pedidos. Louis, no entanto, estava mais preocupado em achar Fred, e ao rodar o lugar com os olhos, percebeu que o rapaz não estava presente.

- Ele disse que iria tomar café no quarto. – murmurando, Niall piscou para o menor, que apenas desviou o olhar, preocupado.

- Lou! – um ser de cabelos cacheados sentou no colo de Louis, subitamente. O menor sorriu verdadeiramente e abraçou a menina.

- Anna, que bom te ver. – a menina não parecia ter a menor ideia do que estava acontecendo, e isso aliviou Louis de certo modo.

- Espero que esteja melhor. – franzindo o cenho, Louis se mostrou confuso. – Niall disse que estava se sentindo meio estranho e decidiu deitar mais cedo, por isso não o vi no bar com os outros.

- Ah, sim. Estou melhor sim. – Louis sorriu, tanto para Anna quanto para Niall, o agradecendo com o olhar. – Achei que tivesse ficado no Salão de Recreação com as outras crianças.

- E fiquei, até ficar com sono. Ai fui te procurar pra te dar um beijo de dormir, mas não te encontrei então. – dando de ombros, a menina atacou a salada de frutas de Louis sem permissão, não sendo repreendida no ato, contudo.

Apenas beliscando o café da manhã, Louis não participou da conversa da mesa, se mantendo parasita o tempo todo, os olhos correndo pela sala na esperança de encontrar Fred, acabando por não encontrar Harry, o que era estranho, já que ambos não estavam presentes.

Antes de concentrar sua raiva e dizer algo, Louis e seus pensamentos foram interrompidos por Pearl, pai de Raquelle, que chegou ao seu lado na mesa, um sorriso intocável no rosto.

- Louis, querido. Espero que tenha aproveitado a primeira noite na cobertura, a primeira de muitos, claro! – Louis deu um sorriso sem dentes, mais falso impossível, e tomou cuidado com as próximas palavras, uma vez que a mesa inteira parara de conversar para ouvir a conversa, assim como várias pessoas ao redor do salão.

- Acontece que não dormi na cobertura esta noite, Pearl. Passei a noite no quarto de Niall, não estava me sentindo muito bem e quando passei por lá, acabei caindo no sono. – Pearl disfarçou rapidamente sua careta de desgosto, e em seguida, bateu no ombro do rapaz.

- Ah, não seja por isso, Harry também não dormiu lá. Mas essa noite dormirá, certo? – Louis assentiu sem olhar o homem nos olhos, e ao ver que ele se retirara, suspirou baixinho.

O dia seria longo.

Após o café da manhã, uma mulher simpática veio avisá-los que o ônibus que os levaria para as atividades do dia sairia em uma hora, e que deveriam colocar roupa de banho e de caminhada, depois se concentrarem no hall para a saída.

Antes mesmo de alcançar a escada, Louis foi abordado por Pearl, que insistiu em passar em seu quarto para pegar suas coisas e em seguida ir para a cobertura. Louis estava tenso, afinal, Fred estava lá, e o ver pela primeira vez desde a briga justamente com o homem que causou tudo, não era muito bom.

- Ahn, não vou demorar, pode esperar aqui. – Louis tentou ser gentil, apesar de tudo, e Pearl assentiu, relutante.

Entrando no quarto, a primeira coisa que Louis viu foi ele. Seus olhos estreitaram e seu coração já disparado surtou.

- Harry? – sua voz saiu trêmula e rouca, e por um segundo, pensou que despencaria no chão sobre os joelhos, a visão desfocada e turva. – O que está fazendo aqui? Cadê Fred?

-Louis. – Harry disse com a voz neutra, parado na porta da sacada, segundos depois, Fred aparece ao seu lado, o rosto confuso e pálido, rapidamente assumindo uma postura rígida.

- Louis, oi. – embora o rosto esteja duro, Fred ainda disse gentil e simpático, como sempre. – Harry passou para conversar, estava arrumando sua mala. Está ali – apontando para a mala verde na cama, Fred cruzou os braços e suspirou. – pronta para ir para a cobertura.

Louis olhava de Fred para Harry e de Harry para Fred, os olhos não crendo no que via, o coração esfarelado no peito e as pernas bambas de nervosismo. Tinha quase certeza de que o suor que escorria de sua testa não era do calor escaldante que fazia lá fora, e sim da situação que enfrentava.

- Só... conversando?! – Louis disse, calma e pausadamente. Harry assentiu e se moveu, indo em direção à porta. –Sim, vejo. Obrigada por... arrumar minha mala. – olhando novamente de Harry para Fred e de Fred para Harry, Louis pegou sua mala e saiu porta afora, deixando os dois sozinhos no recinto, de novo.

Pearl o acompanhou até o quarto da cobertura, abrindo-o para ele e o deixando sozinho para arrumar suas coisas e se vestir. Louis não estava processando nada direito, a única coisa que sabia, e era uma certeza era que Harry e Fred passaram a manhã juntos na sacada do quarto de Fred.

E isso era apenas... demais.

E o atingiu. Pearl lhe disse na mesa de café da manhã que Harry não havia dormido no quarto da cobertura esta noite, talvez, e apenas talvez... ele tenha dormido no quarto de Fred.

Louis derrubou sua mala no chão, o coração apertado.

- Não... – murmurando descrente, Louis negou com a cabeça. Fred podia estar irritado, Harry podia estar irritado, mas eles nunca, nunca, fariam isso com ele. Nunca. Isso era algo que ele tinha certeza, como o sol ser amarelo e o mar ser azul. – Está imaginando coisas, Louis...

Esfregando as mãos na cabeça, Louis desviou esses pensamentos ridículos e pegou sua mala do chão, a abrindo na cama. Tentando esquecer realmente da hipótese, Louis começou a separar suas coisas, tirando-as da mala.

Estava tão perdido em pensamentos que nem percebeu quando Harry entrou no quarto, a roupa de ontem no corpo, indiciando mais uma vez que ele não viera para o quarto na noite passada. Porque ele estava com Fred, em seu quarto. Balançando a cabeça, Louis ignorou esses pensamentos.

- Ahn... – Harry parecia meio confuso e incomodado de estar ali, sem jeito, mas ainda assim tentou tornar aquilo menos torturante para ambos. No começo, pensou que seria torturante em um sentido bem mais... excitante, não no sentido de clima extremamente desconfortável. – Sabe para onde vamos esta manhã?

- Roupas de banho e caminhada. – apenas, Louis continuou tirando as coisas da mala. Harry assentiu enquanto mordia o lábio e finalmente se moveu, fechando a porta atrás de si.

O maior se dirigiu até o meio do quarto e encarou Louis, tirando suas roupas e as colocando na cama. Parado ali no meio, analisou Louis andando até o guarda roupa e o abrindo.

- Achei que Raquelle fosse levar as coisas dela com ela. – murmurando, Louis pegou uma calcinha fio-dental rosa e girou nos calcanhares, mostrando ela a Harry.

- Ahn, na verdade, esta é minha. – as bochechas coradas e a mão na nuca, Harry pareceu envergonhado ao extremo. Louis abriu a boca em exclamação e encarou a pequena peça de renda, a colocando de volta na pilha, junto com outras calcinhas e meias finas.

- Hétero. – revirando os olhos, Louis murmurou para si mesmo enquanto guardava suas coisas em sua parte do guarda roupa. Fingindo não ter ouvido, Harry dançou nos calcanhares, nervoso e constrangido.

- Vou tomar banho. – dizendo sem jeito, sem saber o que fazer, Harry esperou uma resposta de Louis, mas ela nunca veio. O menor apenas continuou guardando suas coisas no guarda roupa. – OK então.

Andando lentamente até a sua parte do guarda roupa, Harry pegou um shorts e uma blusa de mangas curtas, e ao direcionar sua mão para as calcinhas, parou no meio do caminho ao perceber que Louis parara o que estava fazendo para o encarar. Voltando com a mão, pegou uma sunga. Louis desviou o olhar e continuou o que estava fazendo.

Após Harry entrar no banheiro, fechando devidamente a porta, Louis suspirou. Demorou um pouco para fazer toda a arrumação e quando terminou de guardar suas coisas no guarda roupa, pegou para si um shorts da Adidas preto, uma regata branca e um tênis para caminhada, não pegando sunga, pois ia nadar de shorts.

Tirando toda sua roupa, começou a se vestir novamente, no meio do quarto, uma vez que o banheiro estava ocupado. Ao terminar, se virou para arrumar o resto das coisas, e viu alguém parado na porta do banheiro o observando.

Sem dizer nada, Louis ficou ali, parado, encarando Harry. O maior também não fez nada, apenas o fitou intensamente, e quando ia dizer algo, o autofalante presente em cada quarto anunciou:

"Família Styles e Hugskie e convidados, o ônibus que os levará para as atividades de hoje partirá em dez minutos, favor comparecer ao hall de entrada"

E sem dizer uma palavra, Louis saiu porta afora.

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