Capítulo 1
A CHEGADA NA POUSADA
Otávio sentou em um dos bancos postos no corredor principal daquela rodoviária. Balançava uma das pernas, esperando seu ônibus chegar.
Era um rapaz no auge de seus 28 anos, loiro, olhos verdes e barba rala. Usava uma camisa branca comum, uma calça jeans azul escuro e um tênis, que ele encarava pensando se deveria ter lavado antes de sair.
Ao ver que o tão esperado ônibus estacionou e o motorista desceu, foi calmamente para a fila que se formava, não tendo pressa, já que os lugares eram marcados.
Entregou para um funcionário sua grande mochila preta de viagem, que foi colocada no porta-malas e a passagem para o motorista, que conferiu e acenou com a cabeça tendo um sorriso gentil nos lábios, que Otávio tentou retribuir.
Suspirou entrando no veículo, procurando a cadeira de número 15. Ao achar, sorriu satisfeito por não ter atrasado ninguém e sentou, olhando pela janela a fila diminuir aos poucos, cada vez que um passageiro subia.
Ao que quase todos os bancos estavam ocupados, inclusive o que ficava ao seu lado por uma senhora de cabelos grisalhos e roupas de tons claros, o motorista andou pelo corredor, conferindo todos os passageiros. Sentou no banco do motorista e começou a viagem até uma cidade do anterior, onde o turismo era extremamente comum por conta das paisagens hipnotizantes.
Otávio se ajeitou no banco, sentindo-se desconfortável por ser inundado de memórias horríveis daquele fatídico dia. Era como se em qualquer oportunidade que estava sem nada em mente, seu cérebro passava aquele filme, o lembrando de sua culpa em algo irreversível.
Se ele não tivesse aceitado aquela vida, não teria perdido o seu maior bem.
Pegou seus fones do bolso da calça, os desenrolando.
- Estou indo visitar meus netos.
Olhou confuso a senhora que falou repentinamente. Ao entender que ela estava falando consigo, sorriu educado.
- Que legal. Eu estou indo como turista mesmo.
- É uma cidade ótima, sou suspeita de falar, já que nasci e cresci lá. - Riu. - Mas tenho certeza que vai se apaixonar quando chegar lá.
- Ah! Eu espero que sim. Estou indo por recomendação de um amigo. Vou ficar em uma pousada.
- Pousada? - O olhou. - Qual, meu filho?
- A de Dona Cecília, se não me engano. Tenho o endereço por aqui. - Procurou em seu bolso o papel, o achando. Estava amassado e com a escrita de seu amigo. - É esse nome mesmo.
- Ah sim, conheço esse lugar! É muito agradável de se ficar, todos elogiam. - Balançou a cabeça. - Sempre está cheia.
- Cheia? Quer dizer, muitas pessoas? - Torceu os dedos.
- Não se preocupe, meu filho. É um local pequeno, familiar. - Sorriu maternal. - Sinto sua tensão daqui, relaxe um pouco. Está indo para um local que todos dizem ser transformador.
- Não nego que tô precisando disso... - Murmurou.
- Vai ser, eu lhe garanto!
Eventualmente, a senhora acabou fechando os olhos, na tentativa de adormecer, o levando a terminar de desenrolar os fones e ouvir música, para tentar distrair sua mente o máximo que conseguia.
De forma cautelosa, passou o indicador em sua cicatriz, engolindo a seco por trazer aquelas memórias mais uma vez à tona.
Otávio não se reconhecia mais, antes de tudo aquilo era um rapaz alegre que gostava de sair, conversar com as pessoas, era conhecido por ser sério quando trabalhava, mas também por ser carinhoso com aqueles que amava. Hoje em dia, era algo vazio, sem personalidade, apenas vivia um dia de cada vez tentando pensar o mínimo possível naquilo.
O jovem tinha consciência de que uma ajuda profissional era o ideal, mas ele não poderia desenterrar aquilo ou contar a alguém. Trazer tudo de volta à memória, seria mais problemas do que soluções.
Carlos, seu amigo que indicou a pousada, tentou da melhor forma possível ajudar, mas estar viajando em outro estado a trabalho não colaborava muito na situação. Porém o rapaz fazia o que podia pelo amigo.
Os dois se conheciam desde sempre, passaram por muitas coisas juntos. Mas quando resolveram trocar de profissão, acabaram se afastando fisicamente.
Ao chegarem na pequena rodoviária, as pessoas começaram a levantar, saindo do ônibus.
- Senhora? A gente já chegou. - Balançou de forma delicada.
- Oh! Chegamos? - Piscou algumas vezes. - Obrigado, filho. Sempre acabo dormindo nessas viagens! - Riu.
- Eu entendo. Quase dormi também. - Sorriu pequeno.
Os dois levantaram, não demorando a sair dali.
Otávio sentiu um vento bater em seu rosto, o fazendo fechar os olhos e suspirar pesadamente. Pegou sua mochila e foi até a entrada da rodoviária, se aproximando dos táxis que estavam por ali.
- Opa, parceiro? Precisando de uma viagem? - Um homem com uma camisa de botões aberta e um sorriso amarelado disse alto.
- Sim, para esse endereço. - O estendeu aquele pedaço de papel.
- Ah sim! A pousada da Dona Cecília. - Sorriu. - Pode entrar. - Sentou no banco do motorista, saindo de lá ao que o loiro sentou no banco de trás.
Um sertanejo tocava em volume baixo sendo a trilha sonora daquela paisagem típica de cidade interiorana.
Não demoraram a chegar, sendo uma parte meio afastada do centro e perto da natureza.
Otávio desceu do táxi depois de ter pago e olhou o local vendo uma casa de dois andares. As janelas eram pintadas de vermelho e a casa em um branco, dando o contraste perfeito.
Se aproximou do local, subindo os poucos degraus que tinha e sentindo o peso de sua mochila.
- Seja bem-vindo! - Uma senhora com um vestido que ia até o joelho e sapatilhas, disse animada. - Como posso ajudar?
- Sou Otávio, eu vim por indicação do Carlos Uchida. - Sorriu educado.
- Ah claro! - Sorriu grande. - Carlos sempre aparecia no período de férias, rapaz muito alegre. Sou Cecília.
- Prazer, dona Cecília. - Não poderia negar que aquela energia carinhosa da mulher o acalmou um pouco.
- Eu vou pedir pra minha neta te levar pro seu quarto, tudo bem? - Foi para trás de um balcão de madeira simples.
Ao que foi pago o valor da estadia e dos passeios, a senhora passou por uma cortina, parecendo ser a cozinha.
Uma bela jovem apareceu, usava um vestido solto para o verão, tinha a pele bronzeada, os cabelos muito negros ondulados e olhos castanhos escuros.
- Olá! Me chamo Amada! - Sorriu grande estendendo a mão para o cumprimentar, o que foi retribuído.
- Oi, me chamo Otávio. Prazer! - Sorriu.
- Vamos! Vou te mostrar o seu quarto, Otávio! - Andou na frente, subindo as escadas.
Chegaram em um corredor com seis portas, o rapaz a seguiu até a última porta a esquerda.
Ao entrarem, viram um quarto com duas camas com lençóis brancos e um grande guarda-roupa de madeira.
- Eu arrumei a cama e também deixei toalhas limpas no banheiro. - Apontou para uma porta. - Sendo honesta com você, esse quarto é o meu favorito pela vista. - Apontou a janela.
- Sabe me dizer se vou dividir o quarto com alguém? - A olhou receoso.
Otávio não era antissocial, pelo contrário, mas tinha medo de alguém ver sua cicatriz. Explicar aquilo era muito complicado.
Além de que se aproximar de alguém poderia trazer muitos problemas, era melhor ficar sozinho.
- Ahn... não... - Franziu os lábios pensando. - É, acho que não! - Riu. - Os passeios começam amanhã, então a vó geralmente não mistura novos e velhos hóspedes. - Enquanto explicava, gesticulava as mãos.
- Tudo bem. Muito obrigado. - Suspirou aliviado.
- Bem, eu preciso descer para ajudá-la na janta e receber o resto dos hóspedes. Você veio cedo, se quiser podemos lhe servir um café da tarde.
- Não é necessário. Eu vou dormir um pouco. A viagem foi bem cansativa.
- Sem problemas. - Deu de ombros sorrindo. - Eu bato na sua porta avisando sobre a janta, caso queira descer antes, temos a sala de confraternização. - Fez uma careta pela palavra rebuscada demais para seu gosto. - Até, Otávio! - Saiu do quarto, fechando a porta.
Amada parecia alguém bom de se conversar, faz o assunto fluir sem preocupações. Poderia ser alguém para se distrair durante o tempo que ficaria ali. Mas nada aprofundado, obviamente.
Otávio tirou suas coisas da mochila, colocando no guarda-roupa. Ao terminar, separou algumas peças e foi tomar um banho para relaxar o corpo.
Depois de ficar tempo suficiente embaixo do chuveiro para ver seus dedos enrugarem, o loiro saiu do banheiro, deitando na cama apenas de toalha e adormecendo daquela forma sem querer, causada pelo cansaço.
Amada estava na recepção conversando com sua avó quando uma família chegou, pareciam ter dinheiro pela cara de pomposidade da mulher e as roupas formais do homem. O único que parecia genuinamente feliz por estar ali era um jovem que sorria grande.
- Oi? A senhora é a Cecília? - Perguntou ao se aproximar.
- Isso mesmo. - Sorriu maternal. - Você é o....?
- Maurício. - Tinha os cabelos pretos e encaracolados, que lhe dava uma aparência angelical, olhos negros e a pele levemente pálida. -Meus pais, Letícia e Roberto. - Apontou para os adultos.
- Prazer em conhecê-los, conversei com o senhor Dutra por telefone, certo?
- Isso, mesmo. Reservamos um quarto. - Disse neutro. Não sendo rude e nem gentil. Se aproximou e pagou a senhora que agradeceu.
- Eu vou mostrar o quarto de vocês. - Amada iria sair do balcão quando a mulher parou.
- Não precisa, apenas nos diga qual quarto é. Quero dormir bastante! - Letícia olhou ao redor.
- Tudo bem... - Murmurou arqueando a sobrancelha. - Última porta a direita.
Os adultos começaram a subir as escadas.
- Obrigado e desculpem pela minha mãe. É que ela não queria vir. - Suspirou. - Qual seu nome?
- Amada. - Sorriu.
- Desculpa por ela, Amada. - Retribuiu o sorriso e subiu as escadas.
Ao ver o corredor vazio franziu a testa: "Era direita ou esquerda que deveria ir?"
Deu de ombros e entrou na última porta à esquerda, arregalando os olhos ao ver um homem loiro dormindo de bruços apenas de toalha. Tinha as costas com os músculos marcados, mostrando fazer exercícios. Fechou a porta rapidamente sentindo suas bochechas esquentarem.
- Caramba! Pelo menos ele não me viu. - Sussurrou para si mesmo. Correu para a porta da frente, vendo seus pais arrumando as coisas.
- Que demora! Vem ajudar. - Sua mãe o chamou com a mão.
Maurício concordou prontamente e se aproximou.
- Que cara é essa? Viu um fantasma? - Seu pai brincou.
- Não, só tô cansado. - Encolheu os ombros.
Quando a família arrumou as coisas, sentaram nas camas. Uma delas sendo de casal e a outra de solteiro, como solicitaram.
Tomaram banho e esperaram a janta na sala por insistência de Roberto que não queria dormir no momento, pois perderia o sono a noite.
- Eu não vou jantar. Estou muito cansada. - Letícia levantou da poltrona que estava.
- Quer que eu traga algo pra comer? - Seu marido a olhou.
- Não precisa. - Respondeu e saiu de lá.
A verdade é que Maurício insistiu para irem até lá para tentar salvar o casamento de seus pais. Ele largou mão da viagem que faria com seu grupo de amigos para estar lá e esperava que desse certo.
Eles não entendiam. Aquele lugar era lindo e ele estava feliz de estar lá, mas o motivo não tinha nada de feliz...
- Eu vou acordar os outros hóspedes, podem ir para a mesa se quiserem. - Amada disse ao aparecer.
Pai e filho sentaram um ao lado do outro, conversando sobre alguns pássaros que viram.
Um casal que estava fazendo "mochilão" e Otávio desceram as escadas sentado à mesa também. O loiro sentou à sua frente, sorrindo educado.
Maurício corou ao lembrar do momento mais cedo. Se remexeu na cadeira de forma desconfortável, chamando atenção de seu pai.
- Tudo bem, filho?
Foi salvo por Cecília e Amada, que aparecem com algumas travessas em mãos, colocando na mesa.
- Espero que gostem da minha comida caseira. Ela é simples, mas feita com amor. - Sorriu orgulhosa e sentou na beira.
- Se tiver bom, eu ajudei. Se não, a vó fez tudo sozinha. - Amada brincou, sentando ao lado de Maurício.
- Deixa de bobagem. - A velha riu.
Todos comeram enquanto conversavam amigavelmente, elogiando as habilidades das duas na culinária. Os adultos acabaram indo para a sala tomar uma bebida e conversarem. Os dois mais novos iam para o quintal quando viram Otávio começar a subir as escadas.
- Não quer comer fruta com a gente? - Amada o chamou.
- Acho que... - Suspirou. - Acho que sim, vamos. - Sorriu e os seguiu até um banco embaixo de uma grande árvore.
Otávio e Amada sentaram no banco e Maurício no chão em frente a eles.
- Aqui é bem bonito. - Maurício murmurou olhando o céu estrelado.
- Eu amo ficar aqui a noite, menos quando tem muito mosquito. - A garota riu. - Peguem. - Estendeu a bacia com algumas frutas variadas.
Otávio pegou uma maçã e Maurício alguns morangos.
- Então, vamos falar um pouco sobre cada um? - Amada disse animada. - Desculpem minha empolgação, mas dificilmente vem alguém da minha idade pra cá. - Riu.
- Quantos anos tens? - Otávio perguntou a ela.
- Dezessete, quase dezoito. E você Maurício?
- Dezenove.
- Tô me sentindo um velho perto de vocês! Acho que deveria tá bebendo com os outros. - Otávio riu.
- E qual sua idade?
- Tenho vinte e oito. - Respondeu a Maurício, logo mordendo um pedaço da maçã.
- Não é tão velho! Do jeito que falou, pensei ter mais de trinta. - Disse com um morango na boca.
- Concordo! Como a avó diz, "tá na flor da juventude"! - Riu. - Vocês fazem o que quando não vem pro interior?
- Eu comecei a faculdade de fotografia. - Maurício sorriu pequeno, tinha orgulho da sua conquista.
- Eu realmente tô me sentindo um velho. Sou contador. - Fez uma careta.
- Você conta o que? - Maurício tapou a boca para rir da própria piada, sendo seguido por Amada.
Otávio franziu a testa confuso, ao entender, suavizou as feições rindo também.
- Não acredito que demorei pra pegar essa. - Mordeu mais um pedaço.
- Posso me considerar um contador de piadas ruins oficial. Quase um trabalho de tempo integral. - Sorriu com os lábios avermelhados pelas frutas.
- Eu achei boa. - Amada disse.
- Preciso concordar com ela. Tens outras piadas como essa, Mauricio? - O olhou.
- Um piadista não pode ser pressionado dessa forma. A piada tem que vir naturalmente. - Encolheu os ombros sentindo-se envergonhado por aqueles olhos verdes que pareciam o vigiar.
Amada cerrou os olhos e sorriu pequeno.
- Falem mais sobre vocês! Tô muito curiosa. - Cruzou as pernas no banco.
- Eu tive um hamster quando criança. - Maurício tombou a cabeça para o lado pensando. - Ele me mordia toda hora. - Riu.
- Nunca tive animais de estimação. - Otávio deu de ombros.
- Como assim?! - Amada arregalou os olhos, indignada.
- Nunca fui muito próximo, não gosto muito. Não sei dizer...
- Isso é desvio de caráter. - Maurício apontou para o loiro que riu. - Adota um gato, ué! Eles são fofinhos e fáceis de cuidar.
- Eu não teria tempo para dar carinho e cuidar bem.
- Você não tem uma namorada que poderia ir cuidar quando você estivesse trabalhando? - A garota perguntou com a sobrancelha arqueada.
- Não é muito a minha praia...
- Acho que não entendi... - Maurício murmurou, confuso.
- Ter uma namorada, não é minha praia. - Baixou a cabeça para rir ao ver o mais novo continuar com uma careta de quem estava perdido.
- Maurício, você não entendeu de verdade? - Amada o olhou.
- Não. Por que?
- Ele...- Foi cortada por Otávio.
- Não fala. Quero ver quanto tempo pode demorar! - Riu.
Otávio não percebia, mas acabava se soltando com os dois. Talvez por eles não terem perguntado o motivo dele estar ali ou pela leveza que eles traziam.
- Isso é maldade. - Maurício juntou as sobrancelhas. - Meu sistema é lento.
Os dois ficaram em silêncio, encarando o de olhos negros, que bufou impaciente.
- Não é sua praia ter namorada? Isso não faz o menor sentido, a não ser que... - Abriu a boca ao finalmente entender. - Ah bom... - Murmurou. - Era mais fácil ter falado diretamente! - Deitou na grama, olhando o céu.
- Não tinha sido tão complicado assim. - Amada riu.
- Claro que foi! Você viu o tempo que eu demorei! - Sentou novamente, a olhando. - Na próxima, serei mais rápido.
- Aposto que não. - Cruzou os braços.
- Tá me chamando de lerdo? - Cerrou os olhos para a morena.
- Eu? Jamais! - Sorriu.
Otávio ajeitou a postura, sentindo-se "sobrando" na situação.
- Bom! Eu vou dormir. - Levantou, esticando o corpo. - Precisamos acordar cedo amanhã, certo?
- Isso! - Amada respondeu. - Boa noite, Otávio!
- Boa noite, aos dois. - Sorriu para eles e saiu de lá.
- Que repentino... - Maurício murmurou. - Será que falei algo errado?
- Creio que não. Deve estar apenas cansado. - Deu de ombros.
- Posso te contar algo, mas promete não falar pra ninguém? - Olhou na direção da casa.
- Claro! Prometo, sim!
- Eu sem querer entrei no quarto dele e vi dormindo só de toalha! - Corou ao lembrar.
-Hum...- Sussurrou, sem interrompê-lo. - Deu pra ver além do que deveria?
- Não! Obvio! Eu sinto que deveria pedir desculpas, mas como se pede desculpas para alguém que nem sabe o que aconteceu? E como se chega falando sobre isso? - Continuou - Vai achar que sou um psicopata! - Disse tudo em um fôlego só.
- Ei! Calma! - Sentou no chão ao seu lado. - Foi sem querer e você não viu nada que não deveria, eu acho. - Riu. - Daqui a pouco você esquece isso.
- Tem razão... eu acho que só tô meio ansioso por estar em um lugar novo. - Concordou. - Falo de mais as vezes.
- Tenho certeza que aqui, você vai encontrar essa paz, Maurício.
Mesmo que seu tom era de brincadeira, tinha convicção nas próprias palavras. E sabia que em uma semana, muita coisa poderia acontecer.
Ele a olhou, já se sentindo mais calmo. Respirou fundo, sorrindo para a sua nova amiga, que retribuiu com outro sorriso.
- Acho que seremos grandes amigos, Amada. - Sorriu.
- Assim espero! De cara, gostei de conversar com você. - Olhou para o céu, com um sorriso encantador.
E foi assim que a semana do trio começou...
(3025 palavras)
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