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votem, comentem e digam o que estão achando.

dêem play nas músicas: Magic! - No Way No em "A partir daí, tudo começou a fluir com muito mais naturalidade", e B.o.B ft. Brunno Mars - Nothing On You em "Chama um táxi, vou pegar minhas coisas!".

esse capítulo é dedicado a minha linda leitora Patrícia. Parabéns meu anjo, felicidades, feliz aniversário ❤️

boa leitura 💕

_________________________________________

- Ok, minha vez!

Lari se posiciona no meio da sala e começa a fazer alguns gestos. Eu a observava atentamente tentando entender o que raios ela tentava fazer.

- Cantora! - Dai grita e ela aponta confirmando.

Larissa continua com sua mímica incompreensível e eu tentava de todas as formas pensar em algo coerente.

- Avião... - Lud tenta adivinhar. - Calma... Internacional! - Ela grita e Lari assente confirmando.

Ela continua com sua mímica até que pára tentando se lembrar de algo. Minha amiga estala os dedos e então se posiciona. Ela coloca uma mão na cintura e fica de lado, com a outra faz um gesto em uma dancinha ritmada.

- BEYONCÉ! - Ludmilla grita se levantando e Lari da alguns pulinhos comemorando. - Aê, porra!

As duas fazem um high five e então Lud assume o posto.

Um mês havia se passado desde que Lud e eu fomos naquela viagem a Florianópolis. Nossa relação, apesar de ainda não ter um nome específico, estava cada vez melhor. Lud é a pessoa que nunca imaginei que encontraria. Ela é extremamente carinhosa, atenciosa e cuida de mim de uma forma que nunca vi igual. Durante esse tempo em que estamos juntas, eu acabei percebendo seu receio quando o assunto era relacionamento. Algo me dizia que ela tinha um certo medo em ter algo sério com alguém, mas eu não me importo. Lud me faz bem e eu tento retribuir ao máximo isso a ela.

Estávamos agora em meu apartamento. Eu havia marcado mais um jantar semanal com ela e as meninas. Sim, agora nos encontramos uma vez por semana pra fofocar e fazer algo, todas juntas. Suas amigas se tornaram minhas amigas e vice versa. Aliás, a relação entre Lud e Larissa só melhora a cada dia, minha amiga tem ficado cada vez mais aberta em relação a ela e todo aquele escudo que ela havia projetado finalmente foi ao chão. No começo foi complicado, depois se tornou algo um pouco maleável, mas agora, tudo está em harmonia. Ainda me lembro de todo seu receio em relação a forma como eu me sentia com Ludmilla...

Flashback On

- Ela disse isso?

- Sim! - Digo me ajeitando melhor no sofá e ela se senta de frente pra mim.

- Do nada?

- Não. Eu também disse.

- Você falou primeiro?

- Não, as duas falaram ao mesmo tempo.

- Hum... - Ela se encosta no sofá e leva uma de suas mãos até o queixo, pensativa.

- O que?

Lari me encara com certo cuidado.

- Brunna... Eu não quero ser estraga prazeres mas... Você tem certeza do que sente em relação a essa garota?

Analiso seu olhar minucioso sobre mim e respiro fundo me aproximando mais dela.

- Tenho, Lari. Eu realmente amo a Ludmilla. Ela me faz bem sabe? Me trata bem, é carinhosa, e nós temos essa... Conexão. É surreal...

- Ok, eu sei mas...

- Não tem mais, Lari. - Seguro uma de suas mãos e encaro minha amiga com um sorriso casto. - Eu sei que você só quer me proteger, mas eu realmente acho que não preciso disso.

- Você sempre precisa!

- Mas não dessa vez! Amiga, ela realmente me faz bem e se caso ela queira transformar o que temos em algo mais sério... Eu não vou dizer não.

- Mas vocês só se conhecem a três semanas!

- E já foi o suficiente pra eu sentir o que sinto! Amiga, sério... Eu sei que parece loucura, mas essa mulher é o amor da minha vida!

Ela me encara e eu mantinha o mesmo sorriso. Larissa suspira revirando os olhos e me puxa pra um abraço apertado.

- Ok! - Ela diz me apertando um pouco mais. - Se você realmente a ama, eu não vou ficar entre vocês e impedir seja lá o que tiver que acontecer.

- Obrigada! - Digo saindo de seu abraço e ela volta a me encarar.

- Mas se ela fizer alguma coisa... Qualquer coisa, que te machuque, eu caço ela até o inferno!

- Você já disse isso...

- Eu sei, só tô reforçando pra caso você tenha esquecido!

Rio de sua fala e abraço minha amiga mais uma vez.

- Obrigada por sempre cuidar tão bem de mim. E por ficar feliz pela minha felicidade.

- Eu sempre vou querer somente o melhor pra você, meu querubim! - Ela diz colocando uma mecha de meu cabelo atrás de orelha e eu sorrio pra minha amiga.

Flashback Off

Desde aquele dia Larissa resolveu não nos impedir mais. Como uma boa melhor amiga, Larissa quis conversar com Ludmilla em privacidade sobre nossa relação. Eu não pude saber o que se passava por nenhuma das partes envolvidas. As duas ficaram cerca de uma hora e meia trancadas no apartamento de minha amiga e eu só pude me contentar com um "Estamos bem."

A partir daí, tudo começou a fluir com muito mais naturalidade. Larissa e Daiane começaram a se aproximar cada vez mais assim como Lud e eu. Era engraçado ver a interação das duas.

- Oração! - Larissa grita e Ludmilla ri negando com a cabeça.

Ela muda seus gestos e então aponta pra mim.

- Eu? - Ela nega. - Você!

Sorrio da forma como ela balançou a cabeça freneticamente, confirmando. Logo em seguida uma série de gestos incompreensíveis começaram a aparacer, eu já estava ficando tonta de tanto tentar imaginar o que diabos ela tentava fazer até que Daiane se levanta com tudo do sofá.

- ACEITA! - Lud da alguns pulinhos comemorando e elas fazem um high five.

Ela continua com a mímica e eu já começava a ficar confusa com o rumo daquela brincadeira. Nós deveríamos adivinhar as mímicas e elas deveriam ter relação com algum famoso ou algo do tipo, mas pelo visto Ludmilla estava por fora do jogo.

Ela se vira e faz um gesto como se colocasse um anel no dedo. Olho ao redor e vejo as meninas me encarando com sorrisos culpados no rosto, volto a encarar Ludmilla que tinha o mesmo sorriso e percebo seus olhos brilhando.

- Aliança? - Ela balança a cabeça de um lado para o outro como se dissesse "mais ou menos". - Namorar? - Minha voz sai trêmula e falhada. Ela da dois passos parando em minha frente.

Ainda com o sorriso intacto ela sente concordando. Lud se abaixa apoiando um dos joelhos no chão e tira uma caixinha de veludo no bolso. Ela abre me mostrando duas alianças e meu olhos de arregalam sozinhos.

- Ludmill... - Ela pousa o dedo indicador em meus lábios, me calando.

- Bru. - Encaro seus olhos e ela ainda sorria abertamente. - Aceita namorar comigo?

Meu coração estava acelerado. Minhas mãos suavam enquanto eu as sentia tremendo levemente. Minha boca secou do nada e eu não conseguia emitir um único som se quer. A mulher que eu amo estava agora, parada a minha frente, ajoelhada, me pedindo em namoro. O AMOR DA MINHA VIDA TA ME PEDINDO EM NAMORO CARALHO. Ela realmente acha que precisa perguntar? É claro que eu aceito! É óbvio! Eu aceitaria tudo o que ela me pedisse sem nem ao menos pensar duas vezes. Bom, talvez ela ainda não saiba disso... Mas enfim, é claro que eu aceito!

Eu aceito!

Saí de meus pensamentos e a encarei sorrindo. Ludmilla me olhava confusa, olhei em volta e nossas amigas também me encaravam com o cenho franzido.

- Er, Brunna... - Lud me chama e eu volto a encará-la. - Você aceita?

De repente a ficha cai. Eu ainda não tinha respondido. Não pra ela. Não em voz alta. BRUNNA, ACORDA, PORRA!

- SIM! - Minha saiu um pouco mais alta do que eu havia planejado e ela da um leve salto, assustada.- É CLARO QUE SIM, AMOR!

Ela começa a rir e se joga em meu colo me abraçando firme. Entrelaço meus braços em seu pescoço e ela distribui vários beijos em meu rosto.

- AEEEEE! - Daiane se joga em cima de nós duas comemorando.

- Finalmente desencalhou! - Lari faz o mesmo e todas ficamos naquele abraço compartilhado por mais alguns minutos.

As meninas saem de cima de nós e Lud volta a se posicionar a minha frente. Ela tira uma das alianças da caixinha e a desliza em meu dedo deixando um beijinho ali em seguida. Faço o mesmo repetindo seu ato e nos encaramos sorrindo.

- Eu te amo! - Ela diz pincelando seu nariz no meu.

- Eu amo você. - Digo a puxando pra um beijo apaixonado.

- VIVA BRUMILLA, PORRA! - Daiane grita coma garrafa de vinho em mãos.

Separo o beijo e encaro ela com o cenho franzido.

- Brumilla?

- É! - Ela responde dando de ombro. - Fala pra ela, Lud.

A encaro e ela sorri.

- Daiane tava brincando de juntar nossos nomes, essas coisas de shipps de casais adolescentes sabe?!

- Hum... E como ficaria o nome do nosso shipp? - Larissa pergunta caminhando em direção a garota.

- Darissa!

- Gostei! - Ela diz sorrindo e as duas se beijam.

- Ei, arrumem um quarto! - Lud joga uma almofada nas duas e ela riem.

- Com todo prazer! - Lari pega na mão de Daiane. - Felicidades, meu amor! - Ela me abraça forte e eu sussurro um obrigada em seu ouvido. - E você! - Ela se vira pra Lud. - Cuida direito da minha amiga, caso contrário...

- Você vai me dar uma surra! Eu já sei.

- Ótimo! - Ela diz empinando o nariz.

- Felicidades, Bru! - Daiane me abraça fazendo o mesmo com sua amiga logo em seguida. - Se deu bem, Ludconda!

Lud fecha a cara e da um soco no braço da amiga, que ri saindo do apartamento com Larissa gargalhando alto.

Vejo a porta se fechando e pulo com tudo no colo de Ludmilla. O impacto fez o corpo dela cambalear e nós duas caímos no chão.

- AI MEU DEUS! DESCULPA! - Grito exasperada com medo de tê-la machucado.

- Tá tudo bem amor... - Ela diz fazendo uma careta de dor. - Você tá feliz, isso é o que importa!

- Eu não to feliz. - Digo séria e ela franze o cenho.

- Não?

- Não! Eu tô MEGA FELIZ! - Grito a última parte me sentando em seu colo e ela se senta também abraçando minha cintura. - Você é incrível, amor! Você é perfeita! Maravilhosa! Eu te amo! - Começo a distribuir vários beijos em seu rosto enquanto ouvia sua risada gostosa.

- Você que é perfeita! - Ela segura meu queixo me fazendo encará-la. - Minha perfeita... Minha namorada!

Sinto meu ventre se contrair com aquelas palavras e só então a ficha cai.

- Meu Deus! A gente tá namorando!

- Sim...

- Você é minha namorada agora!

- Eu sou!

- Hum... - Lhe dou um selinho rápido e arqueio uma de minhas sobrancelhas. - Sabe o que isso quer dizer?

- O quê?

- Quer dizer que se alguma vagabunda der em cima de você, eu tenho permissão pra acabar com a raça dela.

Lud arregala os olhos e logo cai em uma gargalhada alta.

- Você é surtada!

- Surtada nada minha filha, você é minha agora! Só minha e de mais ninguém!

- Digo o mesmo pra você, dona Brunna!

- Ih, nem precisa se preocupar, ninguém além de você me interessa.

- Hum, nem aquele muleque que trabalha pra você?

- O Rafa? - Soto uma gargalhada alta. - Me poupe, credo.

- Hum, sei...

- Ih, tá com ciuminho é?

- Daquele pirralho? Nunca! - Ela levanta o nariz fingindo indiferença. - Eu me garanto, baby.

- Ah, se garante é?

- Uhum.

- Então me mostra! - Digo em um sussurro mordendo levemente o lóbulo de sua orelha e ela aperta firma minha cintura.

- Brunna...

- O que? Só quero comemorar com minha namorada, ué.- Deixo dois longos beijos em seu ponto de pulso e ela se afasta me encarando.

- Repete! - Encaro seus olhos esbanjando luxúria e sorrio maliciosa.

- Minha namorada! - Digo roçando nossos lábios e minha voz sai em um tom mais grave.

- Você ainda tem camisinha aqui? - Ela pergunta já beijando meu pescoço e sinto meu corpo inteiro se arrepiar.

- Comprei uma caixa nova ontem...

- Ótimo! - Lud arranca minha blusa sem ao menos me dar tempo de processar tudo.

Ela começa a beijar meu pescoço enquanto segurava firme em minha cintura me fazendo rebolar em seu colo. Jogo a cabeça para trás e seguro seu cabelo firmando sua boca ali. Por alguns segundos abro os olhos e encaro a aliança em meu dedo brilhando e reluzindo. Um sorriso involuntário surge em meus lábios e sinto meu coração acelerar. Finalmente Ludmilla Oliveira é minha!

{...}

Acordei sentindo beijos suaves e demorados sendo depositados em meu rosto. Me virei na cama ficando de frente pra ela e abri meus olhos a encarando. Lud sorria lindamente, seus olhos estavam um tom mais claro e os raios de sol que entravam no quarto davam um ar angelical ao seu rosto tão bem desenhado.

- Bom dia, rainha do meu castelo. - Sinto meu corpo se arrepiar por completo ao ouvir aquela voz rouca e arrastada.

- Bom dia, amor da minha vida. - Seu sorriso se alarga ainda mais ao me ouvir dizer aquilo.

Lud se deita parcialmente sobre mim e me beija. Seguro seu ombro com certa delicadeza e sinto seus dedos fazerem uma leva carícia em meu rosto. Ela separa o beijo com alguns selinhos e então volta a me encarar.

- Quer que eu prepare o café?

- Humm... Sim!

- Ok, te espero na cozinha. - Ela me dá um beijo rápido e se levanta da cama.

Sinto meu coração errar uma batida quando me atento a visão que estava tendo. Ludmilla estava completamente nua. Haviam algumas marcas roxas em seu corpo, marcas da noite espetacular que tivemos ontem. Ela calça os chinelos e se vira indo em direção a porta. Suas costas estavam com marcas de arranhões e sua bunda ainda estava um tanto vermelha. É... Nossa noite foi realmente perfeita!

- Ei! - Digo antes que ela pudesse sair e Lud me encara. - Não vai tomar banho e escovar os dentes?

- Eu já fiz isso. - A encaro confusa e ela sorri. - Aliás, você é linda dormindo!

Ela sai do quarto e sinto meu rosto queimar de vergonha. Lud acordou primeiro que eu e me viu dormindo. DEUS, eu provavelmente estava horrível. Decido esquecer aquilo por hora e me espreguiço ainda deitada. Me sento na cama sentindo meus músculos reclamarem e sorrio quando sinto algumas dores em partes específicas de meu corpo, me fazendo lembrar perfeitamente bem de cada movimento que fiz pra que a dor existisse. Me levanto calçando meus chinelos e vou em direção ao banheiro. Paro em frente ao espelho e começo a observar com cuidado as marcas que existiam em meu corpo. Os dedos de minha namorada estavam impressos em minha cintura, algumas marcas roxas espalhadas em meu pescoço e seios, me virei parcialmente e vi a marca de sua mão perfeitamente desenhada em minha bunda. Sorri me lembrando de algumas coisas que aconteceram, Ludmilla sabia muito bem me levar a loucura.

Entro no box prendendo meu cabelo em um coque alto e abro o registro deixando a água morna cair sobre meus ombros, os relaxando na mesma hora. Solto um gemido satisfatórios sentindo a água bater contra meu corpo e começo meu banho. Não iria demorar muito ali por ainda teria que abrir a floricultura hoje e não queria chegar atrasada.

Saio do banheiro com a toalha enrolada no corpo e vou até o closet. Tiro de lá uma camisa branca de botões, uma calça jeans preta skinny, com alguns rasgos no joelho e meu all star preto. Coloco uma lingerie e visto a roupa dobrando as mangas da camisa, faço uma maquiagem leve e ajeito melhor meu cabelo no coque.

Saio do quarto indo em direção a cozinha o cheiro faz meu estômago roncar. Entro no cômodo e não consigo segurar o riso com a cena que estava a minha frente.

Ludmilla usava apenas um avental com estampa de vaquinha, ela tinha os cabelos presos e dançava ao som da música que tocava ao fundo. Caminho até ela tentando fazer o máximo de silêncio possível e quando já estava perto o suficiente, deixo um tapa estalado em sua bunda. Ela da um pulinho e se vira pra mim com a mão no peito, mais precisamente no coração.

- Tá maluca, garota? Que susto da porra!

- Desculpa vida, não resisti!

- Só desculpo porque te amo. - Ela me puxa pra um beijo e eu entrelaço meus braços em sua cintura.

- O que ta fazendo? - Olho por cima de seu ombro
vendo o conteúdo da frigideira.

- Senta lá na mesa que daqui a pouco você vai saber. - Ele me da mais um selinho e eu a solto. Sento na cadeira me servindo de um copo de suco e não demora muito pra ela aparecer com nossos pratos na mão.

- Se o gosto estiver tão bom quanto cheiro...

- Pode apostar que está, gatinha. - Ela diz me mandando uma piscadela.

Dou a primeira garfada e sinto uma explosão de sabor em minha boca. Tudo estava extremamente delicioso.

- Não sabia que cozinhava tão bem, amor.

- Eu tenho muitos dotes ocultos, um dia você vai descobrir cada um deles.

- Hum, é mesmo?

- Sim. - Ela diz empinando o nariz e eu sorrio.

Terminamos de comer em meio uma conversa divertida e alguns beijinhos apaixonados. Em momento algum eu conseguia para de admirar minha aliança. É linda!

- Vida...

- Hum?!

Me levanto de minha cadeira e vou em direção a ela. Lud percebe minhas intenções e se afasta um pouco da mesa. Passo uma de minhas pernas por cima das suas, me sentando em seu colo, de frente pra ela. Lud segura minha cintura com carinho e eu seguro seus ombros.

- Você tem certeza mesmo de que quer isso?

Ela franze o cenho me encarando e eu permaneço quieta.

- Isso o quê, amor?

- Você sabe... - Levanto a mão mostrando a aliança e ela respira fundo.

- Vida, a gente já conversou sobre isso.

- Eu sei! Mas eu quero que você tenha certeza...

- Eu tenho! Brunna. - Ela se ajeita melhor na cadeira e me puxa colando um pouco mais nossos corpos. Seus olhos estavam focados nos meus e eu poderia jurar que ela conseguia ver minha alma. - Amor, eu te amo! Você é a pessoa mais incrível que eu ja conheci. Você me faz bem, me faz feliz e eu já decidi. É você com quem eu eu quero passar a vida ao lado. É so você, amor!

Sinto meu coração acelerar e meus olhos começam a marejar. Desvio o olhar encarando o teto e respiro fundo voltando a encarar minha namorada.

- Você existe mesmo? - Ela sorri e meu coração transborda.

- Sim, e sou toda sua!

Lud segura minha nuca e aproxima nossos rostos. Ela cola nossos lábios em um selinho casto e meu estômago se revira com as borboletas que já eram hóspedes ali. Ela da uma leve mordida em meu lábio inferior e começa a aprofundar o beijo, com calma. Sua língua serpenteava sobre a minha com desejo enquanto seus lábios se fundiam aos meus. Ela segura minha cintura com firmeza pressionando nossos copos e eu suspiro fundo entre o beijo quando sinto seu membro já dando sinais de vida. Agarro levemente algumas mechas de seu cabelo e sem que eu percebesse, começo a rebolar minimamente em seu colo. Seus dedos se apertam ainda mais em minha pele e eu já começava a sentir o famoso formigamento em meu ventre. Ela encerra o beijo com alguns selinhos e se separa por conta da falta de ar. Permaneço de olhos fechados por alguns instantes tentando me recompor enquanto ainda sentia o leve formigamento em meus lábios.

- Você é meu vício! - Ouço sua voz rouca reverberar em meu ouvido e meu corpo se arrepia.

- Você não é diferente. - Abro os olhos e a encaro. Ludmilla tinha um sorriso malicioso estampado no rosto.

Suas mãos ainda estavam firmes em minha cintura, nossos corpos continuavam colados um ao outro e eu ainda segurava firme em seu cabelo. Ela se aproxima colando sua boca em meu ouvido e meu corpo estremece ao ouvir sua voz grave sussurrar.

- Me da só um motivo pra mim não arrancar sua roupa e te comer aqui em cima dessa mesa, agora mesmo.

Prendo o gemido que ameaçou sair e com muito esforço me afasto dela.

- Eu p-preciso t-trabalhar. E você também... - Digo com certa dificuldade olhando profundamente naqueles olhos castanhos que agora estavam claros, transbordando todo seu desejo.

- Ok... - Ela sorri e me um selinho rápido. - Mas não pense que você se safou dessa.

- Não é como se eu não quisesse, sabe...

Lud sorri e me beija novamente. Ela se levanta da cadeira comigo ainda em seu colo e eu solto um leve gritinho em surpresa. Entrelaço minhas pernas em sua cintura e ela caminha comigo até o quarto. Depois de mais alguns beijos ela me coloca no chão e eu vou em direção ao banheiro afim de escovar meus dentes.

- Eu ainda quero saber. - Ela se encosta no batente da porta terminando de prender o cabelo em um rabo de cavalo. Encaro ela pelo reflexo do espelho enquanto enxaguo a boca. - Onde foi que você aprendeu a ser tão flexível?

Solto uma risada alta e enxugo a boca. Me viro de frente pra ela e abraço sua cintura.

- Eu fiz balé até os quinze anos. - Lud abre a boca em surpresa e eu rio de sua expressão.

- Então não doeu pra você fazer aquilo?

- Não.

- Hum... - Ela me dá um selinho deixando um sorriso divertido aparecer. - Então você consegue fazer de novo?

- Eu consigo fazer muito mais que aquilo.

- Tipo o quê?

Fico na ponta dos pés me aproximando de sua orelha e sussurro algumas coisas que eu tinha consciência que conseguiria fazer. Ela se afasta com a mão na boca em surpresa e eu dou de ombros.

- Você já fez algumas dessas coisa com alguém?

- Não. Você é a primeira.

- E única!

- Isso mesmo! - Passo por ela lhe dando um beijo rápido e pego minha bolsa saindo do quarto. - Tchau meu amor, eu te amo.

Ela segura meu braço e me puxa me beijando com vontade. Deixo alguns suspiros escaparem entre o beijo e ela se afasta.

- Tchau minha vida, eu te amo. - Lud roça levemente a ponta de seu nariz no meu e me dá mais um selinho.

Saio do apartamento indo em direção ao elevador e logo já estava no estacionamento. Entro em meu carro dando partida e logo saio dali. Após rápidos vinte minutos finalmente chego na floricultura e Rafael já me esperava na porta. Desço do carro com minha bolsa em mãos e aperto a trava elétrica.

- Bom dia, Brunna. - Ele diz com certo descaso e eu nem o encaro.

- Bom dia, Rafael.

Destranco a porta passando por ela com o garoto em meu encalço e vou direto para o balcão. Ligo o computador e pego a lista de pedidos que deveriam ser entregues hoje. Começo a digitar algumas coisas na planilha que havia aparecido e Rafael volta da sala ao lado, colocando suas luvas e avental.

- Pedidos pra hoje?

- Sim, preciso que faça uma entrega de duzentas orquídeas na Ilha do Governador. - Pego a prancheta que estava em cima da mesa e estendo pra ele. - O nome da rua e o número do local estão aí.

Continuo com os olhos focados na tela a minha frente até que começo sentir o olhar do garoto sobre mim. Aquilo já estava começando a me incomodar. Levanto meu olhar e percebo que Rafael encarava minha mão, mais precisamente o dedo em que estava minha aliança. Seu cenho estava franzido, a mandíbula travada e ele já estava começando a ficar vermelho.

- Algum problema? - Pergunto exaltando um pouco o tom de minha voz e ele me encara.

- Você... Tá namorando?

Respiro fundo, mantendo a calma.

- Sim.

- Com aquela... Moça?

- Sim.

Ele respira fundo apertando fortemente a prancheta.

- Felicidades. - O garoto diz e sai dali imediatamente. Ele passa pro cômodo ao lado e bate a porta com tudo fazendo os vidros da vitrine tremerem levemente.

Fecho os olhos inspirando forte o ar e volto minha atenção para o computador.

- Obrigado...

...

- E ele ficou todo putinho! - Ouço a risada estridente de minha amiga ecoar pela sala e me junto a ela bebendo mais um gole de minha taça.

- Puta que pariu, eu queria estar lá pra ver isso!

- Não queria amiga, se não você iria bater nele.

- Realmente! - Ela ri mais um pouco e então brinda sua taça na minha.

Continuamos conversando por mais alguns minutos até que ouço a campainha tocar.

- Tá esperando alguém? - Pergunto e ela nega com a cabeça. - Estranho, o interfone não tocou...

Levanto do sofá deixando minha taça em cima da mesa de centro e vou até a porta. Olho no olho mágico e um sorriso se abre automaticamente assim que vejo quem estava do outro lado. Abro a porta e dou de cara com Daiane parada ali, com um sorriso enorme e uma Ludmilla um tanto desanimada encostada na parede.

- Oi meninas...

- Oi Bru! - A morena me abraça apertado e passa por mim entrando no apartamento.

Encaro Ludmilla e ela se aproxima sorrindo, um tanto cansada, e me abraça forte deixando um beijo no topo de minha cabeça.

- Oi, amor.

- Oi, vida. O que houve? - Pergunto dando passagem e ela entra me puxando pela mão.

- Daiane teve uma idéia...

- Qual?

- Vamos sair! - Ela grita animada e todas a encaramos.

- Como é?

- Isso mesmo! Vamos comemorar.

- Comemorar o quê, exatamente?

- O novo casal, oras. - Ela aponta pra Lud e eu.

Encaro a garota que estava eufórica e sinto meu cérebro dar um nó.

- Daiane, já é tarde e amanhã todas nós trabalhamos.

- E daí? A gente precisa cometer uma loucura de vez em quando. E faz tempo que a gente não sai, seria legal dar uma espairecida... - Ela se aproxima de mim com os olhos brilhando. - Vamos Brunninha, por favor!

Encaro ela e em seguida minha amiga, as duas pareciam estar animadas. Meus olhos migram pra Ludmilla que estava esparramada no sofá com um semblante cansado.

- Amor, você quer?

Ela da de ombros.

- Por mim tudo bem.

- Mesmo?

- Mesmo.

Pondero por alguns instantes e então me dou por vencida.

- Ok... - Darissa pulam comemorando e se abraçam. Encaro Lud que agora sorria abertamente pra mim. - Vou me arrumar...

- Eu também! - Lari sai dali com Daiane agarrada em sua cintura e as duas vão pro apartamento dela.

Vou até o quarto afim de me trocar, já que já havia tomado banho e estava de pijamas. Escolho um vestido vermelho curto de alcinha, uma sandália de salto também vermelha e faço uma maquiagem leve. Deixo meu cabelo solto e por conta do coque que havia usado o dia todo, ele tinha algumas ondulações. Termino de conferir tudo na frente do espelho e passo o perfume que Lud havia me dado de presente. Escolho um colar de ouro pra usar já que o decote de meu vestido não era nada discreto e um par de argolas médias, douradas.

- Uau! - Ouço a voz de Lud inundar o closet e a encaro.

- Gostou?

- Você tá linda! - Ela diz se aproximando de mim e então me abraça colando nossos corpos. Sinto seu perfume inundar minhas narinas e me deixo vagar em pensamentos sentindo sua leve carícias em minhas costas. - Você fica ainda mais perfeita de vermelho!

- E você fica ainda mais gostosa em camuflagem. - Digo me soltando do abraço e lhe encarando dos pés a cabeça.

Ludmilla usava uma calça cargo, larga, camuflada e uma camisa branca lisa. Uma jaqueta de couro preta por cima e um coturno de couro também preto nos pés. Sua maquiagem realçava somente seus lindos olhos e ela também usava argolas, porém prateadas. Ela havia mudado o cabelo, usava tranças pretas com alguns adereços prateados. Uma perdição...

- Aprovado meu look? - Ela pergunta dando uma volta em seu próprio eixo e eu sorrio em resposta.

- Super! - Digo um tanto empolgada e ela volta a me abraçar colando nossos corpos.

Lud me puxa pra um beijo calmo que logo se transforma em algo mais. Ela desliza seus dedos, subindo por meus braços até chegar em meu pescoço aonde os infiltra em meu cabelo. Deus polegar fazia uma leve carícia em minha bochecha em sua língua passeava sobre a minha sem pudor algum. Seguro sua nuca deixando leves arranhões ali e permito ela guiar o beijo da forma como queria. Ela o cessa com alguns selinhos e então os desce por meu pescoço desnudo. Deixo alguns suspiros sôfregos escaparem enquanto suas mãos me apertavam com vontade.

- Amor... - Minha voz sai entrecortada e com certa dificuldade. - Nós precisamos ir... As meninas...

- Se você quiser pode chamar elas também...

Abro os olhos e me afasto. Ela me encara confusa e então dou um tapa em seu ombro.

- Tá louca? Chamar as meninas pra quê?

Lud solta uma gargalhada alta e eu fecho a cara.

- Calma, eu tô brincando!

- Iu ti brincandi. Palhaça! - Dou outro tapa em seu ombro ela sorri colocando a mão no local. Passo por ela pisando firme e sinto sua mão agarrar meu pulso.

- Amor, não fica assim...

- Eu não tô de graça, Ludmilla! Me solta!

- Ei! - Ela me puxa para si me abraçando pela cintura e eu desvio o olhar. - Amor, era só brincadeira. Não fica assim, poxa...

- Você tem umas brincadeiras bem idiotas.

Ela segura em meu queixo me fazendo encará-la e eu reviro os olhos.

- Desculpa, não sabia que ia te incomodar tanto. Não faço mais.

- Hum...

- Para com isso, baby. - Meu coração salta ao ouvir ela me chamar daquele jeito. Aquele era o apelido que ela havia me dado quando nos conhecemos.

Isso era golpe baixo demais, ela sabia que eu não iria resistir.

- Você é ridícula. - Digo tentando manter a pose mas ela volta a beijar meu pescoço equanto fazia uma leve carícia em minha barriga.

- Eu sei, mas você me ama mesmo assim.

- Além de tudo é convencida.

- Realista. - Ela diz me dando um último selinho e então entrelaça seus dedos nos meus. - Vamos?

- Hm.

- Ótimo! - Lud me dá mais um selinho e então saímos do quarto indo em direção ao corredor do lado de fora do apartamento.

- Finalmente! Achei que teríamos que esperar as dondocas terminarem a foda. - Larissa diz nos acompanhando até o elevador.

- O melhor a gente guarda pro final. - Lud responde com um sorriso presunçoso e aperta o botão do térreo.

- Você sabem que dá pra ouvir tudo no apartamento ao lado, né?

Encaro Daiane com os olhos arregalados e ela e Larissa riem.

- Clama Bru, não dá pra ouvir tudo. - Solto o ar aliviada. - Só seus gritos. - Ela diz saindo da caixa de metal com Daiane em seu encalço enquanto as duas gargalhavam.

Sinto meu rosto esquentar e Ludmilla sorri me encarando.

- Eu disse pra você se controlar... - Ela diz dando de ombro e saimos dali em direção a saída do prédio.

- Eu poderia até tentar se seu pau não tivesse ido parar no meu diafragma.

Ela ri ainda mais alto chamando um pouco a atenção do porteiro e eu apenas nego com a cabeça. Cumprimento o porteiro lhe desejando um bom fim de noite e vamos em direção ao táxi que as meninas já haviam pedido. Trinta minutos depois já estávamos na boate. Entramos sem muitos problemas, já que nossos nomes estavam na lista e as meninas já logo procuram uma mesa.

Me sento ao lado de Ludmilla e não demora muito pra que as bebidas comecem a ser servidas. A música tocava alto embalando nossos corpos e pensamentos e o álcool já começava a fazer efeito. Eu observava ao redor enquanto Ludmilla e Daiane estavam em uma conversa animada até que sinto a mão de minha amiga tocando a minha. Encaro Larissa e ela faz um sinal com a cabeça me indicando um local. Corro meus olhos até lá e minha face se retorce em reprovação no exato momento em que vejo quem eu menos gostaria. Minha mandíbula de contrai quando a tal pessoa começa a caminhar em nossa direção com um sorriso nojento nos lábios.

- Ei, Brunna! - Ela diz assim que chega em nossa mesa e os olharem vão todos para ela.

- Oi, Cinthya. - Cumprimento a contragosto e ela sorri ainda mais.

- Oi Lud. - Ela cumprimenta minha namorada ignorando as oitras ali e eu a encaro com o cenho franzido. - A quanto tempo não te vejo, me deixou com saudades.

Encaro Ludmilla que já estava completamente sem graça. Ela sorri forçada tentando não manter contato visual coma garota.

- Realmente, bastante tempo.

- Como tem passado?

- Muito bem! - Ela responde imediatamente segurando firme minha mão por cima da mesa.

O olhar de Cinthya paira ali e seus olhos se arregalam quando nossas alianças reluzem.

- Ah, entendo... Bom, se quiser conversar qualquer dia, sabe onde me encontrar. - Ela diz voltando a pose anterior. - Só me ligar que vou correndo até você. - A garota sai dali me deixando boquiaberta com tamanha falta de noção.

Daiane estava tão embasbacada quanto eu e Larissa fuzilava a garota com o olhar. Ludmilla está quieta de cabeça baixa, já aguardando o que poderia vir em seguida.

- Que palhaçada foi essa? - Pergunto alterando minha voz e já me preparando pra levantar.

Sinto sua mão em meu pulso e a encaro.

- Vida, não! - Ela diz tentando me passar tranquilidade. - Deixa, ela já foi!

- Mas Ludmilla...

- Só deixa! Ela sabe que tô com você!

Volto a me sentar ainda contrariada e viro mais dois shots de tequila. Ludmilla me abraça lateralmente e me dá um beijo calmo na tempora esquerda. Cruzo os braços ainda aravessada com aquela história. Depois de algum tempo as meninas decidiram ir dançar e eu continuei ali sentada, emburrada, com Ludmilla grudada em mim. Ela fazia questão de me dizer o quanto eu estava linda e distribuía beijos aleatórios em minha bochecha, pescoço e ombro. Suas palavras até surtiam certo efeito, mas eu ainda estava puta da cara com aquela vagabunda sem noção. Ouço ela me chamar pra dançar e resolvo ir, afim de esquecer um pouco aquela história. Caminho com ela até a pista de dança e uma música animada tocava. Deixo a melodia entrar em minha mente e meu corpo começa a responder às batidas suaves. Lud cola seu corpo no meu e eu entrelaço meus braços em seu pescoço. Começamos a dançar coladas e ela deixa alguns beijos castos em meu ponto de pulso.

- Você tá linda amor! - Ouço sua voz um tanto rouca soar em meu ouvido e sorrio em automático. - Esse vestido te deixou ainda mais irresistível. - Ela morde levemente o lóbulo de minha orelha e sinto meu corpo se arrepiar.

- Se controla... - Digo em meio a um gemido manhoso e ela aperta minha cintura em resposta.

- Não dá. Ainda mais sentindo esse seu cheiro...

- Lud...

- Bru, você me deixa louca! - Ela rosna em meu ouvido me causando alguns espamos em meu estômago e eu trinco a mandíbula.

- O que você acha de ir pra casa? - Pergunto em um sussurro e encaro seus olhos. Um sorriso malicioso surge em seus lábios e ela me beija.

- Acho uma ótima idéia.

- Chama um táxi, vou pegar minhas coisas!

Ela concorda e eu saio de seus braços indo em direção a mesa. Eu precisava avisar as meninas mas não sabia aonde elas estavam. Apenas mando uma mensagem pra Larissa avisando que iríamos embora e pego minha bolsa saindo dali. Passo pela porta já olhando para os lados à procura de Ludmilla e não a encontro. Dou alguns passos pra fora do local ainda a procurando até que vejo uma silhueta conhecida por mim do outro lado da rua. Minha visão estava um pouco turva e embaçada, devido ao álcool que ainda se fazia presente em meu sangue. Estreito os olhos e vejo Ludmilla do outro lado, mas ela não estava sozinha. Havia uma garota agarrada em seu pescoço e ela parecia de todas as formas se desfazer do contato. Me aproximo dela atravessando a rua sem nem ao menos olhar ao redor afim de ver se vinha algum carro. Ouço uma bozina estridente tocar e apenas ignoro segundo adiante.

- É só um beijo, ela nem precisa saber.

- Me solta caralho!

- Ludm...

- Você tá surda? - Altero o tom me aproximando um pouco mais e dou de cara com a vagabunda.

Ela revira os olhos pra mim. Repito: ELA REVIRA. OS OLHOS. PRA MIM, e então bufa.

- Você não sai mais do meu pé, né...

- Tá de palhaçada? - Pergunto já irritada e ela finalmente solta Ludmilla. - Você dá em cima da minha namorada, agarra ela no meio da rua, pede beijo dizendo que eu não vou saber e eu que não saio do teu pé?

Ela de ombros e Lud vai pra trás de mim.

- Amor, deixa ela.

- Eu já deixei ela por tempo demais. Tô cansada dessa garota.

- Ótimo. - Ela diz sorrindo. - Então vai embora e deixa a gente em paz.

- VOCÊ SÓ PODE TA LOUCA! - Digo indo em sua direção e sinto os braços de Ludmilla me agarrarem por trás. - ME SOLTA! EU VOU ACABAR COM ESSA VAGABUNDA!

- BRUNNA, PARA! - Sua voz se altera eu tentava de todas as formas me soltar.

Sinto seu corpo me arrastar pra longe dali até que ela me joga dentro de um carro. Ludmilla dá um endereço qualquer ebquanto tentava colocar o cinto em mim, enquanto eu me debatia.

- EU NÃO QUERO, ME SOLTA!

- Para com isso! - Ela diz em um sussurro firme segurando meu queixo com certa brutalidade.

Encaro com raiva seus olhos que já estavam negros e tento controlar minha respiração.

- Você sempre defende elas!

- Eu não tô defendendo ninguém, Brunna!

- CALA A BOCA, LUDMILLA! - Tiro sua mão de mim a jogando longe e ela respira fundo.

Volta meu olhar para o lado de fora da janela e permito algumas lágrimas escorrerem por meu rosto. Já era a segunda vez que isso acontecia. Eu já estava cansada de situações como essa. Ludmilla e eu estávamos juntas a três meses. Os melhores três meses da minha vids. Nos damos bem, ela me faz um bem enorme e me sinto imensamente feliz ao lado dela, mas em momentos assim eu costumo pensar se realmente vale a pena continuar. Ludmilla sempre defendia essas garotas sem noção e eu saía como a doida da situação. Eu sei que meu ciúme é um tanto incontrolável, mas não dá pra engolir e fingir que não acontece nada. Eu não tenho sangue de barata, porra. Simplesmente não dá.

Saio de meus devaneios quando sinto o carro parar. Observo melhor o lado de fora e me dou conta de que não fazia idéia de onde eu estava. Ludmilla paga o motorista e então sai do carro. Ela da a volta e abre a porta pra mim. Cruzo os braços encarando o banco da frente e ela suspira pesado. Lud se coloca sobre mim e abre o cinto de segurança. Ela me pega pelos braços e eu me solto saindo do carro sozinha. Mais um suspiro. Ela começa a caminhar até a entrada do edifício eu a sigo sem dizer uma palavra. Lud troca um cumprimento com o porteiro e eu somente aceno pra ele que acena de volta. Passamos pela recepção do lugar e eu me encanto com o que vejo.

O cômodo era completamente luxuoso. Todo pintado de branco com alguns detalhes em dourado, haviam algumas estátuas de anjos espalhadas e uma mini fonte no centro do lugar. Ludmilla caminha até o elevador e aperta o botão, as portas se abrem na hora indicando que ele já estava parado no local. Entro na caixa metálico e percebo que ela era todo vermelho por dentro com alguns detalhes em dourado. Ludmilla aperta o número 25 e subimos em um silêncio denso e profundo. Eu não está a afim de dizer uma única palavra e pelo visto, ela também não. Finalmente as portas se abrem e eu levo um choque. O elevador estava parada dentro e um apartamento extremante luxuoso.

O local é enorme. As paredes são brancas, o chão de mármore preto, havia uma parede de vidro do lado esquerdo que ia de fora a fora nos mostrando a vista paradisíaco do Rio de Janeiro, literalmente de tirar o fôlego. Estávamos em um cômodo que parecia ser a sala de estar, havia uma TV enorme em uma das paredes, dois sofás em L da cor cinza claro muito bem posicionados e uma mesa de centro preta. Em uma das paredes havia uma estante de madeira rústica que ia do teto até o chão e continha livros enormes e coloridos de capa dura. Mais a frente era possível ver a cozinha muito bem equipada toda de inox e ao lado, o que parecia ser a sala de jantar com uma mesa de mármore imensa com doze lugares. Havia uma escada ao lado que indicava o possível segundo andar no apartamento.

- Tá mais calma? - Ouço sua voz surgir atrás de mim e me viro pra ela ainda com o cenho franzido.

- Que lugar é esse? - Minha voz sai ríspida e ela respira fundo.

- Minha casa. - Ela diz dando de ombros com total naturalidade e eu seguro meu queixo que ameaçou cair.

Ludmilla caminha até a cozinha e eu vou seguindo ela olhando em volta. Só então percebi que havia alguns quadros com fotos espalhadas pelo local. Haviam muitas fotos dela e algumas de outras pessoas que eu não saberia dizer quem são. Lud enche um copo com água e bebê dando fortes goladas. Observo a cena ainda sem entender o que se passava.

- Por que me trouxe pra cá?

- Pra poder conversar.

- Eu não tenho nada pra conversar com você. - Digo me virando de costas e começo a caminhar de volta para o elevador.

- Brunna, para com isso! - Ela segura minha cintura e eu solto suas mãos de mim.

- Eu tô cansada disso!

- Disso o quê?

- Dessa tua mania de sempre defender essa vagabundas! - Grito sentindo minha garganta queimar e as lágrimas já começavam a se acumular em meus olhos.

- Eu não tô defendendo ninguém...

- É claro que tá! Você nunca faz nada! Essas garotas se jogam na tua cara e você acha normal.

- Claro que não!

- CLARO QUE SIM!

- Brunna! - Ela respira fundo e estende a mão pra mim. - Se acalma, ok? Vamo conversar direito...

- Eu já disse que não tenho nada pra conversar com você. - Enxugo as lágrimas que rolavam e então tiro a aliança do meu dedo colocando sobre o sofá. - Pra mim já deu!

Me viro de costas novamente e vou até o elevador.

- Espera, o quê?

- Eu cansei Ludmilla.

- Brunna. Brunna! - Ela segura em mina cintura me prendendo em seu corpo. Soco seus ombros tentando me soltar e ela me agarra ainda mais forte.

- Me deixa em paz!

- Não faz assim!

- Assim o quê? - Encaro seus olhos e eles estavam vermelhos e marejados assim como os meus. - Toda vez é a mesma coisa...

- Por favor, vamos conversar!

- Não! Ludmilla já é a segun... - Ela me beija com certa brutalidade e meu corpo cede. Sinto meus braços relaxarem mesmo contra minha vontade. Aos poucos ela vai cessando o beijo e então volta a me encarar. As lágrimas já rolavam livres em meu rosto.

- Por favor, não é assim que a gente vai se resolver.

- Eu não quero.

- BRUNNA! - Ela me segura firme pelos ombros e eu a encaro com certo medo. Lud afrouxa o aperto de suas mãos e fecha os olhos inspirando o ar. - Ela veio atrás de mim...

- Eu não quero saber!

- E eu neguei! - Ela continua elevando meio tom de voz. - Eu neguei! Disse que estava com você e que não queria mais ninguém! Eu não deixei, eu fiz algo, só que ela começou a me agarrar e foi aí que você chegou!

- Ela me provocou antes disso, lá dentro, e você não fez nada! Nada, Ludmilla!

- Eu não posso fazer nada contra ela.

- Por quê?

- Porque ela é porra da filha do meu chefe! - Ela grita em exaustão e só então eu finalmente entendo sua agonia. - Eu não posso fazer nada contra ela, porquê quem se fode sou eu! Eu queria dar na cara dela tanto quanto você, mas eu não posso, amor! - Sua voz saia embargada e falhada. Meu coração se aperta ao ver ela daquele jeito. - Não vai embora! Por favor, não vai embora! - Seus soluços já saíam sem pudor algum e ela solta meus braços sem força alguma. - Não me deixa por causa disso, por favor! Eu te amo!

- Ok. Tá bom amor, calma! - Abraço forte sua cintura e ela me agarra como se dependesse daquilo pra viver. - Eu não vou a lugar algum, eu tô aqui! Calma! - Caminho com ela até o sofa e me sento ali. Lud deita a cabeça em meu peito e me abraça ainda mais forte.

Minha cabeça ainda estava um pouco confusa. Toda a raiva que eu sentia daquela nojenta asquerosa se esvaiu e agora meu único pensamento era em acalmar minha namorada. Encaro a aliança sobre o sofá e a pego colocando de volta em meu dedo, daonde ela nunca deveria ter saído. Continuo acariciando seus cabelos e ela enxuga as lágrimas se levantando logo em seguida.

- Você precisa entender que não existe outra pra mim além de você! Sempre vai ser você, Brunna! - Ela diz me encarando com fervor e sinto meu ventre se contrair.

- Me desculpa! - Digo sentido todos o peso da culpa em meus ombros e ela me puxa pra um beijo casto.

- Nunca mais pense nada desse tipo! Você precisa acredita em mim, eu te amo!

- Eu sei, amor! Eu acredito!

Ficamos alguns segundos apenas nos encarando até que ela respira fundo e se aproxima.

- Eu sei que preciso ser um pouco mais firme em situações como essa, e acredite, eu serei, mas você precisa entender que eu lhe pertenço. Não existe qualquer possibilidade de um dia eu querer outro alguém.

- Você é minha?

Ela sorri e então se aproxima mais.

- Sim! - Sua voz sai rouca e arrastada. - Meu olhos só vêem você. - Ela deixa um beijo demorado em meu pescoço. - Minha boca gosta só da sua. - Me dá um selinho estalado. - Minhas mãos são suas... - Ela segura firme em minha cintura me fazendo sentar em seu colo. - Meu corpo... é tudo seu! - Encaro seus olhos que brilhavam em luxúria e me perco naquela imensidão castanha.

Ludmia conseguia transitar livremente ente seus sentimentos e isso me deixava fascinada. Seus olhos ainda estavama um tanto vermelhos por conta do choro de minutos atrás, mas agora tinham um brilho de sensualidade que me deixava hipnotizada.

- Fala isso de novo... - Peço extasiada e ela sorri.

- Meu corpo é todo seu! - Ela sopra as palavras roçando seus lábios nos meus e eu a puxo afim de beijá-la. Ludmilla desliza suas mãos por minhas coxas adentrando em meu vestido e aperta minha bunda com vontade. Solto um gemido sôfrego entre o beijo e ela se levanta comigo ainda em seu colo. Lud começa a caminhar às cegas enquanto eu fazia questão de aprofundar ainda mais o beijo.

Abro os olhos rapidamente e vejo ela subindo as escadas. Separo o beijo por conta da falta de ar e ela abre uma porta revelando um quarto enorme atrás da madeira rústica. O quarto era todo branco assim como o resto da casa, haviam três portas ali, duas poltronas com uma mesinha a frente delas, uma parede inteira de vidro que dava acesso a uma varanda e uma cama king size enorme, toda branca. Ela me joga de costas na cama e se deita sobre mim voltando a me beijar. Infiltro minhas mãos por dentro de sua camisa e começo a arranhar a pele de suas costas. Lud desce os beijos por meu pescoço e eu encaro o teto. Sorrio em surpresa ao me dar conta do que via ali. Havia um espelho enorme no teto dando a visão de tudo o que acontecia sobre a cama. Ludmilla se coloca de joelhos sobre o colchão e me encara. Ela levanta os olhos encarando o espelho e então sorri.

- Gostou?

- Muito! - Respondo animada e ela sorri de volta. Ludmilla arranca a jaqueta de seu corpo joga em um canto qualquer, ela tira a camisa revelando seu dorso tão bem definido e eu suspiro só de ver aquele monumento. Ela volta a se deitar sobre mim entre minhas pernas e vai descendo as alças de meu vestido enquanto deixava beijos lânguidos na pele exposta.

Suspiro extasiada e ela começa a subir a peça em meu corpo até tirá-lo por completo e jogar em um canto qualquer do quarto. Lud se coloca de joelho de novo e começa a abrir o cinto que usava. Seus olhos estavam fixos nos meus, a boca entreaberta exibindo sua respiração ofegante. Suas mãos ágeis logo abriram a fivela do cinto, os botões da calça e por último o zíper. Ela desce a peça tirando-a por completo do corpo e em seguida, tira os coturnos. Deslizo minhas mãos até a barra de minha calcinha e ela as segura negando com a cabeça.

- Eu quero você assim! - Sua voz sai grave e arrastada. Um gemido sôfrego sai de minha boca e ela me vira de costas.

Ludmilla deita seu corpo sobre o meu e suspiro forte sentido seu membro roçar em minha bunda.

- Você fica linda nessa lingerie sabia?! - Ela segura as alça de meu sutiã a puxando e então solta. O elástico bate em minha pele me causando um espasmo e eu solto um gritinho em surpresa.

Lud coloca meu cabelo somente em um lado e começa a deixar beijos molhados em minha nuca e pescoço. Suas mãos deslizam pelas laterais de meu corpo e eu já me encontrava bêbada em tesão. Ela morde levemente meu ombro e meu corpo inteiro se arrepia, me causando uma sensação de desconforto em minha intimidade, que já estava vergonhosamente pronta.

Lud se levanta e desce suas mãos por minhas costas até chegar na base de minha coluna. Ela desfere um forte tapa em minha bunda e eu pulo sentindo a ardência no lugar, me causando uma dor prazerosa. De repente sinto suas mãos segurarem minha cintura ela me puxa para trás, me fazendo empinar a bunda em direção a ela. Ouvi sua respiração desregulada e começo a ficar ansiosa por seu próximo ato.

Ludmilla infiltra seu dedo indicado e médio na lateral de minha calcinha puxando o fino tecido para o lado e roça a glande de seu pênis em minha buceta de cima pra baixo. Solto um gemido arrastado sentindo seu membro quente roçar em minha intimidade e ela começa a deslizá-lo para dentro, com calma. Agarro firme o travesseiro tentando me controlar e a sensação mínima de dor me atinge. Ela espera alguns segundos antes de continuar se movimentando, afim de me deixar acostumar com seu tamanho e então começa a dar leves estocadas. Sinto seu pênis entrando e saindo de mim sem nenhum tipo de dificuldade e a essa altura meus gemidos ja saíam sem pudor algum. Ludmilla segura em minha calcinha fazendo ela ficar ainda mais apertada e então começa a estocar mais rápido. Solto um grito estasiado quando sinto mais um tapa e então começo a mover meu corpo de encontro ao seu. Viro parcialmente meu rosto tentando encará-la e percebo que ela sorria maliciosamente enquanto me estocava forte e fundo.

- Gostosa do caralho! - Ela rosna e eu reviro os olhos em deleite ao ouvir sua voz extremante rouca.

Quando estava quase chegando ao meu ápice ela retira seu pênis de dentro de mim com brutalidade e me vira na cama me colocando de frente pra ela. Sem dizer absolutamente nada ela volta a me estorcar e sinto minha pressão baixar quando sua glande toca fundo meu ponto esponjoso. Encaro o espelho acima de nós e a visão que tinha só me deixou ainda mais excitada. Ludmilla saia e entrava em mim com facilidade, seu pênis se encaixava perfeitamente bem e apesar de ser grosso e um tanto grande, não era nenhum problema, pelo contrário.

- Não para! - Digo com certa dificuldade e ela abre mais minhas pernas.

- Goza pra mim, amor! - Ela diz deslizando seus dedos em meu clitóris e eu grito de prazer. Começo a arranhar sua barriga e entrelaço minhas pernas em sua cintura fazendo ela se enterrar ainda mais em mim. Fecho os olhos com força sentido ela ir cada vez mais fundo e sinto meu ventre formigar e se contrair.

- Mais forte! - Digo concerta dificuldade e ela imediatamente atende meu pedido. Sinto seu membro tocar repetidias vezes meu ponto G e grito assim que sinto o orgasmo me atingir.

Sinto meu corpo convulsionar e puxo Ludmilla pra mim me agarrando firme em seu corpo. Ela me segura e continua estocando mais algumas vezes até que tira eu pênis de dentro de mim gozando logo em seguinte. Ela se joga na cama ao meu lado e eu me aninho em seu peito. Ficamos em silêncio por alguns minutos tentando recuperar o fôlego até que ela inicia um carinho singelo em minhas costas e eu começo a brincar com o lóbulo de sua orelha.

- Vai me conter agora como uma fotógrafa consegue morar em um apartamento desse? - Pergunto assim que minha respiração se estabiliza.

Ela suspira fundo sem parar o carinho.

- Esse é um dos meus dotes ocultos...

- Hummm, e quando vou conhecer seus outros dotes?

- Quando você aceitar ir comigo pra Los Angeles!

Levanto cabeça a encarando com o cenho franzido.

- Los Angeles? - Ela confirma. - Eu vou fazer o quê lá?

- Bem, você pode começar conhecendo meus pais...

Me afasto levemente e ela tira a mão do meu cabelo.

- V-Você quer que eu... Conheça s-seus pais? - Falho miseravelmente tentando não gaguejar e ela ri de meu nervosismo.

- Sim... Mas se você não quiser não tem problema.

- Eu quero! É só que... Eu nunca conheci os pais de ninguém antes...

- Oh.. Bem, quanto a isso não tem problema. Eles também nunca conheceram alguém que eu namorasse antes.

Ela diz voltando a fechar os olhos e me posiciona de volta em seu peito. Deixo um sorriso satisfeito escapar quando ouço aquilo. Ludmilla nuca apresentou ninguém para os pais e quer me apresentar. Ela que quer eu seja a primeira.

- Quando viajamos?

- Quando você quiser.

- Ok...

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👀

como estamos?

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