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votem, comentem e digam oq estão achando.

boa leitura 💕
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Acordo com alguns raios de sol batendo e esquentando meu rosto. Me remexo um pouco na cama e sinto um leve peso sobre minha cintura. Respiro fundo assimilando a situação e alguns flashes da noite passada se fizeram presente em minha mente. Não pude evitar de abrir um sorriso quando ouvi uma voz rouca e baixa murmurar algo atrás de mim. Me viro ainda em seus braços ficando de frente pra ela e começo a observar aquele rosto de anjo. Ludmilla dormia feito um neném. Seus olhos tão tranquilos estavam fechados assim como sua boca carnuda e rosinha. Suas bochechas estavam levemente coradas e ela ressona baixinho com uma expressão de paz estampada em seu rosto.

Passo levemente o dedo indicador na lateral de seu rosto descendo até a linha da mandíbula. Faço um leve carinho em sua bochecha e sorrio abobalhada quando ela franze o nariz, como se estivesse sentindo meus toques.

- Você é tão linda. - Sussurro observando seu rosto relaxado. Sua mão esquerda continuava sobre minha cintura enquanto a direita estava em baixo do travesseiro. Nossas pernas estavam entrelaçadas e o lençol nos cobria até a cintura. - Eu acho que eu te amo. - Digo sem emitir som algum e continuo minhas carícias. Desço com meus dedos por seus ombros contornando os músculos de seus braços até chegar em sua mão que estava espalmada em minha cintura. Entrelaço nossos dedos e observo nossas mãos unidas tão perfeitamente. - Sabe o que falta aqui? - Pergunto sem que ela pudesse me ouvir por estar inconsciente. - Um belo anel de noivado. - Deixo um beijo casto nas costas de sua mão.

Me aproximo mais de seus rosto deixando alguns leves beijos ali. Na testa, em cada sobrancelha, em seus olhos, na ponta de seu nariz, nas bochechas, queixo e por fim, seus lábios, prolongando um pouco o contato de nossas bocas quentes.

- Hummm... - Ela murmura exibindo um mínimo sorriso ainda de olhos fechados. - Tão bom acordar assim! - Lud aperta minha cintura e me beija de volta. Mais alguns selinhos castos.

- Se eu pudesse acordaria assim pra sempre!

- Mas você pode.

- Posso? - Não pude evitar a animação em meu tom de voz e ela abre os olhos lentamente.

Sinto meu corpo inteiro gelar quando ela me fita com aquelas órbitas tão intensas. Seus olhos estavam em um castanho claro quase verde, as pupilas levemente dilatadas, simplesmente de tirar o fôlego.

- Pode, amor. - Ela me dá mais um selinho. - Eu também gostaria de acordar assim todos os dias.

A ansiedade por ouvir aquelas palavras se revira em meu estômago e eu sorrio ainda mais. Lud se vira de barriga pra cima se espreguiçando e eu levo um susto quando meus olhos descem em direção a sua cintura.

- Wow! Da pra acampar aí! - Digo em meio a um riso divertido e ela encara sua cintura.

- Brunna! - Lud se vira de costas pra mim. Deixo uma risada alta escapar e faço um carinho em suas costas.

- Não precisa ter vergonha, amor.

- Claro que preciso!

- Por que?

- Não sei...

- Deixa disso... - Puxo seu ombro virando-a pra mim novamente e vejo seu rosto levemente vermelho. Dou um beijo na pontinha de seu nariz e tiro uma de suas mãos de lá colocando-a em minha cintura novamente. - Você não precisa ter vergonha de mim!

- Okay... - Ela diz com o rosto prensado no travesseiro e então volta a me encarar novamente. Solto um leve suspiro e Lud se aproxima colando nossos corpos.

- Sabia que eu amo suas tatuagens. - Mudo de assunto afim de deixá-la mais confortável. Lud sorri e me beija de novo deixando uma leve mordida em meu lábio inferior.

- É, qual você gosta mais?

- Não dá pra escolher. - Começo um leve carinho em seus braços indo em direção ao seu ombro. - A das costas é linda. A da cintura é instigante. A do pescoço é sexy... Mas essa aqui! - Aponto para o vale de seus seios encarando o desenho. - Essa aqui foi a que mais me chamou atenção!

Lud segura minha nuca me beijando com vontade. Nossas línguas se misturam sem pudor, seus lábios macios envolvem os meus em uma dança única. Ela se afasta aos poucos e volta a me encarar.

- Eu também amei as suas!

- Qual sua preferida? - Devolvo a pergunta e ela inspira fundo.

Lud vira meu corpo me deixando de costas pra ela e encosta seu corpo no meu. Ela acaricia levemente minha coxa direita e a sobe dobrando minha perna. Arfo ao sentir seu membro roçar em minha intimidade.

- Essa daqui. - Ela sussurra em meu ouvido e seu tom sai rouco e grave. Lud passa levemente suas unhas em minha coxa arranhando a região onde minha tatuagem se encontra. - De todas, essa daqui é a minha favorita! - Ela começa a distribuir beijos molhados em minha nuca. - Essa daqui também é linda. - Beijou a região onde a tatuagem de coroa estava e desceu seus beijos pela extensão de minha coluna. Tento ao máximo me segurar mas minhas pernas já estavam totalmente sem controle se contorcendo loucamente. Lud ajoelha sobre a cama e me vira de barriga pra cima. Seus olhos me devoram profundamente e ela sorri maliciosa. - Mas essa aqui... - Ela passa levemente a ponta da língua na tatuagem de minha cintura. - Essa me tira do sério... - Lud volta a beijar minha cintura indo em direção a minha virilha. Ela deixa uma leve mordida na parte interna de minha coxa e eu solto um gemido baixo e rouco. Ela abre minhas pernas lentamente e voltar a beijar toda aquela região. Seus toques eram incrivelmente torturantes e a cada beijo minha excitação aumentava ainda mais.

Encaro seus olhos e gemo um pouco mais alto quando sinto sua língua serpentear toda a extensão de minha buceta de baixo pra cima. Sua língua brinca com meu clitóris e eu faço de tudo pra me manter sã, o que é realmente difícil. Em um ato de desespero afim de aliviar meu tesão, tento fechar as pernas mas ela segura em minhas coxas mantendo-as abertas. Lud se levanta pra me beijar e sem avisar, me penetra com força me fazendo ver estrelas. Ela morde meu lábio inferior com força me fazendo sentir uma dorzinha prazerosa e então começa a dar algumas estocadas lentas, Lud desce seus beijos para o meu pescoço deixando alguns chupões e mordidas ali me fazendo gemer um pouco mais alto. Minhas mãos foram parar em suas costas arranhando-a sem dó. Aos poucos as estocadas foram ficando mais constantes, mais fortes, mais fundas.

- Você é tão gostosa! - Ouvi sua voz rosnar em meu ouvido me fazendo revirar os olhos em deleite. Lud morde o lóbulo de minha orelha lambendo-o em seguida e eu gemo alto agarrando sua bunda e dando um forte tapa em seguida. Ela levanta seu rosto e me encara. Engulo seco encarando aqueles olhos famintos e ela abre um sorriso malicioso. - Faz de novo! - Sorrio de volta e dou mais um tapa e sua bunda, dessa vez mais forte e ela fecha os olhos mordendo o lábio inferior. De repente ela aumenta a velocidade estocando cada vez mais fundo e eu solto um grito sentindo a cabeça de seu pau tocando meu ponto G diversas vezes me causando leves alucinações de prazer.

- Isso amor... Assim! - Digo em um suspiro com a voz entrecortada e ela segura firme em meu pescoço enquanto me encarava com os olhos mais escuros, quase negros. Sinto seus dedos se fecharem em meu pescoço comprimindo cada vez mais a carne e permito meus gemidos saírem como gritos. Arranho ainda mais suas costas fincando minhas unhas ali e ela geme alto juntamente a mim. Lud se abaixa abocanhando um de meus seios ja rígidos e começa a chupar sem dó. Sinto minhas pernas tremerem e aquela conhecida sensação de formigamento em meu ventre começa a se fazer presente. Em um impulso afim de tentar extravasar tamanho tesão, sinto as paredes internas de minha buceta se contraírem contra seu pênis o prendendo ali e ela grita soltando meu pescoço. Lud me encara com os olhos em chamas e desfere um tapa estalado em meu rosto. Volto a encará-la sentindo a ardência ali e sorrio pra ela mordendo meu lábio inferior. - Sua puta! - Ela rosna entre dentes e volta a me beijar. Aperto seu pênis novamente e ela geme entre o beijo. Mais algumas estocadas e sinto como se fosse jogada em outra dimensão. Meus olhos se apertam fortemente e eu grito em prazer sentindo meu corpo inteiro se derreter.

Lud solta um gemido rosnado e retira seu membro gozando em minha barriga. Ela se joga na cama ao meu lado e ficamos ali, de olhos fechados tentando recuperar nosso fôlego.

- Meu Deus... - Sua voz sai com certa dificuldade. - Você é incrível!

Sorrio extasiada e olho pro lado a encarando.

- Obrigada. Você não fica muito atrás... - Ela se inclina me dando um selinho casto e então se debruça sobre mim esticando o braço e pegando algo na gaveta do móvel que ficava ao lado da cama. Deixo um beijo estalado em seu pescoço e ela volta a se ajeitar na cama ao meu lado.

Lud abre um pacote de lenços e limpa a sujeira em minha barriga. Observo seus movimentos com um sorriso bobo no rosto e assim que ela termina, me dá outro selinho demorado.

- Banho?

- Por favor! - Ela se levanta e me puxa pelos pés em sua direção.

Solto um gritinho em surpresa e ela me segura em seus braços caminhando comigo até o banheiro.

- Você sabe que eu posso andar, certo?

- Sim! - Ela abre a porta do box e me coloca ali, fechando a porta de vidro logo em seguida e me abraçando pela cintura. - Mas eu prefiro assim.

Selo nossos lábios e grito sentindo ela sorrir entre o beijo enquanto a água gelada caía sobre nossos corpos. Lud alcança a esponja e o sabonete e começa a me ensaboar. Fecho os olhos sentindo seus toques suaves em minha pele e vez ou outra ela me me rouba um beijo me fazendo sorrir feito boba. Depois de lavar cada parte de meu corpo ela despeja um boa quantia de shampoo na mão e começa a esfregar meu coro cabeludo.

- Hummm. Isso é tão bommm... - Digo em meio a gemidos manhosos e ouço sua risada baixa. - Agora você vai ter que fazer isso sempre.

- Sempre?

-  Sim! - Confirmo enquanto ela me empurra levemente pelos ombros até ficar em baixo d'água. Lud enxagua meus cabelos e sinto toda a espuma escorrer por meu corpo.

- E seu eu não puder te dar banho?

- Vou te esperar até que possa.

- E vai ficar suja enquanto isso? - Abro os olhos encarando-a e assinto freneticamente sorrindo feito uma criança. - Credo, que porquinha... - Ela pincela a ponta de meu nariz com o dedo e o beija logo em seguida. Solto uma gargalhada alta e trocamos de posições.

Faço o mesmo com ela, ensaboando todo seu corpo e ela assume o posto lavando suas partes íntimas. Apenas observei tentando não babar naquele corpo enquanto ela lavava seus cabelos. Lud tinha um corpo esculpido pelos deuses, seus braços eram levemente torneados, a barriga lisinha exibindo alguns gominhos sutis, suas pernas tão bem definidas, os seios durinhos e seu pênis... Ah, o que dizer daquele monumento... Ela é perfeita!

- Hein?! - Ela estala os dedos a minha frente me tirando de meus devaneios e eu coro por ter sido pega no flagra. Desvio meu olhar pro dela e Lud tinha um sorriso divertido nós lábios. - Ouviu o que eu disse?

- Não, desculpa...

- Perguntei se você prefere ir a praia ou descer pra piscina.

- Ah... - Inspiro o ar e ela me puxa pra perto colando nossos corpos. - Acho que prefiro ficar no hotel mesmo...

- Tudo bem, piscina então?!

- Ah, eu prefiro ficar no quarto mesmo... - Digo baixando meu tom gradativamente escondendo meu rosto na curva de seu pescoço.

Lud ri alto deixando um beijo no topo de minha cabeça.

- A gente não pode ficar no quarto pra sempre. Quero aproveitar um pouco com você, afinal, vamos embora amanhã.

Suspiro vencida e aperto mais sua cintura.

- Okay.

- Okay.

Ela desliga o chuveiro e saímos do box abraçadas. Lud enrola a toalha em meu corpo fazendo o mesmo no seu logo em seguida. Ela me pega no colo mais uma vez e voltamos pro quarto. Deixo alguns beijos estalados em seu pescoço antes dela me colocar no chão, Lud enxuga cada parte de meu corpo com todo cuidado e me dá um beijo na testa.

- Prontinho! - Ela diz e sorrio agradecendo e indo até o guarda roupas afim de vestir algo para sairmos.

Eu havia escolhido dois biquínis diferentes pra trazer, peguei um todo laranja e o vesti, coloco uma canga por cima e calço meus chinelos. Seco um pouco mais meus cabelos e os penteio dividindo no meio. Guardo minhas coisas e me sento na poltrona no canto do quarto observando ela se arrumar. Lud secou todo seu corpo e caminhou até sua mala totalmente nua, deixei um suspiro audível escapar quando ela se abaixou pra pegar uma roupa. Lud vestiu a parte de cima de um biquíni preto e uma sunga cavada da mesma cor.

- O que foi? - Ela pergunta vindo em minha direção.

- Você é linda! - Lud sorri e sela nossos lábios.

- Vem cá, bora tirar uma foto. - Ela se senta na cama me puxando pra sentar ao seu lado e pega o celular mirando no espelho. - Faz uma pose, amor.

- Deixa eu ver! - Lud vira a tela do aparelho me mostrando a foto e meu sorriso sai sem permissão assim que nos vejo ali. - Formamos um belo casal, né?!

- Se dúvidas, baby! - Ela me da um beijo estalado na bochecha e se levanta pegando a toalha.

Alcanço minha bolsa e sigo ela em direção a saída do quarto. Lud segura minha mão entrelaçando nossos dedos e sinto borboletas batendo asas em meu estômago por conta daquele contato. Nunca iriei me acostumar com aquilo. Vamos juntas até o elevador entre selinhos e não demora muito pra que finalmente chegassemos na piscina. Lud me puxa pela mão indo em direção a duas espreguiçadeiras que haviam ali. Me sento ao seu lado e começo a observar as pessoas, haviam vários jovens espalhados ao redor da piscina, algumas famílias com seus filhos brincando por ali e alguns casais apenas aproveitando o sol. Tiro meu óculos e peguei o protetor solar, espalho um pouco em meu corpo afim de me livrar de futuras queimaduras por conta do sol forte. Assim que termino, viro pro lado e vejo Ludmilla. Ela estava com uma expressão fechada e desconfortável, segurava forte a toalha na frente do corpo e suas pernas estavam cruzadas quase se fundindo uma na outra.

- Tá tudo bem? - Pergunto chamando sua atenção e ela me encara.

- Tá todo mundo me olhando.

Olho em volta e tudo parecia normal. Volto a encarar e mulher ao meu lado e ela parece extremamente incomodada.

- Amor, não tem ninguém te olhando.

- Tem sim!

- Aonde? - Ela me encara novamente e então aponta com o nariz pra um cara que estava do outro lado. - Ali! - O sujeito a encarava negando com a cabeça enquanto conversava algo com a mulher ao lado. - Ali! - Ela me cutuca apontando pra mais um casal que tinham expressões de nojo no rosto. - E ali! - Me mostrou por último duas garotas que tinham expressões confusas e riam durante uma conversa enquanto encarvam Lud.

Fechei os olhos por alguns segundos respirando fundo e então voltei a encará-la segurando forte sua mão.

- Amor, eu sei que é difícil, mas você não deveria se importar com isso.

- Como não, Brunna? Eles me olham como se eu fosse uma aberração!

- Mas você não é! - Me sento em sua frente entre suas pernas e seguro seu rosto fazendo ela me encarar. Seus olhos já começaram marejar. - Você é uma pessoa incrível! É uma mulher linda, com uma carreira brilhante e um ser humano maravilhoso! Não deixe que essas pessoas façam você acreditar em algo que não é verdade!

Lud deixou uma lágrima solitária rolar por sua bochecha e eu prontamente a enxuguei.

- Obrigada! - Ouvi sua voz sussurrar baixinho e Lud se inclinou se jogando em meus braços e a apertei imediatamente.

Ficamos alguns longos segundos assim até que ela se afastou limpando as lágrimas. Fiz um leve carinho em sua bochecha e selei nossos lábios em seguida. Alcancei o protetor solar que estava no chão e comecei a espalhar em seu corpo. Assim que termino dou um rápido selinho nela e Lud sorri, tiro a toalha de cima de seu colo e ela suspira nervosamente. Dou mais um beijo nela e me sento de volta em minha espreguiçadeira. Percebo ela relaxando um pouco mais e então fecho os olhos aproveitado o sol.

Depois de alguns longos minutos ouço ela se mexer e abro os olhos a encarando.

- Vou entrar na piscina, ok? - Assinto vendo ela se levantar e Lud me dá um beijo rápido.

Ela caminha até a piscina, despreocupadamente e um sorriso involuntário se faz presente quando a vejo mergulhar perfeitamente submergindo logo em seguida. Me levanto indo até piscina e entro também. Lud me encara e se aproxima me abraçando pela cintura. Entrelaço meus braços em seu pescoço e ela sela nossos lábios com certo cuidado.

- Obrigada por estar aqui. - Ela diz me encarando com suas órbitas brilhantes.

- Obrigada por me permitir estar. - Repondo com um sorriso e ela me beija.

Depois de passar uma boa parte do dia na piscina, finalmente decidimos sair dali e voltar pro quarto.

Nos enxugamos rapidamente e vamos em direção ao elevador. Assim que as portas se abrem ela me da passagem e vem logo atrás de mim. Caminho pelo corredor e abro a porta do quarto entrando com ela em meu encalço. Vou direto pro banheiro e ligo o chuveiro afim de passar uma água no corpo pra tirar o cloro da água da piscina. Não demoro muito ali e assim que saio, vejo Lud sentada na cama com os olhos focados no celular. Caminho até ela e dou um beijo no topo de sua cabeça, ela sorri segurando minha mão.

- Coloca uma roupa bem bonita, a gente vai numa festa hoje!

- De novo?

- Sim. - Ela me encara com um ar de preocupação. - Você não quer?

Inspiro o ar e sorrio.

- Quero!

Lud sorri de volta e se levanta. Ela me da mais um beijo e um leve tapa na bunda antes de entrar no banheiro. Vou até minha mala e separo um short jeans, um blazer preto e um sutiã de renda da mesma cor, nos pés decidi usar uma botinha de salto da mesma cor. Termino de me secar e visto minha roupa, Lud sai do banheiro com a toalha enrolada na parte da cintura e me permito encarar aquele monumento a minha frente. Eu nunca vou me cansar de encarar aquele corpo. Pego minha necesserie de maquiagem e volto pro banheiro. Resolvo fazer algo um pouco mais ousado e marco bem meus olhos. Arrumo o cabelo e saio dali encontrando Lud já pronta e maquiada.

- Caralho... - Ela me encara dos pés a cabeça e me sinto ser devorada pelo seu olhar.

- Digo o mesmo! - Repondo sorrindo e Lud caminha até mim me dando um beijo casto.

- Pronta?

- Sim!

Saímos do quarto e caminhamos juntas até o elevador. Chegamos no hall e cumprimentamos o porteiro com um breve aceno de cabeça. Lud abre a porta do táxi e eu entro, ela se senta ao meu lado e assim que dá o endereço, o motorista começa a sair dali. Chegamos na festa depois de vinte minutos, assim que ela paga o motorista descemos do carro e Lud segura minha mão caminhando até a entrada do local onde se encontravam Daiane e Patrícia, as duas estavam extremamente lindas, Patty usava um short preto de brilho e um cropped da mesma cor, já Daiane optou por uma calça jeans skinny com alguns rasgos no joelho e uma blusa vermelha com um belo decote nas costas, as duas estavam de salto alto preto e uma maquiagem leve. Todas vamos em direção ao segurança que estava na porta da festa, nossos nomes estavam na lista o que nos poupou um bom tempo de fila. O lugar era animado e muito nem decorado, uma música animada da Beyoncé tocava alto preenchendo o lugar. Assim que nos acomodamos em uma das mesas que ficavam no canto, o garçom nos trouxe alguns shots de tequila e uma garrafa de uísque com quatro copos. Sem perder tempo começamos a beber em meio a uma conversa animada.

- Vocês já vieram aqui alguma vez? - Pergunto aumentando o tom de voz e elas acenam com cabeça confirmando.

- Essa é uma das melhores boates da cidade. - Patty reponde virando mais um shot que o garçom havia reposto.

- E uma das mais bem frequentadas também. - Daí diz sem tirar os olhos de algum lugar.

Sigo seu olhar e percebo que uma garota a encarava. A mulher estava encostada no balcão do bar e sorria maliciosamente.

- Se vocês me dão licença, tá na hora de abrir a temporada de caça. - Ela diz se levantando da mesa sem esperar resposta alguma.

Encaro Patty e ela da de ombros sorrindo amigavelmente.

- Acho que vou dar uma procurada por aí também, quem sabe acho algo. - Ela se levanta da mesa e se afasta dali deixando Lud e eu sozinhas.

- Suas amigas não perdem tempo, não é mesmo? - Pergunto e Lud sorri me puxando pra sentar de lado em seu colo.

Abraço seu pescoço e ela segura em minha cintura.

- É, elas são caçadoras natas.

- Hum... Você também é assim?

- Não mais. - Ela responde dando de ombros e eu a encaro.

- Você era?

- Sim. Mas agora eu ja encontrei minha presa favorita. - Ela diz apertando levemente meu queixo e eu dou um tapa em seu ombro.

- Você é ridícula!

- E você é gostosa!

Deixo um sorriso convencido escapar e ela se aproxima beijando meu pescoço. Sinto meu corpo arrepiar com seu toque e viro mais uma dose de tequila.

- Quer dançar? - Sua voz surge em meu ouvido e assunto confirmando na hora.

Me levanto e Lud faz o mesmo segurando minha cintura e nos conduzindo até a pista de dança. O efeito do álcool logo começou a se fazer mais presente em meu corpo e minha visão já começava a ficar levemente turva. Lud me encara avidamente quando cola nossos corpo balançando-os no ritmo da música. Suas mãos possessivas logo se apossaram de minha cintura e ela começou a nos conduzir. Nossos quadris estavam colados me tornando possível sentir seu membro respondendo as investidas que eu dava. Quando a música é trocada me viro de costas pra ela e começo a rebolar conforme a batida. Sua respiração batia contra meu ombro.

- Você me deixa louca, rebolando assim, sabia? - Sua voz rouca e firme reverbera em meu ouvido e meu estômago se contrai.

Seguro suas mãos em minha cintura depositando um leve aperto e ela cola ainda mais nossos corpos quase nós fundindo. Tiro meu cabelo do ombro o colocando no lado direito e ela aproveita o pedaço de pele exposta de minha nuca pra deixar alguns beijos molhados no local. Fecho os olhos sentindo a suavidade de sua boca sobre minha pele e continuou rebolando com vontade em seu volume aparente.

- Você é uma puta de uma gostosa, sabia? - Sinto meu corpo arrepiar ao ouvir seu tom extremamente grave e sorrio satisfeita.

- E o que você vai fazer sobre isso? - Pergunto a encarando por cima de meu ombro e um sorriso lascivo surge em seus lábios.

- Vem comigo! - Ludmilla me puxa junto dela pra longe da pista até chegarmos ao banheiro. Ela entra em uma das cabines e nos tranca ali dentro.

Lud me empurra encostando minhas costas na parede e eu arfo sentindo o mármore gelado contra minha pele quente. Seus lábios logo se chocam contra os meus e suas mãos passeavam livremente por meu corpo sem pudor algum. Sinto uma onda de prazer e tesão enorme me atingirem em cheio quando Lud chupa minha língua com vontade no meio do beijo. Sem ao menos perceber, começo a percorrer com minha unhas por seus braços, ombros até que eles driblam sua blusa e se enfiltram ali arranhando a pele macia e quente de suas costas. Lud separa o beijo por conta da falta de ar e os desce para meu pescoço. Solto um gemido manhoso sentindo seus leves chupões em meu ponto de pulso e ela agarra a parte de trás de minha coxa colocando em sua cintura. Agarro algumas mechas de seu cabelo e começo a guiar sua cabeça por locais que imploravam um pouco mais de atenção. Lud sorri maliciosa pra mim e vai descendo com seus beijos por minha clavicula, seios, barriga até que ela se ajoelha completamente. Ludmilla abre meu short o descendo lentamente até meus tornozelos e o tira, coloca minha perna esquerda em seu ombro direito e puxa minha calcinha pro lado. Encaro ela já ansiando por se próximos movimentos e um gemido estridente escapa quando sinto sua língua massagear meu nervo rígido. Lud começo a lamber e sugar minha buceta, mordendo levemente meu clitóris, sinto meu corpo dar fortes espasmos quando sem aviso nenhum ela me penetra com dois dedos e foi necessário muito autocontrole pra permanecer de pé. Ela começa a me penetrar enquanto me chupa e eu já não conseguia mais reponder por mim. Seus gemidos se misturavam aos meus e os sons de sucção que saíam de sua boca me deixavam cada vez mais a beira da insanidade. Agarro forte seu cabelo pressionando seu rosto contra minha intimidade e ela aumenta ainda mais o ritmo. Sinto minhas pernas tremerem e em uma última estocadas um orgasmo avassalador me atinge. Ludmilla segura firme em minha cintura com uma mão enquanto a outra continuava me penetrando e ela suga todo o líquido que eu havia derramado. Após alguns minutos ela se levanta e tira seus dedos de mim me fazendo gemer em reprovação. Ludmilla me beija e então roça levemente deus dedos em meus lábios, agarro sua mão e os chupo com vontade tendo seu olhar minucioso sobre mim. Lud me puxa colando nossos corpos e eu sinto seu membro já rígido cutucando levemente minha barriga.

- Minha vez... - Digo invertendo nossas posições e a encaro com um sorriso travesso nos lábios já abrindo os botões de sua calça.

Lud suspira forte quando abaixo sua calça junto de sua cueca e seguro firme seu membro. Me abaixo dorbrando os joelhos no chão e me coloco sobre eles e sem pensar duas vezes, abocanho seu pênis. Ludmilla geme alto segurando meu cabelo e eu começo a me satisfazer naquele monumento. Sinto seu membro quente, pulsar em minha boca e começo a brincar com minha língua por toda sua glande. Começo uma leve massagem na base de seu pênis enquanto fazia questão de colocar todo seu comprimento em minha boca o sugando vagarosamente. Olho pra cima encontrando seus olhos famintos e Ludmilla solta o gemido que estava preso em sua garganta. Começo a chupá-la com calma e cuidado enquanto faço movimentos de vai e vem com a mão e ela começa a fazer o mesmo movimentando o quadril. Lud segura um pouco mais firme minha cabeça enquanto começa a ditar a velocidade de meus movimentos. Ela move o quadril afundando ainda mais seu pênis em minha garganta e solto um gemido satisfeito quando a vejo revirar os olhos. Continuou com meus movimentos ali e depois de alguns minutos, sinto suas pernas trêmulas e ela goza em minha boca. Termino de chupá-la e me levanto puxando ela pra um beijo. Lud me abraça forte pela cintura e encerra o beijo com alguns selinhos.

- Você ainda vai me levar a loucura! - Sua voz sai falhada por conta da respiração ofegante e eu deixo um sorriso satisfeito aparecer.

Me encosto na outra parede, de frente pra ela e arrumo minhas roupas. Lud faz o mesmo e antes de sair da cabine, ela me me dá um beijo casto. Caminhamos de mãos dadas até a mesa onde as meninas já se encontravam com seus pares e nos sentamos.

- Onde vocês estavam? - Patty pergunta assim que nos vê e Lud e eu trocamos olhares cúmplices.

- Ah, já entendi... - Daiane responde por nós com um sorriso malicioso nos lábios e eu apenas dou de ombros bebendo mais um shot de tequila.

- Eu não entendi... - Patrícia nos encara confusa e Daiane se aproxima sussurrando algo em seu ouvido.

A morena nos encara com um olhar incrédulo e a boca aberta e Lud solta uma gargalhada alta.

- Vocês são taradas!

- A culpa é da Brunna!

- Ei! - Dou um tapa em seu ombro e ela apenas me beija.

Ficamos ali mais algumas horas, dividindo a noite entre beber, dançar e dar alguns amassos discretos. Ou talvez não tão discretos assim...

- Ei amor. - Lud surge atrás de mim enquanto eu estava sentada na mesa me uma conversa animada com a companhia de Daiane. - Quer ir embora?

- Quero!

Ela sorri pra mim e me estende a mão. Me levanto da mesa já me despedindo das meninas e saímos dali em direção a um táxi. Ela abre a porta e eu me acomodo no banco de trás, Lud se senta ao meu lado e eu deito minha cabeça em seu ombro. Fecho os olhos por alguns segundos até que sinto seus carinhos em meu rosto.

- Acorda dorminhoca, chegamos.

- Já?! - Pergunto em meio a um bocejo e ela sorri confirmando.

Lud paga o motorista e descemos do carro indo em direção a entrada do hotel.

- Nossa, preciso de um banho! - Ela diz assim que finalmente chegamos no quarto.

- Somos duas! - Digo tirando a bota de meus pés e me jogo com tudo na cama.

- Vem comigo então!

- Me leva? - Pergunto fazendo biquinho e ela sorri negando com a cabeça. Lud me pega no colo e caminha comigo até o banheiro.

Abraço seu pescoço sentindo o calor de seu corpo se misturar com o meu e ela me coloca em pé no chão do banheiro. Observo ela tirar toda sua roupa depois de ligar a torneira da banheira e ela me encara.

- O que foi?

- Tira minha roupa?

- Meu Deus, que preguiça é essa?

- Por favorzinho! - Junto as mãos em sinal de oração e ela sorri me roubando um selinho.

Lud segura em meu blazer e o desce lentamente por meus braços. Ela abre meu cinto, o botão de meu short e desce o zíper, tirando aquela peça de meu corpo. Lud se ajoelha e desce minha calcinha lentamente deixando alguns beijos molhados por minhas coxas. Sinto meu interior se contrariar ao sentir seus toques tão precisos em minha pele. Ela me vira de costas colando nossos corpos e abre o feicho de meu sutiã. Lud desliza as alças por meus braços e beija minha nuca fazendo meu corpo inteiro se arrepiar.

- Pronto, mais alguma coisa, vossa alteza?

Nego deixando um suspiro alto sair entre meus lábios e ela segura em minha cintura com certa possessividade. Lud gura meu corpo de frente para a banheira e entra comigo no local. Ela se senta ali e me posiciona em sua frente entre suas pernas. Lud começa a me dar um banho suave e extremamente relaxante e eu fecho os olhos sentido seus toques macios sobre minha pele. Após terminar tudo, ela começa a fazer uma leve massagem em meus ombros e eu apenas me deixo levar. A água morna cobria boa parte de nossos corpos e vez ou outra ela me dava alguns beijos no ombro e nuca.

- Gostou da festa, amor?

- Amei!

- Que bom...

Nossas respirações eram os únicos sons presentes naquele cômodo. De repente um lampejo de realidade corta meus pensamentos e eu deixo um suspiro audível sair.

- O que foi?

- Acho que não to pronta pra dormir sem você...

Ouço sua risada baixar ecoar e ela continua com a massagem.

- Também acho que não. Vais ser difícil acostumar a dormir sozinha de novo...

- É... Vai mesmo...

Mais um suspiro. Depois de mais alguns longos junta ali, ela finalmente concorda em sair, alegando que seus dedos já estavam enrugados.

Lud coloca o roupão em meu corpo e vamos pro quarto logo em seguida. Termino de me enxugar assim como ela e me jogo na cama já me arrumando. Ela ri baixo e eu a encaro.

- O quê?

- Vai dormir assim? - Ela pergunta apontando pra mim. Eu estava completamente nua.

- Sim. Por que? Algum problema?

- Nenhum... - Ele diz dando de ombros e se deita ao meu lado, também nua.

Lud se ajeita melhor e eu me deito sobre seu peito entrelaçando nossas pernas e ela começa um cafuné em meu cabelo me fazendo ir direito pro abismo do sono.

- Sabe, eu adorei passar esse fim de semana com você! - Sua voz sai tranquila e suave.

- Eu também! - Sorrio um pouco sonolenta e sinto um beijo no topo de minha cabeça.

- Espero ainda ter vários outros desse contigo...

- Nós vamos ter amor. - Digo beijando seu tórax e ela me aperta um pouco mais forte em seus braços.

Ne deixo ser conduzida pelo sono e não demora muito até que os primeiros flashes de sonhos começam a se fazer presente.

{...}

- CE TA ME ZUANDO NÉ CARALHO????

- Larissa, calma!

- CALMA? BRUNNA VOCÊ TEM NOÇÃO DA GRAVIDADE DISSO?

Bem, eu já havia voltado de viagem e a primeira coisa que fiz, foi contar pra minha amiga tudo o que aconteceu. E foi exatamente esse o meu erro. Eu não deveria ter contado tudo. Acredite, quando sua amiga te pedir pra contar TUDO, não faça isso, se não pode acabar como eu.

- Eu tenho noção, mas na hora a gente não pensou nisso...

- AH, MAS É CLARO QUE NÃO! VOCÊ CHEIA DE TESÃO E ELA PENSANDO COM A CABEÇA DE BAIXO, QUERIA O QUÊ?

Eu contei pra Lari sobre nossa primeira vez e o pequeno incidente de Lud gozar dentro e isso foi o bastante pra ela surtar. Larissa morre de medo de que uma de nós engravide porquê, bem... Nenhuma de nós espera isso e não sabemos cuidar de crianças.

- Amiga, já tá tudo bem! Eu tomei a pílula do dia seguinte, já tá tudo resolvido, ok?

- DEFINA TUDO!

- Larissa, se acalma! Que saco...

- Saco? Saco é eu ter que... - Sua fala é interrompida pelo som da campainha. - Tá esperando alguém?

- Não! - Encaro a porta e volto minha atenção a ela. - O porteiro não avisou.

- Deixa que eu abro! - Ela diz dando as costas pra mim, indo até a porta. Vou até a cozinha beber um pouco de água e ouço sua voz exaltada. - VOCÊ! - Largo o copo vazio dentro da pia e vou até a sala - TÁ FICANDO LOUCA?!

- Quê? - Lud a encarava completamente confusa.

- NUNCA OUVIU FALAR DE CAMISINHA NÃO, PORRA? TÁ QUERENDO EMBAGULHAR MINHA AMIGA?

- O quê? Eu não... Mas...

- O GATO COMEU A LÍNGUA?

- BRUNNA! - Ela grita olhando por cima dos ombros de Larissa que a encurrala na parede.

Prendo o riso que estava louco pra sair de minha garganta e vou até elas.

- Lari, chega. - Seguro a mão de Ludmilla e a puxo pra mim.

- Mas Brunna! - Apenas a encaro com uma expressão calma e ela revira os olhos - Tá!

Ela sai ainda encarando Ludmilla e antes de fechar a porta faz um gesto dizendo que estava de olho nela.

- Ela é doida assim mesmo?

- Sim, mas inofensiva a maior parte do tempo.

- Hum...

- Então. - Digo chamando sua atenção. - O que te traz aqui?

- Você esqueceu seu rímel, achei no meio das minhas coisas e vim trazer. - Ela diz me mostrando o objeto.

Encaro meu rímel em suas mãos e ela me abre um sorriso amarelo. Cerro os olhos em sua direção e pego o objeto.

- Você veio aqui só por causa do meu rímel?

- Sim... - Arqueio uma de minhas sobrancelhas enquanto cruzo os braços e ela deixa os ombros caírem em rendição. - E também porque queria muito te ver...

Um sorriso satisfeito se faz presente em meu rosto.

- Obrigada pelo rímel.

- De nada. - Ela diz coçando a nuca e ficamos alguns minutos apenas nos encarando. - Bom, acho que já vou indo então...

- Ok... - Digo dando uma de difícil seguindo ela até a porta.

De repente ela pára e se vira pra mim de novo.

- A não ser que... - Lud engole em seco e eu me divirto com a cena. - Você queira que eu fique...

- Eu quero! - Respondo de prontidão e ela confirma com a cabeça freneticamente. Sorrio com a cena adorável e me aproximo.

- Ok.

- Acho que viciei em dormir com você. - Lud me segura pela cintura aproximando nossos corpos e eu abraço seu pescoço.

- Eu também!

- Ainda bem que a desculpa do rímel colou...

- Não muito, mas o que vale é a intenção.

- Tá debochando dos meus motivos?!

- Não! Nunca!

- Eu deveria ter usado uma melhor...

- Tipo qual?

- Sei lá, poderia ter roubado uma calcinha sua sem você ver e trazer de volta...

- Meu Deus, você é ridícula! - Digo em meio a uma risada e ela sorri roçando a ponta de nossos narizes um no outro.

- E você gosta!

- É, eu gosto...

- Eu também gosto das suas calcinhas. - Ela diz dando de ombros e eu rio de sua fala.

- Deus! Eu te a... - Travo a fala e ela me encara com o cenho franzido.

- Você o quê?

- Nada. - Solto meus braços tirando de seus ombros e caminho pra longe dela.

- Brunna. - Ouço sua voz logo atrás de mim e abro a porta da varanda. Lud pára do meu lado e eu evito ao máximo encará-la. - Tem algo que você queria me dizer?

Respiro fundo tentando manter minha calma. Eu queria muito dizer, mas não sabia se era a hora certa. Ela segura em minha mão e só então percebo que eu estava segurando forte a barra de proteção do parapeito.

- Tem, Bru? - Ela pergunta novamente e eu voz sai branda, calma.

Inspiro o ar mais um vez e a encaro.

- Acho... Que sim...

Ludmilla sorri largo e se aproxima.

- Eu também tenho!

- O quê?

Ela me puxa pra si colando nossos corpos e me beija com calma.

- Que tal se nós duas dissermos juntas, ao mesmo tempo?

- Pode ser. - Digo um pouco hesitante e ela beija minha testa.

- Ok. 1... - Sinto meu coração acelerar e aperto um pouco mais meus braços ao redor de seu pescoço. - 2... - Ela me dá outro selinho e volta a me encarar. - 3!

Fecho os olhos e inspiro fundo buscando toda a coragem que ainda habitava em mim.

- Eu te amo! - Nossas vozes se misturam ao confessar aquilo em uníssono.

Encaro suas órbitas castanhas e o brilho de seus olhos eram capazes de me cegar. Um sorriso involuntário rasga meu rosto e sinto meu coração acelerar batendo desenfreadamente dentro de meu peito.

- Você tem certeza? - Pergunto ainda um pouco em choque ou ouvi-la dizer aquilo.

- Nunca estive tão certa de algo em toda a minha vida!

Meu sorriso se rasga mais ainda e Ludmilla me puxa pra um beijo avassalador. Nossas línguas se misturavam enquanto sorriamos entre o beijo. Eu sentia meu coração pular de alegria e era como se fogos de artifício explodíssem dentro de mim. Nunca, em toda a minha pequena vida, havia sentido algo parecido com aquilo.

- Eu te amo! - Digo assim que ela encerra o beijo e Lud encosta sua testa na minha ainda de olhos fechados

- Eu te amo! - Ela sussurra de volta e ficamos ali presas em nossa bolha.

Sinto seus braços me envolverem ainda mais e respiro fundo tentando amenizar o sorriso que ainda se fazia presente.

Passamos o resto da noite assim, agarradas uma a outra, entre carinhos e beijos e algumas breves declarações. Eu estava em festa por finalmente libertar aquela frase que tanto ansiava em dizer e por ter ouvido de sua boca o que meu coração mais queria saber. Ludmilla me ama! Nada mais importa a não ser isso!

...

Eu ouvia sua respiração baixinha e compassada atrás de mim enquanto seus braços me seguravam com firmeza. Ludmilla havia decidido passar a noite aqui, óbvio que ouve um convite da minha parte, que foi refeito sete vezes, até que ela finalmente aceitou e ficou. Nem preciso dizer o quanto fiquei feliz com isso!

Estávamos agora em meu quarto, deitadas em minha cama, ela já havia dormido a algum tempo mas eu não conseguia, estava em êxtase demais com tudo o que aconteceu mais cedo e meu cérebro insistia em ficar criando cenários imaginários de nosso casamento.

Um fio de luz de fez presente no quarto e senti um toque leve em meu ombro.

- Bru! - Ouço a voz de Larissa me chamando e abro os olhos a encarando.

- Oi?

- Posso dormir aqui com você? - Ela pergunta um pouco sem jeito e sinto meu coração derreter, tamanha a sua fragilidade.

- Vem! - Me afasto um pouco mais pra trás, colando meu corpo ao de Ludmilla e abraço minha amiga assim que ela se deita na cama, arrumando-se em baixo do edredom.

- Boa noite, magrela!

- Boa noite, doida!

{...}

- AAAAAAA! - Acordo em um pulo assim que ouço aquele grito seguido de um baque mudo.

- O QUE HOUVE? - Larissa grita se sentando na cama.

- O QUE VOCÊ TA FAZENDO AQUI? - Ludmilla pegunta se levantando do chão e enrolando o cobertor no corpo.

- O MESMO QUE VOCÊ! - Minha amiga grita em resposta se cobrindo com um dos travesseiros.

Encaro as duas tentando segurar o riso. Não sei como Larissa foi parar no meio da cama entre mim e Ludmilla. As duas se encaravam com os olhos arregalados, a respiração ofegante de Ludmilla se misturavam a de minha amiga.

- Brunna! - As duas gritam se virando pra mim e eu deixo uma gargalhada escapar.

- Calma, gente!

- Porque ela tá aqui? - Lud pergunta apontando pra Lari.

- Ei! - Ela diz em tom de repreensão. - Eu cheguei primeiro!

- Onde?

- Na vida da Brunna!

- Brunna!

- Bom dia meu amores! - Digo dando um beijo na bochecha de minha amiga e me levanto fazendo o mesmo com Lud. - Dormiram bem?

- Ótima! - Lari responde se levantando e saindo do quarto.

Me aproximo de Lud abraçando seu pescoço e ela me encara com o cenho franzido.

- Vai ser sempre assim?

- Claro que não amor, foi só hoje. Vai ser difícil ela desapegar, nós sempre dormimos juntas.

- Hum...

- Nao vai me dizer que você tá com ciúme? - Digo balançando as sobrancelhas sugestivamente.

- Eu? Ciúme? Claro que não! - Ela responde dando de ombros.

- Sei...

Puxo Lud para um beijo casto e ela segura minha nuca aprofundando um pouco mais o contato.

- Hmmm, bom dia! - Digo assim que nossas bocas se separam e ela sorri.

- Ótimo dia! - Lud pincela a ponta de meu nariz com o dedo e eu sorrio com a língua entre os dentes. - Eu odeio fazer isso, mas preciso ir...

- Tem certeza? - Pergunto fazendo biquinho e ela deixa um selinho ali.

- Sim!

- Ok então... Te ligo mais tarde!

- Vou ficar esperando!

Ela se arruma rapidamente e eu a acompanho até a porta. Lud se despede de Larissa que parecia um pouco mais amigável agora e eu a levo até o elevador.

- Tchau, amor.

- Tchau, baby. - Ela diz me dando um último selinho antes de entrar na caixa metálica. - Te ligo mais tarde.

- Vou esperar! - A porta começa a se fechar eu a encro. - Eu te amo!

- Eu amo você! - Ela responde e as portas se fecham.

Respiro fundo dando meia volta e indo em direção ao meu apartamento. Fecho a porta e me jogo no sofá suspirando. Lari vem até mim comendo alguma coisa que não consegui identificar.

- Que houve?

Um sorriso aparece em meus lábios e eu a encaro.

- Ela disse que me ama!

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