Capítulo 21

VANUSA

A Maya pode até discordar de mim, porém, o Café na rua que ela mora e o mais gostoso e vende a melhor torta de chocolante do mundo.Estou estou esperando ela no Café Degust há quinze minutos.

Faz três dias que cheguei da Lua de Mel. Já liguei para  Maya falando o que eu achei do Havaí. Aproveite que o André foi para uma reunião para vir pessoalmente saber o
resultado do Vestibular da Maya.

Vejo-a entrando e abro um sorriso, não consigo identificar nada no semblante dela.

— Você passou?

—  Oi para você também, Vanusa. Eu estou ótima obrigada por perguntar e você?

—  Para de gracinha eu sei que você está ótima te liguei agorinha para saber se você estava vindo.

— Estou péssima.

Não acredito que ela não passou. A Maya estudou tanto eu tinha certeza que ela iria passar.  Coloco o meu sorriso mais sincero e pergunto:

— Por quê?

— Você ainda me pergunta por quê?

Eu entendo que ela está com raiva só não entendo esse olhar assassino para mim.

— Maya, eu sei que é difícil a gente batalhar tanto e não conseguir passar.

—  Quem disse que eu não passei, eu passei. O que está me deixando brava é você.

— Eu? Por quê?

— Porque você já comeu torta de chocolate e nem me esperou.

Puxei-a para um abraço.

— Vem cá. Parabéns a futura arquiteta. Vou pedir um pedaço tamanho família para comemorar.

Em meio as garfadas Maya falou.

— Por que as coisas não são como nos livros e nos filmes. Se fosse eu tinha passado numa Federal e não numa particular.

— Amiga, pensa pelo lado positivo você passou em primeiro lugar e com a execelente nota que você tirou no ENEM você fará a faculdade de graça.

— Só que se eu não arrumar um emprego. Não vou conseguir arcar com os gastos dos livros, maquetes entre outros.

— A gente vai dá um jeito. Deus vai abrir uma porta.

—  Eu até poderia fazer unha e maquiagem. Mas não aguento desaforo de madame. Teve uma vez que uma mulher fez a menina pintar a unha dela 4 vezes sendo que estava perfeita. Eu não aguentei paguei para a menina ficar atoa, para ela não ter que pintar a quinta vez.

—  Eu imagino que se fosse você teria derramado o esmalte na segunda vez. Não funcionaria.

— não funcionaria mesmo.

— Já sei tive uma ideia —  coloquei o dinheiro sobre a mesa —  te mando uma mensagem de noite se tudo der certo.

Saio deixando uma Maya confusa e indo botar meu plano em prática.

ANDRÉ

Quando abri a porta de casa me deparei com uma Vanusa deslubrante. Toda arrumada, cabelos escovados e salto. Estou com medo, se alguém ouvisse os meus pensamentos me chamaria de louco, mas tenho meus motivos para desconfiar.

Nos dois dias depois da Lua de Mel chego em casa e ela está com uma camisa minha, ou um pijama confortável dela e o cabelo preso para cima de qualquer jeito — a visão mais linda que eu tenho porque só eu a vejo assim.

No entanto, o mais suspeito e a picanha assada ao molho de ervas que ela está arrumando em cima da mesa. Sei que foi ela que fez porque pela aparência foi é a receita da pastora. E a Vanusa disse que não faria porque é muito calórico.

— Amor, você já chegou? — perguntou ao virar e me ver. Ela vem com um lindo sorriso e me dá um selinho.

— Já — respondi aflouxando o nó dá gravata.

— Vai amor, tomar um banho para que eu possa servi o jantar.

Agora não tem mais jeito desço as escadas eu não deveria ter sido tão duro na reunião é um castigo. Ela continua com aquele sorriso no rosto. Nunca imaginei que a minha esposa iria querer se livrar de mim tão cedo.

Eu corto o pedaço de picanha  depois que oramos,  mas mesmo assim estou com medo de levá-lo a boca.

— André, o que foi? Você está olhando para esse pedaço de carne como se fosse uma bomba.

— Na realidade é meio suspeito. Quando você falou que sabia fazer meu prato prefirido disse que nunca iria fazer porque segundo você carne mais magras são mais saudáveis.

Ela começou a rir. Riu tanto olhando para mim que chegou a chorar. Com o rosto todo vemelho se acalmou e falou:

— Calma, amor. Eu não estou querendo te matar, só te agradar.

Ela comeu um pedaço e fez um gesto para que eu fissesse o mesmo. Eu fiz e não me arrependi estava divino.

— E por que a minha amada esposa queria me agradar? — coloquei mais um pedaço na boca.

— Por que eu tive uma ideia. Você falou que a Ivete vai entrar em licença maternidade daqui a uma semana e que você não encontrou ninguém para ficar no lugar dela. Eu tenho a solução: a Maya pode ficar no lugar dela.

Eu engasguei com a carne. Enquanto a Vanusa me ajudava eu a ouvi falar: "Ai meu Deus, me ajuda eu não posso matar meu marido engasgado."

Consegui voltar ao normal e ela me deu um copo de água.

— O sol do Havaí deve ter te feito mal. A Maya?

— Amor, eu não estou delirando. A Maya se sairá super bem. Você não a conhece como eu. A casca que ela apresenta para a sociedade e só uma casca.

— Não sei se ela é a pessoa mais indicada.

— É sim eu tenho certeza. Ela é super organizada. E para ela será uma experiência enriquecedora.

Ela fez uma cara de anjinho para mim. Vanusa nem precisava ter se esforçado tanto eu faço o que estiver ao meu alcance para fazer essa mulher sorrir.

— Tudo bem. Vou dá uma chance para Maya.

Ela me encheu de beijinhos.

— Obrigada, obrigada, obrigada.

— Não me agradeça ainda se a Maya não se adptar mandarei ela embora.

— Ela vai, pode ter certeza. Agora vou contar para ela.

Ela foi correndo até a mesinha da sala para pegar o celular.  Na primeira mensagem de resposta da Maya eu beijei o pescoço da Vanusa até o celular caiu no sofá. Peguei - a no colo e levei escada acima.

O celular ficou anunciando mensagens a Maya que espere.

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