Capítulo 19
—Onde está o meu vestido—questiono vasculhando o meu guarda-roupa.
O único vestido de grife que eu ainda tenho, salvei antes da Vanusa levar todas as minhas roupas para o brejor. Como madrinha, quero ficar apresentável no altar.
Abri a porta do quarto e gritei a minha mãe.
— Mãe, por favor me diz que sabe onde está o vestido que vou usar hoje?
— Vou pegar, acabou de chegar da lavanderia — dei um suspiro de alívio.
Vesti-me e fiquei parada em frente ao espelho, me mexia para checar o resultado. Um vestido roxo longo que possuia um discreto decote .
— Ainda bem que o casamento será de tarde ao livre posso deixar o cabelo solto. — disse para mim mesma dando uma última arrumada nos cachos.
O Clima está perfeito para um casamento ao ar livre. Apesar de estarmos no verão o finalzinho da tarde de janeiro está agradável. Amo casamentos apesar de eu sempre achar que casamentos eram festas caríssimas. Aprendi que na verdade a festa de casamento tem a ver com celebrar o amor não importa o número de convidados ou o valor gasto.
Se fosse em outros tempos eu iria obrigar a Vanusa a fazer algo mais chique. Porém, vejo que a maior riquesa é casar cercada de pessoas que te amam e ver um noivo fazer um buraco no chão de tanto nervosismo.
A noiva esta linda acabei de vir do quarto onde ela estava. Deixei-a sozinha para conversar com seu melhor amigo: Jesus.
— Maya, querida preciso da sua ajuda.
A cerimonialista, Felicia, vem até mim como um furacão.
— O que eu posso ajuda?
— Eu não acho o padrinho. Você poderia me ajudar suponho que conheça a casa melhor que eu.
— Claro. Vou agora mesmo.
— Obrigada, obrigada vou olhar os outros detalhes.
É óbvio que eu iria ajudar primeiro porque realmente conheço bem a casa do pastor. E segundo a Felicia me dá medo. Acho que se alguém falasse que quer unicórnios no casamento ela daria um jeito. Se um dia eu casasse com certeza contrataria Felicia.
Depois de procurar um pouco resolvi ir atrás da garagem. Vi um casal se beijando. Eu poderia simplesmente virar as costas e ir embora, mas não dá. Sabe por quê? A toupereira que está beijando a ruiva é quem vai me acompanhar até o altar.
Por que eu sempre encontro alguém beijando uma ruiva?
Caminhei até a direção deles e limpei a garganta para chamar a atenção. O "ser humano" abriu o olho e piscou. Fala sério né.
— Anda, Arthur, a cerimônia já vai começar. — disse e virei as costas para ir embora.
— Calma, gata, já vai embora?
Tive que usar todo o meu alto controle para responder educadamente.
— Já, e se fosse você também se não quiser estragar o casamento do seu melhor amigo. — permaneci de costas enquanto falava. E voltei para o casamento sem esperar pela resposta.
Não duvido nada que ele queira. Demorou um século para aceitar o convite para ser padrinho. A Vanusa não quis me contar, mas parece que ele não aprovava muito a escolha do André.
Só pode ser doido todo mundo ama a Vanusa.
Eu já não gostava muito do Arthur Dantas, mas hoje com certeza ele caiu mais ainda no meu conceito. Além de achar que o mundo gira em torno dele. Ainda tem o fato de ele usar as mulheres como se fossem objetos. Nós já nos conhecíamos das festas, mas nunca fomos amigos. Só vou suportá-lo hoje porque ele é o melhor amigo do André. E os noivos só escolheram para padrinhos os melhores amigos.
Paro de pensar no Arthur e presto atenção num dos momentos mais feliz da vida da minha amiga.
Quando a cerimônia acaba me sento em uma mesa sozinha quero comer bem casado. Observo os recém-casados muito felizes na pista de dança. Eles são perfeitos um para outro e eu estou tão feliz pela minha amiga. André é um bom homem trabalhou muitos anos na construtora do meu pai. Sempre achei ele muito sério, porém tenho certeza que a vanusa trouxe a leveza que a vida dele precisava. Dá para perceber pelo brilho no olhar.
— Oi, gata, dança comigo? — uma voz masculina perguntou atrás de mim nem precisei me virar para saber a que toupeira ela pertencia.
— Por que você não vai chamar a ruiva?
— Ok. Eu tentei se simpático.
Eu ouvi os passos dele esmagando a grama. Mas para a minha infelicidade ele bufou e voltou para onde eu estava. Arrastou uma cadeira e sentou de frente para mim.
— Olha, Maya, desculpe-me não quis ofendê- la no inicio da festa. Podemos dar uma trégua e agirmos como amigos só essa noite? Pelos noivos?
Sempre achei o Arthur meio egoista, porém ver ele se preocupar com a festa do amigo me desarmou.
— Sim, você tem razão deveriamos está comemorando o casamento dos nossos amigos.
Ele levantou-se e estendeu a mão para mim. E me conduziu para a pista de dança.
O que ele tem de toupeira, tem de bonito. Cabelo louro, mas olhos pretos e um sorriso que pode iludir qualquer uma.
Menos a mim.
Espero que o Arthur irrite e conquiste o coração de vocês.
Hoje gostaria de convidar vocês para conhecerem os maravilhosos romances da talentosa VanessaMarrinho.
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