Capítulo 18

MAYA

Três meses de cursinho passaram rápido. Fiz a prova do ENEM e estou aguardando o resultado. Além de fazer as provas dos vestibulares. Agora que sou praticamente vizinha da Vanusa posso ir na casa dela com "mais" frequência.

— Quando você termina um prato de miojo são dois anos de vida a menos que você ganha.

— Se a sua teoria estivesse certa, eu já estaria no vermelho.  — Pisquei e ela riu.

— Eu queria te fazer um convite. Ficaria extremamente feliz se aceitasse.

— Isso depende. Fala que eu vou pensar no seu caso.

— Você aceita ser a minha madrinha de casamento?

— E claro que sim. — abracei.

Depois de tanto sofrimento até que fim eles conseguiram se acertar. Foi muito brigadeiro e choro até essa notícia chegar.

— Espera. — soutei-me do abraço. — Geralmente a madrinha não tem que dá presente caro? — Antes dela responder emendei. — Eu não tenho dinheiro nem para uma bala.

🔹🔹🔹

VANUSA

— Madrinha é aquela que te escuta quando você está passando por um momento difícil no relacionamento. Que invade a sua casa e te obriga a fazer brigadeiro porque não sabe fazer, mas sabe brigadeiro sempre ajuda.

Não me julgue eu sabia que o brigadeiro ia ajudar o problema que eu não sabia fazer.

— Madrinha e aquela que enxuga a suas lágrimas e que escuta você fala da mesma pessoas várias vezes. Então, não, Maya, madrinha não tem a ver com dinheirio ou presente tem a ver com amizade.

— Te amo, amiga!  — Abracei-a o mais forte que consegui — Também te amo.

Ela se soltou do meu abraço.

—  Eu tenho outra coisa para te propor.

Se for para ser daminha não dá.

—  Ai vem bomba.

— Maya!! O André queria que eu redecorace o apartamento. —  não tenho o mau gosto da Thyffane, mas também não me sinto apta ainda. —  Mas eu falei que não queria a única coisa que vou acrescentar é uns porta - retratos.

—  Onde você quer chegar?

—  Bom não sei administar um apartamento daquele tamanho. Ai pensei em contratar a Linda como governanta. O que você acha?

—  Era a minha opinião que você queria? Eu acho uma ótima ideia. A linda precisa muito do emprego.

—  Na verdade não. Como eu e o André vamos ficar duas semanas em viagem de Lua de mel eu queria   deixar a Linda trabalhando na sua casa até a gente voltar.

—  Mas por quê?

—  Porque eu sei muito bem que você não aprenderam nada com ela esses meses. A tarefa que eu dei para Linda era para ensinar vocês a se virarem sem funcionários.

É claro que eu vou deixa-la lá mais tempo se for preciso só que a Maya não precisa saber.

MAYA

Fui para casa contar as novidades para minha mãe. Encontrei-a sentada na mesa da cozinha com a cabeça baixa sobre os braços.

—Mãe, tudo bem? — toquei suavemente o ombro dela.

— Estou muito cansada. Vários meses se passaram e eu não arrumei um emprego. A Linda vai embora amanhã. — ela enterrou o rosto nas mãos.

— Mãe, — ela olhou para mim — Vamos pensar pelo lado postivo papai conseguiu um emprego de motorista particular com o Senhor Valter.

As empresas não queriam um funcionário que levou a propria empresa a falência.

— Além disso eu trouxe uma boa notícia, a Vanusa vai contratar a Linda. E como eles vão viajar em Lua de mel ela vai ficar trabalhando para nós nesse período.

—Mas como?

— A linda é meio que o "presente" de casamento da Vanusa.

— Você não sabe como essa notícia me animou. É ótimo saber que a Linda não vai ficar desamparada.

Depois eu conto que na verdade a gente que vai trabalhar. Deixa ela ficar feliz um pouquinho.

— Eu também estou feliz. —  peguei um brigadeiro em cima da mesa — que fez mãe?

—  Eu, estou cansada daquelas dietas mirabolantes. Então, resolvi fazer um doce fitness, mas saboroso. É um brigadeiro 50% de cacau com morango dentro.

—  Mãe, está uma delícia. Por que você não faz para vender?

—  Você acha que as pessoas comprariam?

— Claro que sim.

—  Então vamos fazer mais.

Depois que fizemos bastante, tirei fotos dos produtos. Eu tinha desativado as minhas redes sociais não aguentava o tanto de maldade que as pessoas me mandavam. Um dia elas são suas fã no outro o seu carrasco.  Inventei um baner — Doces da Sófia 🍬 — e criei uma rede social para divulgar.

— Você acha que vai dá certo?

— Claro que sim, mãe. A sua ideia de dar brigadeiros grátis pelo bairro junto com um cartão com os contatos foi genial.

É claro que o cartão a gente que fez na impressora de casa.

— Olha, mãe, já tem gente elogiando na página as truvas logo, logo já vamos ter pedidos.

— Minha filha nem sei como te agradecer.

— Não precisa mãe.

— Precisa sim. E eu preciso te perdi perdão. Eu tenho orado muito a Deus para me ajudar a fazer isso. Não é fácil admitir que errou, mas eu errei.

— Mãe, não.

— Shhh, filha deixa eu falar antes que eu perca a coragem. Eu nunca quis ter filhos você sabe, mas eu sempre deixei muito claro que você foi  o melhor presente que Deus poderia ter me dado. Só que eu nunca superei bem o fim da minha carreira como modelo por causa da gravidez.

Por isso ela sempre me "incetivou" a ser modelo apesar de eu não querer.

— Só que eu coloquei expectativa demais em você. Eu queria que você fosse a modelo que eu não fui. E não percebi que estava te deixando doente com tanta expectativa.

— Tudo bem mãe, já passou.

— Não, minha filha. Eu te fiz muito mal quando você ficou doente, eu me afastei não soube lidar. Era como se o meu sonho estivesse acabado novamente. Desculpe-me pelas minhas franquezas e por não ter sido uma boa mãe. Quando você mais precisou de mim eu não estava presente.

— Mãe, e claro que te perdoo.  Se Deus te perdoou eu também sou capaz de ter perdoar.   Vem cá — sequei as lágrimas que escorriam do rosto dela e a abracei. — Vamos recuperar o tempo que perdermos como mãe e filha.

Eu sei que vocês devem está estranhando a demora para o Arthur chegar na estória. Ele chega essa semana 😉

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