Capítulo 7
Luccas Narrando
Ah droga! É a terceira vez que eu vou usar essa camiseta, e eu não tenho mais nenhuma, somente antigas e essas não devem nem servir mais em mim.
Minha calça jeans preta também não deve servir, está antiga. Eu não tenho nenhuma roupa nova para ir naquela merda de festa.
Logo após a escola, a festa começa,então eu provavelmente estou mega atrasado. O que me fez pensar que eu deveria ir para a festa com a mesma roupa da escola, já que ninguém vai ligar mesmo.
Suspiro, ao olhar aquele guarda roupas quase vazio.
Sinto meu celular vibrar no meu bolso.
Uma mensagem.
Sam: " É melhor você vir logo. Minha mãe acha que estou me prostituindo 😹"
Luccas: " Não me apresse" - Assim respondi e Sam não mandou mais nada.
Coloco minha calça jeans vermelha e meu boné preto e uma camiseta cinza simples. Não estou tendo muito escolha agora.
Desço as escadas com pressa e vou na cozinha e encontro minha mãe fazendo algo para comer.
- Oi mãe, estou indo para aquela festa que um amigo me convidou, está bem?
- Ah sim - Ela se vira e me encara - Pode ir, mas volte sóbrio, e não drogado, mas se divirta.
- Claro, mãe - Dou um beijo em sua bochecha - Posso fazer uma tatoo?
- Pode! O corpo é seu.
Dou outro beijo em minha mãe e saio de casa, indo em direção a casa de Sam, que não é tão longe da minha.
Chego na casa de Sam e Bato na porta. Logo sua mãe abre e sorri amigavelmente e me convida para entrar, aceito.
Vou ao quarto de Sam. Entro em bater. E o encontro sem camisa. Para um CDF nada mal.
- Sammy! - Digo alto.
- O quê? - Sam se assusta e coloca a camiseta rapidamente.
- Calma ai, cara. - Digo aos risos. - Está tudo bem.
- Luccas, você quase me mata de susto. - Diz colocando a mão no peito.
- Calma - Digo parando de rir - Me empresta uma camiseta?
- Okay - Sam responde e vai em direção a sua comoda e logo tira de lá uma camiseta aparentemente branca.
Visto ela e percebo que na camiseta está escrito " DOPE" de vermelho. Gostei. Acho que combinou com a minha calça.
Olhei para Sam, e fiz uma careta.
- Você vai assim? - Perguntei me referindo a sua calça moletom.
- Sim. Algum problema? - Sam analisa sua roupa.
- Vai de moletom para uma festa da escola? Sério?
- Não vejo problema. - Dá de ombros.
- Você não vai assim para uma festa comigo. Tira a roupa, que eu te ajudo. - Digo, dando um sorrisinho.
- Tenho escolha? - Estremeceu Sam.
-Não. E vai logo.
Sam suspira, indignado e vai direção ao banheiro. Logo depois volta somente de cueca. Encaro seu corpo, semi nu.
- Você deveria malhar, é muito magro.
Sam me olha feio e mostra a língua.
-Vamos logo.
- Okay. - Abro seu guarda roupas e rolo os olhos para os lados, tentando achar algo digno para usar em uma festa.
- Bem. Acho que essa aqui está boa. - Digo pegando uma camisa social preta. - Tem calça jeans?
- Tenho, está por aí. - Sam diz, fazendo gestos com as mãos, volto a olhar o guarda roupa e depois de alguns minutos acho sua calça jeans. Que por sorte é branca.
- Acho que essa serve. Só não mancha ela. - Dou de ombros.
- Okay. Dá aqui. - Sam pega a camisa e a calça, e vai para o banheiro.
Sorrio vitorioso
Sento me na ponta da cama e observo seu quarto. Nunca havia reparado, seu quarto não é como eu imaginava que um quarto de um CDF seria.
Não é cheios de posters de Stars Wars, nem vários livros de ficção cientifica. Apenas, uma estante de livros, uma escrivaninha e uma mesa que provavelmente ele estuda. E uma cor super broxante colore suas paredes.
Eu realmente, preciso arrumar outra definição para nerd.
- Pois bem. Eu não sou mais o CDF do óculos fundo de garrafa. - Diz Sam, após sair do banheiro, chamando minha atenção.
- Nunca foi - Dou risada - Você está bem melhor. Em termos legais.
- Ah claro, senhor certinho. Mas e o tênis?
Olho para baixo, ele teve ter um tênis melhorzinho não é?
- Tu não tem não?- Pergunto passando a mão por trás da cabeça.
- Não.
- Vamos fazer assim. Coloca uma meia, que eu volto pra minha casa, e pego outro lá. Depois eu volto. - Digo, tentando achar uma solução.
- Mas...
- Já estamos atrasados mesmo. - O interrompo.
Saio de sua casa , e volto andando para a minha, não demorou muito. Entro em casa, são mais de oito horas da noite e minha mãe não trancou a porta. Mãe desnaturada mesmo.
Entro na sala e vou para meu quarto. Acabo por escolher um tênis preto semi novo, para combinar com a camisa de Sam.
Volto para a sala e dou um beijo em minha mãe , e tranco a porta. Volto para a casa de Sam e entrego o tênis. Coube certinho.
Ótimo.
Ele ficou bem melhor, comparado a antes. Mas falta alguma coisa, uma coisa extremamente importante e eu não estou sabendo o que é.
Ah claro. O Cabelo. Sam é o tipo de nerd que usa um quilo de gel no cabelo, só para ficar certinho. Ele não sabe da emoção de ter um cabelo bagunçado, ou improvisar para sair com uma garota.
Tenho que ensinar tanta coisa.
- Sam, tira esse gel do cabelo. - Digo chamando a atenção de Sam, que logo me olha com fúria. Um olhar tipo " É serio?"
- Por quê? O que foi agora? - Cruza os braços.
- É para o cabelo. Tira o gel e volta logo aqui.
Sam bufa, mas entra no banheiro reclamando. Ouço alguns xingos, embora Sam não me questione muito, acho que ele não está gostando nada disso, de mudanças de estilo e tudo o mais.
Ele deve estar se sentindo incomodado.
Sam sai do banheiro com o cabelo todo molhado, com uma toalha em mãos.
- Vem aqui, eu te ajudo! - Digo, indicando a cama.
Sam se senta ao meu lado e me entrega a toalha.
Me levanto ficando a frente dele, esfrego a toalha no cabelo de Sam com pouco de força.
Sam reclama um pouco, soltando alguns palavrões.
Quando termino, olho para seu cabelo, semi seco e bagunçado. A única coisa que me passou pela cabeça foi rir, mas me segurei, não quero deixar Sam envergonhado e não faze-lo ir na festa.
- E aí? - Limpa a garganta - E agora?
- É só... - Passo a mão por cima de seus cabelos ruivos e dou uma mini arrumada. - Pronto. Bem melhor.
Sam se levanta com rapidez indo para o banheiro e logo volta para o quarto com um sorriso no rosto. Me espantei, não pensei que ele ia ficar tão feliz quanto aparenta. Mudanças, para Sam, devem o deixar feliz. Embora não pareça.
- Vamos? - Diz a mãe de Sam ao entrar no quarto, que sorri ao ver o filho, totalmente diferente daquele Sammy.
- Oi mãe - Sam cora - Vamos sim, não é Luccas?
Assinto, não sei por que Sam ficou daquele jeito, é a sua mãe, ela ficou feliz também.
Saímos do seu quarto, e fomos para a frente de sua casa, esperando a mãe de Sam sair da garagem com o carro.
Visualizo o pai de Sam o chamando, que logo vai. Sam não parece nada feliz com a conversa, pois só olha para o chão, tentando não encarar os olhos do pai.
Estranhei, mas não questionei, pais sabem o que fazem, na maioria das vezes.
Entramos no carro e fomos em direção a casa de John, passamos o caminho inteiro em silêncio. Tenho medo de falar algo e provocar algo maior.
Chegamos a casa de John, olho para a janela. A casa está bem cheia e a música alta já entra pelos meus ouvidos.
- Então Sammy - Começa a mãe de Sam - Tome cuidado com esses adolescentes. E luccas, se alguém fazer algo para Sammy, por favor, o traga de volta.
- Mãe, eu não preciso da proteção de ninguém. - Diz Sam, saindo do carro, batendo a porta com força.
- Eu o protejo. Prometo. - Digo sorrindo,e a mãe de Sam retribui sorrindo.
Saio do carro, e procuro Sam. O encontro perto da porta escorado na parede. Me aproximo dele, Sam me olha, acho que ele ouviu o que eu disse para sua mãe.
- Não preciso de proteção - Diz Sam emburrado.
- Eu falei, por falar mesmo, se caso alguém quiser bater em você, você corre, ou você começa a bater também. - Dou de ombros.
Sam dá de ombros e ri, sempre consigo tirar a carranca que estava em seu rosto.
Entramos na festa. Esta realmente cheio. No centro, há uma pista de dança, com varias pessoas descendo até o chão. Ao lado, uma bancada com cadeiras, e um barman. E um DJ, tocando músicas eletrônicas altas.
Olho de lado para olhar Sam. Com um sorriso no rosto e observando toda aquela festa e multidão.
Parece impressionado. Também ficaria se eu não conhecesse todas aquelas pessoas.
Mas somente uma, me interessa.
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