9; Japão
Olá queridos leitores, tudo bem? Primeiro de tudo eu queria começar esse capítulo á todos que chegaram até aqui, muito obrigado por darem uma chance à essa estória que é um xodó e complicada! Obrigado por tudo e sem mais enrolação, vamos ao capítulo de hoje que, sinceramente, vai ser difícil de escrever.
O dia havia se passado como um estalo, quando me dei conta o sol já estava se pondo e estávamos preparando para ir de encontro à um jato particular, do próprio Yoongi, que ficava alguns quilômetros dali.
— Antes de irmos precisamos de uma coisa que eu acabei esquecendo
— O que? — Escutei Taehyung perguntar.
— Perucas pretas! Todos, menos o Taehyung que tem a sorte de não ter pintado, precisam estar com cabelos pretos.
O menta disse olhando para nós, me pûs a perguntar o por que e ele então respondeu:
— Isso a Momo vai ter que explicar, mas envolve muita coisa que não queremos estar por agora.
— Mas onde vamos achar perucas? Uma hora dessas ainda?! — Hoseok perguntou e pude perceber que ele estava aflito, a possibilidade de não conseguir ir ao Japão atrás de ajuda o assustava.
— Eu na verdade já tenho tudo sob controle! Mas preciso que Jungkook e Jimin vá buscar.
— Por que nós dois? — Jeon perguntou franzindo o cenho.
— Porque é perto da casa de Jimin, logo, vocês dois são mais familiarizados.
Nessa hora a ficha caiu, era na loja da mãe de Kim e isso me trouxe memórias boas de quando tudo era normal e não precisávamos lutar para ficarmos vivos, mas outra pergunta se instalou em meus pensamentos.
— Por que não o Taehyung?
Questionei e todos, menos Jungkook, me olharam. Era um plano, um plano para eu ficar perto demais do outro.
— Vamos lá, Ji! Claramente o Taehyung não pode ir porque está abalado psicologicamente, não é?
"Acho que com as facas o Jungkook é muito rápido, mas com outras coisas nem tanto" pensei.
— Claro! É isso mesmo. — Kim respondeu e sorriu.
— Seguinte — Hoseok começou — vocês vão com algumas roupas minha e do Yoongi, precisamos também mudar seus rostos para não serem reconhecidos porque mesmo estando de noite ainda pode aparecer agentes ou policiais. Depois vamos deixar os dois em um lugar onde há uma passagem para a loja da senhora Kim, chegando lá o Jimin vai pegar as perucas no estoque e voltar. Entendido?
Assenti, para mim o plano parecia ser infalível, mas a tal passagem me deixava intrigado, qual dá até o estabelecimento e por quê?
...
— Voltou?
Escutei a voz da mulher que já estava se tornando familiar.
— Dessa vez vamos ser breves e não deixaremos você destruir nada.
Abri os olhos e estava em uma sala característica das de investigação, o cabelo branco estava solto e caía em seus ombros cobertos com um vestido rosa pastel, seu cigarro preso em um anel e seus olhos cansados me faziam saber onde estava.
— Não diga nada, Jimin. Vou ser breve — Respirou fundo — O outro está sentindo alguma energia muito poderosa, ela está expandindo e alguma hora vai te alcançar e quando isso acontecer, você vai ter que abrir mão de muitas coisas e lutar com tudo que há dentro de si.
— Eu não queria estar no meio disso tudo, mas ainda sim você me pede para fazer coisas que nunca fizeram parte do meu cotidiano, nunca fizeram parte de mim, me pede com tanta facilidade como se eu realmente fosse capaz — Dou um riso anasalado — eu preciso de um tempo disso tudo.
— Eu não vou te encher com palavras motivacionais, Jimin, mas saiba que isso sempre esteve dentro de você, sempre esteve ao seu lado e te ajudou em cada um de seus momentos, seu ingrato! — A vi tomar uma feição raivosa — Eu deveria ter te deixado ir, mas eu não consigo.
Respirou fundo tentando manter a calma: — Ainda sim, quando eu me for, será mais fácil a sua vida.
...
Abri meus olhos e percebi que já estava no carro com todos os outros, me sentia cansado e o tempo não parecia ter se passado como da última vez que fui de encontro ao meu subconsciente, me levantei do colo de Jeon que me olhava atentamente, mas desviou seu olhar no primeiro instante que encontrou os meus
— Como você se sente, Ji?
— Bem, eu acho.
— Desmaiou mais uma vez, o que aconteceu?
— Eu não sei — Menti para Taehyung — deve ser o estresse de tudo isso.
O moreno voltou seu olhar para frente e continuamos o percurso que nem me recordava de quando havia se iniciado, a estrada de terra guiava o carro que fazia barulho de vez em quando.
Paramos dentro de alguma floresta e me perguntei o por que de tantas coisas acontecerem dentro daquele ambiente, abri a porta do carro e minha cabeça imediatamente começou a doer
"O que é isso?" — Uma voz robótica dizia.
"Vamos pequeno! Nunca vão te encontrar se ficar comigo"
Uma voz feminina dizia em tom materno, o cuidado em seus braços e fala me traziam uma sensação de conforto naquele instante.
— Jimin?!?!
Escutei todos dizerem em uníssono e me despertei de meu transe, uma lágrima solitária caiu do meu olho e foi limpa por Jungkook que me balançava
— E-eu escutei algo, acho que era minha mãe
Kim se aproximou com olhos arregalados e disse:
— Ji, sua mãe? Mas como você tem certeza?
— Eu não sei, eu só senti ela. Foi como se eu estivesse no colo dela, escutando suas palavras.
Todos olhavam para mim tentando me entender, era perceptível em seus olhares a confusão.
— Vamos, se levanta! Iremos descobrir depois, caso não se apresse pode ser muito tarde.
Hoseok me alertou e eu apenas segui suas ordens, fomos em direção a um amontoado de folhas que escondiam debaixo de si uma porta de ferro muito velha, o lugar parecia abandonado e barulhos de ratos invadiam nossos ouvidos
— Ainda bem que são vocês dois que vão entrar porque eu estou me cagando só de ver.
Yoongi se pronunciou arrancando uma risada sincera de todos ali.
Apontei minha mão para o objeto e a abri, peguei uma lanterna na bolsa do verde-menta e comecei a descer as escadas junto com o mais alto de todos.
Não estava com medo, mas o nossos próximos passos estavam me deixando ainda mais nervoso por não saber aonde iremos realmente parar ou o que poderíamos encontrar durante a travessia, apontava a lanterna para cima e para baixo a cada segundo e me perguntava quantos quilômetros precisariamos andar para chegar na loja que deveria estar muito longe daqui.
— Por que me salvou?
— No começo de tudo eu me convenci de que era para enfrentar meu pai, mas agora vejo que o que me fez te salvar foi o seu olhar, estava muito assustado, eu não queria e nem poderia te deixar lá para morrer.
A resposta de Jungoo me fez sorrir, não era como se fosse uma declaração ou algo do tipo, mas ainda sim era como se em algum momento nossos corações tivessem se encontrado e se ajudado.
— Eu lembro que me senti com muito medo, mas quando eu te vi falando inglês pensei em até rir — Sorriu mostrando seus dentes da frente avantajados — daí você explodiu e suas características batiam com "o menino que meu pai é obcecado" e quando te olhei algo em mim quis te proteger.
Me recordei do momento inicial de nossa históra e a cada vez que era contada parecia ser mais impossível ainda, ri do meu inglês na época e fui acompanhado do outro
— Aliás, como você escapou daquela explosão?
— Uma esfera me protegeu, mas eu achei que iria voar longe.
Rimos e continuamos a andar, me perguntei tantas vezes se estava próximo de nosso destino que nem me dei conta de quando realmente batemos em uma porta de madeira, abri com a telecinese e subi as escadas, me impressionei quando vi os fundos da loja, memórias me bombardearam e a sensação da saudade e da falta me preenchia cada vez mais. Estávamos sem muito tempo para desfrutarmos de tais sentimentos, fui devagar ao começo do estabelecimento e notei que estava empoeirada.
A senhora Kim provavelmente deve ter fugido e deixado a loja fechada, pensei.
Comecei a procurar as perucas que deveriam preencher as prateleiras de trás, depois de muito tempo gasto achei apenas tintas de cabelo, todas pretas e sem pensar duas vezes as peguei e chamei Jeon que disse:
— Apesar de estar muito escuro, ainda sim consigo ver que isso não é uma peruca. — Pegou uma tinta e continuou, mais para si mesmo — De volta ao preto.
— Acho que eu consigo teletransportar a gente de volta.
Fechei os olhos e senti a energia fluir pelas minhas veias, peguei o outro pela cintura e visualizei o lugar que fomos deixados e a sensação de estar lá me invadiu.
— Mas que porra é essa?
Escutei a voz de Yoongi e abri os olhos, estávamos lá e me deixou estático já que não tinha ideia alguma se iria funcionar ou não.
— Pegou as perucas?
— Galera, ninguém está impressionado com isso não?! Só eu mesmo?
— Yoon, a gente só aceita a ideia. — Taehyung se direcionou a mim novamente e prosseguiu — Pegou?
— Na verdade não, só tintas de cabelo. Inclusive sua mãe deve ter deixado a loja porque estava muito empoeirada.
O moreno se aproximou e pegou as tintas entregando uma para cada um, disse;
— É, eu espero que ela esteja bem porque a última vez que a vi foi quando disse que iria viajar por alguns dias.
— Ela é inteligente então deve estar a salva e longe de tudo isso. Quando vermos ela, vou dar um abraço grandão.
O outro riu e voltou sua atenção à tinta que estava em mãos, abriu e colocou a luva que acompanhava, despejou o produto em sua palma e começou passar no cabelo. Aproveitei para fazer o mesmo, todos fizeram.
— Guardem a luva dentro da caixa e levem com vocês, vamos ir para o jatinho agora e depois tiramos essa tinta do cabelo.
Seguimos a instrução do ex verde-menta e entramos no veículo que nos levou até uma garagem, saímos do carro e pegamos nossa mala no porta malas, seguimos até o jato que parecia ser um avião de tanta grandeza, as cores preto com amarelo davam um ar de riqueza e ainda sim confortabilidade.
— Eles não vão rastrear a gente já que esse jato nunca existiu.
Hoseok disse, claro que ele iria dar um jeito de nos tirar do mapa, me tirou um peso que nem sabia que estava carregando e respirei fundo, adentrei a aeronave e sentei em um dos assentos.
— Juntos mais uma vez, não é?
Taehyung sentou ao meu lado e sorriu, me lembro de quando viajamos pela primeira vez para algumas ilhas da Coréia, os nossos corações em sincronia e nossas mãos entrelaçadas esperando o avião decolar. Estávamos naquela mesma situação em outro momento, outro coração, outras dificuldades, outros céus e motivos.
— Eu senti muita saudade, minha lua.
— Eu ainda sinto sua falta, meu sol.
— Por que você falou como se eu não estivesse aqui? — Riu
— Uma sensação de que em algum momento eu te perdi, não aqui.
— Você nunca vai me perder, Ji. Nem aqui e nem em outras linhas do tempo. Estaremos entrelaçados por nosso fio vermelho, estarei puxando a ponta da onde estiver.
Sorri singelo, eu o amo.
{...}
— Acordem dorminhocos!
O eco que a voz de Jungkook fez em minha cabeça me acordou, abri os olhos e olhei para a janela vendo os edifícios que iluminavam o país abaixo de nós.
— Vamos pousar daqui 3 minutos.
Assenti e acordei o moreno do meu lado, a tinta em nossos cabelos havia secado e me perguntei quando poderíamos tirar.
— Vocês dois ainda não tiraram a tinta, vão ao banheiro e tirem! Seus sujos.
Min disse de forma brincalhona, me levantei e fui em direção ao cômodo que era grande e caberia facilmente três pessoas, abri a torneira e coloquei minha cabeça deixando a água escorrer por toda minha cabeleireira e me despertar completamente.
Levantei e me encarei no espelho, os fios pretos contrastavam com a pele e todo o visual despojado causado pelas roupas do Yoongi me faziam ser uma outra pessoa.
O impacto foi causado em alguns instantes depois, estávamos nervosos por não sabermos a abordagem, mas quando a porta foi aberta pela inteligência artificial revelando uma mulher de cabelos loiros em um chanel, os olhos vermelhos como sangue, o delineado gatinho, roupas da dior e um salto branco rodeada de seguranças, ali soubemos onde estávamos nos metendo
— Bem-vindos ao Japão, meninos.
— Momo, que saudades!
Notas finais; oi galera, tudo bem? Eu espero que sim porque eu estou em surto!! Essa Momo está muito serelepe então tô receoso em kkkkkk. Galera, infelizmente não consegui escrever metade do que era para acontecer neste capítulo por achar que ficaria grande demais, mas o próximo vai estar cheio de surtos e nossa primeira morte definitiva. Enfim, tchauzinho amores, amo vocês e até a próxima.
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