13; Taehyung
Finalmente chegamos nos nossos 7 penúltimos capítlos, esse arco é extremamnete necessário para entendermos várias coisas sobre os meninos que acompanham o nosso pequeno Jimin nessa viagem. Enfim, vamos ao capítulo narrado por Taehyung, espero que na cabeça de vocês dê para entender essa coisa muito louca. Risos.
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Eu senti meu corpo adormecer enquanto via Jimin sendo surpreendido com uma carta ou alguma coisa do tipo, não doeu de forma alguma, apenas me fez cair em uma grande sala escura com confusão em meu olhar.
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Abro meus olhos e estava em uma casa, no meio da floresta, os pássaros cantavam e o som da porta abrindo invadia todo o local
- Mamãe, quem é esse?
Pergunto involuntariamente.
Meu corpo mexia sem nenhum aviso prévio ou consentimento. Minha curiosidade já batia na porta quando vi minha protetora entrar na sala com um pano enrolado em algo que permanecia em seu colo. Silêncio.
E então o choro de criança invadiu o local, meus olhos brilharam e percebi que em seu colo era um bebê enrolado. Meu coração acelerou como nunca antes e eu me senti contente.
- Filho, este é Park Jimin. Seu novo irmãozinho!
- Por que ele tem esse sobrenome, mamãe? - A pergunta se instalou na minha cabeça de quatro anos, já que nosso sobrenome é Kim e o de meu pequeno irmão era Park.
- Porque Jimin é filho de uma amiga minha que precisa de ajuda, a senhora Park. Ele não pode saber que é adotado, Tae...Pode guardar esse segredo?
- Claro - Coloco minha mão na cabeça igual um soldado - Minha boca está bem fechadinha.
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Algum tempo depois, Jimin já estava com um ano e em um dia normal fez com que sua comida se transformasse em bolo de aniversário, todos ficamos impressionados.
Minha mãe disse que ele era especial, que precisariamos cuidar dele, lembro-me de sua voz calma dizendo:
- Jimin não pode usar seus poderes Tae, é muito perigoso porque muitas pessoas vão querer levar ele se souberem que é especial.
- Tudo bem, mamãe...Vou avisar meu irmãozinho que isso é proibido!
- Muito obrigada, minha luazinha.
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- Jimin, colore meu cabelo com aquela cor que eu gosto! Mamãe não vai ficar sabendo, confie em mim.
- Tata, eu não posso...Você disse que é muito perigoso usar meus poderes. Não quero machucar ninguém ou que me levem embora.
- Eu sei, mas é que eu estou tão cansado desse preto na minha cabeça colorindo cada pedaço dos meus fios, eu preciso de uma cor na minha vida. - Falei dramático
Vi meu irmão mexer suas mãos com tanto cuidado que parecia estar se movendo em câmera lenta.
- Olha, eu vou fazer isso, mas antes da mamãe chegar precisamos mudar seu cabelo de volta.
- Claro, Ji.
Desde que ele fez cinco anos tem ficado cada vez mais perceptível sua energia, quase não ficávamos perto por conta dela, era intimidante e fazia com que cada célula do meu corpo mudasse.
- Pronto? Um, dois, três
Foi apenas algumas faíscas saírem da mão de Jimin que o som das janelas quebrando se instalou por toda casa, era os homens malvados que minha mãe havia me avisado, eu sabia que não deveria ter usado os poderes dele. Meus olhos começaram a lacrimejar e eu senti o desespero tomar conta de mim, mas então olhei para Park ao meu lado, eu precisava nos salvar.
- Saiam ou morram! É crime proteger um foragido.
Os gritos dos homens ecoavam até meu quarto, respirei fundo e levantei meu baú do lugar que estava sem fazer muito barulho, a porta que minha mãe usava estava lá.
- Ji, me escuta! Preciso que use seus poderes para quebrar este cadeado!
Seus olhos me encaravam com medo e mesmo assim apenas com uma orientação foi capaz de quebrar o objeto.
Entramos sem fazer nenhum barulho enquanto os homens ficavam cada vez mais perto e vasculhavam tudo. Começamos a correr pelo túnel que estava bem iluminado e limpo, depois de um longo tempo caminhando chegamos a loja que pertencia à minha mãe, abrimos a porta de madeira e demos de cara com os fundos da loja.
Nossa mãe estava limpando o balcão quando chegamos, minha única reação foi chorar. Chorar muito.
- Meninos? O que fazem aqui? - Correu até nós quando escutou meu choro desesperado.
- Eles nos acharam - Jimin disse com tristeza em sua voz, estava assustado com certeza.
- Meninos... - Suas mãos enrolaram a gente, parecia uma coberta e eu me sentia seguro. - Me desculpe por não estar lá.
A voz de nossa mãe estava dolorida naquele momento, estávamos sem casa e tudo estava destruído.
Escutamos passos vindo pelo túnel e em um movimento rápido saímos e trancamos a porta, peguei alguns móveis para colocar em cima e impedir a entrada daqueles que nos caçavam. Os barulhos na porta eram assustadores, até que um tiro conseguiu arrombar a tranca e com, aparentemente, todos os homens juntos conseguiram derrubar nossas coisas.
Um chute brutalmente forte derrubou de vez aquela porta que estava centímetros da gente, vimos soldados saindo da passagem e meu coração se acelerou mais uma vez, meus olhos começaram a derramar lágrimas involuntárias e meu soluçar era tão alto quanto o grito que saia da boca de nossa mãe quando me viu levar o primeiro tiro no braço.
Doía tanto que sentia minha pele queimar, minha família veio até mim e chorava como nunca antes.
- Não machuque minha família, moço!
Jimin se levantou e ficou em nossa frente, sua voz de criança tornou tudo mais difícil de conter dentro de nós.
- Pegue o garoto!
Um homem, imagino que soldado pelo uniforme, pegou Park pelos braços enquanto minha mãe dizia freneticamente para deixá-lo, até que ela foi silenciada com uma bala no meio de seu rosto. Meu mundo tinha caído, a dor de meu braço sangrando não era nada perto da dor que eu senti naquele momento.
- Você machucou minha mamãe - A falha na voz de Jimin deixava visível o quanto seu pequeno coração estava quebrado e machucado. - Não.
Seus olhos completamente roxos fizeram todo o ambiente ficar tenso, os homens tentavam desmaiar Park, mas não conseguiam então tentaram balas, o que também não funcionou.
- Desculpa irmãozinho pela nossa mamãe. Eu vou acabar com tudo isso.
E então com um movimento de mão todos estavam no chão, seus olhos da mesma cor que a do pequeno, apontavam armas para si mesmos e com mais um balanço atiraram.
- Ji?... - Eu gaguejava
- Eu não consigo controlar, é inevitável.
- O que Ji? O que é inevitável? Me fala.
- Desculpe.
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- Foi isso que aconteceu... - Minha versão daquelas memórias estava ao meu lado, era perceptível o rastro de lágrima
- O que é exatamente isso?
Perguntei
- São fragmentos de memórias que você nunca viveu, mas que existem dentro de você porque não foram retiradas completamente esse tempo todo.
- Esse Jimin voltou no tempo também, não é? Por isso ele disse que não conseguia controlar.
- Sim...Eu tenho uma teoria de que ele não voltou apenas uma vez como pensavam, mas sim várias e além disso modificou completamente toda a linha do tempo.
- Ele tem esse poder?
- Eu não sei, mas hoje em dia a gente não mora na floresta e Jimin não é nosso irmão, certo?
- Isso
- Então imagino que ele tenha sim este poder.
- Meu deus...Mas eu tenho outra pergunta...
- Pode perguntar.
- Como você tem todo esse conhecimento?
- Eu cresci com você, tudo que você sabe, eu também sei e por isso meu vocabulário e conhecimento são grande para uma criança de 9 anos.
- Entendi.
Eu estava impressionado de verdade por tudo que estava passando, era tanta coisa pra assimilar e senti por um momento que iria explodir. Era assim que Jimin deveria se sentir, não é? Claro que sim.
- Obrigado por isso, Tata.
Minha outra versão sorriu e sumiu em uma nuvem de fumaça me deixando sozinho na sala escura que agora se iluminava com quadros, cada um deles com fotos de lembranças, até uma minha com Jimin na casa da floresta.
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Acordei com aquele que estava comigo nas mémorias dizendo que algo estava acontecendo novamente como em um loop.
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